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E-BOOK Citopatologia Seja bem-vindo! Obrigado por fazer parte do nosso propósito de levar conhecimento com qualidade para o maior número de pessoas possíveis, por confiar e acreditar no nosso trabalho assim como nós acreditamos e confiamos no seu potencial. acreditamos que você pode chegar onde quiser sempre com mais conhecimento. Você já é diferente por ter acesso a esse e-book e certificado. Você poderá ter acesso aos nossos cursos e congressos pelo nosso site: www.cessetembro.com.br Quer ser um membro VIP? Faça parte da A Nova Classe: www.anovaclasse.com.br Nos acompanhe através de nossa rede social: @cessetembro Vamos fazer história juntos! Princípio: reconhecimento morfológico de células normais e anormais do colo uterino. Objetivos: Detecção de lesões pré-cancerosas do colo uterino, assim como o câncer de colo uterino em suas fases iniciais e câncer de endométrio. Apresenta baixa taxa de erro Resultados negativos não garantem a ausência de câncer cervical O exame não substitui os cuidados clínicos. A citologia cervico-vaginal é um teste de rastreamento do câncer de colo uterino. Citopatologia Ginecológica Aula 01: Fundamentos da Análise Citopatológica É causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano - HPV. A infecção genital por este vírus é muito frequente e não causa doença na maioria das vezes. Entretanto, em alguns casos, podem ocorrer alterações celulares que poderão evoluir para o câncer. Câncer de Colo de Útero Relembrando... Câncer de Colo de Útero Órgãos genitais externos, ou vulva. 02 Gônadas ou Ovários. 02 Trompas uterinas. Útero. Vagina. Clitóris e bulbo do vestíbulo. Pequenos e Grandes Lábios 2 mamas Região mais fina = colo do útero Dimensões variáveis (idade e fisiologia) Peso médio = 50 g Aumentar de 50 a 100 vezes na gestação Gestação Porção mediana da cavidade pélvica, entre bexiga e reto. Cavidade revestida pela mucosa endometrial. Função principal: reprodução feminina. Composto por: Revisão Anatômica Revisão Anatômica Útero Miométrio: camada muscular espessa; Peritônio: revestimento externo; Endométrio: camada interna Colo do útero: perfurado pelo canal endocervical, que se comunica com cavidade endometrial (pelo Orifício Interno do Colo) e cavidade vaginal (Orifício externo do colo). Colo: tem uma porção externa que é a ectocérvice e porção interna endocervical. Fundo de saco vaginal: depressão formadas no local de inserção do colo à vagina. Revisão Anatômica Útero Revisão Anatômica Colo Uterino Endocérvice Junção Escamocolunar (JEC) Endocérvice Útero Epitélio Escamoso Estratificado não Queratimizado Revisão Histológica Epitelio Colunar Simples Composto por camada basal, intermediária e superficial de células pavimentosas, Sem processo de queratinização na camada superficial. Repousa na membrana basal. Epitélio colunar (cilíndrico) simples Camada simples de células cubóides ou colunares, formando glândulas tubulares simples Revisão Histológica Epitélio Escamoso Estratificado Não Queratinizado: Epitélio Endocervical: Endométrio: Epitélio colunar (cilíndrico) simples Camada simples de células cubóides ou colunares, formando glândulas tubulares simples Função: proteção Encontrado nos lábios menores da vulva, vagina e parte externa do colo (exocérvice). Epitélio Endocervical: Endométrio: Epitélio Escamoso Estratificado Não-queratinizado Colo do Útero Vagina Paramétrio Forma arredondada Mitoses – Reposição tecidual Núcleo 2/3 da célula Basofílicas Raramente descamam Camada Basal: Forma arredondada Raras mitoses Descamação isolada ou em grupamentos Citoplasma cianofílico Camada Parabasal: Citoplasma aumenta em relação ao núcleo Núcleo arredondado Cromatina granulosa Camada Intermediária: Forma de barco ou navio Citoplasma carregado de glicogênio Bordas dobradas e basofílicas Células Intermediárias Naviculares: células poligonais, grandes citoplasma amplo, rico em queratina núcleo picnótico Camada Superficial Histologia e Citologia Epitélio Cilíndrico Endocervical células cilíndricas secretoras de muco na fase proliferativa – altura de 30 µm núcleo e célula aumentam durante fase secretora do ciclo menstrual Claro, abundante e fino durante a fase estrogênica Viscoso, escasso e não mais permeável aos espermatozoides após a ovulação Cross Section of an Animal C Muco Intermediárias; raras superficiais Intermediárias; aglomeração Numerosas céls. superficiais Descamativo com citólise fisiológica Conjuntos de