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ANTIBIOTICOS MED_RABISCOS

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TAISE TERRA MED_RABISCOS 
 
 
 
 
 
 
 
História da quimioterapia 
• Quinina para malária 
• Emetina para amebíase 
• 1914-1918: primeira guerra: muitas infecções que matavam os 
soldados 
• Paul Ehrlich: “balas”de corantes, resistência 
• 1928, Fleming, fungo Penicillium inibia S. aureus ® antibiose 
• 1935: alemães – sulfonamidas 
• 1940: ingleses, penicilina, Florey e Chain 
• 1945: início da era dos antibióticos 
o USA isolou P notatum de melão 
o Cultivos de fungos 
o Sintetização 
Conceitos 
• Antibiótico: substância produzida por fungos ou bactérias, 
capazes de inibir ou matar microrganismos 
• Quimioterápico: substância produzida em laboratório, capaz 
de matar ou inibir microrganismos 
• Antimicrobiano: substância capaz de matar ou inibir 
microrganismos sem ser tóxica para o hospedeiro (toxicidade 
seletiva) 
• Toxicidade seletiva: capacidade de lesar o microrganismo, sem 
ser tóxica para o hospedeiro 
• Sinergismo: quando a combinação de 2 drogas aumenta a 
atividade de ambas ® 1+1=3 
• Antagonismo: quando um antimicrobiano diminui a ação de 
outro ® 1+1=0 
• Ação bacteriostática: capacidade de inibir o crescimento do 
microrganismo 
• Concentração mínima inibitória: menor concentração de droga 
capaz de inibir o crescimento 
• Ação bactericida: mata ou lesa irreversivelmente o 
microrganismo 
• Concentração mínima bactericida: menor concentração de 
droga capaz de matar o microrganismo 
è A maioria dos antibióticos hoje são sintéticos ® produzidos por 
Streptomyces (bactéria filamentosa do solo) 
è Vírus dentro da célula humana não tem metabolismo próprio – 
parasita obrigatório 
è Sintomas por mais de uma semana e febre sugerem 
antibioticoterapia 
è Nunca operar área com infecção: tratar antes e então operar 
com antibioticoprofilaxia 
è Amplo espectro: todas ® gram positivas e negativas 
è Curto espectro: não inclui bacilos gram – 
è Largo espectro destrói a microflora normal 
è Toxicidade seletiva: é aquela tolerada pelo hospedeiro 
è Via de eliminação aberta 
è Nível sanguíneo seguro e eficaz: o antibiótico tem que atingir o 
nível sanguíneo e isso leva um tempo pra ser atingido; quando 
usa dose dupla (dose de ataque) é mais rápido 
è Uso com refeições*** ® nunca tomar antibiótico com 
refeições ou lente; anti-inflamatório pode 
è Vias de administração (subcutânea, intradérmica, via oral, 
venosa) 
è Dose de ataque: as vezes na primeira dose é dupla, pra atingir 
mais rapidamente 
è Profilático sempre que houver 
è Monocitopenia ou netropenia (poucos monócitos ® 
macrófagos; ou poucos neutrófilos) 
 
 
Mecanismos de ação 
• O antibiótico atua inibindo síntese de parede, síntese de 
proteínas, inibindo síntese de ácidos nucleicos, causando lesão 
na membrana, inibindo metabolitos essenciais ® inibição de 
sínteses 
Inibição de síntese de parede: beta-lactâmicos ® anel beta-
lactâmico (centro da atividade da molécula) 
è Bacitracina 
è Cefalosporinas 
è Penicilinas 
è Ciclocerina 
è Vancomicina 
• Provocam a lise da célula ® tira a parede, tira a proteção; fica 
frágil 
• Resistência: enzima beta-lactamases ® quebra o antibiótico 
• Glicopeptídicos: vancomicina e teicoplanina ® atuam sobre 
gram positivos 
• Bacitracina ® uso tópico 
• Atuando sobre microbactérias (tuberculose e lepra): 
isoniazida, etionamida, etambutol e cicloserina 
Penicilinas 
Naturais: 
• CRISTALINA (G): é sempre endovenosa e é excretada em 3-6h 
® fazer várias digestões ® estreptococos, estafilococos, 
clostrídios, neisserias e sífilis 
• PROCAINA: intramuscular; detectável por mais de 24h 
• BENZATINA: intramuscular; 4 meses; baixa concentração ® a 
bactéria tem que ser muito sensível. Ex: benzetacil 
• Penicilinas orais (V) ® Via oral ® estável a acidez estomacal 
Semissintéticas: 
• Duração mínima do tratamento ® 3 semanas (21 dias) 
• Meticilina, oxacilina, ampicilina 
• Carbenicilinas e ticarcilinas (ação contra Pseudomonas) ® 
infecção hospitalar 
• Amoxicilina tem ácido clavulânico que inibe a penicilinase 
 
