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Depressão - Problema 03 MT02

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Depressã�
1. Conhecer � tip� � grau� d� depressã�
Distimia
- Também conhecida como
TRANSTORNO DEPRESSIVO
PERSISTENTE, a distimia (literalmente
significa mau humorado) apresenta
humor deprimido na maior parte do dia
em quase todos os dias, podendo estar
associado a sentimentos de
inadequação, culpa, irritabilidade,
afastamento da sociedade, perda de
interesse e falta de produtividade.
- Antigamente, grande parte dos
pacientes distímicos eram classificados
com NEUROSE DEPRESSIVA.
- Normalmente é diagnosticado quando
ocorre durante 2 anos em adultos e 1
ano em crianças
Transtorno depressivo maior:
> É caracterizado por episódios
distintos de pelo menos duas semanas
de duração (embora a maioria dos
episódios dure um tempo
consideravelmente maior) envolvendo
alterações nítidas no afeto, na cognição
e em funções neurovegetativas, e
remissões interepisódicas.
> O diagnóstico baseado em um único
episódio é possível, embora o
transtorno seja recorrente na maioria
dos casos.
> Os sintomas dos critérios para
transtorno depressivo maior devem estar
presentes quase todos os dias para serem
considerados presentes, com exceção de
alteração do peso e ideação suicida.
> Insônia ou fadiga frequentemente são a
queixa principal apresentada, e a falha em
detectar sintomas depressivos associados
resultará em subdiagnóstico.
> A tristeza pode ser negada inicialmente,
mas pode ser revelada por meio de
entrevista ou inferida pela expressão
facial e por atitudes.
> A característica essencial de um episódio
depressivo maior é um período de pelo
menos duas semanas durante as quais há
um humor depressivo ou perda de
interesse ou prazer em quase todas as
atividades
> O indivíduo também deve experimentar
pelo menos quatro sintomas adicionais,
extraídos de uma lista que inclui mudanças
no apetite ou peso, no sono e na atividade
psicomotora; diminuição de energia;
sentimentos de desvalia ou culpa;
dificuldade para pensar, concentrar-se ou
tomar decisões; ou pensamentos
recorrentes de morte ou ideação suicida,
planos ou tentativas de suicídio.
> Alguns enfatizam queixas somáticas (p.
ex., dores ou mazelas corporais) em vez de
relatar sentimentos de tristeza.
Amand� Mel� - Medicin� FITS P3
Depressã�
> Os membros da família com frequência
percebem retraimento social ou
negligência de atividades prazerosas
Transtorno bipolar
- Tipo I:
> A característica essencial de um
episódio maníaco é um período distinto
de humor anormal e persistentemente
elevado, expansivo ou irritável e
aumento persistente da atividade ou
da energia, com duração de pelo menos
uma semana e presente na maior parte
do dia, quase todos os dias
> A média de idade de início do
primeiro episódio maníaco,
hipomaníaco ou depressivo maior é de
cerca de 18 anos para transtorno
bipolar tipo I.
> Aproximadamente 30% mostram
prejuízo importante no funcionamento
profissional.
> Os prejuízos cognitivos podem
contribuir para dificuldades
profissionais e interpessoais e
persistir ao longo da vida
> Os critérios para transtorno bipolar
tipo I representam o entendimento
moderno do transtorno
maníaco-depressivo clássico, ou
psicose afetiva, descrito no século
XIX
> Diferem da descrição clássica
somente no que se refere ao fato de
não haver exigência de psicose ou de
experiência na vida de um episódio
depressivo maior.
> A vasta maioria dos indivíduos cujos
sintomas atendem aos critérios para
um episódio maníaco também tem
episódios depressivos maiores durante
o curso de suas vidas.
