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1 CONCEITO MAITLAND 2 SUMÁRIO CAPÍTULO 1. – HISTÓRIA E CONCEITOS ........................................................................ 8 1. GEOFFREY DOUGLAS MAITLAND ....................................................................................... 8 2. PILARES DO CONCEITO .................................................................................................... 8 CAPÍTULO 2. EFEITOS DAS MOBILIZAÇÕES, AVALIAÇÃO E TRATAMENTO ........... 10 1. EFEITOS NEUROFISIOLÓGICOS ....................................................................................... 10 2. DINÂMICAS DA AVALIAÇÃO E DO TRATAMENTO ................................................................. 10 3. CONHECIMENTO CLÍNICO E TEÓRICO .............................................................................. 11 4. DINÂMICA DO PROCESSO DE TRATAMENTO ..................................................................... 11 5. MOVIMENTOS ARTICULARES MOBILIZAÇÃO E MANIPULAÇÃO ............................................. 12 CAPÍTULO 3. AVALIAÇÃO .............................................................................................. 14 1. VISÃO BIOPSICOSSOCIAL ............................................................................................... 14 2. REAÇÃO DE PROTEÇÃO À DOR ........................................................................................ 14 3. O PACIENTE QUER SABER? ............................................................................................ 15 4. BLUE FLAG, YELLOW FLAG E RED FLAG (BANDEIRA AZUL, AMARELA E VERMELHA) ............. 15 4.1. Blue Flag (Bandeira Azul) .................................................................................... 16 4.2. Yellow Flag (Bandeira Amarela) ........................................................................... 16 4.3. Red Flag (Bandeira Vermelha) ............................................................................. 16 5. QUESITOS PARA BOA AVALIAÇÃO ................................................................................... 16 5.1. Avaliação Subjetiva .............................................................................................. 16 5.2. Componentes do Exame Subjetivo ...................................................................... 16 5.2.1. Anamnese ...................................................................................................... 16 5.2.2. Mapa Corporal ............................................................................................... 17 5.3. Comportamento dos Sintomas em 24 horas ........................................................ 19 5.3.1. Fatores agravantes ........................................................................................ 19 5.3.2. Fatores que melhoram ................................................................................... 19 5.3.3. Irritabilidade ................................................................................................... 19 5.3.4. Problema irritável ........................................................................................... 20 5.3.5. Padrões de Sono ........................................................................................... 20 5.3.6. Padrão durante o dia ...................................................................................... 20 5.3.7. História da Condição Atual ............................................................................. 20 3 5.3.8. História Passada Relacionada à Condição Atual ........................................... 20 5.3.9. Perguntas especiais, incluindo história médica e social/familiar .................... 21 6. EXAME FÍSICO ............................................................................................................... 22 6.1. Objetivo Principal ................................................................................................. 22 6.2. Exame sentado .................................................................................................... 22 6.3. Avaliação Postural ................................................................................................ 22 7. INDICAÇÕES DA APLICAÇÃO DO CONCEITO MAITLAND ....................................................... 23 8. CONTRAINDICAÇÕES ...................................................................................................... 23 9. PRECAUÇÕES ............................................................................................................... 23 10. END FEEL – SENSAÇÃO FINAL DO MOVIMENTO .............................................................. 23 11. GRAUS DE MOVIMENTO DE MAITLAND ........................................................................... 24 CAPÍTULO 4. TRATAMENTO .......................................................................................... 25 1. TÉCNICAS DE TRATAMENTO ........................................................................................... 25 1.1. Técnicas Acessórias (45 seg a 1 min) .................................................................. 