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ESTADO DE GOIÁS SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE VAGAS NO CARGO DE PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL (5ª A 8ª SÉRIE) E ENSINO MÉDIO-PIII PPRROOVVAA DDIISSCCUURRSSIIVVAA LLÍÍNNGGUUAA PPOORRTTUUGGUUEESSAA 1 . 2 . 3 . 4 . 5 . Só abra este caderno quando o fiscal autorizar. Leia atentamente as instruções abaixo. Este caderno de provas é composto de 2 questões discursivas, que deverão ser respondidas com caneta esferográfica preta. Após a autorização, verifique se o caderno está completo ou se há alguma imperfeição gráfica que possa gerar dúvidas. Se necessário, peça sua substituição, antes de iniciar a prova. Leia cuidadosamente cada questão da prova, antes de respondê-la. Não serão corrigidas as provas respondidas a lápis ou contendo qualquer sinal que possibilite identificar o(a) candidato(a). Durante as provas, o(a) candidato(a) não deverá levantar-se sem autorização prévia ou comunicar-se com outros(as) candidatos(as). OBSERVAÇÃO: - Os fiscais não estão autorizados a fornecer informações acerca desta prova. Identificação do candidato Nota 1 LÍNGUA PORTUGUESA Questão 1 A análise lingüística não deve ser entendida como a gramática aplicada ao texto, como supõem os autores de livros didáticos, [...] porque o objetivo fundamental da análise lingüística é a construção de conhecimento e não o reconhecimento de estruturas (o reconhecimento só é legítimo na medida em que participa de um processo de construção de conhecimento). BRITO, Luiz Percival L. A sombra do caos: ensino de língua x tradição gramatical. Porto Alegre: Mercado das Letras, 1994. p. 164. Tendo em vista as reflexões suscitadas pela citação acima, discuta a pertinência de se trabalhar, no ensino Fundamental e Médio, um modelo de exercício como o indicado abaixo: “Classifique o sujeito em: determinado simples, determinado composto, determinado pela desinência verbal, indeterminado ou inexistente. 1. Por diversas causas a minha recepção devia ser das melhores. RAUL POMPÉIA 2. Foram a pé do Flamengo à Rua do Príncipe, três a quatro minutos. MACHADO DE ASSIS 3. Saí menino de minha terra. MANUEL BANDEIRA 4. Ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar das ondas... ALUÍSIO AZEVEDO 5. É noite ainda! Durmamos Julieta! CASTRO ALVES.” 2 Questão 2 Após a leitura do texto de Millôr Fernandes, responda a somente UMA das questões propostas. A tinta de escrever é um líquido com que a gente suja os dedos quando vai fazer a lição. A gente podia fazer a lição com lápis mas com lápis era muito fácil e por isso a professora não deixa. Assim, a gente tem que tomar muito cuidado porque com tinta o erro nunca mais sai. E uma coisa que eu não sei é como um vidrinho de tinta tão pequeno pode ter tanto erro de Português. FERNANDES, Millôr. Conpozissões imfãntis. Rio de Janeiro: Nórdica, 1976. p. 17. a) O texto acima se constrói na perspectiva de uma criança em fase de aprendizagem. Discuta a concepção de erro implícita nas passagens do texto destacadas a seguir, sob o enfoque do ensino-aprendizagem da linguagem escrita. “A gente podia fazer a lição com lápis mas com lápis era muito fácil e por isso a professora não deixa” “a gente tem que tomar muito cuidado porque com tinta o erro nunca mais sai” “eu não sei é como um vidrinho de tinta tão pequeno pode ter tanto erro de Português” b) A ironia no texto de Millôr denuncia uma concepção de erro veiculada pela escola tradicional. Explicite essa ironia e discuta a deficiência que ela aponta. 3