Buscar

17 Leishmaniose

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

LEISHMANIOSE 
 
1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
Leishmaniose 
O que é Leishmaniose? 
A leishmaniose é uma doença infecciosa, porém não contagiosa, causada por parasitas do gênero 
Leishmania. Os parasitas vivem e se multiplicam no interior das células que fazem parte do sistema de 
defesa do indivíduo, chamadas macrófagos. 
De acordo com o infectologista Valdir Amato, a leishmaniose é considerada uma "antropoonoze", ou 
seja, doença que acomete animais silvestres e eventualmente o homem. 
É uma doença de evolução longa, podendo durar alguns meses ou até ultrapassar o período de um 
ano. 
Tipos 
Há dois tipos de leishmaniose: 
Leishmaniose Tegumentar ou Cutânea 
A leishmaniose tegumentar caracteriza-se por feridas na pele que se localizam com maior frequência 
nas partes descobertas do corpo. Tardiamente, podem surgir feridas nas mucosas do nariz, da boca e 
da garganta. Essa forma de leishmaniose é conhecida como "ferida brava". 
A infectologista Regia Damous explica que o primeiro sinal da forma cutânea costuma ser uma única 
ou várias lesões na pele, quase sempre indolores. Inicialmente são feridas pequenas, com fundo gra-
nuloso e purulento e bordas avermelhadas, que vão aumentando de tamanho e demoram para cicatri-
zar. 
Ela pode ser causada por três espécies diferentes do microorganismo: Leishmania amazonensis e 
Leishmania guyanensis na região amazônica, e Leishmania braziliensis, distribuído por todas as regi-
ões do País. 
Este último parasita causa a leishmaniose monocutânea, que se manifesta de forma muito parecida 
com a tegumentar. “A diferença é que, ao mesmo tempo ou meses depois, surgem lesões nas mucosas 
da nasofaringe que destroem a cartilagem do nariz e do palato, provocando deformações graves”, 
aponta Damous. 
Leishmaniose Visceral ou Calazar 
A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, pois, acomete vários órgãos internos, principalmente 
o fígado, o baço e a medula óssea. Esse tipo de leishmaniose acomete essencialmente crianças de até 
dez anos, após esta idade se torna menos frequente. 
Ela é causada pelo protozário Leishmania chagasi e seus principais sintomas são: 
Emagrecimento 
Febre baixa 
Aumento do baço e fígado. 
Causas 
Transmissão 
A leishmaniose é transmitida por insetos hematófagos (que se alimentam de sangue) conhecidos como 
flebótomos ou flebotomíneos. Os flebótomos medem de 2 a 3 milímetros de comprimento e devido ao 
seu pequeno tamanho são capazes de atravessar as malhas dos mosquiteiros e telas. 
Apresentam cor amarelada ou acinzentada e suas asas permanecem abertas quando estão em re-
pouso. Seus nomes variam de acordo com a localidade, os mais comuns são: 
LEISHMANIOSE 
 
2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
 
Mosquito palha 
Tatuquira 
Birigui 
Cangalinha 
Asa branca 
Asa dura 
Palhinha. 
O mosquito palha ou asa branca é mais encontrado em lugares úmidos, escuros, onde existem muitas 
plantas. 
As fontes de infecção das leishmanioses são, principalmente, os animais silvestres e os insetos flebo-
tomíneos que abrigam o parasita em seu tubo digestivo, porém, o hospedeiro também pode ser o cão 
doméstico. 
Na leishmaniose cutânea os animais silvestres que atuam como reservatórios são os roedores silves-
tres, tamanduás e preguiças. Na leishmaniose visceral a principal fonte de infecção é a raposa do 
campo. 
Sintomas de Leishmaniose 
Sintomas da Leishmaniose Cutânea 
Duas a três semanas após a picada pelo flebótomo aparece uma pequena pápula (elevação da pele) 
avermelhada que vai aumentando de tamanho até formar uma ferida recoberta por crosta ou secreção 
purulenta. 
A doença também pode se manifestar como lesões inflamatórias nas mucosas do nariz ou da boca. 
Sintomas da Leishmaniose Visceral 
Os principais sinais da leishmaniose visceral são: 
Febre irregular, prolongada 
Anemia 
Indisposição 
Palidez da pele e ou das mucosas 
Falta de apetite 
Perda de peso 
Inchaço do abdômen devido ao aumento do fígado e do baço. 
LEISHMANIOSE 
 