25 1.2. Técnica Fisiológica (45 seg a 1 min) .................................................................... 25 1.3. Velocidade, Ritmo e Duração ............................................................................... 25 1.4. Durante a tração ................................................................................................... 25 1.5. Tração segundo Kaltenborn ................................................................................. 26 2. RESPOSTA DO PACIENTE ............................................................................................... 26 CAPÍTULO 5. CERVICAL ................................................................................................. 27 1. EXAME FÍSICO DA CERVICAL .......................................................................................... 27 2. MOVIMENTOS ATIVOS E COM SOBREPRESSÃO ................................................................. 27 3. TESTES DE COMPRESSÃO .............................................................................................. 28 4. EXAME EM SUPINO ........................................................................................................ 28 5. TESTE DA ARTÉRIA VERTEBRAL ...................................................................................... 28 6. MOVIMENTOS PASSIVOS E COM SOBREPRESSÃO ............................................................. 30 7. EXAME DO OMBRO – NEURAL ......................................................................................... 30 8. EXAME FÍSICO EM PRONO .............................................................................................. 30 9. PALPAÇÃO CERVICAL .................................................................................................... 31 10. MOBILIZAÇÃO CERVICAL .............................................................................................. 31 CAPÍTULO 6. TORÁCICA ................................................................................................. 32 1. INERVAÇÃO DE ALGUNS RAMOS NERVOSOS .................................................................... 32 2. PADRÃO DE DOR DE DISFUNÇÕES DA PRIMEIRA COSTELA ................................................ 32 4 3. MOVIMENTOS FUNCIONAIS COM SOBREPRESSÃO ............................................................. 32 4. MOBILIZAÇÃO TORÁCICA ................................................................................................ 33 5. MOBILIZAÇÃO PRIMEIRA COSTELA .................................................................................. 33 CAPÍTULO 7. LOMBAR .................................................................................................... 34 1. MOVIMENTOS FUNCIONAIS............................................................................................. 34 2. MOVIMENTOS COM SOBREPRESSÃO ............................................................................... 34 3. MOVIMENTOS COM SOBREPRESSÃO ............................................................................... 34 4. MOVIMENTOS FUNCIONAIS PASSIVOS ............................................................................. 35 5. MOBILIZAÇÃO LOMBAR................................................................................................... 35 CAPÍTULO 8. SACROILÍACA ........................................................................................... 36 1. MOBILIZAÇÃO PASSIVA - MOVIMENTO PA ........................................................................ 36 2. MOBILIZAÇÃO PASSIVA .................................................................................................. 36 3. MOBILIZAÇÃO SÍNFISE PÚBICA ........................................................................................ 36 CAPÍTULO 9. OMBRO ...................................................................................................... 37 1. TESTES FUNCIONAIS COM SOBREPRESSÃO ..................................................................... 37 2. TESTES ISOMÉTRICOS ................................................................................................... 37 3. VISTA LATERAL DA CINEMÁTICA DO COTOVELO DURANTE A ABDUÇÃO ............................... 37 3.1. Abdução Glenoumeral .......................................................................................... 38 4. ROTAÇÃO DA GLENOUMERAL ......................................................................................... 38 5. ROTAÇÃO DA GLENOUMERAL - HAND BEHIND BACK ......................................................... 38 6. ADUÇÃO HORIZONTAL ................................................................................................... 39 7. MOVIMENTO PÓSTERO-ANTERIOR E ANTEROPOSTERIOR .................................................. 39 8. MOVIMENTO LATERAL .................................................................................................... 40 9. TRAÇÃO ....................................................................................................................... 40 10. ACROMIOCLAVICULAR .................................................................................................. 