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VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Caso Clínico 1 Identificação: GAB, 27 anos, casada, agnóstica, advogada, natural e procedente de Osasco. QD: Consulta de rotina na GO. HPMA: Paciente vem a procura de atendimento na UBS em que você trabalha para seguimento de rotina. No momento não tem queixas específicas ginecológicas e obstétricas. ISDA: cefaléia em peso, holocraniana, principalmente ao final do dia, piora com stress. Hábito urinário preservado – vai ao banheiro a cada 3 horas. Hábito intestinal – 1 evacuação a cada 3 dias com dificuldade evacuatória e tenesmo. Restante dos aparelhos – NDN. AP: nega comorbidades, tabagista ½ maço por dia desde 20 anos (fator protetor para endometriose e mioma pelo hipoestrogenismo), etilista social (bebe cerveja e vinho aos finais de semanas). AF: mãe 55 anos, hígida; pai 56 anos, hipertenso controlado; tia materna CA de mama aos 35 anos. Antecedentes Ginecológicos e Obstétricos: - Mentruais: Menarca aos 13 anos, Ciclos regulares com intervalo de 27-29 dias, fluxo moderado, dismenorréia leve no primeiro dia (uso de analgésicos comuns), TPM com sintomas de irritação 10 dias antes da menstruação, nega uso de contracepção homornal; DUM 1 semana antes da consulta; - Sexuais: sexarca aos 15 anos, > 30 parceiros sexuais heterossexuais, refere uso de preservativo irregular, libido preservada, refere dispareunia de penetração (baixa lubrificação ou vaginites – existe também a dispareunia de profundidade, que está relacionada com endometriose) e ardência vaginal após a relação sexual, refere sinusiorragia leve (pode ser por ectopias, infecções na JEC) após as últimas relações sexuais; - Obstétricos: Primigesta com 1 aborto espontâneo há 1 ano sem necessidade de curetagem uterina (aborto completo). - Rastreio da saúde da mulher: nunca realizou CO ou MMG (pela idade ela não precisava fazer mamografia, porém há necessidade de fazer Papanicolau). Exame físico Geral: Bom estado geral, corada , hidratada, lúcida e orientada; PA 120 x 70 mmhg; FC 78 bpm; FR 15; Peso 67 kg e Altura 1,56m; Temp 36C. Abdome: flácido, semi globoso, sem cicatrizes/ retrações/ alterações de pele, timpânico, pouco doloroso difusamente (paciente obstipada crônica), DB negativo, sem visceromegalias, RHA +. Mamas: Inspeção estática e dinâmica sem alterações, linfonodos negativos axilares e claviculares, palpação com mamas densas sem nódulos ou alterações, expressão mamária negativa. 1) Hiperemiado. Fenda do colo transversa. Corrimento vaginal abundante, amarelo-esverdeada. Colo hiperemiado. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Toque vaginal: colo uterino fibroelástico, indolor a mobilização, útero de tamanho fisiológico, indolor a mobilização, anexos não palpáveis, fundo de saco livre, trofismo vaginal preservado, vagina normotérmica. Sangramento leve em dedo de luva e odor forte (vaginose bacterina). 2) Vaginose bacteriana, cervicite, sobrepeso, constipação crônica, tabagista e etilista social. 3) Para a vaginose bacteriana: Metronidazol, 500 mg, VO, 2 vezes por dia por 7 dias. Orientação de hábitos de vida saudáveis (ingesta de água, alimentação equilibrada, prática de atividade física constante, utilização de preservativo em todas as relações sexuais). A paciente retorna em 1 semana, ainda sem ter realizado nenhuma das condutas prescritas na consulta anterior como um encaixe de urgência em sua agenda. Refere que evolui com dor abdominal em hipogástrio, sem melhora com uso de medicações analgésicas simples, sem fatores acompanhantes ou de piora/ melhora. Refere mal estar geral com calafrios há 1 dia, nega relações sexuais no período e refere sangramento leve vaginal ontem. Regular estado geral, corada, desidratada +/4, lúcida e orientada. FC 101 bpm, FR 15, Temp 38.6 C, PA 110 x 60 mmhg. Abdome flácido, semigloboso, doloroso a palpação de hipogástrio, DB negativo, RHA +, timpânico, sem visceromegalias. Inspeção genital inalterada. EE: inalterado em relação à consulta anterior. Toque vaginal: colo uterio fibroelástico, doloroso a mobilização, útero de tamanho fisiológico com dor a palpação, anexos não palpáveis, fundo de saco preenchido por massa, principalmente `a esquerda, vagina hipertérmica. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 4) DIP. 5) Deve ser iniciado o mais precocemente possível, ainda que o diagnóstico seja apenas presumível Ceftriaxone + Doxiciclina + Metronidazol. Paciente evadiu da UBS antes do retorno para orientações e procurou um PSGO por conta. Foi avaliada e mantinha as queixas, exame físico se mantinha. O interno que a atendeu discutiu o caso com o chefe o plantão e a conduta foi de solicitar exames laboratoriais + de imagem + hidratação EV e sintomáticos, além de internação hospitalar para antibióticoterapia endovenosa. 6) Sim, ela apresenta critério de internação uma vez que ela apresenta alteração do estado geral, suspeita de ATO e dificuldade de acompanhamento ambulatorial. Se tem critérios de internação = ATB IV SEMPRE! 7) Hemograma completo, exame de urina tipo I, VHS, PCR, cultura do material da endocérvice, USG TV e pélvico, teste de gravidez. Apesar das medidas realizadas, enquanto a paciente, esperava resultados de exames, evoluiu com dor abdominal intensa e sinais de peritonite, além de aumento da frequência cardíaca para 123 bpm e queda da pressão arterial para 80 x 50 mmhg. O interno que estava fazendo o acompanhamento chamou o chefe de plantão e foi optada pela conduta cirúrgica para a paciente. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Síndrome de Fitz Hugh Curtes. USG TV: tuba espessada, dilatada, tortuosa e preenchida por liquido, aderida ao ovários esquerdo. Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae são os agentes primários. Transmissão sexual (sexo desprotegido com indivíduo contaminado). Infertilidade, dor pélvica crônica e gravidez ectópica. Caso Clínico 2 Paciente de 30 anos, nuligesta, quadro de SUA há 1 ano. Os ciclos são regulares, porém o sangramento dura 9 dias e o fluxo é aumentado. Nega dismenorréia. Hipocorada 2+/4+, abdome flácido, indolor a palpação, colo e mucosa sem lesões. Útero intrapélvico e anexos não palpáveis. Exames: beta HCG e USG TV. Tratamento enquanto a paciente não tem o diagnóstico definitivo: monitorização, acesso, verificar a pressão. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C USG TV mostrou útero aumentado, com nódulo compatível com mioma submucoso diante disso: AINH ou antifibrinolíticos para tratar os sintomas e, então, programar a paciente procedimento cirúrgico. Caso Clínico 3 Paciente de 44 anos, sangramento vaginal aumentado há 4 anos, refere que o sangramento menstrual dura 10 dias, com fluxo aumentado e sápida de coágulos. Recebeu diagnóstico de adenomiose por exame de USG, fez tratamento por 2 anos com uso de ACO sem melhora. 4G 3Pc 1 Ab. Ao USG: assimetria das paredes uterinas e pouca definição entre o limite do endométrio e do miométrio. Tratamento: Remoção cirúrgica da adenomiose; uma outra opção seria a colocação de DIU Mirena.
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