3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
Buscando ajuda médica 
As leishmanioses são doenças potencialmente graves, cujo diagnóstico deve ser precoce, principal-
mente no caso da leishmaniose visceral. Uma situação de feridas que não cicatrizam ou um quadro de 
febre a esclarecer são sinais importantes para procurar um serviço de saúde. 
Na consulta médica 
Especialistas que podem diagnosticar a leishmaniose são: 
Clínico geral 
Infectologista. 
Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já 
pode chegar à consulta com algumas informações: 
Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram 
Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos 
que ele tome com regularidade 
Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar. 
Diagnóstico de Leishmaniose 
O diagnóstico da leishmaniose é realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais e, assim como 
o tratamento com medicamentos, deve ser cuidadosamente acompanhado por profissionais de saúde. 
Sua detecção e tratamento precoce devem ser prioritários, pois ela pode levar à morte. 
Exames 
Os exames variam conforme o tipo de leishmaniose: 
Diagnóstico da leishmaniose tegumentar 
Os exames usados são: 
Retirada da borda das lesões para determinar a presença, ou não, do parasita causador da leishmani-
ose 
Exame imunológico para detectar se a pessoa entrou em contato com a Leishmania. 
Diagnóstico da leishmaniose visceral 
Além dos sinais clínicos, existem exames laboratoriais para confirmar o diagnóstico. Entre eles desta-
cam-se: 
Testes sorológicos (verificar a presença de anticorpos no sangue) 
Punção da medula óssea para detectar a presença do parasita e de anticorpos 
Cultura e reação de cadeia em polimerase (PCR). 
É de extrema importância estabelecer o diagnóstico diferencial, pois os sintomas da leishmaniose vis-
ceral são muito parecidos com os da malária, esquistossomose, doença de Chagas, febre tifóide, etc. 
Tratamento de Leishmaniose 
A leishmaniose em geral é tratada por dois medicamentos: 
Antimoniais pentavalentes 
Anfotericina B. 
LEISHMANIOSE 
 
4 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
As primeiras são as drogas mais indicadas para o tratamento da leishmaniose, apesar dos efeitos co-
laterais adversos. 
Mas o infectologista Amato ressalta que “cada droga tem sua peculiaridade e efeitos colaterais, por 
isso um especialista deve orientar o tratamento”. 
Leishmaniose tem cura? 
Se tratada adequadamente, a leishmaniose pode sim ter cura. Inclusive, a leishmaniose cutânea pode 
até se curar espontaneamente, ressalta Damous. 
A situação, no entanto, é mais complicada em alguns casos em que existe depressão do sistema imune 
permanentemente, como indivíduos infectados pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) ou trans-
plantados e pacientes com doenças crônicas em que necessitam utilizar medicação que compromete 
a imunidade. 
Vale lembrar também que ainda pensando na leishmaniose cutânea, as feridas podem voltar em até 
seis meses, mesmo com tratamento adequado. 
Convivendo/ Prognóstico 
Para ajudar no tratamento é preciso ter hábitos que ajudam o sistema imunológico como: 
Dormir bem 
Alimentar-se direito 
Adesão ao tratamento. 
Prevenção 
Evitar construir casas e acampamentos em áreas muito próximas à mata 
Fazer dedetização, quando indicada pelas autoridades de saúde 
Evitar banhos de rio ou de igarapé, localizado perto da mata 
Utilizar repelentes na pele, quando estiver em matas de áreas onde há a doença 
Usar mosquiteiros para dormir 
Usar telas protetoras em janelas e portas 
Manter a casa limpa: o mosquito-palha vive nas proximidades das residências, preferencialmente em 
lugares úmidos, mais escuros e com acúmulo de material orgânico. Ataca nas primeiras horas do dia 
ou ao entardecer 
Cuidar da saúde de seu cão, principal hospedeiro urbano da doença. Além disso, deve-se fazer uso de 
coleiras com princípios ativos contra mosquitos e parasitas – com efetividadede quase 100% na pro-
teção – e vacinar o cão a partir de quatro meses de idade, com a vacina contra leishmaniose – que 
deve ser aplicada anualmente, contando a partir da primeira dose. 
Leishmaniose Tegumentar Americana 
Características Clínicas e Epidemiológicas 
Descrição 
A Leishmaniose Tegumentar Americana – LTA é uma doença infecciosa, não-contagiosa, causada por 
protozoário do gênero Leishmania, de transmissão vetorial, que acomete pele e mucosas; é primaria-
mente uma infecção zoonótica, afetando outros animais que não o homem, o qual pode ser envolvido 
secundariamente. 
Agente Etiológico 
LEISHMANIOSE 
 