40 11. ESTERNOCLAVICULAR .................................................................................................. 41 CAPÍTULO 10. COTOVELO ............................................................................................. 42 1. MOVIMENTOS FUNCIONAIS ............................................................................................. 42 2. SOBREPRESSÃO ............................................................................................................ 42 3. TESTES NEURODINÂMICOS ............................................................................................. 42 4. FUNCIONAIS COM SOBREPRESSÃO ................................................................................. 43 5. EXAME DO OLÉCRANO ................................................................................................... 43 5 6. DISTRAÇÃO (TRAÇÃO) ................................................................................................... 43 CAPÍTULO 11. PUNHO E MÃO ........................................................................................ 45 1. SUPINAÇÃO/PRONAÇÃO COM SOBREPRESSÃO ................................................................. 45 2. PA E AP / COMPRESSÃO - RÁDIO E ULNA ....................................................................... 45 3. FLEXÃO E EXTENSÃO ..................................................................................................... 45 4. DESVIO ULNAR E RADIAL ............................................................................................... 46 5. MOVIMENTO PA E AP RADIOCARPAL .............................................................................. 46 6. TRAÇÃO E COMPRESSÃO RADIOCARPAL.......................................................................... 46 7. FLEXÃO/ EXTENSÃO/ ADUÇÃO/ ABDUÇÃO/ ROTAÇÃO - METACARPOFALANGEANA E INTERFALANGEANA ............................................................................................................ 47 8. COMPRESSÃO E DISTRAÇÃO .......................................................................................... 47 CAPÍTULO 12. QUADRIL ................................................................................................. 49 1. MOVIMENTOS FUNCIONAIS COM DESCARGA DE PESO ....................................................... 49 2. ANÁLISE DA MARCHA ..................................................................................................... 49 3. TESTES COM SOBREPRESSÃO ........................................................................................ 50 4. TESTES NEURODINÂMICOS ............................................................................................. 51 5. TESTES COM SOBREPRESSÃO EXTENSÃO ....................................................................... 51 6. TESTES COM SOBREPRESSÃO DECÚBITO VENTRAL .......................................................... 52 7. TESTES COM SOBREPRESSÃO - FLEXÃO/ADUÇÃO ............................................................ 52 8. MOVIMENTOS ACESSÓRIOS - TRAÇÃO ............................................................................. 52 9. MOVIMENTOS ACESSÓRIOS ............................................................................................ 53 10. MOVIMENTOS ACESSÓRIOS – COMPRESSÃO ................................................................. 53 11. MOVIMENTOS ACESSÓRIOS - COMPRESSÃO LÁTERO-MEDIAL ......................................... 53 12. ROTAÇÃO MEDIAL/LATERAL ......................................................................................... 54 CAPÍTULO 13. JOELHO ................................................................................................... 55 1. ANÁLISE DA MARCHA ..................................................................................................... 55 2. TESTES COM SOBREPRESSÃO – EXTENSÃO .................................................................... 55 3. TESTES COM SOBREPRESSÃO – FLEXÃO ......................................................................... 55 4. TESTES COM SOBREPRESSÃO – ROTAÇÃO ...................................................................... 56 5. ALINHAMENTO PATELAR................................................................................................. 56 6. TESTAR ALONGAMENTO GERAL ...................................................................................... 56 7. TESTES COM SOBREPRESSÃO - ADUÇÃO E ABDUÇÃO EM EXTENSÃO ................................. 57 8. TESTES COM SOBREPRESSÃO - ADUÇÃO E ABDUÇÃO EM FLEXÃO ..................................... 57 6 9. TESTES COM SOBREPRESSÃO - ROTAÇÃO TÍBIOFEMORAL ................................................ 57 10. TESTES COM SOBREPRESSÃO - TRAÇÃO E COMPRESSÃO ............................................... 58 11. TESTES COM SOBREPRESSÃO ...................................................................................... 58 12. TESTES COM SOBREPRESSÃO LATERALIZAÇÃO E MEDIALIZAÇÃO TIBIOFEMORAL .............. 59 13. TESTE PATELOFEMORAL .............................................................................................. 