células endoteliais, também chamadas de células paliçadas. Formato colunar típico Citoplasma delicado Núcleos basais Cromatina granular Descamam isoladas ou grupamentos Grupos em paliçada ou “favo de mel” Produtoras de mucina Citoplasma vacuolizado ou normal Fase estrogênica: citoplasma eosionófilo e núcleo elíptico Fase secretora: citoplasma claro e núcleo na base da célula Junção Exo-endocervical Relembrando... Aula 02: Citologia Hormonal Histologia Diferenciação por ação hormonal Basal Parabasal Intermediária Superficial Núcleo denso e cromatina condensada (5 a 7 µm) Citoplasma comumente eosinófilico, transparente Grânulos citoplasmáticos escuros e pequenos podem estar presentes Forma elíptica ou poligonal CS anucleadas: escamas Quando numerosas revelam um processo patológico de hiperqueratinização 30-40 µm Descamação isolada ou agrupadas Núcleo vesicular arredondado (8-12 micro) Citoplasma comumente cianofílico Forma elíptica ou esférica Citólise frequente = resultado da digestão do glicogênio pelos lactobacilos Células Intermediárias Células Superficiais A citologia como método de investigação endócrina é conhecida como citologia hormonal ou colpocitograma. O epitélio cervical e vaginal refletem as condições hormonais da mulher. Menacme Menopausa Período reprodutivo Última menstruação Citologia Hormonal Períodos Hormonais Menarca Primeira menstruação Modificações estruturais cíclicas no endométrio que caracterizam o ciclo menstrual a cada 28 dias Ciclo Menstrual Adeno-hipófise Síntese hormonal (ovários) FSH: Liberação de estrogênio. LH: Estimula a ovulação e controla a secreção de progesterona. ESTROGÊNIO: Controla a fase proliferativa do endométrio. PROGESTERONA: Controla a fase secretória. Podemos reconhecer três fases consecutivas do ciclo menstrual: Fase Menstrual Fase Proliferativa (estrogênica) Fase Secretora ou Luteínica Hormônios Ciclo Menstrual No esfregaço verifica-se a presença de: Células escamosas intermediárias com citoplasma pregueado Detritos celulares Raras células endocervicais Células endometriais glandulares e estromais isoladas ou agrupadas 1º dia do ciclo Fase Menstrual (1º ao 5º dia) Também chamada de fase estrogênica Coincide com concentrações plasmáticas crescentes de estrogênio na medida em que ocorre a proliferação e maturação dos folículos O estrógeno age no endométrio induzindo a proliferação celular e reconstituindo o epitélio perdido na fase menstrual Células escamosas intermediárias agrupadas ou isoladas Células escamosas superficiais dispersas Grande quantidades de eritrócitos, leucócitos e macrófagos No início do ciclo verifica-se : Células escamosas superficiais isoladas tornam-se mais numerosas, formato achatado, eosinofílicas e núcleo picnótico Eritrócitos, leucócitos e macrófagos tornam-se raros Células endocervicais com citoplasma basofílico, formato esférico e núcleo central Com o passar dos dias: Fase proliferativa (6º ao 14º dia) Também chamada de fase progestagênica Começa após a ovulação e resulta da ação da progesterona secretada pelo corpo lúteo. A progesterona continua estimulando as células glandulares, as quais jáestavam desenvolvidas sob a ação estrogênica da fase anterior. As células epiteliais começam a acumular glicogênio, mas em seguida a produção de glicogênio diminui. Os produtos de secreção dilatam o lúmen das glândulas, as quais ficam tortuosas. O endométrio alcança o máximo de espessura. Redução de células escamosas superficiais Aumento de células escamosas intermediárias com citoplasma pregueado Células naviculares são raras Antes do sangramento: citólise ocasionado por lactobacilos Nos esfregaços verifica-se: Fase secretora (15º ao 28º dia) Glicogênio Ciclo Menstrual ↑ Estrogênio ↑ Progesterona Feedback negativo Inibidores no hipotálamo ↓ FSH ↓ LH ↓ Estrogênio ↓ Progesterona Fragmentos endometriais com o sangue O endométrio é reduzido a uma camada delgada Ação maturativa para o epitélio cervical Aumento da espessura do epitélio Células da camada superficial mostram tendência de se corar de rosa. Provoca efeito contrário do estrogênio, inibindo a maturação doepitélio -> exceção: maturação da camada intermediária, Fato que explica a predominância de células intermediárias na fase secretória. Estrogênio Progesterona Desaparecimento dos ciclos menstruais normais Baixa produção hormonal Epitélio vaginal regride progressivamente até a atrofia Corpos densos: Ovalados Cianofílicos Muco condensado ou células parabasais degeneradas