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CENTRO UNIVERSITÁRIO RUY BARBOSA – UNIRUY
Disciplina: Prática Simulada Penal
Prof. Fábio Santos
Data: 22.06.2022
Aluno: idarayna Tarcís Dantas Brito _______________________
AV3
I. 	QUESTÕES SUBJETIVAS
1. Diferencie, exemplificando, as provas no Processo Penal brasileiro.
R: A prova é o meio pelo qual evidência um fato, formando o convencimento do juíz. Existem vários tipos de provas, são elas: a Prova pericial, quando o juiz se utiliza do exame pericial, que é um laudo elaborado pelos peritos do que foi examinado a perícia. O exame de corpo de delito são investigados elementos materiais ou algum vestígios que indicam a existência de um crime. A Documental é o documento constituído a partir do caso para servir de prova no processo. A Testemunhal é qualquer pessoa que possa narrar os fatos de que tenha conhecimento, acerca do objeto do processo. A Prova emprestada aproveita a atividade probatória anteriormente desenvolvida. A Acareação é quando se colocam frente a frente pessoas que fizeram declarações diferentes do mesmo fato. A Confissão é quando o autor da prática criminosa assume a culpa.
2. Disserte, resumidamente, sobre Competência no Processo Penal: conceito; espécies; prevenção; unidade e separação de processos.
R:A competência é o limite da atuação jurisdicional, uma medida de jurisdição, e pode ser determinada de algumas formas como trás o artigo 69 do CPP. No artigo 70, traz que se em determinado local o Direito foi violado, ali deverá ser instaurado o processo, para punir o criminoso sendo assim a competência é determinada pelo lugar do crime. No entanto a competência pode ser determinada pelo domicílio ou residência do réu, que só será utilizado quando não for conhecido o lugar da infração. Podemos também definir a competência em razão da matéria como o poder que tem o Tribunal para conhecer uma determinada infração, em razão da sua natureza ou da pena que a lei lhe comina, o artigo 74, define a competência por natureza da infração. No entanto o artigo 75, diz que quando se tem mais de um Juiz competente no foro do processo, a distribuição do deste determinará qual Magistrado será o responsável . A competência pode ser determinada ainda pela conexão conexão que se refere ao nexo, ou a relação que os fatos guardam entre si, possui vínculo entre eles, devem ser apreciados em um só processo, evitando decisões conflitantes. A competência será determinada pela continência quando duas ou mais pessoas forem acusadas pelo mesmo crime ou quando cometerem infrações nas condições previstas nos artigos 51, 53, e 54 do CP. A competência pela prevenção será aplicada para solucionar o caso quando dois Juízes forem igualmente competentes, como trás o artigo 83 do CPP. Existe dentro das competências uma prerrogativa de função onde o foro especial por prerrogativa  não é privilégio pessoal, mas sim uma garantia necessária ao pleno exercício de funções públicas, típicas do Estado Democrático de Direito. É uma técnica de proteção da pessoa que o detém, em face de dispositivo da Carta Magna, significando que o titular se submete a investigação, processo e julgamento especial.
3. Fale, de maneira objetiva, sobre a Fiança e as infrações penais afiançáveis.
R: A fiança paga por uma pessoa que foi acusado criminalmente serve como uma espécie de caução para um eventual pagamento de multa, de despesas processuais ou de indenização no caso do réu ser condenado. Após o pagamento da fiança ele passará a responder em liberdade, e deverá cumprir com algumas obrigações. infrações penais afiançáveis são aquelas em que a lei determina pena de detenção, prisão simples ou multa cuja fiança pode ser arbitrada pela Policia. Para as infrações cuja pena mínima vai até dois anos de pena privativa de liberdade, a fiança pode ser dada também pelo Juiz, no caso de detenção ou reclusão.
4. Fale, resumidamente, sobre os Procedimentos do Processo Penal Aplicado.
R: O procedimento comum do processo penal aplicado pode ser ordinário sumário ou sumaríssimo. Quando a pena máxima privativa de liberdade aplicada no tipo penal for igual ou superior a quatro anos, o procedimento empregado é o ordinário. O sumário será utilizado quando a pena máxima em abstrato for inferior a quatro anos e superior a dois anos de pena privativa de liberdade. O sumaríssimo será utilizado nos crimes de menor potencial ofensivo que tem pena de até dois anos de reclusão, sendo tratados pelo Juizado Especial.