59 14. MOVIMENTOS TIBIOFIBULARES ..................................................................................... 59 15. CAUDAL/CRANIAL ........................................................................................................ 60 CAPÍTULO 14. PÉ E TORNOZELO ..................................................................................61 1. MOVIMENTAÇÃO GERAL COM SOBREPRESSÃO ................................................................. 61 2. ANATOMIA PARA A AVALIAÇÃO ........................................................................................ 61 3. FLEXÃO PLANTAR SEGMENTAR ...................................................................................... 62 4. DORSIFLEXÃO............................................................................................................... 62 5. INVERSÃO/EVERSÃO ...................................................................................................... 62 6. MOVIMENTO PA/AP ...................................................................................................... 63 7. MOVIMENTOS TIBIOFIBULARES ....................................................................................... 63 8. ROTAÇÃO ..................................................................................................................... 64 9. MOVIMENTOS TIBIOFIBULARES - TRAÇÃO/COMPRESSÃO CALCÂNEO .................................. 64 10. MOVIMENTOS TIBIOFIBULARES – TRAÇÃO ...................................................................... 64 11. MOVIMENTOS TRANSVERSAIS RETROPÉ - LATERAL/MEDIAL ............................................ 65 12. MOVIMENTOS INTERTARSAIS - SUPINAÇÃO/PRONAÇÃO................................................... 65 13. MOVIMENTOS ACESSÓRIOS DOS OSSOS DO TARSO - PA/AP .......................................... 65 14. MOVIMENTOS INTERMETATARSAIS ................................................................................ 66 15. MOVIMENTOS DAS METATARSOFALÂNGICAS E INTERFALÂNGICAS ......................................................................................... 66 7 Apresentação O que você acha de tratar um paciente em 3 minutos que podem trazer mais de 80% de melhora? Esse e um dos resultados que o Conceito Maitland pode trazer como benefício para os pacientes. O segredo para esse tratamento com resultados tão positivos, é uma avaliação detalhada e minuciosa. Maitland ajuda a tratar problemas ou disfunções exclusivamente articulares, mas que podem trazer sintomas neurológicos, vasculares, musculares e na própria articulação. Portanto temos como objetivos dessas aulas: • Conhecer a história da técnica • Definir conceitos básico • Mobilização; Manipulação; Tipos de Movimentos (acessórios e fisiológicos) • Discutir conceitos e identificar a aplicabilidade da terapia • Entender como proceder a avaliação • Entender a avaliação constante • Treinar e praticar a técnica 8 Capítulo 1. História e Conceitos 1. Geoffrey Douglas Maitland O sr. Maitland nasceu e faleceu em Adelaide – Austrália (1924 – 2010), servindo a força aérea de seu país (RAAF - Royal Australian Airforce) na 2ª Guerra Mundial. Quando terminou a guerra, resolveu estudar mais a parte de anatomia e fisiologia humana para entender seu funcionamento e ajudar a tratar e recuperar as pessoas, inclusive os que participaram da guerra, portanto resolveu estudar fisioterapia entre 1946 a1949. 2. Pilares do Conceito Possui como pilares: Avaliação; Movimento/reação à dor e sua adaptação ao tratamento do episódio atual e um Modo específico de pensar. Baseado nos sinais e sintomas apresentados pelo paciente, não leva (muito) em consideração modelos biomecânicos ou patológicos, levando mais em consideração a dor e os distúrbios de movimento ou função. O foco é mais nos sintomas e sinais físicos presentes no paciente, entendendo-oe suas dores (natureza, comportamento e irritabilidade), obrigatoriamente sendo uma avaliação e reavaliação contínua. Não é como o Golf (figura 1), onde se utiliza uma técnica para mandar uma bolinha para onde ele quiser. 9 Figura 1. Imagem simulando uma tacada de golf. É mais como o Xadrez (figura 2), onde planos são feitos e desfeitos, peças são movidas de um lado ao outro até que o objetivo seja alcançado. Figura 2. Imagem de um jogo de xadrez. 10 Capítulo 2. Efeitos das mobilizações, avaliação e tratamento 1. Efeitos Neurofisiológicos Os efeitos neurofisiológicos da mobilização passiva atuam no movimento ativo do paciente e a repetitiva aplicação da mobilização passiva estimulam o sistema endógeno de controle da dor em vários níveis do sistema nervoso, tais como: • Hipoalgesia • Equilíbrio do sistema simpático • Mudanças na função motora • Redução da hiperexcitabilidade espinal 2. Dinâmicas da Avaliação e do Tratamento A principal ferramenta é a comunicação, sendo também oMaior Desafio da Avaliação. “Eu sei que você acredita que você entenda o que você pensa que eu disse, mas, eu não estou certo de que você perceba que o que você ouviu não é o que eu quis dizer!” Essa frase acima resume bem uma coisa: Às vezes durante a comunicação, achamos que estamos sendo claro com as palavras, ou que as palavras que usamos fazem total sentido e as pessoas conseguem ver tudo o que falamos, mas simplesmente isso pode não ser verdade. Igual a este momento. Eu tenho certeza das palavras que eu estou usando para me comunicar com você, mas não tenho certeza se você está entendendo tudo o que eu gostaria de passar de informação para você. Mas sinceramente espero que estejamos nos dando bem com nossa comunicação. 