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VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Síndrome do desconforto agudo respiratório no adulto Definição Início abrupto de lesão pulmonar difusa caracterizada por hipoxemia grave. Infiltrados pulmonares bilaterais compatíveis com edema pulmonar, ausência de insuficiência cardíaca (excluir doença cardíaca para caracterizar o quadro como SARA). Critérios de Berlim 1. Tempo: desenvolvimento dentro de uma semana de um insulto clínico. 2. Imagem de tórax (Rx ou TC): opacidades bilaterais não explicadas por derrames, colapso lobar/pulmonar ou nódulos. 3. Origem do edema: Injúria respiratória não completamente explicada por insuficiência cardíaca ou sobrecarga de fluidos. 4. Hipoxemia: PaO2/ FiO2 ≤ 300 A gravidade da SDRA é definida com base na PaO2 dividida pela FiO2 (PaO2/FiO2, ou seja, razão P/F): - Leve: entre 200 e 300; - Moderada: entre 100 e 200; - Grave: menor que 100. Epidemiologia Síndrome clínica secundária a alguma outra causa. Incidência anual: 80/100.000 casos (EUA). Fator precipitante: mais de 60 causas descritas. Lesão direta do pulmão >> pneumonia difusa, aspiração de conteúdo gástrico, inalação de gases tóxicos. Lesão indireta do pulmão >> sepse grave (pulmonar ou não pulmonar) ou trauma não torácico grave com choque. Causa predisponente mais comum: sepse grave. Microorganismos: bactérias Gram-positivas, bactérias Gram-negativas, vírus, leptospira, malária. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Patologia Variedade de doenças que levam à SDRA >>> a resposta é característica. - Achados clínicos, alterações fisiológicas e anormalidades morfológicas semelhantes. Anormalidades patológicas. Lesão alveolar difusa. Processo inflamatório: - Predomínio de neutrófilos no fluído alveolar; - Desenvolvimento de membrana hialina; VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C - Presença de proteínas de grande peso molecular no espaço alveolar; - Inundação alveolar >> comprometimento do surfactante (alterado em quantidade e qualidade); - Resultado: microatelectasias. Citocinas e outros mediadores inflamatórios estão acentuadamente elevados usualmente, embora com diferentes padrões ao longo do tempo no lavado broncoalveolar e no sangue sistêmico. A resolução da SDRA depende em parte da restauração da barreira funcional alveolar-epitelial Remover o edema alveolar através do transporte vetorial de fluido alveolar. A reparação pulmonar também está alterada. A evidência precoce de processos pró-fibróticos inclui o aparecimento de produtos de degradação do pró-colágeno no lavado broncoalveolar. Fibrose em alguns pacientes. - A função pulmonar melhora com o tempo nos sobreviventes de SDRA e a fibrose é frequentemente reversível. Fisiopatologia Predomínio de hipoxemia grave. Formação de shunts. Complacência pulmonar diminuída. Trabalho respiratório aumentado. Início das alterações Relacionadas à inundação e ao colapso alveolar. Progressão Remodelação e cicatrização, Perda da microvasculatura, Pode ocorrer hipertensão pulmonar. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Manifestações clínicas Início dentro de 72h do começo da doença de base. Tempo médio: 12 a 24h. Clínico: Desconforto respiratório. Achados laboratoriais: Hipoxemia grave. Radiologia: Infiltrados ou opacidades generalizados/ difusos. Manifestações da doença de base. Manifestações sistêmicas (ex: vasculite). - Infiltrado difuso/ opacidade difusa. - O ápice dos pulmões normalmente são menos atingidos, com comprometimento maior das áreas inferior, mas isso não é uma regra. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Diagnóstico Distinguir SDRA de edema pulmonar cardiogênico. Não há teste bioquímico específico. Anormalidades do lavado broco-alveolar não são suficientemente significativos. Tratamento Suporte respiratório Ventilar pelo peso predito (altura do paciente). Tratamento da doença subjacente. Baby lung: o pulmão está com seu tamanho normal, porém a parte funcionante é pequena pela doença, então é como se o paciente tivesse um pulmão de criança. 1 VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Ajustar a PPE (pressão expiratória final positiva) segundo o valor da FiO2. PEEP é um suporte na estratégia respiratória para SDRA, e, embora o método para determinar o seu nível ideal não tenha sido estabelecido, níveis mais elevados de PEEP podem apresentar benefício para os pacientes com SDRA moderada ou grave. PEEP permite que uma FIO2 menor possa fornecer oxigenação adequada, reduzindo o risco de toxicidade por O2. O valor normal da PEEP em uma pessoa hígida varia de 5 a 8. Ventilação em posição prona consiste no fornecimento de suporte ventilatório com o paciente deitado em decúbito ventral, como uma terapêutica adicional para o tratamento da hipoxemia grave causada pela SDRA. Quando se utiliza a posição prona, a melhora expressiva da oxigenação representa o seu efeito fisiológico mais importante devido a diminuição da atelectasia, redistribuição da ventilação alveolar e perfusão, mudanças na conformação da estrutura pulmonar e do diafragma com consequente diminuição do gradiente gravitacional das pressões pleurais. 2 VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C - Obs.: Se for SARA por H1N1, não usar corticoide. Com PEEP Com PEEP 3 VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C
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