- Tipo II:
> O transtorno bipolar tipo II
caracteriza-se por um curso clínico de
episódios de humor recorrentes,
consistindo em um ou mais episódios
depressivos maiores e pelo menos um
episódio hipomaníaco
> O episódio depressivo maior deve
ter duração de pelo menos duas
semanas, e o hipomaníaco, de, no
mínimo, quatro dias, para que sejam
satisfeitos os critérios diagnósticos.
> Durante o(s) episódio(s) de humor, a
quantidade necessária de sintomas
deve estar presente na maior parte do
dia, quase todos os dias, além de os
sintomas representarem uma mudança
notável do comportamento e do
funcionamento habituais.
> requer um ou mais episódios
depressivos maiores e pelo menos um
episódio hipomaníaco durante o curso
da vida, não é mais considerado uma
Amand� Mel� - Medicin� FITS P3
Depressã�
condição “mais leve” que o transtorno
bipolar tipo I, em grande parte em
razão da quantidade de tempo que
pessoas com essa condição passam em
depressão e pelo fato de a
instabilidade do humor vivenciada ser
tipicamente acompanhada de prejuízo
grave no funcionamento profissional e
social.
- Ciclotímico:
> O diagnóstico é feito em adultos que
têm pelo menos dois anos (um ano em
crianças) de períodos hipomaníacos e
depressivos, sem jamais atender aos
critérios para um episódio de mania,
hipomania ou depressão maior.
> O transtorno ciclotímico tem como
característica essencial a cronicidade
e a oscilação do humor, envolvendo
vários períodos de sintomas
hipomaníacos e períodos de sintomas
depressivos distintos entre si
> Durante o período inicial de dois
anos (um ano para crianças e
adolescentes), os sintomas precisam
ser persistentes (presentes na
maioria dos dias), e qualquer intervalo
sem sintomas não pode durar mais do
que dois meses
> O diagnóstico de transtorno
ciclotímico é feito somente quando os
critérios para episódio depressivo
maior, maníaco ou hipomaníaco nunca
foram satisfeitos
> O transtorno ciclotímico costuma ter
início na adolescência ou no início da
vida adulta e é, às vezes, considerado
reflexo de uma predisposição do
temperamento a outros transtornos
apresentados
> O transtorno ciclotímico
normalmente tem início insidioso e
curso persistente.
Transtorno disfórico
pré-menstrual
> Uma forma de transtorno depressivo
específico e responsivo a tratamento que
inicia em algum momento após a ovulação
e remite poucos dias após a menstruação,
Amand� Mel� - Medicin� FITS P3
Depressã�
causando impacto significativo no
funcionamento.
> As características essenciais do
transtorno disfórico pré-menstrual são a
expressão de labilidade do humor,
irritabilidade, disforia e sintomas de
ansiedade que ocorrem repetidamente
durante a fase pré-menstrual do ciclo e
remitem por volta do início da
menstruação ou logo depois.
> Esses sintomas podem ser
acompanhados de sintomas
comportamentais e físicos.
> Devem ter ocorrido na maioria dos
ciclos menstruais durante o último ano e
ter um efeito adverso no trabalho ou no
funcionamento social.
Transtorno Disruptivo de
Desregulação do Humor
> A característica central do transtorno
disruptivo da desregulação do humor é a
irritabilidade crônica grave. Essa
irritabilidade grave apresenta duas
manifestações clínicas proeminentes,
sendo a primeira as frequentes
explosões de raiva.
> Essas explosões tipicamente ocorrem
em resposta à frustração e podem ser
verbais ou comportamentais (estas
últimas na forma de agressão contra
propriedade, si mesmo ou outros).
> Explosões de raiva recorrentes e
graves manifestadas pela linguagem (p.
ex., violência verbal) e/ ou pelo
comportamento (p. ex., agressão física a
pessoas ou propriedade) que são
consideravelmente desproporcionais em
intensidade ou duração à situação ou
provocação.
