Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Farmacologia | P5 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS Convulsão: Descarga anormal, excessiva e hipersincrônicas de um agregado de neurônios do SNC não recorrente do cérebro. Liberação de neurotransmissores predominantemente excitatórios, principalmente o glutamato. Causada por um desequilíbrio entre os fatores excitatórios e inibitórios, aumento da excitação e diminuição da inibição. Fatores epileptogênicos (TCE), fatores desencadeantes (febre, privação do sono) e fatores predisponentes endógenos (genética). Epilepsia: Disfunção crônica de convulsões recorrentes, decorrente de uma causa crônica. Pode ser diferenciada em generalizada, focal e desconhecida. Sem alteração da consciência. Sintomas motores (movimentos involuntários, clônicos), alteração da sensibilidade (parestesias), manifestações autonômicas (rubor, sudorese) e manifestações psíquicas (medo, dissociação, ilusões). Anticonvulsivantes: Modulação dos canais de sódio e potássio, para regular o ambiente. Podem ser divididos em clássicos (barbitúricos, hidantoínas, oxazolidinodianos e succinimidas) e outros como (benzodiazepínicos, dibenzazepinas, ácido valproico e derivados, derivados do GABA e os triazínicos). Para que serve? Potencialização da neurotransmissão GABAérgica, bloqueio de canais iônicos (Na+ e Ca+2) e antagonismo de neurotransmissores excitatórios (glutamato). Mecanismo de ação: Os mecanismos de ação desses medicamentos são aqueles que inibem os canais de Na+ dependentes de voltagem, estendendo seu estado inativo (fenitoína, carbamazepina, oxcarbazepina, lamotrigina), aqueles que afetam os canais de cálcio do tipo T (etossuxemida), aqueles que aumentam a neurotransmissão de ácido y-aminobutírico (GABA) - benzodiazapínicos, fenobarbital, fármacos com múltiplos mecanismos de ação (ácido valproico, topiramato) e aqueles que têm outros mecanismos de ação (gabapentina – análogo de GABA, levetiracetam). CLASSES FARMACOLOGICAS: Marca texto amarelo à saber!! 1. Barbitúricos – em casos agudos – Fenobarbital: São empregados no controle da maioria das formas de epilepsia, principalmente nas crises tônico-clônicas, generalizadas e nas crises focais. Liga-se ao receptor de GABA e prolonga a abertura dos canais de Cl- e bloqueia as respostas excitatórias induzidas pelo glutamato. 2. Succinimidas – Etossuximida – 1ª escolha nas crises de ausência: Age impedindo os canais de cálcio, reduzindo a corrente de baixo limiar (tipo T), impede a ação de neurônios talâmicos que controlam o córtex cerebral. 3. Oxazolidinodionas – Trimetadiona: Usada nas crises de ausência, indicação para pacientes que não respondem ou não podem tolerar a succinimida ou o ác. valpróico. Alternativa, inibe os canais de cálcio talâmicos, impede a despolarização e liberação dos neurotransmissores do tálamo. 4. Derivados do GABA – Vigabatrina: Inibe a GABA-T responsável pela degradação do GABA, e parece aumentar a liberação de GAAB nos locais sinápticos, aumentando assim os efeitos inibitórios. 5. Hidantoínas – Fenitoína: Usado nas crises tônico-clônicas generalizadas, parciais complexas e parciais simples. Pode ser administrado em associação com o ác. valpróico, carbamazepina, fenobarbital ou primidona. Efeito adverso de hiperplasia gengival. 6. Dibenzazepinas – Carbamazepina: Anticonvulsivante, antipsicótico. Inibe os canais de sódio e impede a despolarização da membrana, deprime a transmissão sináptica no sistema de ativação reticular, tálamo e estruturas límbicas. Tratamento de crises tônico-clônicas generalizadas e crises parciais. 7. Triazínicos – Lamotrigina: Farmacologia | P5 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS Produz bloqueio do disparo repetitivo dos canais de sódio, parece reduzir a transmissão excitatória glutamatérgica. Alternativa para crises tônico-clônicas e parciais que não são controladas com outros fármacos como fenobarbital e carbamazepina. 