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RESUMO DE CLÍNICA MÉDICA - NICOLE MALHEIROS 2022.2 MED. FUNORTE XXXI GD3 - INSUFICIÊNCIA CARDÍACA AGUDA Diagnóstico sindrômico. Alteração funcional ou estrutural que gera suprimento inadequado para atender as necessidades metabólicas do organismo ou o faz às custas de altas pressões de enchimento cardíaco. Remodelamento cardíaco. A IC é a via final comum da maioria das doenças que acometem o coração, sendo um dos mais importantes desafios clínicos atuais. EPIDEMIOLOGIA: - 1 A 2% da população adulta - Idosos (>70 anos): 10% da população - Principal causa de internação hospitalar - Sobrevida após 5 anos de diagnóstico → 35% - Principal etiologia no Brasil: Isquêmica e Hirpentensiva - Região Norte: Doença de Chagas CLASSIFICAÇÃO: → Temporal: aguda x crônica → Anatômica: congestão sistêmica x congestão pulmonar → Quanto ao Débito Cardíaco: baixo déficit x alto déficit → Quanto à etapa do ciclo cardíaco: FE, tamanho do coração, bulhas → Quanto ao perfil hemodinâmico: fração de ejeção preservada ou diminuída FISIOPATOLOGIA: → Comprometimento primário do miocárdio: doença ateroesclerótica coronariana ou cardiopatia isquêmica e miocardites. → Sobrecarga excessiva: pressão e volume → Mecanismos compensatórios: taquicardia, mecanismo de Frank-Starling, hipertrofia cardíaca. → Alterações neuro-hormonais: vasoconstrição e retenção de sódio e água (ativação de SNS, SRAA, vasopressina), vasodilatação (peptídeos natriuréticos, prostaglandinas, dopamina). → Alterações Parácrinas e autócrinas: disfunção endotelial, óxido nítrico, endotelina. *Principais causas em MOC: chagas e HAS SINTOMAS: - Dispneia progressiva - Fadiga - Hipotensão - Disfunção de órgãos-alvo - Ortopneia, Dispneia Paroxística Noturna, tosse - EAP (edema agudo de pulmão) - Estertores crepitantes - Alcalose respiratória - Derrame pleural (+ à direita) - Edema de MMII - Hepatomegalia - Estase de Jugular - Ascite - Pele fria, pulsos finos - TEC prolongado, rebaixamento do nível de consciência. - Oligúria - Astenia, fraqueza, acúmulo de ac. lático. - Cardiomegalia com ictus desviado - B3 (sistólica) ou B4 (diastólico), sopro, sibilos - Emagrecimento, caquexia *Critérios de Boston (8 a 12 pontos) e de Framingham (2 maiores ou 1 maior + 2 menores) * Se atentar as comorbidades Como definir o perfil hemodinâmico do paciente com IC aguda? ● Perfil A: Quente e seco (boa perfusão e sem congestão) ● Perfil B: Quente e úmido (boa perfusão e congesto) ● Perfil L: Frio e seco (baixa perfusão e sem congestão) ● Perfil C: Frio e úmido (baixa perfusão e congesto) O prognóstico é pior nos pacientes quente e úmido (perfil B) e frio e úmido (perfil C), quando comparados ao A. MANEJO: Paciente com IC aguda deve receber atendimento médico o mais rápido possível, de preferência em um hospital com cardiologia e UTI. Inicialmente o paciente deve ser monitorizado com saturação de oxigênio, pressão arterial, frequência respiratória e ECG em poucos minutos. Após identificar o perfil hemodinâmico do paciente, iremos definir o melhor tratamento para o paciente. ● Perfil quente e seco: Ajuste de medicações via oral e encaminhamento para seguimento ambulatorial. ● Perfil quente e úmido: se a hipertensão é predominante, priorizar vasodilatador, em relação ao diurético. Se a congestão é predominante, priorizar o uso de diuréticos. ● Perfil frio e úmido: ○ Se PAS >90mmHg, iniciar vasodilatadores EV (nitroprussiato). Pode ser necessário diuréticos e considerar agentes inotrópicos (dobutamina, milrinona, dopamina) em casos refratários. ○ Se PA< 90mmHg, pode ser necessário reduzir doses de iECA e ou betabloqueadores de uso habitual e iniciar inotrópicos. ○ Os beta bloqueadores somente devem ser reduzidos ou suspensos em caso de extrema gravidade, como choque cardiogênico, pois sua suspensão está associada a pior prognóstico. ● Perfil frio e seco: Considerar reposição volêmica e/ou redução da dose de diuréticos para otimização volêmica. Se continuar hipoperfusão, avaliar necessidade de inotrópicos. EXAMES COMPLEMENTARES: DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: TRATAMENTO: - Medidas comportamentais + medicação
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