Transtorno Depressivo Induzido
por Substância/Medicamento
> As características diagnósticas do
transtorno depressivo induzido por
substância/medicamento incluem os
sintomas de um transtorno depressivo,
como o transtorno depressivo maior;
entretanto, abstinência está associada a
ingestão, injeção ou inalação de uma
substância (p. ex., droga de abuso,
exposição a uma toxina, medicamento
psicotrópico, outro medicamento) e
persiste além da duração esperada dos
efeitos fisiológicos, da intoxicação ou do
período de abstinência.
> Muitas substâncias de abuso, alguns
medicamentos prescritos e várias
condições médicas podem estar
associados a umfenômeno semelhante
ao episódio maníaco.
> Algumas drogas que podem induzir são:
- Álcool
- Fenciclidina
- Alucinógenos
- Sedativos, Hipnóticos, Ansiolíticos
- Anfetaminas
- Cocaína
Amand� Mel� - Medicin� FITS P3
Depressã�
Transtorno Depressivo Devido a
Outra Condição Médica
> As características essenciais do
transtorno bipolar e transtorno
relacionado devido a outra condição
médica incluem a presença de um
período proeminente e persistente de
humor anormalmente elevado, expansivo
ou irritável e de atividade ou energia
anormalmente aumentada predominando
no quadro clínico atribuível a outra
condição médica
> Na maioria dos casos, o quadro
maníaco ou hipomaníaco pode surgir
durante a apresentação inicial da
condição médica (i.e., em um mês); há, no
entanto, exceções, especialmente nas
condições médicas crônicas, que podem
piorar ou entrar em recaída,
antecedendo o início do quadro maníaco
ou hipomaníaco.
> O episódio maníaco ou hipomaníaco no
transtorno bipolar e transtorno
relacionado devido a outra condição
médica deve causar sofrimento ou
prejuízo clinicamente significativo no
funcionamento social, profissional ou em
outras área importante da vida do
indivíduo para se qualificar para esse
diagnóstico
Outro Transtorno Depressivo
Especificado
> Esta categoria aplica-se a
apresentações em que os sintomas
característicos de um transtorno
bipolar e transtorno relacionado que
causam sofrimento clinicamente
significativo ou prejuízo no
funcionamento social, profissional ou em
outras áreas importantes da vida do
indivíduo predominam, mas não
satisfazem todos os critérios para
qualquer transtorno na classe
diagnóstica de transtorno bipolar e
transtornos relacionados.
Transtorno Depressivo Não
Especificado
> Esta categoria aplica-se a
apresentações em que sintomas
característicos de transtorno bipolar e
transtorno relacionado que causam
sofrimento clinicamente significativo ou
prejuízo no funcionamento social,
profissional ou em outras áreas
importantes da vida do indivíduo
predominam, mas não satisfazem todos
os critérios para qualquer transtorno na
classe diagnóstica de transtorno bipolar
e transtornos relacionados.
Amand� Mel� - Medicin� FITS P3
Depressã�
> A categoria transtorno bipolar e
transtorno relacionado não especificado
é usada em situações em que o clínico
opta por não especificar a razão pela
qual os critérios para um transtorno
bipolar e transtorno relacionado
específico não são satisfeitos e inclui
apresentações para as quais não há
informações suficientes para que seja
feito um diagnóstico mais específico
2. Entender � neurofisiologi� d� depressã�
> Embora sua causa seja desconhecida,
sugere-se que a mesma é uma consequência
de uma deficiência na sinalização de aminas
biogênicas cerebrais; particularmente de
serotonina, noradrenalina e / ou dopamina,
pois os fármacos utilizados como
antidepressivos disponíveis atuam
aumentando a sinalização desses
neurotransmissores.
> Inicialmente, as bases biológicas dos
transtornos depressivos são explicadas por
meio da teoria monoaminérgica da
depressão.
> Essa proposição propõe que a depressão
seja consequência de uma menor
disponibilidade de aminas biogênicas
cerebrais, particularmente de serotonina,
noradrenalina e / ou dopamina.