Menopausa Citologia cervical deixa de apresentar modificaçõescíclicas Padrão secundário ao efeito da progesterona. Gravidez 6 primeiras semanas de gravidez: 3º trimestre gestacional: •aspectos pré-menstrual •leve efeito estrogênico •células escamosas intermediárias •umerosas células naviculares •presença de lactobacilos e citólise. •muco claro e abundante Podem causar alterações no exame: Inflamação cérvico-vaginal: gera picnose e eosinofilia e aumenta células parabasais, mascarando os resultados Infecções: causam alterações inflamatórias Erosão e irritações da mucosa vaginal: aumenta número de células profundas no esfregaço Tratamentos hormonais; radioterapia e cirurgias recentes Fixação insatisfatória do esfregaço: altera coloração e avaliação morfológica do núcleo representam uma tentativa para se quantificar os tipos células escamosas presentes em esfregaços. são calculados contando-se um mínimo de 100 células. é a porcentagem de células com núcleo picnótico independente de suas características tintoriais. Exame de Citologia Hormonal Índices Hormonais Índice Picnótico (I.P.): é o percentual de células escamosas superficiais maduras com citoplasma eosinofílico. menos usado que os demais índices. É o cálculo da percentagem de células que possuem ao mesmo tempo citoplasma eosinófilo e núcleo picnótico. É uma tentativa de se classificar as células escamosas através da atribuição de um valor numérico: 1 – células superficiais, 0,5 – células intermediárias, 0 – células parabasais. Índice Eosinofílico (I.E.): Picnose: Retração nuclear, redução do volume nuclear, condensação do DNA. Índice estrogênico: Índice de Maturação (I.M.): Aula 03: Técnicas de Análise Citológica Coleta Amostral Facilitar o diagnóstico das alterações nucleares, contorno da membrana nuclear e composição da cromatina, Diminuição de possíveis interferentes que possam estar presentes nos esfregaços Permite o preparo de lâminas com maior representatividade celular citologia convencional: aproveitamento de 20% da amostra citologia de meio líquido: aproveitamento de 100% da amostra, permitindo, ainda, a conservação do material celular (morfologia) e evitando acúmulo de restos celulares, fundo hemorrágico, muco, infiltrado inflamatório e sobreposição de células na lâmina Automação em Citopatologia Escova de cerdas plásticas ou com espátula de ayre plástica Amostras das regiões endocervical, JEC e ectocérvice Deposição do material em frasco com líquido conservante Coleta: 15 dias T.A. 6 meses a 4ºC 2 anos a -20ºC Armazenamento: Citologia em Meio Líquido Identificação de natureza química de constituintes celulares Coloração específica desses constituintes Ligação ag-ac permite demonstração através de uma reação histoquímica com coloração visível em microscopia ótica Material: tecido parafinado, fresco, suspensões celulares, imprints e cell block diagnóstico quando a morfologia e os dados clinicopatológicos não o permitem distinção entre tumores histologicamente semelhantes e identificação de sub-tipos histológicos caracterização de tumores malignos (primários ou metastáticos) identificação de micro-metástases permite diagnóstico, prognóstico e orientação terapêutica Aplicação: Imunoistoquímica Baseia-se em reações antígeno-anticorpo detectáveis por meio de reações enzimáticas (teste imunoenzimático). Diagnóstico de doenças infecciosas Diagnóstico de doenças auto-imunes Diagnóstico de alergias Diagnóstico de concentração sérica de anticorpos Aplicação: Elisa Ensaio Colorimétrico Já é muito utilizado para triagem de HIV e doenças parasitárias. Ligação antígeno - Anticorpo Elisa Sanduíche Vantagens Reações Cruzadas Elisa Indireto Desvantagens Sensibilidade Especificidade Elisa Determinar o tipo e o número de células Isolar populações celulares Distribuição de células de acordo com a densidade dos Ag Distribuição de células de acordo com o tamanho celular Utilizado para diagnósticos de HIV, Leucemias Citometria de Fluxo Aula 04: Citologia Clínica da Mama Questão de Saúde Pública + 20 milhões de pessoas no mundo têm câncer 2ª maior causa de morte: 190 mil/ ano 60% têm diagnóstico já em estado avançado Tratamento de alta complexidade 600 mil novos casos por ano Alto impacto socioeconômico Estimativa INCA Formação dos Tumores Fatores de Risco Fatores de Risco FATORES INTERNOS Gênero Histórico Familiar Idade FATORES EXTERNOS Tabagismo Hábitos Alimentares Medicamentos Fatores Ocupacionais Radiação Alcoolismo Mutações Induzidas (Agentes