8. Ácido valpróico – Depakene: Reduz a frequência de vários tipos de crises epilépticas, porém é mais eficaz em crises generalizadas do que nas parciais. Indicado nas crises de ausência e tônico- clônicas generalizadas. Bloqueia os canais de sódio, bloqueio dos receptores NMDA do glutamato, facilita a síntese do GABA estimulando a enzima (GAD) (GABA neurotransmissor inibitório) e em altas concentrações inibe o GABA-T no cérebro bloqueando a degradação de GABA. 9. Gabapentina: Eleva os níveis de GABA, inibe canais de Ca2+, cálcio não entra o neurônio não consegue se despolarizar. Utilizado nas crises focais. 10. Topiramato Usada principalmente nas crises tônico-clônicas generalizadas. Bloqueia o disparo repetitivo dos canais de sódio, potencializa o efeito inibitório do GABA, antagoniza os receptores AMPA e Cainato, bloqueando assim os efeitos do glutamato. POR AÇÃO: BLOQUEADORES DOS CANAIS DE SODIO: • Ação depressora do sistema nervoso central através do bloqueio dos canais de Na. • Uso principal: Convulsões • Todos são teratogênicos - mexem no metabolismo do ácido fólico - gestantes geralmente são mantidas em monoterapia o Após as 9 semanas pode ser administrado Bloqueadores dos canais de sódio Carbamazepina Fenitoína Ácido Valpróico Topiramato Lamotrigina Efeitos colaterais/adversos: Sedação. Sonolência. Lentidão. Grifados à saber!! Carbamazepina Oxcarbazepina (melhorado, menos inibição de enzimas); Sempre inicia pela carbamazepina; EFEITOS COLATERAIS mais brandos e podem ser modulados pois preciso fazer mais do que uma dose; DEVE ficar atento ao monitoramento hepático; Mexe com a indução enzimática; • É necessário regulação de dose sempre Fenitoína Potente - não é a primeira escolha; Bloqueio do canal de sódio prolongado; Meia-vida longa - toma apenas 1x no dia; Efeitos colaterais prolongados; Geram sobrecarga hepática Hiperplasia gengival associada ao uso de fenitoína; Hirsutismo associado ao uso de fenitoína - aumento de testosterona; O nível de fenitoína pode ser aumentado pelo uso de fármacos que inibem o metabolismo hepático. CUIDADO; Induz o metabolismo hepático por indução enzimática microssomal e pode reduzir os níveis plasmáticos de outros fármacos. BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CÁLCIO: • Ação depressora do sistema nervoso central através do bloqueio dos canais de Ca. • Etossuximida - bloqueia apenas cálcio Bloqueadores dos canais de Cálcio Etossuximida Efeitos colaterais/adversos: Sedação. Sonolência. Lentidão. POTENCIALIZADORES DO GABA: • Ação depressora do sistema nervoso central através de uma ação potencializadora do receptor GABA. • Barbitúricos e benzodiazepinicos. • Crises agudas de convulsões o Fenobarbital - forte + Succinilcolinna (BNM) ▪ Bloqueio neuromuscular • Convulsões febris o Benzos; o Barbitúricos OU Bloqueador de canal ▪ Fenobarbital OU ácido valpróico Farmacologia | P5 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS Potencializadores do GABA Barbitúricos e benzodiazepínicos Benzodiazepínicos Diazepam Bromazepam Clonazepam Barbitúricos Fenobarbital (Gardenal®) Metilfenobarbital Metarbital Primidona Efeitos colaterais/adversos: Sedação. Dependência. Efeitos adversos e colaterais por fármacos: Inibidores dos canais de sódio Fenitoína Nistagmo, ataxia, confusão, hisurtismo, hiperplasia gengival em crianças, reações idiossincráticas (erupções cutâneas) e teratogenicidade. Carbamazepina Sonolência, diplopia, ataxia, distúrbios GIs, cefaleia, tontura, sedação, reações idiossincráticas (erupções cutâneas, anemia aplásica) Oxcarbazepina Náuseas, erupções cutâneas, hiponatremia, sedação, cefaleia, tontura, vertigem, ataxia, diplopia. Lamotrigina Erupção cutânea, náuseas, tonturas, diplopia. Inibidores do Canal de Cálcio do tipo T Etossuximida Distúrbios GIS. Potencializadores do GABABenzodiazepínicos Sedação, drogadição, quedas, tolerância. Barbitúricos Náuseas, erupção cutânea, sedação, letargia, ataxia, tolerância, dependência. Múltiplos mecanismos Ácido Valproico Hepatotoxicidade idiossincráFca. Topiramato Perda de peso, transtornos cognitivos. Mecanismos pouco elucidados Gabapentina Sonolência, ataxia. Levetiracetam Fadiga, ansiedade e sonolência. Epilepsia na gravidez: • Aproximadamente 1/4 da população feminina com epilepsia ativa encontra-se em idade fértil. • Indicado monoterapia. • O risco de malformações congênitas está bem documentado para os antiepiléticos. • Na gravidez, deve manter-se o medicamento estabelecido.
Compartilhar