5 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
Há diferentes subgêneros e espécies de Leishmania, sendo as mais importantes no Brasil: 
Leishmania (Leishmania) amazonensis – distribuída pelas florestas primárias e secundárias da Ama-
zônia (Amazonas, Pará, Rondônia, Tocantins e sudoeste do Maranhão), particularmente em áreas de 
igapó e de floresta tipo “várzea”. Sua presença amplia-se para o Nordeste (Bahia), Sudeste (Minas 
Gerais e São Paulo) e Centro-Oeste (Goiás). 
Leishmania (Viannia) guyanensis – aparentemente limitada ao norte da Bacia Amazônica (Amapá, Ro-
raima, Amazonas e Pará) e estendendo-se pelas Guianas, é encontrada principalmente em florestas 
de terra firme – áreas que não se alagam no período de chuvas. 
Leishmania (Viannia) braziliensis – tem ampla distribuição, do sul do Pará ao Nordeste, atingindo tam-
bém o centro-sul do país e algumas áreas da Amazônia Oriental. Na Amazônia, a infecção é usual-
mente encontrada em áreas de terra firme. 
Quanto ao subgênero Viannia, existem outras espécies de Leishmania recentemente descritas: L.(V) 
lainsoni, L.(V) naiffi, com poucos casos humanos no Pará; L.(V) shawi com casos humanos encontra-
dos no Pará e Maranhão. 
Reservatório 
Varia conforme a espécie da Leishmania: 
Leishmania (Leishmania) amazonensis – tem como hospedeiros naturais vários marsupiais e roedores, 
tais como “rato-soiá” (Proechymis), além do Oryzomys que, às vezes, apresenta o parasita na pele sem 
lesões cutâneas. 
Leishmania (Viannia) guyanensis – vários mamíferos silvestres foram identificados como hospedeiros 
naturais, tais como a preguiça (Choloepus didactilus), o tamanduá (Tamandua tetradactyla), marsupi-
ais e roedores. A infecção animal é geralmente inaparente, com parasitas encontrados na pele e vís-
ceras. 
Leishmania (Viannia) braziliensis – esta espécie de Leishmania foi identificada em roedores silvestres 
como Bolomys lasiurus e Nectomys squamipes, no estado de Pernambuco. É frequente o encontro 
desta espécie em animais domésticos como o cão (CE, BA, ES, RJ e SP), equinos e mulas (CE, BA e 
RJ), albergando em proporção expressiva o parasita. 
Vetores 
O vetor transmissor da LTA pode pertencer a várias espécies de flebotomíneos (conhecido como palha, 
cangalhinha, tatuquira, mulambinho, catuqui, etc.), de diferentes gêneros (Psychodopigus, Lutzomyia), 
dependendo da localização geográfica. Assim como os reservatórios, os vetores também mudam de 
acordo com a espécie de Leishmania. 
Leishmania (Leishmania) amazonensis – seus principais vetores são Lutzomyia flaviscutellata, 
Lutzomyia reducta e Lutzomyia olmeca nociva (Amazonas e Rondônia), têm hábitos noturnos, vôo 
baixo e são pouco antropofílicos. 
Leishmania (Viannia) guyanensis – os vetores são Lutzomyia anduzei, Lutzomyia whitmani e Lutzomyia 
umbratilis, que é o principal vetor, tendo o hábito de pousar durante o dia em troncos de árvores e 
atacar o homem em grande quantidade, quando perturbado. 
Leishmania (Viannia) braziliensis – em área silvestre, o único vetor demonstrado transmissor foi 
o Psychodopigus wellcomei, encontrado na Serra dos Carajás, altamente antropofílico, picando o ho-
mem mesmo durante o dia e com grande atividade na estação das chuvas. Em ambientes modificados, 
rural e peridomiciliar, são mais frequentemente implicadas a Lutzomyia whitmani, Lutzomyia interme-
dia e Lutzomyia migonei. 
Modo de Transmissão 
Picada de insetos transmissores infectados. Não há transmissão de pessoa a pessoa. 
Período de Incubação 
LEISHMANIOSE 
 
6 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
No homem, em média de 2 meses, podendo apresentar períodos mais curtos (duas semanas) e mais 
longos (dois anos), após a picada do flebotomíneo infectado. 
Susceptibilidade e Imunidade 
A susceptibilidade é universal. A infecção e a doença não conferem imunidade ao paciente. 
Leishmaniose Visceral Humana 
A leishmaniose visceral ou calazar é uma doença infecciosa parasitária, não contagiosa, que no Brasil 
é causada pelo protozoário Leishmania chagasi / infantum. É transmitida através da picada de flebóto-
mos e se caracteriza por uma evolução arrastada e progressiva para queda do estado geral e óbito se 
não for tratada. Seus principais sintomas são: febre irregular, anemia, fraqueza, emagrecimento, in-
chaço abdominal, aumento do fígado e do baço. O tratamento deve ser feito em ambiente hospitalar e 
os casos suspeitos devem ser notificados aos órgãos de saúde pública. 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________

Outros materiais