> Além da suposição monoaminérgica da
depressão e de outros desdobramentos
(cascatas de sinalização intracelular,
modulação da expressão dos genes,
participação de fatores neurotróficos,
tais como o BDNF), estão sendo
atualmente argumentadas, outras teorias;
entre estas, recebe ênfase aquela que
destaca a participação dos sistemas
endócrino e imune
> Especificamente a hipótese imunológica
propõe que a elevação na produção de
citocinas pró-inflamatórias resultaria nos
sintomas relacionados a depressão.
> Nesse sentido, as citocinas
pró-inflamatórias atuariam como
neuromoduladores, intervindo nos
aspectos neuroquímicos, neuroendócrinos
e comportamentais dos transtornos
depressivos
> Estados físicos e psicológicos de
humanos, estão minuciosamente
relacionados à atividade de neutrófilos e
macrófagos, e, entre outros, à redução na
atividade de células natural killer e na
resposta de linfócitos a mitógenos
> O suporte neuroendócrino estudado na
depressão é o
hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA) e sua
Amand� Mel� - Medicin� FITS P3
Depressã�
conexão com estruturas do sistema
límbico, como o hipocampo.
> Evidências sugerem um perfil
imunológico diferente de acordo com o
tipo de depressão.
3. Compreender � mecanism� d�
neurotransmissã�
> O tecido nervoso caracteriza-se pela
capacidade de suas células
comunicarem-se entre si, processando e
transmitindo informação a longa
distância. Essa propriedade é possível
graças à existência de dois mecanismos
de sinalização: a condução axônica e a
transmissão sináptica
> A transmissão sináptica é o processo
pelo qual informação gerada ou
processada por um neurônio é transmitida
a outro neurônio ou célula efetora. Dois
processos são utilizados com esse
objetivo: a) Elétrica (Transmissão
Elétrica); b) Químico (Transmissão
Neuroquímica).
> A transmissão elétrica é encontrada no
sistema nervoso central dos mamíferos,
no coração, no músculo liso e em células
epiteliais. Tem como principal vantagem
sua velocidade e como principal
desvantagem não poder ser modulada ou
ter sua eficácia alterada.
> Já as sinapses neuro-químicas, embora
mais lentas, podem ter suas propriedades
funcionais e plásticas alteradas, variando
sua eficiência ao longo do tempo. É
através delas que os neurotransmissores
são liberados
> Lembrar do potencial de ação
> Classificação das sinapses:
De acordo com as partes dos neurônios
em contato:
- Sinapse axodendrítica (dendrito);
- Sinapse axossomática (corpo celular);
- Sinapse axoaxônica (axônio);
- Sinapse dendrodendrítica (em neurônios
especializados);
SINAPSES ELÉTRICAS:
> Na sinapse elétrica a corrente elétrica
(iônica) flui diretamente do terminal
pré-sináptico para o elemento
pós-sináptico através de canais de baixa
resistência que unem as duas células na
região de contato sináptico (gap
junction).
> As sinapses eletrônicas, em função de
suas características morfofuncionais,
apresentam algumas diferenças
características para as sinapses
neuro-químicas
Amand� Mel� - Medicin� FITS P3
Depressã�
> As sinapses elétricas são encontradas
no coração (discos intercalares), no
músculo liso (útero), e no SNC
(dendritos). Por serem praticamente
insensíveis à ação das drogas são
refratárias à manipulação farmacológica,
não sendo alvo de maior interesse
terapêutico.
SINAPSES QUÍMICAS
> Nas sinapses químicas os neurônios pré e
pós-sinápticos não entram em contato,
estando separados por uma fenda sináptica
com distância entre 20 e 40 nm.
> O transmissor químico liberado pelo
elemento pré-sináptico tem de se difundir
pelo líquido extracelular da fenda até
alcançar a membrana pós sináptica e
interagir com seus receptores
farmacológicos para dar início à resposta
pós-sináptica.
