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Consiste na realização de um novo tratamento, seja porque o anterior fracassou ou, simplesmente, porque se deseja fazer um tratamento mais correto ou adequado, principalmente nos casos em que surgiu a necessidade dos elementos dentários servirem de suporte a trabalhos protéticos; Procedimento para remover os materiais obturadores da cavidade pulpar e, novamente, instrumentar (ampliar, modelar, limpar e desinfetar) e obturar os canais radiculares; Avaliar: sintomatologia, condição periodontal, restauração coronária, qualidade de obturação e presença de lesão periapical; CRITÉRIOS CLÍNICOS DE SUCESSO É essencial realizar acompanhamento do tratamento endodôntico por pelo menos 1 ano ou mais; Ausência de sintomatologia, edema, tumefação ou outros sintomas; Ausência de fistula; Manutenção da função; Evidência radiográfica de normalidade do espaço do ligamento periodontal; Taxa total de sucesso (tratamento original e retratamento) – 91,45%; └ Presença de lesão periapical: 85,4%; └ Tratamento original: 94%; └ Retratamento: 85,9%; Resultante de falhas técnicas, sendo associado a fatores de ordem microbianos (infecção intrarradicular e/ou extrarradicular) e não microbianos; FATORES MICROBIANOS Infecções intrarradiculares secundária (persistentes): └ Permanência de uma infecção instalada na porção apical do canal; └ Mesmo com procedimentos de desinfecção, pode haver seleção de microrganismos resistentes; Infecção Extrarradicular: └ São originadas usualmente da infecção intrarradicular que se estendeu para os tecidos perirradiculares; Remoção do Material Obturador Reinstrumentação Reobturação dos canais radiculares EM INFECÇÕES PRIMÁRIAS: infecção mista, com um relativo equilíbrio entre bactérias gram-positivas e negativas, predominantemente anaeróbias estrita; EM INFECÇÕES SECUNDÁRIAS: composta principalmente por bactérias gram-positivas e sem predomínio aparente de anaeróbios estritos ou facultativos; A microbiota de canais com insucesso é caracterizada por monoinfecções ou infecções com número limitado de microrganismos com predominância de anaeróbios facultativos Enterococcus faecalis é uma das espécies mais frequentemente encontradas nos canais de dentes com lesão pós-tratamento. └ A lesão periapical é formada em resposta à infecção intrarradicular e constitui uma barreira contra a propagação da infecção para o osso alveolar e outras regiões do corpo; └ No entanto, bactérias podem superar essa barreira de defesa e estabelecer uma infecção extrarradicular; └ Forma mais comum: abcesso perirradicular agudo (inflamação purulenta nos tecidos perirradiculares em resposta a uma saída maciça de bactérias patogênicas do canal radicular); FATORES NÃO MICROBIANOS Imprecisão no diagnóstico; Dificuldades anatômicas; Iatrogenias; Fraturas radiculares; Reação de corpo estranho a materiais endodônticos extravasados ou com fatores intrínsecos, como o acúmulo de produtos de degeneração tecidual; 1. Sinais: └ Presença de fístula; 2. Sintomas: └ Dor espontânea; └ Dor a palpação; └ Sensibilidade ao toque; 3. Radiográfico 4. Tratamento restaurador INDICAÇÕES DO RETRATAMENTO: Exame radiográfico apresenta obturação endodôntica inadequada de um canal radicular, sendo realizada quando for necessária uma nova restauração protética do dente; Por meio do exame clínico, apresentar exposição da obturação de um canal radicular ao meio bucal; └ É recomendado o retratamento endodôntico em dentes sem restaurações coronárias, em que as obturações dos canais ficaram expostas ao meio bucal é por 15 dias ou mais; O exame clínico do dente tratado endodonticamente revelar: └ Persistência de sintomas objetivos; └ Desconforto à percussão e à palpação; └ Fístula ou edema; └ Mobilidade; └ Impossibilidade de mastigação. Observar no exame radiográfico de um dente tratado endodonticamente: └ Presença de rarefações ósseas em áreas perirradiculares inexistentes, incluindo rarefações laterais; └ Espaço do ligamento periodontal aumentado, maior que 2 mm; └ Ausência de reparo ósseo em uma reabsorção perirradicular; └ Aumento de uma área radiotransparente; └ Não formação de nova lâmina dura; └ Evidência de progressão de uma reabsorção radicular. Em dentes que serão submetidos à cirurgia perirradicular, em que o canal radicular apresenta-se inadequadamente instrumentado e obturado; Caso após o retratamento ainda houver sensibilidade e dor à palpação, será indicada a cirurgia parendodôntica: └ Apicectomia; └ Retrobturação com MTA. Impossibilidade de reabilitação coronária; Comprometimento periodontal; REMOÇÃO DA RESTAURAÇÃO CORONÁRIA Pode ser: └ Simples: constituída por amálgamas, compósitos e ionômeros de vidro; └ Complexas: incrustações e coroas metálicas ou cerâmicas que, às vezes, podem ser suportes de aparelhos protéticos; └ Pode ser com ou sem retentores intrarradiculares; Remoção de restaurações complexas com ou sem retentores intrarradiculares: └ Por desgaste: uso de instrumentos rotatórios, como broca transmetal e esféricas diamantadas; └ Por ultrassom: aplicação de vibração ultrassônica até ocorrer a fragmentação do cimento, para que a restauração seja removida por tração; └ Por tração: uso do aparelho saca- prótese ou extrator pneumático; └ Combinação: p.ex. em retentores intrarradiculares é necessário a criação de um sulco entre o pino e a parede do canal radicular e logo após, o uso de aplicação da ponta vibradora. REMOÇÃO DO MATERIAL OBTURADOR O esvaziamento do canal radicular é realizado pela técnica manual, manual/mecânica ou mecânica; A técnica manual/mecânica consiste no uso de limas e brocas: └ Uso de brocas Gates Glidden ou Largo Peeso: responsável pela remoção de material obturador no terço cervical e médio, sendo utilizado apenas na porção reta do canal; Acesso aos canais Remoção do material obturador Reinstrumentação e obturação └ Uso de limas: responsável pela remoção do material obturador principalmente no terço apical, manualmente; └ Uso de limas tipo Kerr: utilizado principalmente para perfuração da guta percha para uso das brocas Gates; └ Uso de limas tipo Hedstroem: utilizado para remoção da guta percha manualmente; Uso de solventes: └ São substâncias químicas que têm a capacidade de dissolver outra e podem ser classificados em orgânicos e inorgânicos; └ A guta-percha pode ser dissolvida com vários solventes orgânicos; └ No entanto, são tóxicos, sendo seu emprego evitado, quando possível; └ Tipos de solventes: clorofórmio, xilol, eucaliptol, óleo de laranja, outros; REINSTRUMENTAÇÃO E OBTURAÇÃO Após o esvaziamento e a determinação do comprimento de trabalho e de patência, iniciamos a reinstrumentação dos canais radiculares; A reinstrumentação é considerada completa quando não houver mais evidência de guta- percha ou selador no instrumento endodôntico; Novo limite longitudinal e transversal de ampliação; Momento da obturação do retratamento: └ Dente assintomático; └ Canal devidamente instrumentado; └ Remoção de todo material obturador antigo; └ Canal seco; SELAMENTO CORONÁRIO E RESTAURAÇÃO PROVISÓRIA Estudos apontam que, quando há exposição do material obturador entre 19 a 60 dias, ocorre a recontaminação microbiana, sendo necessário o retratamento; Restaurações provisórias: └ Não protegem o remanescente dental das forças oclusais; └ Não possuem resistência ao desgaste nem à fratura; └ Pouca habilidade em prevenir microinfiltração coronária. Respeito aos princípios biológicos; Seguir princípios de uma técnica de modelagem; Escolheruma boa substância química auxiliar; Obturação endodôntica; Restauração do acesso coronário CLOROFÓRMIO: líquido pesado, transparente, incolor e de odor característico; muito volátil e tóxico, não sendo biocompatível com os tecidos apicais e perirradiculares; XILOL: líquido límpido, incolor, com cheiro semelhante a benzeno; insolúvel na água, porém solúvel no álcool e benzeno; muito tóxico e apresenta menor efeito solvente quando comparado ao clorofórmio; EUCALIPTOL: líquido incolor, de odor aromático; insolúvel na água e miscível ao álcool; menos irritante e não apresenta potencial cancerígeno; efeito antibacteriano e propriedades anti- inflamatórias, porém é menos efetivo como solvente da guta-percha
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