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Malária: Causas, Sintomas e Tratamento

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Malária 
 
É uma doença infecciosa febril aguda causa por 
protozoários do gênero Plasmodium: P.vivax e o 
P. falciparum são as espécies predominantes. 
Transmitido pela picada de mosquitos do gênero 
Anopheles e família Culicidae infectados com o 
Plasmodium. 
No Brasil, a área endêmica é formada por 
todos os estados da Amazônia legal: Acre, 
Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima, 
além das regiões a oeste do Estado do Maranhão, 
ao noroeste do Estado do Tocantins e ao norte do 
Estado do Mato Grosso. 
 
 
 
CICLO DE VIDA 
 
Possui um ciclo de vida heteroxênico: um 
hospedeiro vertebrado e outro invertebrado. 
Ciclo biológico do parasito no homem 
O ciclo assexuado do plasmódio, denominado 
esquizogônico, inicia-se após a picada, com a 
inoculação de esporozoítos infectantes no 
homem. A seguir, os esporozoítos circulam na 
corrente sanguínea e rapidamente penetram nas 
células do fígado dando início ao ciclo pré-
eritrocítico ou esquizogonia tecidual. 
Ao final do ciclo tecidual, os esquizontes rompem 
o hepatócito, liberando milhares de elementos-
filhos na corrente sanguínea, chamados de 
Merozoítos. 
Os Merozoítos irão invadir as hemácias, dando 
início ao segundo ciclo de reprodução assexuada 
dos plasmódios: ciclo sanguíneo ou eritrocítico. 
Após se desenvolver no interior da hemácia, o 
parasito rompe-a liberando nossos Merozoítos. 
A fase seguinte é a fase de esquizonte, onde os 
Merozoítos se dividem, rompem o eritrócito e são 
lançados na corrente sanguínea. 
 
 
Ciclo biológico do parasito no mosquito 
A reprodução sexuada (esporogônica) do parasito 
ocorre no estômago do mosquito, após a 
diferenciação dos gametócitos em gametas e a sua 
fusão, com formação do ovo (zigoto). Este se 
transforma em uma forma móvel (oocineto) que 
migra até a parede do intestino médio do inseto, 
formando o oocisto, no interior do qual se 
desenvolverão os esporozoítos. Os esporozoítos 
produzidos nos oocistos são liberados na 
hemolinfa do inseto e migram até as glândulas 
salivares, de onde são transferidos para o sangue 
do hospedeiro humano durante o repasto 
sanguíneo. 
 
QUADRO CLÍNICO 
 
O quadro clínico da malária pode ser leve, 
moderado ou grave. 
Tem a presença da clássica tríade: febre, calafrio 
e dor de cabeça. Sintomas gerais como mal estar, 
dor muscular, sudorese, náusea e tontura, podem 
preceder ou acompanhar a tríade sintomática. 
o O plasmodium falciparum determina a 
forma mais grave da doença. 
o As recaídas de malária vivax se devem à 
reativação dos esporozoítos. 
o Menores de 6 anos com malária vivax não 
deverão tomar primaquina. 
o Não se deve suspender a cloroquina caso 
surja icterícia durante o tratamento de 
malária vivax. 
o A gravidade da doença correlaciona-se, 
sobretudo com a porcentagem de 
eritrócitos infectados e com a presença de 
pigmento malárico em mais de 5% dos 
neutrófilos à hematoscopia. 
o A infecção por Plasmodium malariae pode 
acompanhar-se de síndrome nefrótica 
decorrente de glomerulopatia por 
imunocomplexos. 
o Na vigência da deficiência de glicose-6-
fofasto desidrogenase, a primaquina, uma 
das drogas utilizadas no tratamento da 
protozoose, pode provocar, em seus 
usuários, hemólise decorrente de estresse 
oxidativo sobre os eritrócitos. 
 
Forma clínica grave e complicada 
Apresenta mais sintomas: prostração, alteração da 
consciência, dispneia ou hiperventilação, 
convulsões, hipotensão arterial ou choque, edema 
pulmonar, hemorragias, icterícia, hemoglobinúria, 
hiperpirexia (> 41º) e oligúria. 
Exames laboratoriais podem indicar uma: 
anemia grave, hipoglicemia, acidose metabólica, 
insuficiência renal, hiperlactatemia e 
hiperparasitemia. 
A presença de mais de um desses critérios 
determina a forma grave e indica internação 
hospitalar: 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
 
O diagnóstico da doença é feito pela 
visualização microscópica do plasmódio em 
exame da gota espessa de sangue (demanda cerca 
de 60 minutos), corada pela técnica de Giemsa ou 
de Walker. 
 
Testes rápidos imunocromatográficos: baseiam-
se na detecção de antígenos dos parasitos por 
anticorpos monoclonais (teste para casos urgentes) 
 
 
Diagnóstico diferencial 
Devem-se descartar outras causas de febre 
prolongada, como febre tifoide, febre amarela, 
leptospirose, hepatite infecciosa, leishmaniose 
visceral, doença de chagas aguda e outros 
processos febris. 
 
TRATAMENTO 
 
O objetivo do tratamento consiste em: interromper 
a esquizogonia sanguínea, destruir as formas 
latentes e interromper a transmissão. 
 
Malária não complicada 
 
o Gestante infectada por P. vivax: 
Cloroquina 
Malária complicada 
 
 
 
 
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