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SISTEMA DIGESTÓRIO M.V. Júlia Terra Cavida de oral Dentes Língua Glândula salivar Faringe Esôfag o Estômago Intestin o Reto Ânus Classificação ❑ Ruminantes ▪ Pré-estômago - Rúmen - Retículo - Omaso ▪ Estômago - Abomaso ❑Monogástricos ▪ Estômago Coloração de mucosas Coloração de mucosas Mucocele/sialocele ■ Acúmulo de secreções salivares em cavidades: ■ Únicas ou multilocalizadas ■ Resultado de trauma no ducto salivar ou obstrução ■ Maioria é subcutânea ■ Até 10cm de diâmetro ■ Cálculos Cavidade oral ■ Fenda patalatina: abertura no palato duro ■ Bragnatismo superior: subdesenvolvimento da maxila ■ Bragnatismo inferior: subdesenvolvimento da mandíbula ■ Prognatismo: crescimento acima do normal (mandíbula) ■ Agnatismo: ausência de mandíbula Cavidade oral Fenda Palatina Fenda palatina Lábio leporino ■ Falha na fusão dos lábios ■ Associado ou não à fenda palatina ■ Superficiais ou se estendem até a narina Estomatite superficial ■ Processos inflamatórios superficiais da mucosa oral. ■ Lesões diretas à mucosa oral, provocadas por irritantes químicos, compostos tóxicos, queimaduras térmicas ou elétricas e traumas diretos por alimento muito fibroso ou corpos estranhos, podem formar soluções de continuidade no epitélio de revestimento da mucosa e predispor à infecção bacteriana secundária. ■ Geralmente, estomatite é reflexo do desequilíbrio da microbiota da cavidade oral. Estomatite Estomatite Estomatite catarral ■ A estomatite catarral é um tipo de estomatite superficial comum e inespecífica que cursa com doenças debilitantes. ■ Caracteriza-se por hiperemia da mucosa e edema, acompanhados por discreta gengivite. ■ A candidíase oral é um exemplo típico de estomatite catarral, acometendo mais frequentemente potros, leitões e cães jovens. Estomatite vesicular ■ Caracteriza-se pela formação de vesículas nas camadas superficiais do epitélio ou entre o epitélio e a lâmina própria. ■ estomatite típica de algumas infecções virais, como: febre aftosa, em bovinos, suínos e ovinos; diarreia viral bovina entre outras. Estomatite vesicular Estomatite ulcerativa ■ São caracterizadas por perdas locais de epitélio. São superficiais na erosiva e profundas na ulcerativa. ■ As estomatites erosivas e ulcerativas geralmente são inespecíficas, mas também estão associadas a uma série de importantes doenças e síndromes, como: febre aftosa; estomatite vesicular, doença vesicular dos suínos; exantema vesicular, calicivirose felina, ectima contagioso ovino, estomatite plasmocitária felina, úlcera eosinofílica em gatos, granuloma linear dos cães Estomatite ulcerativa Estomatite ulcerativa Hiperplasia gengival ■ Hiperplasia gengival ocorre por crescimento excessivo do estroma da submucosa gengival; por isso, ela também é conhecida como hiperplasia fibrosa. ■ Comumente descrita em raças de cães braquicefálicas, principalmente em cães Boxer acima de 5 anos de idade. ■ Macroscopicamente, pode-se observar aumento difuso ou focal (nodular) da gengiva, caracterizado por um tecido firme e esbranquiçado revestido por mucosa gengival, que pode ou não estar ulcerada. Hiperplasia gengival Papilomatose gengival ■ O papiloma, ou papilomatose oral, é uma neoplasia benigna transmissível, originária das células da camada espinhosa, induzida pela infecção causada por um papilomavírus. ■ As espécies mais comumente afetadas são os caninos e bovinos. ■ Em cães, é causado pelo papilomavírus oral canino e acomete principalmente animais jovens ou adultos em contato direto com indivíduos infectados. ■ Nos bovinos, a causa é o papilomavírus bovino tipo 4. Papilomatose gengival Carcinoma de células escamosas ■ É um tumor maligno de queratinócitos da camada espinhosa, muito comum nos animais domésticos. No gato, é a neoplasia mais frequente da cavidade oral, nos cães, e nos bovinos, tem ocorrência elevada em determinadas regiões e está relacionado com o consumo de samambaia (Pteridium aquilinum) por longos períodos. Carcinoma de células escamosas Doença periodontal ■ É um processo crônico, que afeta os elementos de sustentação do dente (periodonto), culminando com a perda dentária. ■ Acúmulo de restos alimentares e bactérias. ■ Retração de gengiva, acúmulo de tártaro, dor, perda dentária. Doença periodontal Fratura dentária Fístula Megaesôfago ■ Mais comumente observado na espécie canina, mas já foi descrito em felinos, equinos e bovinos. ■ Caracteriza-se pela atonia, flacidez e dilatação do lúmen esofágico devido a distúrbios no peristaltismo por disfunção motora segmentar ou difusa. ■ Ocorre de forma idiopática ou como consequência de obstrução física parcial ou total, estenose, doenças inflamatórias da musculatura esofágica e persistência do arco aórtico direito. ■ O