Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Bioquímica – Vitor Benincá Formação de uma massa sólida obstrutiva no trato urinário Constituídos de componentes cristalinos e matriz orgânica Primeiro há os cristais (não visíveis) → formação de cálculos (visíveis). Urina turva é indicativa de cristais, porém células, bactérias e proteínas também podem turvar a proteína. FATORES DE RISCO Fatores que promovam a precipitação do soluto: Estagnação da urina Concentração da urina Volume diminuído ou alta concentração de solutos Alcalinidade da urina e acidez → pois o pH altera a solubilidade de uma solução. Infecção do trato urinário → aumenta a concentração de solutos Elevação de cálcio (principalmente as urinas ácidas) e ácido úrico plasmático Predisposição familiar Algumas pessoas podem ter uma diminuição dos fatores de inibição de formação de cálculos Citrato, magnésio, pirofosfato Proteínas secretadas pelas células tubulares renais: nefrocalcina e proteína de Tamm- Horsfall → formam a matriz orgânica da litíase. Essas matrizes orgânicas são a “base” para a deposição de cristais. Dieta → dietas mais restritivas em determinados alimentos podem diminuir a formação de litíase Relação entre a ingestão proteica e a excreção de cálcio urinário. Sobrecarga proteica leva a um aumento de calciúria, oxalúria e uricosúria (diminuição da reabsorção tubular e excreção de ácidos). Há alimentos que não possuem muito ácido úrico, mas têm muitas purinas e pirimidinas, que provocarão o aumento do ácido úrico. Quando se tem um fator de risco imutável (genética), deve-se cuidar mais com fatores evitáveis (ambientais) FISIOPATOLOGIA Formação dos cálculos: Precipitação (“areia”) e cristalização do soluto ao redor de um núcleo orgânico, como as proteínas (urato de sódio, ácido úrico ou cristais de hidroxiapatita) Crescimento e formação do cálculo. Se os fatores não forem revertidos, há um aumento dos tamanhos e quantidades de cálculos Fator determinante: aumento da concentração urinária dos componentes do cálculo a ponto de ultrapassar a sua solubilidade na urina (supersaturação). Isso pode ser devido à aumento de soluto ou diminuição de solvente. O cálculo pode provocar obstrução do trato urinário Danos às paredes epiteliais do trato urinário: aumento da pressão hidrostática capilar Resposta inflamatória: estresse oxidativo Estimulação de receptores de dor pela passagem do cálculo pelo trato urinário, já que essa região é bastante sensível (muitos receptores de dor) TIPOS DE CÁLCULOS Cálculos contendo cálcio (75%) – oxalato de cálcio ou oxalato de cálcio com fosfato de cálcio. Mais comum em urina ácida Cálculos de estruvita (15%) – fosfato de magnésio e amônia. Principais de pH de urina alcalina. Ácido úrico (6%) Cistina (1-2%) → Origem genética Litíase Renal 2 Bioquímica – Vitor Benincá OXALATO DE CÁLCIO Hipercalcemia Doenças ósseas e hiperparatireoidismo É aumentada com a idade, pois há tendência de perda do cálcio ósseo. Hipercalciúria Renal ou absortiva Hiperoxalúria Dieta 20% dos casos estão associados com aumento de ácido úrico (cálculos formados por oxalato de cálcio e ácido úrico), já que é de pH ácido também. Cristais de oxalato de cálcio FOSFATO DE MAGNÉSIO E AMÔNIA Formados após infecções bacterianas, com produção de urease e clivagem da ureia e formação de amônia (elevação intensa e rápida da quantidade de amônia na urina) Urina alcalina – precipitação de sais de fosfato de magnésio e amônia Geralmente são cálculos maiores, por causa das grandes quantidades de ureia – cálculos coraliformes cristais de fosfato de magnésio e amônia. Fosfatos amorfos → cristais → cálculos ÁCIDO ÚRICO Hiperuricemia e hiperuricosúria (gota → acúmulo de ác. Úrico no sangue, e, por ação da gravidade, há deposição em tornozelo → inflamação [edema e dor]) Mais da metade dos pacientes com cálculos de urato não apresentam hiperuricemia Dieta rica em purinas Desidratação Tendência de formar urina com pH abaixo de 5,5: formação de cristais de ácido úrico (insolubilidade) É o mais comum em urinas ácidas 3 Bioquímica – Vitor Benincá Ao ter a ação da xantina oxidase, há a produção de radicais livres. Portanto, se há aumento de ácido úrico, há elevação de radicais livres (ERO) também. O aumento do ácido úrico é um fator de risco devido ao aumento dos radicais livres. Purina nas comidas: CISTINA Cistina = Cisteina + cisteina ligada por pontes dissulfeto Causados por defeitos genéticos na reabsorção renal de aminoácidos Cistinúria Formam-se em pH urinário baixo MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Redução da eliminação de urina (obstrução) Hematúria (dano ao epitélio) Eliminação de cálculos e sedimentos na urina Predisposição à infecção urinária Cólica renal (espasmo ureteral pela passagem do cálculo) PREVENÇÃO E TRATAMENTO Eliminação de fatores de risco Cálculos menores de 5 mm – eliminação espontânea De 5 a 10 mm – 50% de possibilidade de eliminação Uso de analgésicos (dor) e aumento da ingestão de líquido (eliminação de cálculos e “prevenção” da concentração da urina) Cálculos maiores Litotripsia e litotomia Há relação entre refrigerantes e cálculos renais? Refrigerantes com açúcar estão associados a alto risco de cálculos. Cerveja, café, vinho... tem um risco mais baixo de cálculos.
Compartilhar