> As várias etapas envolvidas no processo
de transmissão química o tornam mais
lento, gerando um retardo sináptico de 1
a 3 ms.
> Apesar da transmissão química ser um
processo mais lento que a elétrica,
apresenta a vantagem do sinal
pré-sináptico poder ser amplificado,
permitindo que pequenos terminais pré
possam ativar grandes neurônios
pós-sinápticos.
> Dois tipos de mensageiros químicos são
encontrados nos terminais pré-sinápticos:
- a) Neurotransmissor - substância
química que ao interagir com seu
receptor determina o aparecimento de
um potencial pós-sináptico excitatório
rápido (PPSE) ou inibitório (PPSI);
- b) Neuromodulador - substância
química que ao interagir com seu
receptor altera a liberação de um
neurotransmissor ou altera a
excitabilidade pós-sináptica facilitando
ou dificultando a ativação do elemento
pós-sináptico pelo neurotransmissor.
> Enquanto os neurotransmissoressão
moléculas de pequeno tamanho e peso
molecular, em geral aminas e
aminoácidos, os neuromoduladores são
em sua maioria peptídeos
(neuropeptídeos).
Amand� Mel� - Medicin� FITS P3
Depressã�
RECEPTORES EXCITATÓRIOS OU
INIBITÓRIOS
Excitação:
1. Abertura dos canais de sódio; -
Aumenta o potencial intracelular, no
sentido de atingir o limiar para sua
excitação;
2. Condução reduzida pelos canais de
cloreto ou potássio ou de ambos; -
Diminui a difusão de íons negativos.
3. Alterações no metabolismo do
neurônio pós-sináptico;
Inibição:
1. Abertura dos canais para íons cloreto
na membrana pós-sináptica; -
Aumentando a negatividade interna;
2. Aumento na condutância dos íons
potássio para o exterior dos neurônios;
3. Ativação de enzimas receptoras; -
Inibem as funções metabólicas celulares
SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS QUE
ATUAM COMO TRANSMISSORES
SINÁPTICOS
Dois grandes grupos:
- Neurotransmissores com moléculas
pequenas e de ação rápida;
- Neuropeptídeos (maior tamanho
molecular e ação mais lenta)
> Neurotransmissores – são substâncias
químicas sintetizadas pela maioria das
células nervosas e utilizadas na
comunicação entre os neurônios que
estabelecem sinapses químicas. Podem
ser classificados do ponto de vista
químico (acetilcolina, derivados de AA,
peptídeos, ATP), ou funcional
(excitatórios ou inibitórios).
NEUROTRANSMISSORES COM
MOLÉCULAS PEQUENAS E DE AÇÃO
RÁPIDA
● Induzem respostas mais agudas;
● Maioria sintetizados no citosol do
terminal pré-sináptico e entram nas
vesículas;
● Geralmente aumenta ou diminui a
condutância de alguns canais iônicos;
● As vesículas são continuamente
recicladas e utilizadas por vezes
repetidas = invagina de volta ao interior
do terminal pré-sináptico;
ACETILCOLINA:
● Secretada por:
Amand� Mel� - Medicin� FITS P3
Depressã�
1. Terminais das grandes células
piramidais do córtex motor;
2. Alguns neurônios dos gânglios da
base;
3. Neurônios motores que inervam os
músculos esqueléticos;
4. Neurônios pré-ganglionares do
sistema nervoso autônomo;
5. Neurônios pós-ganglionares do
sistema nervoso parassimpático;
6. Alguns pós-ganglionares do sistema
nervoso simpático;
● Neurônios que o secretam são
considerados colinérgicos;
● Efeitos inibitórios em algumas
terminações nervosas
parassimpáticas periféricas como
a inibição do coração pelo nervo
vago;
● Portadores da doença de Alzheimer
apresentam tipicamente baixos níveis de
ACh no córtex cerebral e as drogas que
aumentam sua ação podem melhorar a
função cognitiva do paciente;
NOREPINEFRINA/NORADRENALINA
● Secretada por neurônios do tronco
cerebral e hipotálamo;
● Auxilia no controle da atividade geral
e na disposição da mente, tal como
aumento do nível de vigília;
● Liga a receptores excitatórios na
maioria dos casos;
● Secretada pela maioria dos neurônios
pós-ganglionares do sistema nervoso
simpático, onde excita alguns órgãos e