megaesôfago é, também, o resultado da perda do tônus da musculatura esofágica. Megaesofago Megaesofago Esofagite ■ As esofagites são quase sempre erosivas e ulcerativas. ■ Geralmente inespecíficas, acompanham alterações inflamatórias da orofaringe e do rúmen-retículo, tal como nas infecções pelos vírus da BVD, FCM, peste bovina, entre outras. Esofagite Corpos estranhos ❑ Obstrutivos ou perfurantes ❑ Gastrite ❑ ++ Filhotes ❑ ++ Cães Ingestão acidental Meliante Obstrução por corpos estranhos Obstruções por corpos estranhos Obstruções Perfuração Torção Gástrica ❑ Predisposição: Cães → raças grandes ❑ Manejo alimentar inadequado ▪ Oferta de alimento ▪ Atividade física pós prandial ❑ Estômago dilata e gira ❑ Estrangulamento de piloro e cardia ❑ Fermentação alimentar → timpanismo ❑ Congestão esplênica e hepática → torção dos vasos Oferta de alimento → no mínimo 2x ao dia Torção Gástrica Torção Gástrica Dilatação e torção gástrica Torção Gástrica Dilatação e torção gástrica Gastrite ❑ Inflamação do estômago ❑ Aguda → Repentino, dor à palpação, vômito e anorexia ❑ Causas: ▪ Aumento da secreção ácida - Aumento da produção pelas céls parietais - Vômito amarelado → acidez ▪ Diminuição da proteção - Diminuição das céls mucosas e bicarbonato (tampão) Gastrite ❑ Inflamação do estômago ❑ Crônica→ não repentino, ulcerativas ❑ Causas: ▪ AINEs → diminuição do muco ▪ Refluxo duodenal ▪ Isquemia gástrica ▪ Stress → diminuição do muco Complicações: perfurações → hemorragias → peritonite e morte Gastrite infecciosa ❑ Associado há infecção por Helicobacter pilori ❑ Microbiota → problemas quando baixa a imunidade e ocorre descontrole populacional → ultrapassando a camada de muco ❑ Patogenia: urease + protease = digerir as cels da mucosa → processo inflamatório Timpanismo ■ Primário ou secundário ■ É a distensão dos pré-estômagos por acúmulo excessivo de gases, devido à sua não eliminação, decorrente de falha na eructação Processo da eructação em ruminantes: ■ 1- Estádio de separação, quando as bolhas gasosas formadas durante a fermentação ruminal normal atravessam a ingesta e se coalescem com o gás livre do saco dorsal. ■ 2- Estádio de deslocamento, em que, por uma contração do rúmen, o gás livre é deslocado para a frente e para baixo, em direção à cárdia. ■ 3- Estádio de transferência, quando a cárdia se abre e o gás passa para o esôfago . ■ 4- Estádio esofágico, em que, por uma contração retrógrada do esôfago, o gás é empurrado para a faringe. ■ 5- Estádio faringopulmonar, no qual, pela abertura do esfíncter nasofaringiano, o gás passa aos pulmões, onde parte é absorvida e parte é exalada na expiração. Timpanismo primário ■ Espumoso ■ É essencialmente nutricional e resultante de falha no primeiro estádio da eructação ■ A falha no primeiro estádio é provocada pelo aumento da tensão superficial e estabilidade das bolhas gasosas que não se coalescem e ficam presas à ingesta na forma de espuma (timpanismo espumoso) Timpanismo secundário ■ Patológico e de gáslivre ■ É decorrente de alterações patológicas que afetam os outros estádios da eructação, principalmente os estádios 2, 3 e 4 ■ O gás retido é o gás livre presente no saco dorsal (timpanismo de gás livre) ■ O comprometimento patológico da eructação pode ser por atonia ruminal (estádio 2), obstruções físicas e funcionais da cárdia (estádio 3), como papilomas, fibromas ou corpos estranhos, e obstrução esofágica (estádio 4). ■ O comprometimento do estádio 5 como causa de timpanismo é improvável, já que uma insuficiência pulmonar nesse nível seria fatal antes de interferir com a eructação. Deslocamento do abomaso ■ É um problema clínico comum em vacas leiteiras de alta produção, particularmente no final da gestação ou logo após o parto. ■ Causa: atonia e o aumento da produção de gás. ■ O deslocamento pode ser esquerdo ou direito. Peritonite Diarreia Enterites ■ Infecciosa ■ Nutricional ■ Inflamatória ■ Mecânica Parvovirose ■ Vírus ■ Contagioso ■ Vacina óctupla ■ Cães filhotes Giardíase ■ Zoonose ■ Diarreia, muco e sangue ■ Predisposição ■ Vacina ■ Água filtrada ■ Isospora Intussuscepção Prolapso retal ■ Frequência em ruminantes, principalmente ovinos, e em suínos. ■ Tenesmo, disúria, neuropatia, tosse crônica, diarreia, predisposição genética e ingestão de plantas fitoestrogênicas ou de rações com milho contaminado com micotoxina zearalenona. ■ Recorrente. Prolapso retal Atresia/agenesia anal ■ Congenito ■ Fístulas vaginais ■ Total/parcial ■ Pode ser incompatível com a vida Intoxicações ■ Intoxicação crônica por samambaia ■ Pteridium aquilinum ■ Neoformações no trato gastrintestinal e trato urinário ■ Cavidade oral, esôfago, rúmen e bexiga Intoxicações ■ Chocolate ■ Alho ■ Cebola ■ Plantas ■ Leveduras ■ Medicamentos ■ Produtos químicos