Físicos, Químicos ou Virais) Rearranjos Genéticos Carcinogênese EVENTOS MUTAGÊNICOS Mutações Randômicas Ciclo Celular Formação dos Tumores Processo Metastático Câncer de Mama 87% - Câncer de Mama 50% - Câncer de Ovário Painel genético Unidas pela vida Testes Genéticos Perspectivas Futuras Aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular, edema cutâneo semelhante à casca de laranja retração cutânea dor, hiperemia inversão do mamilo descamação ou ulceração do mamilo secreção papilar, especialmente quando é unilateral e espontânea Diagnóstico Precoce Redução de efeitos colaterais Melhores resultados Sintomatologia: Epitélio: Reveste Sistema de lóbulos (glândulas) e ductos. Estroma: Tecido adiposo e conjuntivo de sustentação, envolvendo os ductos, lobos e vasos sanguíneos e linfáticos. Câncer de Mama Maior incidência e mortalidade em mulheres acima de 40 anos de idade Relembrando... Avaliação da sintomatologia clínica Exames de imagem Secreção: Não é preventivo e se negativo não dispensa a realização de outros exames. PAAF Biópsia Remoção de uma amostra de células do tecido mamário comumente guiado por ultrassom Procedimento poderá ser repetido diversas vezes, até que se obtenha quantidade suficiente de material, que posteriormente será colocado em lâminas Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF) Citologia Clínica da Mama Métodos de Análise Citologia esfoliativa: PAAF e secreção Retirada de fragmentos de tecido, com uma agulha de.calibre um pouco mais grosso que da PAAF, acoplada a uma pistola especial Poderá ser guiado por mamografia digital estereotáxica ou ultrassom Procedimento realizado com anestesia local e geralmente se retiram vários fragmentos de alguns milímetros. Biópsia por Agulha Grossa (Core Biopsy)Biópsia Cirúrgica Realizada no centro cirúrgico durante o ato cirúrgico e tem a grande vantagem de poder se fazer a biópsia por congelamento durante o procedimento o que permite dar ao cirurgião as margens de segurança. Existem dois tipos de biópsias cirúrgicas: incisional (que remove apenas parte da área suspeita, o suficiente para o diagnóstico) e excisional (que remove todo o tumor ou área anormal). Normalmente no primeiro mês de amamentação Mama vulnerável às infecções bacterianas devido ao desenvolvimento de rachaduras e fissuras nos mamilos Causada por Staphylococcus aureus ou menos comumente, Streptococcos Características: Mama eritematosa; dolorosa; estado febril Mastite Exsudato fibrino-leucocitário Debris celulares Material proteico de fundo e histiócitos Células epiteliais reativas Também conhecida com mastite periductal Massa subareolar eritematosa e dolorosa Processo inflamatório Condição não associada a lactação, história reprodutiva Específica ou idade . Características: Metaplasia escamosa queratinizada dos ductos mamilares Intensa resposta inflamatória crônica com neutrófilos e histiócitos Abcesso Subareolar Tumor benigno mais comum Sólido e móvel Constituído de epitélio e estroma Alta celularidade Células epiteliais se descamam em blocos, formando projeções É sempre um achado incidental de biópsia Não está associado a calcificações ou reações estromais Representa de 1% a 6% de todos os carcinomas Núcleos redondos, comcromatina e nucléolo delicados Núcleos desnudos bipolares – células mioepiteliais Ocasionais células apócrinas e células gigantes Fibroadenoma Carcinoma lobular in situ É mais comum em mulheres acima de 60 anos Massa bem circunscrita Pode mimetizar uma lesão benigna, clínica e radiologicamente, ou se apresentar como uma massa de crescimento rápido. Células epiteliais com intensas atipias celulares Agrupamentos sinciciais e tridimensionai Marcado pleomorfismo Presença de numerosos linfócitos Baixo pleomorfismo Núcleos uniformes e pequenos Ausência de nucléolos Cromatina delicada Carcinoma Medular celularidade baixa moderada, grupamentos de células epiteliais coesas, em geral em monocamadas e presença de núcleos desnudos bipolares celularidade alta, células epiteliais atípicas, geralmente isoladas, ausência de núcleos desnudos e redução da coesão celular Padrão citológico benigno, negativo para malignidade: Padrão citológico maligno: Resumo dos critérios citológicos para lesões de mama Até a próxima! Profª Me. Larissa Rabi Biomédica E-book oferecido pelo Centro Educacional Sete de Setembro em parceria com a professora Larissa Rabi para o curso de "Citopatologia". cessetembro
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