inibe outros;
● Induz a excitação física e mental,
além do “bom humor”;
● Produção centrada na área do cérebro
chamada de locus ceruleus que é um dos
muitos candidatos ao chamando centro
de “prazer” e da indução do sono;
EPINEFRINA/ADRENALINA
● Produzido a partir da metilação da
noradrenalina;
● Momentos de estresse físico ou
psicológico, as suprarrenais são
estimuladas e secretam a adrenalina;
● Ela prepara o organismo para a
realização de grandes esforços físicos:
aumenta a FC, aumenta o fluxo
sanguíneo, aumenta PA, aumenta
glicemia, aumenta o metabolismo de
lipídeos;
● É utilizada como droga auxiliar nas
ressuscitações nos casos de parada
cardíaca ou para aumentar a duração de
anestésicos locais.
● Ainda tem efeitos terapêuticos como
a broncodilatação, controle da FC e
aumento da PA;
DOPAMINA
Amand� Mel� - Medicin� FITS P3
Depressã�
● Secretada por neurônios localizados
na substância negra;
● Controla a estimulação cortical e os
níveis do comando motor;
● Relacionado com emoções, humos,
atenção, aprendizado e sono;
● Relação com o sistema de recompensa
– sensação de prazer ao beber água
quando está com sede, exemplo;
● Na doença de Parkinson seus níveis
estão baixos, os pacientes passam a
apresentar limitações de amplitude de
movimento;
● LSD e outras drogas alucinógenas
aumentam a expressão de receptores
pós-sinápticos dopaminérgicos;
GLICINA
● Secretada principalmente nas
sinapses da medula espinal;
● Maioria inibitório;
GABA (ÁCIDO
GAMA-AMINOBUTÍRICO)
● Secretado por terminais nervosos na
medula espinal, cerebelo, gânglios da
base e algumas áreas do córtex;
● Efeito inibitório;
● Induz a inibição do SNC, causando
sedação;
GLUTAMATO
● Efeito excitatório;
● Ácido glutâmico;
● Ionotrópicos e metabotrópicos (vias
de segundo mensageiro);
SEROTONINA
● Secretada por núcleos da rafe
mediana do tronco cerebral;
● Age como inibidor das vias da dor da
medula espinal;
● Ação inibitória nas regiões superiores
do SN auxilia no controle de humor do
indivíduo, provocando o sono;
● Drogas como “ecstasy” e LSD
mimetizam alguns dos efeitos da
serotonina em algumas células alvo, por
isso a serotonina é incrementada em
alguns antidepressivos;
HISTAMINA
● Envolvida em respostas imunológicas,
regulação fisiológica intestinal e
neurotransmissor;
ÓXIDO NÍTRICO
● Secretado em áreas encefálicas
responsáveis pelo comportamento a
longo prazo e pela memória; Não é
formado e armazenado em vesículas
pré-sinápticas, é sintetizado quase que
instantaneamente, conforme
necessidade;
● Modifica as funções metabólicas
intracelulares;
Amand� Mel� - Medicin� FITS P3
Depressã�
NEUROPEPTÍDEOS
● Induzem respostas mais prolongadas,
com mudanças a longo prazo do número
de receptores neuronais;
● Abertura ou fechamento por longos
períodos de certos canais iônicos;
● Mudanças a longo prazo do número ou
dimensão das sinapses; - Alguns efeitos
duram dias, outros meses ou anos;
● Liberados em menor quantidade
quando comparados aos de pequena
molécula;
● Exemplos: peptídeos opióides
(Encefalinas e endorfinas), peptídeos
gantrointestinais (substância P,
neurotensina e peptídeo intestinal
vasoativo – VIP), hormônios
hipotalâmicos liberados (hormônio
liberador de tirotrofina e
somatostatina), hormônios liberados e
armazenados pela neurohipófise (ADH e
oxitocina);
● Envolvidos na neuromodulação da
percepção da dor;
● Substância P = mediador do sinal
doloroso;
● Beta endorfina, dimorfina e
Encefalinas;
● Peptídeos GI = somatostatina e
colecistoquinina;
4. Conhecer � mecanism� d� açã� d�
antidepressiv�
MAO: A monoaminoxidase é uma enzima
localizada na membrana externa da
mitocôndria que usa o FAD como cofator
enzimático para catalisar a conversão
oxidante de uma amina em seu aldeído
correspondente, produzindo também
amônia e peróxido de hidrogênio.