Cefalosporinas 
• 1ª geração: cefalotina, cefazolina, cefalexina, cefadroxil ® 
atuam sobre gram positivas 
• 2ª geração: cefaclor, cefuroxima, cefprozila 
• 3ª geração: cefotaxima, ceftriaxona, cefodizima, ceftazidina, 
cefoperazona, cefixima, cefetamet, cefpodoxima 
• 4ª geração: cefepima, cefpiroma, ceftobiprole 
• De 2ª – 4ª ® espectro ampliado 
Cefamicinas ® cefoxitina 
 
Vias de administração 
• Sistêmica: 
o Enteral: via oral, sublingual e retal 
o Parenteral: via intravenosa, subcutânea e intramuscular 
• Local: tópica ® via nasal e via epidérmica 
 
 
 
TAISE TERRA MED_RABISCOS 
 
 
TAISE TERRA MED_RABISCOS 
Cefalosporinas de 3ª geração 
• Único tipo disponível no Brasil: 
o Ceftriaxona (meningite) 
o Cefotaxima (meningite) 
o Ceftazidima (Pseudomonas) 
® Via parenteral 
• 4ª geração: no Brasil só cefepima 
 
Carbapenens: Imipenem e meropenem ® amplo espectro 
Monobactâmicos: Aztreonam ® atuam só sobre gram negativas 
 
Inibidores de beta-lactamases: 
• Ácido clavulânico (+amoxicilina)(+ticarcilina) 
• Sulbactam (+ampicilina)(+amoxicilina) 
• Tazobactam (+piperacilina) 
• Têm baixa atividade antimicrobiana e maior afinidade de 
ligação com as beta-lactamases 
• São destruídos pela enzima, deixando a outra droga íntegra 
para exercer a ação antimicrobiana 
• Ou seja, eles reagem com a enzima, e ainda sobra o outro pra 
agir 
 
Nível sérico e barreira hemoliquórica 
• Probenecida: aumenta o tempo de nível sérico sem aumentar 
a dose para penicilina e cefalosporina ® aumenta o tempo 
entre as doses 
• Barreira hemoliquórica: 
o Penicilina e eritromicina não atravessam meninges sãs ® 
somente inflamadas; a concentração do líquor diminui com 
a diminuição da inflamação (ou seja, quando a pessoa 
estiver sarando) ® aí tem que associar com outra, pra 
compensar (de 3ª geração) 
o É sempre permeável para cloranfenicol (ação deletéria 
sobre a medula óssea; evita na pediatria), isoniazida e sulfas 
o Meningite: cefalosporinas de 3ª geração ® cefotaxima ou 
ceftriaxona 
 
Inibição da função da membrana celular 
• Barreira de permeabilidade seletiva ® realiza transporte ativo, 
controlando a composição interna da célula 
• Membrana rompida ® macromoléculas e íons escapam ® leva 
a morte celular 
• Ou seja, intervenção na permeabilidade seletiva da membrana 
• Polimixinas (gram negativas) 
• Polienos (fungos) 
• Anfotericina B (fungos) 
• Miconazol ® tratamento de micoses 
 
Inibição da síntese de proteínas 
® Atua a nível do conjunto de ribossomos: nos polissomos, onde 
a fita de RNA é lida simultaneamente ® cromossomos 
bacterianos são 70s; em mamíferos 80s 
• Bacteriostáticos (fase estacionária) 
o Cloranfenicol (anemia) 
o Lincomicinas e clindamicina 
o Tetraciclinas (flora intestinal) 
• Bactericidas 
o Aminoglicosídios: canamicina, neomicina, gentamicina, 
tobramicina, amicacina, estreptomicina 
o Macrolídios: eritromicina (alérgicos a penicilina); 
azitromicina (Clamidias); Claritromicina (H. pylori) 
o Associação: bactericida com bactericida 
 
 
 
 
Aminoglicosídeos: atuam sobre bacilos gram negativos 
• Estreptomicina 
• Neomicina 
• Gentamicina 
• Tobramicina 
• Amicacina 
• Netilmicina 
• Espectinomicina 
 