11 3. Conhecimento Clínico e Teórico 4. Dinâmica do Processo de Tratamento 12 5. Movimentos ArticularesMobilização e Manipulação A Mobilização Articular é utilizada em Terapia Manual para modular a dor, aumentar ADM e tratar disfunções articulares que limitam a ADM por biomecânica alterada. A dor e tensão muscular, hipomobilidade articular, edema articular, contraturas e aderências (adesões) capsulares e/ou ligamentares, desalinhamento ou subluxação articular são fatores que podem alterar a biomecânica articular e assim causar ou perpetuar os problemas e disfunções dos pacientes. A mobilização articular tem como característica: movimentos articulares passivos para aumentar ADM e/ou reduzir dor; baixa energia/grande amplitude; força, velocidade e amplitude variáveis; e o movimento é suave o suficiente para o paciente intervir no movimento A manipulação articular tem como característica: movimentos articulares passivos para aumentar ADM; grande energia/baixa amplitude; movimento forçado e repentino que é além do controle do paciente; e é como o thrust (não é foco desta prática), tambem conhecido como impulso ou ajuste manipulativo, muito utilizado na quiropraxia e osteopatia. Tanto a mobilização como a manipulação são movimentos articulares passivos e que podemos fazer no sentido fisiológico ou acessório do movimento. Os movimentos fisiológicos são movimentos naturais da articulação sob movimentação do corpo e na visão da osteocinemática dos movimentos realizados voluntariamente por cada um de nós, como exemplo a adução, abdução, flexão, extensão e rotações. Os movimentos acessórios são movimentos articulares internos e dos tecidos ao redor, necessários para a ADM normal, mas que não podem ser realizados voluntariamente e isoladamente, sendo movimentos realizados apenas com auxílio de uma força externa, como exemplo a tração, rolamento, deslizamento, rotação e compressão. 13 Os efeitos causados pela mobilização articular são diversos, tal como: • Efeitos neurofisiológicos, que estimula mecanorreceptores à dor, afetam o espasmo muscular - estimulação nociceptiva e aumenta a consciência da posição e movimento por causa de impulsos nervosos aferentes. • Efeitos nutricionais, que devido aos movimentos de distração ou pequeno deslizamento, causam movimento do líquido sinovial causando a melhora nutrição articular, bem como o movimento pode melhorar a troca de nutrientes devido ao edema das articulações e imobilização. • Efeitos mecânicos, causama melhora da mobilidade das articulações hipomóveis, devido às aderências causadas pela imobilização, além de manter a extensibilidade e resistência à tração de tecidos articulares. 14 Capítulo 3. Avaliação 1. Visão Biopsicossocial É uma visão mais nova e provavelmente mais alinhada com o ser humano, pois leva em consideração não apenas os aspectos biomédicos, tal como anatomia, fisiologia, patologia e biomecânica, mas também os fatores emocionais, psicológicos e sociais. Como a pessoa se sente em relação à tudo o que acontece em sua vida é importante e não deve ser menosprezado. É comum ouvirmos dos pacientes que em momentos de maior estresse, suas dores surgem ou se agravam. Portanto não podemos menosprezar nenhuma de suas histórias ou mazelas. 2. Reação de Proteção à dor Será que o paciente possui dores? Será que a postura que ele toma é para poder evitar ou minimizar essas dores? Se a resposta for sim, é bem provável que a alteração postural ou biomecânica disfuncional tenha relação com essa dor, tal como os exemplos das figuras abaixo. 15 3. O Paciente quer saber? São as perguntas que o paciente gostaria que você respondesse, mas não necessariamente ele irá fazer essas perguntas, mas com certeza ele quer saber. • “O que tem de errado comigo?” o Ele já deve ter pesquisado no google e até mesmo ouvido alguém falar, mas qual a sua opinião como especialista no assunto? o Mesmo que você não se sinta especialista, ele acha que você é. • “Quanto tempo vai demorar para melhorar?” o “Será que vai demorar?” o “Será que vai ser rápido?” o “Será que vai dar tempo de ir viajar com minha turma?” o “Será que voltarei logo ao trabalho?” o “Será que volto logo a fazer exercícios?” • “Existe alguma coisa que eu possa fazer para ajudar a melhorar?” o O paciente deve ter clareza que ele faz parte do tratamento e que ele é a pessoa mais importante nesse processo. o “Será que eu posso fazer qualquer coisa que não vou piorar?” o “Será que posso fazer alguma coisa que pode ajudar no tratamento?” • “Tem alguma coisa que você possa fazer ou me dar para melhorar?” o “Tem algum exercício, remédio, chá, probiótico, órtese, repouso, ou qualquer outra coisa que eu posso oferecer ao paciente que ele pode gostar e melhorar no processo?” 