Amand� Mel� - Medicin� FITS P3
Depressã�
Os tricíclicos, em nível pré-sináptico,
bloqueiam a recaptura de monoaminas,
principalmente norepinefrina (NE) e
serotonina (5-HT), em menor proporção
dopamina (DA). Aminas terciárias inibem
preferencialmente a recaptura de 5-HT e
secundárias a de NE.
Classificação dos antidepressivos
> A estrutura cíclica (anéis benzênicos)
caracteriza os antidepressivos
heterocíclicos (tricíclicos e tetracíclicos).
Os antidepressivos tricíclicos (ADTs) se
dividem em dois grandes grupos: as aminas
terciárias (imipramina, amitriptilina,
trimipramina e doxepina) e as ami- 12 nas
secundárias (desmetilimipramina,
nortriptilina e protriptilina). Maprotilina e
amoxapina são antidepressivos
tetracíclicos. As características
farmacológicas da maprotilina se
assemelham aos antidepressivos tricíclicos
(ADTs).
> Atualmente os antidepressivos, são
classificados em função da ação
farmacológica, mais proficiente na prática
clínica, porque os antidepressivos de nova
geração não compartilham estruturas
comuns. Podemos dividi-los de acordo com
o mecanismo de ação proposto, elevando a
eficiência sináptica da transmissão
monoaminérgica (particularmentede
neurônios noradrenérgicos e/ou
serotonérgicos).
5. Conhecer a� consequência� d� us�
indiscriminad� d� psicotrópic�
> Depressoras – diminuem a atividade do
cérebro, deixando o indivíduo
"desligado". Reduzem a tensão
emocional, a atenção, a concentração, a
memória e a capacidade intelectual.
Amand� Mel� - Medicin� FITS P3
Depressã�
Podem produzir sonolência, embriaguez
e até coma. São depressores: o álcool,
os barbitúricos (soníferos), os
ansiolíticos (tranqüilizantes), os
sedativos (calmantes), o ópio e a
morfina, os xaropes e gotas para tosse,
e os inalantes ou solventes (colas,
tintas, removedores).
> Que tipo de sensação elas causam:
● Álcool: bem-estar, euforia, felicidade e
relaxamento.
● Barbitúricos: tranquilidade,
relaxamento, sensação de calma,
euforia, diminuição da tensão arterial e
frequência cardíaca.
● Benzodiazepínicos: ansiedade, tristeza,
alucinação ou irritabilidade.
● Opióides: aliviam dores de moderadas a
intensas.
Estimulantes – aumentam a atividade do
cérebro, fazendo com que a pessoa
fique "ligada", "elétrica". As principais
são as anfetaminas, a nicotina
(presente no cigarro) e a cocaína, que
geralmente inibem as sensações de
fome, cansaço e sono, podendo
produzir estados de excitação e
aumento da ansiedade.
