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Resenha descritiva - Malária

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Resenha descritiva G5								Esther
Malária é uma doença febril aguda causada por 4 espécies de protozoários do gênero Plasmodium. É a doença parasitária que mais mata. Possui como vetor o mosquito do gênero Anopheles. A fêmea hematófaga contaminada transmite o parasita através da saliva durante a picada. É o hospedeiro intermediário onde ocorre a fase sexuada do ciclo. Há relatos da malária desde a Grécia Antiga, tendo chegado no continente americano no período colonial. Já foi uma doença endêmica no Brasil. É uma doença tropical, emergente e negligenciada. É endêmica em 85 países, grande parte no continente africano, América do Sul e Central, e no sudeste asiático. A malária no Brasil é endêmica na região Amazônica, sendo 99% dos casos autóctones. Em torno de 80% dos casos que surgem nas outras regiões são importados dos estados da região endêmica. Ao longo dos anos, as taxas de óbitos e internações por conta da malária obtiveram uma enorme queda. O ciclo da malária conta com o agente etiológico se hospedando no vetor, o hospedeiro invertebrado, e no humano, o hospedeiro vertebrado. Ao se alimentar de sangue, a fêmea do mosquito Anopheles infectada pelos plasmódios inocula os esporozoítos no hospedeiro humano. Os esporozoítos infectam as células do fígado. Lá, os esporozoítos amadurecem para esquizontes. Os mecanismos patogenéticos incluem lesão mecânica dos eritrócitos, liberação de citocinas proinflamatorias. Ocorre alteração na superficie das hemácias, liberação de IFn-y, expressão de moléculas de adesão, citoaderência de hemácias parasitadas e não parasitadas na microcirculação. Entre as alterações clinicas estão sindorme febril periódica, anemia, hiperbilirrubina indireta, hipoxia tecidual, anemia, plaquetopenia, glomerulonefrite. A doença apresenta, inicialmente, uma intensa sensação de frio e calafrios, tremores incontroláveis, náuseas, vômitos, palidez e pele fria. Na fase 2 ocorre um pico de temperatura, através de um calor intenso rosto afogueado, delírios, náuseas e vômitos. E a fase 3 é marcada pela queda de temperatura, com presença de sudorese, prostração e sono. Sintomas da malária incluem cefaleia, palidez, sudorese, tosse seca, náuseas, vômitos, dor abdominal, diarreia, febre, falta de apetite, fraqueza, hepatomegalia. A malária grave causa destruição dos eritrócitos e liberação de citocinas, com protuberância na superfície dos eritrócitos, formação de rosetas, obstrução capilar, isquemia e edema nos tecidos. Há um maior risco de malária vivax e falciparum em gestantes, esplenectomiados e primoinfestacdos, gerando formação de rosetas, microcirculação e resposta inflamatória intensa. A malária cerebral gera obstrução do microcapilar, hipoxia e inflamação do parênquima cerebral e destruição tecidual, podendo ocasionar hipertensão craniana, hemorragias, convulsões, fraqueza progressiva e morte. As manifestações clinicas que indicam malária grave e complicada são dor abdominal intensa, icterícia, redução do volume de urina, vômitos persistentes, cianose, convulsão, prostração. E as manifestações laboratoriais incluem anemia grave, hipoglicemia, acidose metabólica, insuficiência renal. O diagnóstico ocorre através de reste rápido imunocromatográfico e microscopia de gota espessa de sangue. O tratamento é feito com cloroquina e prequimaquina para casos de P. vivax/ovale; apenas cloroquina para P. malariae; artemeter e lumefantrina ou artesunato, mefloquina e primaquina para P. falciparum. O controle ocorre a partir da eliminação dos locais de reprodução do mosquito Anopheles, tratamento adequado dos casos, medicamentos supressivos disponíveis para as pessoas expostas. Não existe uma vacina disponível contra malária nas regiões não endêmicas.

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