Inibição da síntese de ácidos nucleicos 
• Liga-se a enzimas RNA-polimerase e DNA-girase 
• Quinolonas, fluoroquinolonas ® inativas para anaeróbios; 
inibição de DNA-girase 
• Rifamicina ® inibe a RNA-polimerase; atua sobre 
micobactérias e cocos gram + 
• Pirimetamina 
• Metronidazol ® provoca dano no DNA; ação contra 
anaeróbios e fungos 
• São ativos para anaeróbios ® metronidazol 
• 1ª geração: ácido nalidíxico: atuam só sobre gram – 
• 2ª geração: norfloxacina, pefloxacina, ciprofloxacina, 
ocfloxacina, lomefloxacina ® amplo espectro 
• 3ª geração: levofloxacina, gatifloxacina, moxifloxacina ® 
espectro ampliado 
Mecanismo de ação das sulfas 
• Inibição competitiva 
• PABA é um metabólito essencial por ser convertido em ácido 
fólico 
• As sulfas entram na reaçãoem lugar do PABA e o ácido fólico 
não é formado, impedindo o crescimento celular 
• Os animais não sintetizam ácido fólico ® pegamos na dieta; 
mas a bactéria sintetiza o dela com PABA 
• Sulfonamidas: dapsona; acido aminosalicílico (PAS) 
 
Resistência 
• Produção de enzimas que destroem o fármaco ® estafilococo 
e betalactamases; gram negativas e 
cloranfenicolacetiltransferase 
• Modificam sua permeabilidade ao fármaco ® tetraciclina não 
se acumula nas resistentes, idem polimixina; estreptococos tem 
barreira de permeabilidade aos aminoglicosídios 
• Alteração do alvo do fármaco ® aminoglicosídio ® inibe 
síntese de proteína; bactéria altera ribossomo para 50s 
• Via metabólica alternativa: resistência a sulfa por adquirir ácido 
fólico pré-formado como os animais 
• Modificam a enzima alvo do fármaco ® resistência ao 
trimetopim 
Origem da resistência 
• Não genética 
o Ambiental 
o Bactéria voltar a se multiplicar 
• Genética 
o Cromossômica ® mutação espontânea em um locus 
o Extracromossômica: plasmídio transferido 
o Transformação: DNA passa livremente 
o Conjugaçao: pili sexual 
o Transdução: por vírus 
ANTIBIOGRAMA 
• Método de difusão: pega o disco de papel filtro embebido com 
solução do antibiótico e deposita em meio sólido semeado com 
a bactéria agente etiológica da infecção 
• Leitura após crescimento 
• Com halo de inibição: sensível 
• Sem halo de inibição: resistente 
 
 
TAISE TERRA MED_RABISCOS 
 
Nessa foto todas são sensíveis! 
 
Conduta clínica 
• Colher material representativo 
• Enviar ao laboratório com pedido de bacterioscopia, cultura e 
antibiograma (resulta em 18h) 
• Dependendo do estado clínico (febre, pus, dor, etc) ® receitar 
antibiótico baseado na experiência acumulada: resultados 
estatísticos dos antibiogramas publicados pelos laboratórios 
locais mensalmente 
• Resultado clínico favorável: normalmente o antibiótico 
receitado está entre os sensíveis no antibiograma ® manter 
• Resultado clínico desfavorável: resistente ® trocar por sensível 
baseado no antibiograma 
Uso indiscriminado 
• Alergias (hipersensibilidade) 
• Alteração da microbiota normal 
• Mascaramento de infecção grave sem erradica-la. Ex: abscesso 
fica sem manifestação clínica 
• Toxicidade 
• Desenvolvimento de resistência ambiental 
 
ASSOCIAÇÕES (MAIS DE UM ANTIBIÓTICO) 
• Vantagens: paciente em estado grave ou crítico com suspeita 
de infecção grave; retardar surgimento de mutantes 
resistentes; infecções mistas; obtersinergismo 
• Desvantagens: antagonismo; reações medicamentosas; custo; 
relaxamento no tratamento (tudo já foi feito) 
 
Sigergismos 
• Bactericida + bactericida 
• Aminoglicosídios com b-lactâmicos rifamicina, INH e etambutol 
(TB) 
• Endocardites por estreptococos alfa-viridans: penicilina 
+estreptomicina 
• Bactrim (sulfa +trimetropim) 
• Pseudomonas: gentamicina+carbenicilina 
 
Antagonismos: 
• Bactericica +bacteriostático 
• Penicilina ou cefalosporinas (bactericidas inibem síntese de 
parede na fase log)+ cloranfenicol ou tetraciclina, ou 
eritromicina (inibem síntese de prote[ina mas levam a fase 
estacionária, são bacteriostáticos) 
 
INATIVAÇÃO 
• Penicilina: solução glicosada e bicarbonato 
• Canamicina: solução glicosada, NaHCO3, cortisona, complexo 
B, vitamina C 
• Anfotericina B: precipitação com soro fisiológico 
• Eritromicina: luz, soro fisiológico, vit C 
• Cloranfenicol: vitamina B 
• Tetraciclina: cálcio ® leite 
• Aminoglicosídeos: prolongam efeito anestésico 
• Polimixinas: prolongam efeito anestésico 
• Rifampicina: diminui efeito das pílulas anticoncepcionais

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