> Que tipo de sensação elas causam:
● Anfetaminas: esse tipo de substância
afeta os neurotransmissores que
causam sensação de bem-estar, onde a
pessoa pode se sentir com mais
habilidade e autoconfiança.
● Metanfetaminas: falsa sensação de
bem-estar, euforia, o indivíduo se
sente com mais energia, perda de
apetite e prazer.
● Cocaína: autoconfiança, vigor, excitação,
euforia, insônia e falsa sensação de
energia.
● Crack: sensação de euforia, onipotência,
aumento da energia e libido.
Perturbadoras – também chamadas de
alucinógenas, modificam a qualidade da
atividade do cérebro, que passa a
funcionar de forma anormal. Alteram a
percepção e o pensamento e produzem
alucinações e delírios. As principais são
a maconha, o ecstasy e o LSD.
> Que tipo de sensação elas causam:
● Maconha: leve sensação de euforia,
bem-estar e relaxamento.
● LSD: prazer, ansiedade, alegria,
tristeza, relaxamento, tensão, medo e
sensações auditivas ou visuais de
delírios.
● Ecstasy: euforia, prazer, alegria, poder,
leveza e energia.
Amand� Mel� - Medicin� FITS P3
Depressã�
> Existem ainda os esteróides
anabolizantes, usados para aumentar a
força muscular, que podem causar
hipertensão, tumores no fígado,
impotência, calvície e ataque cardíaco.
Resumo:
As drogas são substâncias que devido ao
consumo excessivo podem acabar gerando
a dependência química, que é uma doença
séria de caráter irreversível e
progressiva que pode acabar levando a
morte se não tratada a tempo. Ela
acarreta prejuízos em todos os âmbitos
da vida da pessoa, prejudicando seus
relacionamentos e suas atividades diárias.
Existem diferentes tipos de drogas, que
geram efeitos adversos no organismo da
pessoa. O consumo abusivo dessas
substâncias pode provocar danos
irreversíveis ao organismo do indivíduo,
principalmente em relação ao
funcionamento cerebral, tendo em vista
que ele é quem comanda todo o corpo.
Conforme existe o seu consumo elas
acabam prejudicando todo o organismo e
também a sua estrutura e modo de
funcionar. Quanto à sua produção,
existem as drogas naturais, sintéticas e
semissintéticas. Ambas são desenvolvidas
de formas diferentes, elas são
classificadas em três tipos: as
depressoras (diminuem a atividade
mental), estimulantes (estimulam a
atividade mental) e perturbadoras
(causam efeitos alucinógenos). Todas
essas classificações possuem drogas que
geram efeitos colaterais e consequências
na vida do dependente químico. Na
dependência química a pessoa utiliza de
maneira excessiva e intensa as drogas
pois não conseguem parar, devido ao
intenso desejo de se consumir a
substância. Diante desse quadro o
indivíduo acaba desenvolvendo a
tolerância, que o faz aumentar as doses.
Caso ele pare de consumir ele entra em
um processo de abstinência onde
sintomas físicos e psíquicos aparecem de
forma intensa, causando mal-estar,
devido a isso ele continua a utilizá-la para
cessar os efeitos negativos que sente.
Portanto, mesmo quando a pessoa tenta
parar de consumir drogas, ela acaba
sofrendo com seus efeitos. Desta forma,
o ideal é nunca cair em sua armadilha
experimentando a primeira dose, pois a
dependência química além de causar
sofrimento ao próprio indivíduo ela
também prejudica seus relacionamentos
familiares e interpessoais, e gera
consequências que podem ser
irreversíveis para a saúde
6. Entender � participaçã� d�
psicoterapi� relacionad� co� �
depressã�
> As psicoterapias apresentam resultados
satisfatórios na modificação do
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Depressã�
comportamento de indivíduos
deprimidos.
> A redução dos sintomas, aumento no
repertório social e alteração na quantidade
e qualidade das atividades e das interações
sociais têm sido frequentemente
associados a essas intervenções
psicoterapêutica
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