4. Blue Flag, Yellow Flag e Red Flag (Bandeira azul, amarela e vermelha) Riscos que o paciente possui em sofrer de outro mal que não seja problemas músculos esqueléticos, mas outras complicações devido a outros problemas orgânicos ou não, e que, portanto, necessitam de outras avaliações e de outros profissionais para esse diagnóstico. Resumidamente, são fatores que aumentam o risco de prolongamento ou causam a dor, incluindo: 16 4.1. Blue Flag (Bandeira Azul) Fatores ergonômicos relacionados ao trabalho ou lazer do paciente. 4.2. Yellow Flag (Bandeira Amarela) • Fatores socioeconômicos (idade, gênero, estado civi); • Trabalho (satisfação, autonomia, empatia com supervisor); • Litígio (compensação trabalhista, lesão pessoal); • Comportamento (ansiedade, depressão, medo); • Estado geral de saúde (obesidade, diabetes). 4.3. Red Flag (Bandeira Vermelha) Sinais, sintomas, ou características do paciente que indicam a necessidade de exames adicionais para eliminar a possibilidade de serias condições médicas encobertas, por exemplo • Séria patologia espinal; • Tumor/Câncer; • Doenças degenerativas. 5. Quesitos para Boa Avaliação 5.1. Avaliação Subjetiva O exame subjetivo está relacionado com a queixa do paciente e história passada e provê uma visão clara da queixa do paciente, trazendo precisão e vantagem da comunicação eficaz obtida do exame subjetivo dependem da habilidade de comunicação do fisioterapeuta. 5.2. Componentes do Exame Subjetivo 5.2.1. Anamnese Estabelecer o tipo do problema com perguntas abertas, como por exemplo: “Qual a sua queixa?”. 17 Durante a avaliação devemos evitar perguntar “onde dói?”, pois o problema pode ser fraqueza ou restrição do movimento, sempre usando linguajar simples, fazer uma pergunta de cada vez e focar a pesquisa e perguntas para o problema principal do paciente. 5.2.2. Mapa Corporal Tem como vantagem perceber o corpo todo e fazer a relação com os sinais e sintomas, podendo favorecer a descrição detalhada do local e qualidade dos sintomas. O Paciente pode desenhar o local, podemos fazer perguntas sobre outras áreas sobre qualidade ou tipo de sintoma, profundidade, se é constante ou não e permite saber qual a pior área ou ponto, estabelecendo relação entre outras áreas. Ajudam a trazer relação com os dermátomos, ou seja, o trajeto que a pessoa relata o sintoma (dor ou formigamento) que são relacionados com a raiz nervosa que inerva aquela região. 18 Ajudam a trazer relação com os miótomos, ou seja, fraqueza ou não contração muscular que são relacionados com a raiz nervosa que inerva aquele músculo. Ajudam a trazer relação com os esclerótomos, ou seja, o paciente relata uma dor mais interna ou mais especificamente “dói no osso” ou na articulação, e que são relacionados com a raiz nervosa que inerva aquele osso ou articulação. 19 5.3. Comportamento dos Sintomas em 24 horas 5.3.1. Fatores agravantes o Atividades que pioram? ▪ Quais as posições que reproduzem o sintoma? ▪ O que faz piorar o sintoma? o Por quanto tempo você consegue fazer esta atividade? ▪ Consegue permanecer na posição antes de piorar? o Quando interrompe a atividade, quanto tempo leva para desaparecer. 5.3.2. Fatores que melhoram o Existe alguma coisa que você faz que diminui o sintoma? o Quais os fatores que melhoram? o Por quanto tempo demora? o Qual a posição que faz sentir melhora? 5.3.3. Irritabilidade o Indica o quanto o problema do paciente pode ser exacerbado pelas posições e movimentos, exame físico e tratamento 20 o Utiliza 3 fatores ▪ Quanto tempo leva para o sintoma surgir? ▪ Quão severo é o sintoma? (Pode continuar a avaliar?) ▪ Quanto tempo leva para o sintoma diminuir ou voltar ao nível basal? 5.3.4. Problema irritável A mínima quantidade de atividade faz com que o sintoma seja severo o suficiente para que o paciente interrompa a atividade e o sintoma demore para diminuir ou desaparecer ao nível basal. A irritabilidade do problema pode influenciar no vigor do exame físico e tratamento 5.3.5. Padrões de Sono • Você está tendo dificuldades para dormir? • O seu sintoma dificulta o sono? • O seu sintoma faz você acordar durante a noite? o Se você acordar, o que você faz para voltar a dormir? o Quanto tempo leva para voltar a dormir? 5.3.6. Padrão durante o dia As vezes o paciente não consegue relacionar os sintomas com certas atividades, mas consegue relacionar com as horas do dia e devemos perguntar: • Como é seu sintoma assim que você acorda? • Possui rigidez? Por quanto tempo? • Como é o sintoma conforme o dia progride? 5.3.7. História da Condição Atual • Quando iniciou o problema? • Como iniciou? • Como está agora? 5.3.8. História Passada Relacionada à Condição Atual 21 • Houve alguma ocorrência anteriormente e que depois dessa ocorrência, o problema atual surgiu? 