5. Faça uma análise crítica do Tribunal do Júri.
R: O Tribunal do Júri é composto por julgadores sem qualquer formação jurídica ou até mesmo sem informações básicas de direito decidem basicamente pela emoção e instinto, sendo facilmente manipulados pelos advogados. Deveriam ao menos ter instruções de técnicas jurídicas para não decidir a vida de alguém baseados no calor do momento.
6. Comente sobre a Sentença Penal.
R: É a decisão definitiva dentro de um processo penal é o que que determina a condenação ou a absolvição de um réu. A sentença pode ser condenatória quando há reconhecimento da responsabilidade do réu, quando é provado de fato que determinado crime foi praticado por ele. E a sentença absolutoria que é quando o réu é absolvido por não existir provas suficientes para uma condenação.
7. Fale, resumidamente, sobre os Recursos no Processo Penal.
R: Recurso criminal é o meio pelo qual os interessados, podem recorrer contra uma decisão judicial no âmbito criminal, dentro de um mesmo processo com o objetivo de obter sua reanálise. 
Os recursos do processo penal são; Recurso em Sentido Estrito, casos de arquivamento de inquérito policial ou peças pertinentes a crimes contra a economia popular ou saúde pública, exceto na hipótese de entorpecentes. Cabe recurso em sentido estrito pelo MP contra sentença de pronúncia que deixar de decretar a prisão provisória do réu. Recurso de Apelação, o juiz, por uma das causas do artigo 386 do CPP, julga improcedente a acusação. Se procedente é definitiva de condenação. Cabe apelação da decisão do juiz e do júri. Recurso de Embargos de Declaração é cabível contra a decisão que contiver obscuridade, ambiguidade, contradição ou omissão. Recurso da carta testemunhável propiciona à instancia superior a reparação de um gravame provocado pelo juiz quando não houver recebido o recurso ou, recebido mas dá segmento ao processo. Recurso de Agravo, disposto no artigo 197 da LEP, é uma forma de recurso utilizado na impugnação de qualquer decisão, despacho ou sentença prolatada pelo juiz da vara da execução criminal, que de alguma forma prejudique as partes principais envolvidas no processo. Recurso Embargos infringentes caberão embargos infringentes e de nulidade quando se tratar de decisões não unânimes e desfavoráveis ao réu. Recurso Extraordinário Tem por finalidade levar ao conhecimento do STF uma questão de natureza constitucional. Já o Resp é dirigido ao STJ quando se tratar de questão federal de natureza infraconstitucional. Recurso especial Cabe das decisões de qualquer tribunal estadual, em única instância que venha a contrariar o tratado ou lei federal, ou que negue vigência, julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face de lei federal. Protesto por novo Júri é uma provocação feita da sentença de um júri para outro a fim de julgar a causa de novamente, quando o réu é condenado por um só crime pelo júri a pena igual ou superior a 20 anos, um recurso exclusivo da defesa.
 
8. Considerando o Estatuto da Criança e do Adolescente, fale sobre a prática jurídica envolvendo a aplicação de medidas socioeducativas nos casos de ato infracional envolvendo adolescentes em conflito com a lei.
R: O Estatuto da Criança e do Adolescente trás no seu artigo 103 a definição do ato infracional “ Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal”. considera-se ato infracional todo fato típico, descrito como crime ou contravenção penal. As crianças de até doze anos de idade incompletos e os adolescentes de até dezoito anos de idade, que cometem infrações penais,caberá ao Conselho Tutelar e não ao Juízo da Vara da Infância e Juventude a aplicação das medidas de proteção dispostas no artigo 136, I do ECA, de acordo com art. 106 do Eca, o adolescente poderá ser apreendido em flagrante delito, porém nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão em flagrante de ato infracional ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente. As medidas protetivas podem ser plicadas tanto a criança quanto ao adolescente que se encontre em situação de risco. Já as medidas socioeducativas se restringem a situação de risco prevista no artigo 98, III, quando é o adolescente que se coloca nessa condição em razão de sua própria conduta, pela prática de ato infracional.

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