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Diabetes Melitus Tipo 2 e a Vitamina D

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Júlia Figueirêdo – DESORDENS NUTRICIONAIS E METABÓLICAS 
DIABETES MELITUS E ALTERAÇÕES DA 
VITAMINA D: 
A vitamina D (conhecida como calcitrol ou 
25-hidroxivitamina D, quando em sua forma 
ativa) é um esteroide que apresenta como 
principal função a regulação do 
metabolismo ósseo. 
Esse hormônio também apresenta 
papel sobre a maturação do 
colágeno, supressão da proliferação 
de queratinócitos, secreção de 
insulina e regulação do magnésio. 
Sua captação pode ser endógena, 
influenciada pela exposição solar, ou de 
obtenção exógena, mediada por alimentos 
e suplementação. 
 
Alimentos ricos em vitamina D 
Quando ingeridas, formas precursoras de vit. 
D são absorvidas no intestino delgado, 
sendo incorporadas aos quilomícrons para 
então ser transportadas para o fígado, no 
qual há conversão da vitamina D2 ou D3 em 
25-hidroxivitamina D, forma circulante, 
porém sem atividade biológica. 
O paratormônio reage de forma 
inversamente proporcional à 
concentração sérica de 25(OH)D. 
A conversão final em 25-hidroxivitamina D se 
dá nos túbulos contorcidos proximais dos 
rins, sendo acentuada na presença de PTH 
elevado, hipocalcemia, e hipofosfatemia, 
ao passo que é inibida por hiperfosfatemia 
e pela própria 1,25(OH)2D3. 
Há também hidroxilação extrarrenal 
da vitamina D, ocorrendo em tecidos 
como cérebro, pulmões, mamas, 
próstata, queratinócitos e 
musculatura vascular, com o 
objetivo de inibir a proliferação 
celular e estimular a diferenciação 
dessas estruturas. 
 
Processo de metabolismo e disponibilização de 
vitamina D 
INTERFERÊNCIAS DA DIABETES SOBRE A 
FISIOLOGIA DA VITAMINA D: 
Em grupos de alto risco, a vitamina D pode 
ser considerada como um agente profilático 
para o desenvolvimento de diabetes melitus 
tipo 2. Ela também auxilia a manter melhor 
controle glicêmico nesses pacientes, ainda 
que não sejam observados benefícios da 
suplementação nesse grupo. 
Modelos animais destacam que a secreção 
de insulina é inibida por deficiência de 
vitamina D, uma vez que os metabólitos 
desse último composto aumentam a 
sensibilidade insulínica periférica, assim 
como estimulam a captação de cálcio, 
essencial para o mecanismo molecular das 
células-β. 
Outra importante ação da 1,25(OH)D 
é a transcrição de genes 
reguladores de transcrição após a 
Júlia Figueirêdo – DESORDENS NUTRICIONAIS E METABÓLICAS 
ativação de receptores VDR, 
induzindo aumento da atividade de 
múltiplas células. 
 
Influência sistêmica da vitamina D, destacando seu 
papel sobre a resistência insulínica 
DOSAGEM E SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA D: 
A determinação da concentração sérica de 
vitamina D deve ser mensurada a partir da 
dosagem de 25(OH)D que, apesar de não 
ser sua forma ativa, é a apresentação mais 
abundante na circulação, dotada também 
de longa meia-vida. 
Os níveis séricos ideais desse composto 
devem ser aqueles que não induzem 
aumento do PTH, considerando também 
aspectos como a idade, sexo, genética, 
função renal e exposição ambiental do 
indivíduo. 
Em adultos, a suficiência de 
vitamina D é definida por valores > 30 
ng/mL, sendo a deficiência marcada 
por resultados < 20 ng/mL. 
Durante o processo de reposição de 
vitamina D, é importante que o indivíduo 
seja orientado a realizar a exposição solar 
de braços e pernas de 2 a 3x/semanas, 
suficiente para a produção desse composto. 
Para a suplementação exógena, a 
estratégia mais eficaz em quadros de 
hipovitaminose é a oferta de 50.000 UI de 
vitamina D2 1x/semana, por 6 a 8 
semanas, atingindo assim valores séricos de 
40 a 60 ng/mL. 
O consumo dietético de alimentos 
enriquecidos também é 
recomendado, porém dificilmente 
consegue suprir as demandas de 
calcitrol. 
 
 
Devido ao sequestro de vitamina D pelo 
tecido adiposo, a necessidade desse 
hormônio é maior em obesos. O mesmo 
é aplicável a pacientes em uso de 
anticonvulsivantes e glicocorticoides

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