5.3.9. Perguntas especiais, incluindo história médica e social/familiar Servem para selecionar qualquer precaução ou contraindicação. • Como é seu estado geral de saúde? • Houve alguma mudança de peso recente? • Já ficou seriamente doente? (patologia ou cirurgia) • Qual medicamento você atualmente utiliza? • Perguntas sobre a vida social e familiar • Hobbies e relacionamentos 22 6. Exame Físico 6.1. Objetivo Principal Resumidamente, devemos ENCONTRAR O ACHADO COMPARADO! O que é isso? • Anormalidade encontrado nos testes • Fica no local do sintoma ou em outro local • Teste que reproduz a dor do paciente, é o principal achado comparado 6.2.Exame sentado o Exame postural ▪ Antálgico? Natural? (correção para verificar) o Análise de movimento funcional ▪ Realizar os movimentos funcionais ▪ Avaliação e reavaliação após o tratamento o Testes dos movimentos ativos (sobrepressão passiva) o Resposta do sintoma o Quantidade de movimento o Mobilidade segmentar o Sensação de fim (endfeel) 6.3. Avaliação Postural A única coisa que precisamos perceber durante a avaliação postural é se os desvios posturais são para evitar a dor ou não. E por isso apenas colocamos o paciente na posição fisiológica normal, com suas lordoses e cifoses, e verificamos se a dor é devido à postura ou não. Essa avaliação postural não é importante nesse momento saber se possui alterações posturais, mas sim se ela influencia na queixa do paciente. 23 7. Indicações da Aplicação do Conceito Maitland • Dor • Retração Muscular (tecidos) e espasmo • Hipomobilidade • Limitação da ADM • Imobilização funcional 8. Contraindicações Bom senso é tudo, por isso prefiro termo precauções, pois tento o cuidado necessário, podemos aplicar em praticamente em qualquer dos casos. Lembrando que a aplicação da terapia depende única e exclusivamente de uma boa avaliação. A avaliação irá mostrar se o conceito terapêutico será eficaz ou não. 9. Precauções • Hipermobilidade • Fusão articular • Inflamação aguda • Disfunções genéticas • Processos malignos • Disfunções ósseas • Fratura não consolidada 10. End Feel – Sensação Final do Movimento • Normal • Leve o Aproximação tecidual • Firme o Muscular o Ligamentos o Cápsula • Rígida ou Forte 24 o Contato ósseo 11. Graus de Movimento de Maitland Grau I Pequena amplitude de movimento, muito próxima à posição inicial Grau II Grande amplitude de movimento, executado fora da resistência (sem rigidez ou espasmo muscular) Grau III Grande amplitude de movimento, executado dentro da resistência Grau IV Pequena amplitude de movimento, alongando a resistência (rigidez ou espasmo) 25 Capítulo 4. Tratamento 1. Técnicas de Tratamento São com movimentos oscilatórios contínuos durante todo o tempo. 1.1. Técnicas Acessórias (45 seg a 1min) • Movimentos PA (póstero-anterior) AP (anteroposterior), ML (mediolateral), LM (lateromedial), valgo, varo, compressão • PA Central (usado nos processos espinhosos) • PA Unilateral (usado nos processos transversos) • Tração 1.2. Técnica Fisiológica (45 seg a 1 min) • Flexão, extensão, adução, abdução, rotação interna e externa. 1.3. Velocidade, Ritmo e Duração • 3 séries de oscilações • Reavaliar • 1 a 3 oscilações por segundo • Costumo usar mais 1 ou 2 • ±45 segundos por série • Descanso de 15 segundos entre as séries • Iniciar com graus I e II, tentando evoluir até grau IV • Sempre sem dor 1.4. Durante a tração • Quando envolver muita dor ❑ Tracionar (±45”) • Tracionais suavemente e ir aumentando a tração • Quando terminar, ir liberando suavemente, tal como foi aumentando a tração 26 1.5. Tração segundo Kaltenborn • Grau I - Leve o Neutraliza a pressão articular sem promover separação da superfície articular o Produz alívio de dor reduzindo a pressão articular • Grau II - Média o Promove separação articular eliminando a folga da articulação/cápsula o Utilizada para perceber a sensibilidade articular • Grau III - Alongamento o Promove o alongamento do tecido mole que envolve a articulação o Aumenta a mobilidade na articulação hipomóvel 2. Resposta do Paciente • Nunca deve sentir dor • Ir progredindo entre os GRAUS • Dentro dos 45 segundos, vamos ir variando entre os graus (I, II, III, IV. V) • Caso o paciente relatar dor, voltar para o grau de mobilização anterior à dor 27 Capítulo 5. Cervical 1. Exame Físico da Cervical • Exame em pé ou sentado • Exame postural • Análise do Movimento Funcional Devemos sempre de avaliar as articulações periféricas da avaliação alvo. No caso da cervical, devemos avaliar o ombro também, tanto com os movimentos fisiológicos com sobrepressão e testes isométricos, como por exemplo: • Abdução ativa com sobrepressão • Flexão horizontal ativa com sobrepressão • Mão atrás das costas (handbehindback) • Abdução isométrica 2. Movimentos Ativos e com Sobrepressão 28 3. Testes de Compressão 4. Exame em Supino • Teste da artéria vertebral (Teste de Klein) • Exame da mobilidade do tecido neural • Exame da performance muscular o Alongamento e força • Escaneamento completo da articulação periférica (ombro) 5. Teste da Artéria Vertebral 29 • Deitado ou sentado o Colocar o paciente em rotação e extensão o Segurar de 30 a 60 segundos o Voltar à posição inicial o Observar se aparecem sintomas ▪ Vertigem, tontura, náusea, vomito, movimento rápido dos olhos o Caso surgir esses sintomas ▪ Cuidado! 