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TICs - Semana 3 Cólera

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Maria Emilia Celani Lopez 
 TICS – SEMANA 3 
 
CÓLERA 
QUANDO SUSPEITAR CLINICAMENTE QUE O PACIENTE POSSA APRESENTAR CÓLERA? 
De acordo com a definição de caso da OMS (organização mundial da saúde), deve suspeitar-se de um caso 
de cólera quando: 
❖ Numa zona onde a doença não parece estar presente, um doente com 5 anos de idade ou mais velho 
desenvolve desidratação grave ou morre de diarreia aquosa aguda1. 
❖ Numa zona onde há uma epidemia de cólera, um doente com 5 anos de idade ou mais velho desenvolve 
diarreia aquosa aguda, acompanhada ou não de vómitos1. 
Diarreia e vômito são as manifestações clínicas mais frequentes, o quadro costuma se iniciar de maneira 
insidiosa, com diarreia discreta, sem distinção das diarreias comuns, podendo também apresentar vômitos2. 
As fezes podem se apresentar como água amarelo-esverdeada, sem pus, muco ou sangue. Em alguns casos, 
pode haver, de início, a presença de muco2. 
QUAL A DIFERENÇA DAS OUTRAS ENTEROCOLITES BACTERIANAS? 
CÓLERA: provocada pelo Vibrio cholerae, causa diarreias esbranquiçadas devido à liberação de toxinas no 
intestino delgado, provocando a liberação de água e sais minerais pelas células ali presentes. Pode provocar 
a morte por insuficiência renal, aproximadamente um dia após o surgimento dos sintomas, caso não seja 
feito o tratamento adequado. A infecção se dá pela ingestão de água e alimentos contaminados pelas fezes 
de pessoas acometidas3. 
COQUELUCHE: a Bordetella pertussis é a responsável pelas tosses intensas. Deixam o indivíduo sem 
respirar até que cessem, fazendo com que, ao retomar o fôlego, reproduza um som de guincho, bem 
característico. Esta bactéria é transmitida pela inalação de gotículas de saliva contendo o agente 
transmissor, geralmente eliminadas na fala, tosse ou espirro de pessoas contaminadas4. 
DIFTERIA: acometendo principalmente crianças, é transmitida pela inalação de secreções respiratórias 
contendo a bactéria Corynebacterium diphteriae. Graças à toxina que libera, o paciente tem órgãos do 
sistema respiratório, como as tonsilas e faringe, afetados. Por esse motivo, pode causar a morte por asfixia. 
Febre e dificuldade de falar e engolir - principalmente devido a uma membrana que surge na garganta - são 
manifestações características4. 
DISENTERIA BACILAR: causada por bactérias do gênero Shigella, provoca diarreias aquosas e severas 
devido à ação de suas toxinas, liberadas no intestino delgado. Sua infecção se dá pela ingestão de água ou 
alimentos contaminados por fezes de pessoas doentes. Pode causar desidratação e, em casos mais severos, 
convulsões4. 
REFERENCIAS: 
1- VAZ, Ana Sofia Geraldes. Controlo e prevenção da cólera. 2013. Tese de Doutorado. 00500:: Universidade de Coimbra. 
2- Sindicato dos Hospitais de São Paulo. SINDHOSP no combate à cólera. Brasília, 1991b. 38 p 
Maria Emilia Celani Lopez 
 TICS – SEMANA 3 
 
3- LAFUENTE, Sarah et al. El cólera. Enfermedades Emergentes, v. 8, n. 1, p. 10-15, 2006. 
4- Moraes Filho, Joaquim Prado P. "Enterocolites bacterianas." RBM rev. bras. med (1988): 4-7.