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OBSTETRÍCIA II PARTO • Pré-termo: < 37 semanas → Inibir? • Termo: 37 a 42 semanas → Assistir? • Pós-termo: > 42 semanas → Induzir? • Pós-datismo: quando o parto ultrapassa 40 semanas. Não é a mesma coisa que pós-termo! PARTO PREMATURO - Pré-termo (< 37 semanas ou 259 dias) Fatores de Risco • Prematuro anterior, fatores cervicais (incompetência istmo-cervical), anemia, desnutrição, polidrâmnio, infecção, drogas (tabagismo)... Predição – a mulher que teve prematuro anterior deve realizar: • Fibronectina fetal (↑ Valor Preditivo Negativo) o Se está baixa, por 1 semana não há risco de trabalho de parto – ajuda na decisão da internação • USG (20 e 24 semanas) → colo curto se < 20mm o Se alto risco de prematuridade ou sintomas de parto prematuro o Progesterona → colo curto ou prematuro anterior CONDUTA 24 – 34 Semanas • Corticoide: Betametasona 12mg IM 24/24h (2 doses) Dexametasona 6mg IM 12/12h (4 doses) o O ideal é que a criança nasça 24h após a última dose • Tocólise: serve para fazer o corticoide! o Não fazer se sofrimento fetal agudo ou corioamnionite! o B-agonista: evitar se DM, EAP o Indometacina: evitar se > 32 semanas (fecha ducto arterioso e risco hipertensão pulmonar); muito usado, pode usar em DM o Nifedipina VO: evitar se ↓PA, cardiopatas o Atosiban: antagonista de ocitocina! Sem contraindicação formal! • Neuroproteção: Sulfato de Magnésio nos partos < 32 semanas > 34 semanas • Parto + avaliar profilaxia para GBS • Se a questão não fala sobre o swab, fazer ATB *Corticoide: diminuição de hemorragia periventricular e enterocolite necrotizante, além do conforto respiratório Ruptura Prematura de Membranas Ovulares (RPMO) • A RPMO pode ser pré-termo ou à termo! O diagnóstico tem como padrão-ouro o exame especular. Não é necessário USG! Outros exames só serão solicitados se o especular não visualizou: • Teste da nitrazina (↑pH sugere RPMO) – pouco específico • Teste de cristalização – na RPMO tem cristalização! • Pesquisa de elementos fetais – células orangiófilas • Amnisure (alfamicroglobulina placentária) – detecta proteínas que são liberadas quando a bolsa se rompe • USG – oligodrâmnio (normodramnio não exclui e oligodramnio pode não ser RPMO) • Especular – líquido amniótico saindo pelo colo ou em fundo de saco • Compressão uterina (Manobra de Tarnier) A conduta em RPMO é internação! • Corioamnionite: Febre (Tax > 38°C) + 2 dos seguintes: leucocitose + taquicardia (materna/fetal) + dor uterina + líquido fétido o A conduta é parto!!! • Sem infecção: avaliar IG o 24 – 32/34 semanas → corticoide + ATB (↑latência e evita corioamnionite) o > 32/34 semanas → parto! PÓS-TERMO (> 42 semanas) Indução de parto → ≥ 42 semanas, corioamnionite, RPMO > 32/34 semanas • Avaliar Bishop o Ocitocina: ideal p/ Bishop > 9 (padrão “A”) o Misoprostol: se Bishop desfavorável (< 9) ▪ Cicatriz uterina prévia: não usar!!! Índice de Bishop: • Altura da apresentação nos planos de DeLee • Dilatação • Apagamento • Consistência • Posição ➢ O Bishop padrão A é aquele que o colo está apagado, amolecido, anterior, aberto e altura > 0! ➢ O Bishop desfavorável não contraindica ocitocina, apenas diminui sua chance de eficácia! ➢ Caso cicatriz uterina, utilizar Método de Krause: preparo do colo c/ sonda de Foley, podendo utilizar ocitocina em seguida! TERMO (37 – 42 semanas) Estática Atitude Relação das partes fetais entre si Situação Relação do maior eixo fetal com o maior eixo uterino: • Longitudinal (+ comum) • Transversal: se persistente, indica cesárea • Oblíqua: é transitória Posição Relação do dorso fetal com o abdome da mãe: • Esquerda, direita, anterior, posterior... Apresentação Polo que desce 1º na pelve: • Cefálica, pélvica, córmica • Procidência (de pé, de mão...) Flexão x deflexão • Fletida ou Occipital: referência → Lambda o Apresenta o menor diâmetro: subocciptobregmático o Ideal para nascer! • Defletida 1ª ou Bregmática: referência → Bregma • Defletida 2ª ou Fronte: referência → Glabela o Não costuma nascer de normal • Defletida 3ª ou Face: referência → Mento o Pode nascer de parto normal Variedade de Posição: ponto de referência entre apresentação fetal e pelve da mãe • OEA, ODA, ODT, OET, OP... Manobras de Leopold • 1º Tempo: Situação – duas mãos no fundo do útero → se tem polo, é transverso! • 2º Tempo: Posição – uma mão em cada lado → saber onde está o dorso • 3º Tempo: Apresentação – uma mão em baixo ventre → comparar com o 1ºTempo • 4º Tempo: Altura de apresentação – penetrar na bacia → saber se insinuou Trajeto Tudo tem que ter pelo menos 10cm, caso contrário não é favorável! • Conjugata anatômica: da borda superior da sínfise púbica até o promontório. Sem importância. • Conjugata obstétrica: da borda interna da sínfise púbica até o promontório. É o menor diâmetro ântero- posterior. 