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MOTRICIDADE OROFACIAL - terapia de deglutição

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Terapi� d� deglutiçã� e� motricidad�
orofacia�
@joanapoletto�
- A deglutição é uma função extremamente
complexa relacionada aos sistemas
estomatognático, digestório e respiratório.
Depende da condição anatômica e funcional
de todos os constituintes envolvidos, além da
integridade do SNC e SNP.
DEGLUTIÇÃO ATÍPICA OU ADAPTADA
- Modificações em relação a fisiologia normal
da deglutição nas quais apenas a fase oral
encontra-se comprometida, sem impacto
negativa nas fases subsequentes, são
denominadas deglutições atípicas ou
adaptadas, cujo diagnóstico diferencial é
estabelecido a partir da definição do fator
causal (Marchesan, 1998, 2005).
- A deglutição atípica corresponde ao padrão
inadequado da função de língua, sem que
haja alterações da forma de cavidade oral.
Em casos associados a presença de hábitos
orais deletérios, respiração oral ou alteração
na mastigação, onde a deglutição é apenas
parte da problemática, deve ser
denominado distúrbios miofuncionais
orofaciais.
DISFAGIA OROFARÍNGEA
-Alterações anatômicas ou neurológicas
resultam em prejuízos na condução segura
do alimento da boca até o estômago, com
déficits nutricionais e/ou pulmonares,
chama-se disfagia orofaríngea. Ainda,
podem ser classificadas como mecânicas e
neurogênicas, podendo também decorrer da
pesbifagia, psicogenicas, induzidas por
drogas, entre outras
TERAPIA MO PARA DEGLUTIÇÃO
- Primeiro passo é a identificação da causa
da alteração: forma ou função
Desvios de forma, como alterações
dento-oclusais, o diagnóstico e o PTF devem
ser realizados de modo integrado com a
odontologia. Nesse caso temos a deglutição
adaptada, ou seja, a língua se adapta a
forma da cavidade oral ou tipo facial,
podendo intensificar ou mandar a má
oclusão.
- Os exercícios miofuncionais orofaciais
executados em terapia visam preparar a
musculatura para a execução da função de
deglutição no que se refere a organização do
alimento na cavidade oral, formação do
gradiente pressórico, ejeção e propulsão do
bolo. Para isso são utilizados exercícios
isométricos de lábios, língua e bochechas
(quando identificado o quadro de hipotonia
no exame clínico) e exercícios
isotônicos/isocinéticos que permitam o
condicionamento funcional da língua
EXERCÍCIOS ISOMÉTRICOS
- Inicialmente em 3 séries de 10 segundos
aumentando o tempo gradativamente
- Lábios: recrutar o músculo orbicular da
boca por meio do exercício de contra
resistência com o botão ou a espátula de
madeira. Deve-se levar em consideração a
tonicidade do músculo ao planejar a
realização do exercício.
Em casos de hipotonicidade em
ambos os lábios se recomenda fazer com
botão, pois permite a aplicação de força
igual na musculatura. Já em diferença de
tônus, o uso da espátula é mais adequado.
Em casos com alteração no
comprimento dos lábios é importante realizar
o alongamento com massagens no sentido
da fibra muscular, possibilitando o adequado
vedamento labial.
- Língua: Abordar a musculatura intrínseca e
músculos estiloglosso e palatoglosso por
meio do exercício de pressão da língua
contra o palato ou contra a espátula.
- Bochechas: Trabalhar o músculo bucinador
por meio do exercícios de contra resistência
com espátula, aplicada nos 3 feixes deste
músculo (superior, médio e inferior). Contra
indicação quando houver atresia de maxila.
ISOTÔNICOS/ISOCINÉTICOS
- Língua: recrutar os músculos estiloglosso e
palatoglosso, melhorando a coordenação
entre eles, por meio de movimentos
ântero-posteriores da língua contra o palato
como varrendo o mesmo. 3 séries com 10
movimentos, aumentando gradativamente
CONSCIENTIZAÇÃO
- Durante a adequação da musculatura e
posteriormente a adequação da forma e
demais funções, inicia-se a etapa de
conscientização e treino do padrão normal
de deglutição. Por meio do contato de
filmagens que comparem o próprio paciente
com deglutições típicas
NOVO PADRÃO FUNCIONAL
- Após a conscientização, inicia-se o treino
do novo padrão funcional, desde a
respiração até a ejeção do bolo alimentar,
com diversos alimentos.
- Para isso, é solicitado que o paciente
introduza o alimento na boca, organizando o
bolo na língua e ocluindo os lábios, sem
contração excessiva. Em seguida, é solicitada
a respiração nasal e a deglutição com
contato de língua contra o palato.
- O paciente não deve apresentar dificuldade
na realização pois o trabalho muscular prévio
preparou a musculatura dos órgãos
envolvidos na fase oral para execução
- Por fim, o padrão aprendido em terapia
deve ser colocado em prática no dia a dia,
que consiste na fase de automatização
TRATAMENTO DAS DISFAGIAS OROFARÍNGEAS
- Exercícios miofuncionais orofaciais são
utilizados no tratamento das disfagias
orofaríngeas, principalmente relacionados a
função de língua
- O treinamento da musculatura expiratória
(função pulmonar, fala e tosse) e uso de
exercícios vocais complementam o
programa terapêutico.
É viável para tratamento de indivíduos
com doença de Parkinson com risco de
aspiração (Pitts et al., 2009), visto a
diminuição da capacidade de limpeza de
resíduos das VA pela tosse voluntária
- Exercícios vocais tem objetivo de proteger
as VA inferiores por meio do recrutamento
determinados grupos musculares que
otimizam o funcionamento das diferentes
estruturas envolvidas na deglutição (Motta,
Viegas, 2003). Como sons agudos, plosão
sonora retida, deglutição completa
sonorizada, de vibração, de melodia e
emissão de fricativas surdas/sonoras para o
condicionamento muscular laríngeo e
faríngeo, maior excursão da laringe, tração
do conjunto hióideo laríngeo, fechamento do
esfíncter glótico, coaptação das ppvv e
fechamento do esfíncter velofaríngeo
Em indivíduos com a doença de
Parkinson a aplicação do método de
tratamento vocal Lee Silverman é uma
importante estratégia para controle
neuromuscular, melhorando a função da
língua durante as fases oral e faríngea da
deglutição, além da melhora da intensidade
vocal

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