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Resumão das Zoonoses ZOONOSE NOME POPULAR AGENTE CAUSADOR ESPÉCIES ACOMETIDAS SINTOMAS HUMANOS SANAIS CLÍNICOS ANIMAIS TRANSMISSÃO DIAGNÓSTICO NOTIFICAÇÃO LEPTOSPIROSE Doença de Weil, Icterícia Infecciosa Bactérias patogênicas do gênero Leptospira Roedores sinantrópicos (principal reservatório natural). Ser humano, animais domésticos (caninos, suínos, bovinos, equinos, ovinos e caprinos) e silvestres. Mal estar, febre de início súbito, cefaléia, dores musculares e, em casos graves, alterações hepáticas, renais e vasculares. Cães podem apresentar uma infecção subclínica, na dependência do sorovar infectante ou um quadro agudo e febril, com complicações entéricas, hepáticas e principalmente renais. Animais de produção A infecção resulta da exposição à água ou alimentos contaminados por urina ou tecidos provenientes de animais infectados. Sorológico (ELISA ou MAT), molecular (PCR) e bacteriológico (isolamento). Notificação obrigatória. manifestam problemas reprodutivos. TOXOPLASMOSE Doença do Gato Protozoário do Filo Apicomplexa - Toxoplasma gondii Todos os vertebrados homeotérmicos (aves e mamíferos) Os hospedeiros definitivos são os felídeos. Abortos, natimortos, oftalmopatias (coriorretinite) e tétrade de Sabin. Alterações neuromusculares, oculares, reprodutivas. Seres humanos – congênita, ingestão de cistos em carnes mal cozidas e oocistos em água e alimentos. Animal – oocistos em água e alimentos, carnivorismo em algumas espécies forma congênita. Sorologia - HAI, RIFI, ELISA Faz parte do grupo 04 de doenças que requerem notificação mensal em qualquer caso confirmado segundo a Normativa n° 50, de 24 de setembro de 2013. TUBERCULOSE ---- As bactérias causadoras da tuberculose pertencem à família Mycobacteriaceae, gênero Mycobacterium. Todos os mamíferos são suscetíveis. Tosse, febre, escarro que em fase adiantada da doença pode apresentar sangue, dificuldade respiratória e emagrecimento progressivo. Os sinais clínicos mais frequentes são a caquexia progressiva e a tosse seca, curta e repetitiva, mastite e infertilidade. Seres humanos – por contato direto com materiais contaminados ou indiretamente por ingestão de alimentos Seres humanos – direto (isolamento bacteriano, baciloscopia, PCR, imuno-histoquímica). Animais – direto (isolamento bacteriano, PCR, Notificação obrigatória contaminados Animais – principalmente pela via respiratória por meio da inalação de aerossóis, água, pastagem e alimentos contaminados. polarização fluorescente) - indireto (teste alérgico= tuberculinização e g interferon) FEBRE AMARELA Vômito Negro Vírus amarílico, arbovírus do gênero Flavivirus e família Flaviviridae Várias espécies de primatas não humanos, seres humanos (acidentais) Febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia e hemorragia. Muito semelhantes aos sinais e sintomas apresentados pelos humanos. A Febre Amarela é transmitida pela picada dos mosquitos transmissores infectados (gêneros Haemagogus e Sabethes). É clínico, epidemiológico e laboratorial, tanto para os seres humanos, quanto para animais. Doenças de notificação compulsória internacional DENGUE Febre de quebra ossos. Arbovírus do gênero Flavivirus, transmitida pelo Aedes aegypti Humanos febre, dor de cabeça e mal-estar até Hemorragia; Sonolência e/ou irritabilidade; Diminuição da diurese; Mosquito AEDES AEGYPTI, vetor da doença no Brasil, pica uma pessoa infectada Sintomatologia + Sorologia. Notificação obrigatória (Brasil) e Aedes albopictus (Ásia) Hipotermia; Aumento progressivo do hematócrito e queda abrupta de plaquetas; Desconforto respiratório. FEBRE MACULOSA Febre do carrapato Bactéria do gênero Rickettsia, sendo a Rickettsia rickettsii que produz a doença grave, Rickettsia sp. cepa Mata Atlântica com quadro clínico mais suave. Todos os animais e os seres humanos são susceptíveis em contrair a infecção pela riquétsia. Os reservatórios são os equídeos, marsupiais e roedores, bem como animais domésticos. Na pele surge o exantema máculo- papular, mas também apresenta queixas respiratórias, urinárias, neurológicas, digestivas, falta de apetite, tonteira e cansaço. Em gambás, capivaras e equídeos, apesar de serem infectados, não desenvolvem a doença. Os cães podem ter fraqueza muscular, secreção nasal, sangramento pela pele, nariz e urina, vômitos, dificuldade respiratória, edema nos membros, palidez Picada do carrapato durante o repasto sanguíneo, após um período mínimo de parasitismo de 10 minutos de alimentação do artrópode. RIFI, PCR e Cultura Notificação compulsória das mucosas e anemia intensa. RAIVA Doença do morcego, Doença do Vampiro Vírus da família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus Todos os mamíferos são suscetíveis. os principais reservatórios do vírus da doença são os mamíferos pertencentes às ordens Carnivora (cães, raposas, guaxinim, chacais, coiotes) e Chiroptera (morcegos) Ansiedade e hiperexcitabilidade crescentes, febre, delírios, espasmos musculares involuntários, generalizados, e/ou