1,5cm < diagonalis! • Conjugata diagonalis: da borda inferior da sínfise púbica até o promontório. Permite saber a medida da conjugata obstétrica! • Conjugata exitus: da borda inferior da sínfise púbica até o cóccix. Estreito Médio: espinhas isquiáticas → mede 10cm As espinhas isquiáticas servem para ver a insinuação, e corresponde ao plano 0 de DeLee! Ponto de referência para bloqueio do nervo pudendo. Ângulo subpúbico → ideal < 90o Mecanismo Tempos principais • Insinuação → • Descida → • Desprendimento → • Restituição → Tempos acessórios • Flexão • Rotação Interna • Deflexão • Desprendimento de ombros ASSISTÊNCIA AO PARTO As fases clínicas são as seguintes: • Dilatação (1º) • Expulsão (2º) • Secundamento (3º) • 4º período Dilatação – inicia com o trabalho de parto, que se define por: • Colo útero → 3-4 cm com dilatação progressiva • Contrações → 2-3 p/ 10 min, rítmicas e regulares ➢ Atenção! Só a saída de tampão mucoso não faz diagnóstico! O período termina com a dilatação total! Conduta • Dieta: líquidos claros (água, chás) • Acesso EV (S/N): administrar drogas, analgesia, indução • Decúbito: evitar decúbito dorsal, estimular deambulação livre, preferir DLE • Tricotomia: se necessário... cesariana → fazer imediatamente antes da incisão • Enteróclise: não fazer! • Amniotomia: tendência a não fazer... • Nº de toques: a cada 1 ou 2 horas • Ausculta BCF: antes / durante / após contração o Se baixo risco: 30/30 minutos na dilatação • Cardiotocografia: não é rotina em baixo risco Expulsivo – inicia-se após a dilatação total, termina com a expulsão COMPLETA do feto Conduta • Posição: não há posição ideal • Ausculta BCF: no baixo risco de 15/15 min (5/5 min no alto risco) • Episiotomia: avaliar (seletiva) → feto grande, parto fórcipe... o Mediana (periniotomia): menos dor pós-op, menos lesão muscular, menos sangramento, reparo cirúrgico mais estético, maior risco de lesão retal. Realizar quando corpo perineal for grande (boa distância entre vagina e ânus). o Médio-lateral: mais dolorida, com mais sangramento, maior lesão muscular, porém com menor chance de lesão retal. Manobra de Ritgen Modificada: uma mão comprime a parte de baixo do períneo e a outra mão na cabeça da criança controlando a deflexão. Evita o movimento de chicote que lesa o períneo. Secundamento – saída da placenta (<30min) • Baudeloque-Schultze: saída como guarda-chuva, a placenta sai antes do coágulo, face membronosa/fetal • Baudeloque-Duncan: a placenta sai com hemorragia, sai com a fase cruenta/materna Manobras auxiliares ➢ 10 UI ocitocina IM pós expulsão fetal, antes de clampear o cordão! o Diminui hipotonia uterina e hemorragia puerperal ➢ Tração controlada do cordão ➢ Manobra de Fabre (pescador): avalia se a placenta já descolou ➢ Jacob Dublin: torcer a placenta depois da sua saída 4º período – 1ª hora após secundamentoHEMOSTASIA Miotamponagem Contração da musculatura uterina Ligaduras vivas de Pinard Trombotamponagem Trombos em vasos úteroplacentários Indiferença miouterina Contração uterina fixa PARTOGRAMA – Registro gráfico do TP • Representa a dilatação (triângulo) e a altura da apresentação (bola); os quadrados são as contrações • Traçar linha de alerta no quadrado imediato ao que abriu o partograma o Serve para saber se a dilatação está a 1cm/h o Se o triângulo atravessar a linha de alerta há problema de dilatação • Linha de ação: 4h depois do início da linha de alerta Fase Ativa Prolongada: dilatação < 1cm/h em 2 toques com intervalo de 2h • Geralmente ocorre por falta de contração! • Realizar ocitocina. Caso não resolva, romper a bolsa! Parada Secundária da Dilatação: dilatação parada por 2 horas → Desproporção céfalo-pélvica e fazer cesáres ou falta de motor e dar ocitocina -> avaliar o motor • Ocitocina se não houver contrações • Se contrações: indicar cesariana! Parada Secundária da Descida: dilatação total e altura parada por 1 hora • Indicar cesariana se trajeto incompatível Período Pélvico Prolongado: dilatação total e descida lenta (não parou!) • Exaustão materna, primiparidade, analgesia • +2 de DeLee e insinuado posso fazer fórceps! Período Precipitado (taquitócito): dilatação, descida e expulsão < 4h • Risco de laceração e de atonia uterina
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