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RESENHA - PRINCIPIOS NOVA LEI DE LICITAÇÕES

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FACULDADE UNYPUBLICA
PÓS GRADUAÇÃO EM LICITAÇÕES PÚBLICAS À LUZ DA LEI 14.133
RESENHA
Trabalho apresentado para a disciplina D3 – Licitações Públicas à luz da Lei 14.133/2021
GUAÍRA/SP
2022
Título: Os princípios da Lei de Licitações.
Como é sabido a de forma simples, podemos dizer que a Licitação é o procedimento administrativo forma em que a Administração Pública convoca, mediante condições estabelecidas em ato próprio, empresas interessadas na apresentação de proposta pra o oferecimento de bens e serviços. Quando abordamos a temática de compras e contratações podemos claramente perceber que na esfera Pública, diferentemente da iniciativa privada, as contratações de bens e serviços passam pelo processo de licitação. O processo licitatório é entendido como o conjunto de procedimentos ordenados, pautados pelos princípios legais e administrativos, onde o Poder Público põe os objetos pretendidos em disputa, oferecendo à iniciativa privada a possibilidade de participação, respeitando-se as especificidades e limitações legais. Tal conjunto de procedimentos é regido por legislação, que apresenta dispositivos para delimitar desde modalidades mais adequadas para cada tipo de contratação como critérios de habilitação de empresas, duração dos contratos, limitadores financeiros, dentre outros. 
Para a antiga lei nº 8.666/1993, o processo licitatório se referia ao conjunto de procedimentos administrativos para a realização de compras ou de serviços contratados através da administração pública em todas as suas esferas. A obrigação do procedimento licitatório tem previsão constitucional, assim estabelecido no art. 37, XXI. Na execução desse procedimento a Lei 8.666/93 prevê, em seu art. 3º, os seguintes princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. No total oito princípios, portanto – ou nove, se considerarmos a garantia da isonomia, na primeira parte do dispositivo. Em contrapartida, a nova Lei nº 14.133/2021, em seu art. 5º, prevê vinte e dois princípios:
Art. 5º Na aplicação desta Lei, serão observados os princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade, da eficiência, do interesse público, da probidade administrativa, da igualdade, do planejamento, da transparência, da eficácia, da segregação de funções, da motivação, da vinculação ao edital, do julgamento objetivo, da segurança jurídica, da razoabilidade, da competitividade, da proporcionalidade, da celeridade, da economicidade e do desenvolvimento nacional sustentável, assim como as disposições do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942.
Penso que a inserção de tantos princípios se justifica que, devido ao montante de ocorrências de corrupção observadas nos últimos anos, a segurança administrativa requisitava há tempos um certame mais seguro, sem a possibilidade de burlarem partes de sua predisposição legal e convertê-la em benefícios pessoais, desviando-se da objetividade pública. Porém devemos nos perguntar, quais os benefícios a nova lei de licitações (Lei nº 14.133/2021) pode oferecer aos processos hoje uniformes e inflexíveis, quais as suas prerrogativas e soluções trazidas por essa nova legislação?
Os princípios, bases em que se fundamentam as normas legais, estão espalhados por todo o ordenamento pátrio, seja de modo explícito ou implicitamente. Porém, em ambos os casos com igual importância para a estruturação dos ordenamentos que permeiam. Alguns princípios irão orientar o processo licitatórios, sendo os principais: sigilo das propostas: mesmo a licitação sendo pública, as propostas devem ser sigilosas até o momento da abertura dos envelopes, de modo a preservar a ampla concorrência entre os participantes e obter a melhor proposta para o ente público; vedação à oferta de vantagem: as propostas devem ser individualizadas, objetivas e determinadas, apresentadas individualmente para o objetivo do procedimento realizado, sem que haja qualquer vantagem particular; vinculação ao instrumento convocatório: tanto a Administração Pública licitante quanto as partes envolvidas estão vinculadas ao instrumento convocatório. É o mesmo que dizer que o Edital é a Lei da licitação; julgamento objetivo: na avaliação da melhor proposta a Administração Pública deve perquirir o cumprimento dos requisitos de forma objetiva, sempre com foco no cumprimento do edital, sem avaliações subjetivas sobre as partes envolvidas; adjudicação compulsória: o vencedor tem o direito de receber o objeto licitado, mas a contratação com o poder público é uma expectativa de direito. Entretanto, se antes os princípios assumiam um papel um pouco mais acanhado no campo da normatividade, ultimamente estes têm se tornado cada vez mais relevantes, ao ponto de se concluir que é possível que se extraia diretamente deles a cogência que outrora somente se esperava de leis em sentido formal.
Entende-se que o Brasil precisava avançar rumo a inovações nas suas normas de compras para melhoria do processo na administração pública, que não poderia ficar se baseando em uma lei antiga que não mais era aplicável aos novos tempos, tendo que se ater mais a Instruções normativas que à própria lei em desuso. Em se tratando de princípios, é possível afirmar a partir da observação da experiência diária, que serão respeitados todos aqueles que foram assimilados pelos indivíduos. Desse modo, é de fundamental importância programas de compliance nas esferas públicas de todos os níveis, cujo propósito real espera-se seja de iniciar uma mudança cultural na perspectiva do que venha a ser público e aquilo que constitua a esfera privada. Quanto mais observarmos os princípios e as regras melhor, mas se apenas insistirmos em ampliar a lista de normas nos limitares a ter uma coleção legislativa maior e talvez, com isto, até se colabore com a sua inobservância.
O que torna uma norma boa ou má é a capacidade que esta apresenta de se adequar ao objetivo colimado com sua confecção e isto está distante de depender apenas da qualidade literária ou técnico-jurídica do texto, apesar de tais aspectos facilitarem em muito a tarefa daqueles que a aplicarão. De fato, entendemos que a previsão legal dos novos princípios inseridos não altera a aplicação da norma pela Administração Pública. E a inserção de novos princípios certamente não resolve ou resolverá entraves existentes pelo nosso sistema de licitações, hoje vigente. De toda forma, é importante o conhecimento dessa alteração (inclusão de novos princípios expressos), para atuação na defesa de direitos do Licitante contra atos irregulares de agentes públicos gestores, ou mesmo, atos irregulares praticados durante a disputa por concorrentes. A defesa dos direitos do Licitante deve, sempre, fazer menção aos princípios expressos na nova lei. 
Eliana Paulo Quirino, Pòs Graduação em Licitações a Luz da Nova lei 14.133 (UNYPUBLICA), 2022.
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