convulsões, hidrofobia. O paciente se mantém consciente, com período de alucinações, até a instalação de quadro comatoso e a evolução para óbito. Os sinais clínicos variam de acordo com cada espécie acometida. Passado o período de incubação, podem surgir diferentes sinais da doença, sendo a paralisia o mais comum, porém pode ocorrer a forma furiosa, levando o animal a atacar outros animais ou seres humanos. À medida que a doença progride, o comportamento do animal se altera Penetração do vírus contido na saliva do animal infectado, principalmente pela mordedura, e mais raramente pela arranhadura e lambedura de mucosas. Diagnóstico laboratorial confirmatório realizado post- mortem por IFD ou Isolamento Viral, a partir de amostras de tecidos do SNC. Notificação Obrigatória Imediata. e podem se tornar mais agressivos. BRUCELOSE Febre de Malta, Febre ondulante. Bactérias do gênero Brucella spp. 4 espécies acomentem os humanos: Brucella abortus, Brucella suis, Brucella canis e Brucella melitensis Mamíferos domésticos, silvestres e o homem febres ondulatórias, obstipação intensa, perda de apetite, perda de peso, dores abdominais, articulares, de cabeça e de costas, fraqueza, irritabilidade, insônia, depressão e instabilidade emocional. Abortamento (principalmente no terço final da gestação), retenção de placenta, natimortalidade ou o nascimento de bezerros fracos. Os machos podem apresentar orquite uni ou bilateral, o testículo pode apresentar um aspecto amolecido e cheio de pus. Lesões articulares também podem ser observadas. Água, pastagem e fômites contaminados, Sêmen, Leite e derivados crus. ATT, 2-ME, FPA, Fixação de Complemento, TAL. Notificação imediata em suspeita laboratorial (Brucella melitensis), notificação imediata em caso confirmado (Brucella suis e B abortus). ESPOROTRICOSE Doença da arranhadura do gato Fungo Sporothrix spp, sendo mais comum no Brasil Sporothrix brasiliensis. Homem e mamíferos domésticos, principalmente felinos. Nódulos na pele avermelhados, verrucosos, podem vir a ulcerar, com disposição em formato de rosário, pode ainda ocorrer acometimento das articulações, pulmões, ossos e sistema nervoso. lesões circulares elevadas (pápulas ou nódulos), com alopecia, que evoluem para ulceração com necrose central (gomas) crostosas e com exsudato purulento e hemorrágico. Inoculação traumática de material contaminado pelo fungo em feridas ou cortes napele, assim como pelo contato direto com feridas dos animais doentes. Lesões por arranhaduras ou mordeduras em gatos que brigam é comum. Histórico, exame físico e dermatológico (citologia) Notificação compulsória LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA Úlcera de Bauru, Ferida Brava ou Nariz de Tapir Protozoários da família Trypanossomatidae e gênero Leishmania, principais espécies Leishmania (Leishmania) amazonensis, L. (Viannia) Homens, cães, equinos, asinios, gatos, roedores domésticos ou sinantrópicos, preguiças, tamanduás, raposas e marsupiais. Lesão eritemato- papulosa no local da picada do vetor, ferida arredondada, com as bordas elevadas, que não dói, não sai pus, mas pode coçar, lesão ulcerada de bordas avermelhadas e A lesão arredondada, com bordas elevadas e infiltradas, alguns animais podem apresentar nódulos com aspecto tumoral na pele ou mucosas. As lesões Através da picada de fêmeas de insetos fleblotomíneos das espécies Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruzi infectados com as formas Clínico, epidemiológico, sorológico (ELISA e RIFI), Imprint, PAAF, PCR. Em humanos: teste de Montenegro e raspado cutâneo. Notificação Compulsória guyanensis e L. (V.) braziliensis. elevadas, fundo seco e granuloso. geralmente são de difícil cicatrização. promastigotas do agente. LEISHMANIOSE VISCERAL Calazar, Barriga- d’água, Febre Dundum. Protozoários da família Trypanossomatidae e gênero Leishmania, Leishmania (L.) donovani, L. (L.) infantum/chagasi. Homem, cão (Canis familiaris), raposas (Dusicyon vetulus e Cerdocyon thus), marsupiais (Didelphis albiventris). Na forma crônica, edema generalizado, abdome aumentado em função da hepatoesplenomegalia. O emagrecimento é progressivo e leva o paciente à caquexia acentuada. Pode cursar de forma assintomática, oligossintomática ou sintomática. Sinais neuromusculares Adenomegalia, Sinais oftalmológicos, em mucosas e derme. Através da picada de fêmeas de insetos fleblotomíneos das espécies Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruzi infectados com as formas promastigotas do agente. Clínico, epidemiológico, sorológico (ELISA e RIFI), Imprint, PAAF, PCR. Em humanos: RIFI e teste rápido imunocromatográfico. Notificação Compulsória BONS ESTUDOS 😊😊 SANAIS CLÍNICOS ANIMAIS SINTOMAS HUMANOS ESPÉCIES ACOMETIDAS AGENTE CAUSADOR NOME POPULAR NOTIFICAÇÃO LEPTOSPIROSE TOXOPLASMOSE TUBERCULOSE FEBRE AMARELA DENGUE FEBRE MACULOSA RAIVA BRUCELOSE ESPOROTRICOSE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA LEISHMANIOSE VISCERAL DIAGNÓSTICO TRANSMISSÃO ZOONOSE
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