30 6. Movimentos Passivos e com Sobrepressão 7. Exame do Ombro – Neural 8. Exame Físico em Prono ❑ Exame da performance muscular ❑ Romboides, retração cervical com depressão da escápula, posicionar com gravidade resistida ❑ Palpação posterior da coluna ❑ Movimentos Intervertebrais Acessórios Passivos (MIVAP) ❑ PA Central e Unilateral 31 ❑ Palpação de tecidos moles 9. Palpação Cervical 10. Mobilização Cervical 32 Capítulo 6. Torácica 1. Inervação de Alguns Ramos Nervosos 2. Padrão de Dor de Disfunções da Primeira Costela 3. Movimentos Funcionaiscom Sobrepressão 33 4. Mobilização Torácica 5. Mobilização Primeira Costela 34 Capítulo 7. Lombar 1. Movimentos Funcionais 2. Movimentos com Sobrepressão 3. Movimentos com Sobrepressão 35 4. Movimentos Funcionais Passivos 5. Mobilização Lombar 36 Capítulo 8. Sacroilíaca 1. Mobilização Passiva - Movimento PA 2. Mobilização Passiva 3. Mobilização Sínfise Púbica 37 Capítulo 9. Ombro 1. Testes Funcionais com Sobrepressão 2. Testes Isométricos 3. Vista Lateral da Cinemática do Cotovelo Durante a Abdução 38 3.1. Abdução Glenoumeral 4. Rotação da Glenoumeral 5. Rotação da Glenoumeral - Hand Behind Back 39 6. Adução Horizontal 7. Movimento Póstero-Anteriore Anteroposterior 40 8. Movimento Lateral 9. Tração 10. Acromioclavicular 41 11. Esternoclavicular 42 Capítulo 10. Cotovelo 1. Movimentos Funcionais 2. Sobrepressão 3. Testes Neurodinâmicos 43 4. Funcionais com Sobrepressão 5. Exame do Olécrano 6. Distração (Tração) 44 45 Capítulo 11. Punho e Mão 1. Supinação/Pronação com Sobrepressão 2. PA e AP / Compressão - Rádio e Ulna 3. Flexão e Extensão 46 4. Desvio Ulnar e Radial 5. Movimento PA e AP Radiocarpal 6. Tração e Compressão Radiocarpal 47 7. Flexão/Extensão/Adução/Abdução/Rotação - Metacarpofalangeana e Interfalangeana 8. Compressão e Distração 48 49 Capítulo 12. Quadril 1. Movimentos Funcionaiscom Descarga de Peso Sentar-se e levantar-se do carro, cama, vaso sanitário, cadeira, ou qualquer outro lugar que o paciente relate o sintoma. 2. Análise da Marcha 50 • Podemos pedir para o paciente andar de maneiras diferentes o Frente, costas e lado o Variar a velocidade o Cruzando as pernas o Na ponta dos pés e calcanhares o Inversão e eversão o Rotação interna e rotação externa o Subir e descer escadas 3. Testes com Sobrepressão 51 4. Testes Neurodinâmicos 5. Testes com SobrepressãoExtensão 52 6. Testes com SobrepressãoDecúbito Ventral 7. Testes com Sobrepressão - Flexão/Adução 8. Movimentos Acessórios - Tração 53 9. Movimentos Acessórios 10. Movimentos Acessórios – Compressão11. Movimentos Acessórios - Compressão Látero-Medial 54 12. Rotação Medial/Lateral 55 Capítulo 13. Joelho 1. Análise da Marcha • Idem quadril e podemos fazer mais alguns testes (com 1 ou 2 pernas) mais relacionados ao joelho, como por exemplo: o Agachar o Pular o Sentar-se nos calcanhares (pode passar de gatas para sentado nos calcanhares) 2. Testes com Sobrepressão – Extensão 3. Testes com Sobrepressão – Flexão 56 4. Testes com Sobrepressão – Rotação 5. Alinhamento Patelar • Movimentos patelares a: o 0º; 20-30º; 60º; 90º • Com e sem carga • Observar o Reprodução do sintoma • Com correção (manual ou tape), o sintoma desaparece? • Como é o alinhamento patelar? 6. Testar Alongamento Geral • Isquiotibiais 57 • Quadríceps • Tensor da fáscia lata • Gastrocnêmio e Poplíteo 7. Testes com Sobrepressão - Adução e Abdução em Extensão 8. Testes com Sobrepressão - Adução e Abdução em Flexão 9. Testes com Sobrepressão - Rotação Tíbiofemoral 58 10. Testes com Sobrepressão - Tração e Compressão 11. Testes com Sobrepressão 59 12. Testes com SobrepressãoLateralização e Medialização Tibiofemoral 13. Teste Patelofemoral 14. Movimentos Tibiofibulares 60 15. Caudal/Cranial 61 Capítulo 14. Pé e Tornozelo 1. Movimentação Geral com Sobrepressão 2. Anatomia para a Avaliação • Dividir o pé e tornozelo em 3 partes para ficar mais fácil a avaliação. 62 3. Flexão Plantar Segmentar 4. DorsiFlexão 5. Inversão/Eversão 63 6. Movimento PA/AP 7. Movimentos Tibiofibulares 64 8. Rotação 9. Movimentos Tibiofibulares - Tração/Compressão Calcâneo 10. Movimentos Tibiofibulares – Tração 65 11. Movimentos Transversais Retropé - Lateral/Medial 12. Movimentos Intertarsais - Supinação/Pronação 13. Movimentos Acessórios dos Ossos do Tarso - PA/AP 66 14. Movimentos Intermetatarsais 15. Movimentos dasMetatarsofalângicas e Interfalângicas • Tração • Rotação • Compressão • PA • AP 67 Referências BIENFAIT, Marcel. Bases da fisiologia da terapia manual. 2a ed. São Paulo: Ed. Summus, 2000. CORRIGAN, Brian; MAITLAND, G. D. Transtornos musculoesqueléticos da coluna vertebral. In: Transtornos musculoesqueléticos da coluna vertebral. 2005. GIBBONS, Peter; TEHAN, Philip. Manipulação da coluna, do tórax e da pelve. 2a ed. São Paulo: Phorte Editora, 2010. HENGEVELD, Elly; BANKS, Kevin (Ed.). Maitland'sPeripheralManipulation: Management ofNeuromusculoskeletalDisorders. Elsevier Health Sciences, 2013. JARMEY, CHRIS. Shiatsu. São Paulo: Ed. Manole, 2009. KINSINGER, S.; BYFIELD, D. Terapia Manual - Guia de Anatomia de Superfície e Técnicas de Palpação. São Paulo: Ed. Phorte Editora, 2008. LEDERMAN, F. Fundamentos da terapia manual. São Paulo: Manole, 2001. MAILAND, Geoff et al. Manipulação vertebral de Maitland. In: Manipulação vertebral de MAITLAND. 2003. MAITLAND, Geoffrey D. 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