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EPIDEMIOLOGIA Estuda quantitativamente a distribuição das doenças e seus fatores nas populações Tem base científica para: ✓ Prevenir ✓ Controlar ✓ Erradicar doenças Considerando as características: ✓ Do hospedeiro ✓ Dos agentes ✓ Do ambiente. CONCEITOS FUNDAMENTAIS SAÚDE: DOENÇA: É um conjunto de sinais e sintomas que afetam um ser, alterando o estado normal de saúde PREVENÇÃO: Conjunto de medidas ou preparação antecipada que visa prevenir um mal Estado de completo bem estar físico, mental e social, e não meramente a ausência de doença. MEIO AMBIENTE Físico/Químico: Fatores climáticos e ecológicos Biológico: Fauna e flora (Animais e vegetações) Sócio-Econômico-Cultural: Poluição ambiental pelas pessoas, hábito cultural, social, alimentar É composto de componentes: RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS HARMONICA/ POSITIVA: DESARMONICA/ NEGATIVA: Comensalismo Mutualismo Simbiose Competição Predatismo Canibalismo Parasitiase Parasitose Uma espécie se beneficia, sem prejudicar a outra Interação entre duas espécies, onde as duas se beneficiam Interação entre duas espécies, onde as duas se beneficiam e não vivem uma sem a outra Relação onde uma espécie retira de outra os meios para a sua sobrevivência, mas harmônica Quando individuos da mesma espécie ou de espécies diferentes competem por algo Quando uma espécie se alimenta de outra espécie Quando uma espécie se alimenta da mesma espécie Relação onde uma espécie retira de outra os meios para a sua sobrevivência, mas desarmonica HOSPEDEIRO Que aloja, mantém outro organismo vivo ou um vírus O hospedeiro pode ser tanto suscetível, quanto resistente. AGENTE ETIOLÓGICO É o agente causador da doença Natural: Pele, mucosa Específica: Imunidade passiva - Artificialmente induzida - Vacinas Imunidade humoral - Pode ser transmitida pelo sangue Imunidade celular - Mediada por linfócitos T Imunidade ativa - Naturalmente adquirida - Já ficou doente IMUNIDADE EPIDEMIOLOGIA OBJETIVO: Prevenção, controle e erradicação de doenças USOS DA EPIDEMIOLOGIA: Determinar a origem de uma doença; A epidemiologia visa o estudo do processo saúde-doença em populações animais, buscando intervir na propagação de enfermidades que comprometem a saúde animal e do homem, ou seja, é um estudo que afeta a população. Investigar a doença para controlar; Adquirir informações da doença; Planejar e monitorar o controle da doença; Avaliação econômica; TEORIA DA MULTICASUALIDADE Nessa teoria o agente, o hospedeiro e o meio ambiente estão interligados. Nisso, a saúde é quando o homem se adapta ao ambiente e a doença é quando ocorre um desequilíbrio nessa adaptação APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA 1- Descrever as condições de saúde da população 2 - Investigar os fatores da situação de saúde 3 - Avaliar o impacto das ações para alterar a situação de saúde TIPOS DE AVALIAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS Epidemiologia descritiva: Epidemiologia analítica: Epidemiologia experimental: Observar e escrever em relação à doença Analisa as informações obtidas em relação a doença Intervenção experimental sobre a doença Epidemiologia teórica: Representação da doença usando modelos matemáticos AS ATIVIDADES EPIDEMIOLÓGICAS PODEM SER DIVIDIDAS EM TRÊS ETAPAS 1- Diagnóstico de situação (Reconhece qual o problema) 2- Estabelecimento do modelo epidemiológico da enfermidade (O que condiciona a existencia do problema) 3- Solução do problema Tríade Epidemiológica Uma doença não pode ser dissociada do ecossistema em que se inserem os elementos essenciais para sua ocorrência. Alguns desses elementos são: Agente etiológico Hospedeiro Ambiente 1. 2. 3. Infecciosidade - Características dos agentes etiológicos Agente etiológico1. Físicos: incluem traumatismos, queimaduras Químicos: envolvem envenenamentos, intoxicações Biológicos: incluem infecções, infestações RESERVATÓRIO O habitat normal em que vive, se multiplica e/ou cresce um agente infeccioso Morfologia - Tamanho, forma e características do agente etiológico Capacidade do agente de penetrar e se multiplicar, ou seja, de causar infecção Patogenicidade - Frequência da manifestação clínica da doença na população CASOS APARENTES TOTAL DE INFECTADOS Virulência Grau de severidade da reação patológica que o agente etiológico provoca no hospedeiro, independe da infectividade e pode variar de um hospedeiro para outro CASOS GR AVES E FATAIS TOTAL DE CASOS APARENTES Imunogenicidade Capacidade do agente de induzir uma resposta imune específica por parte do hospedeiro. Essa resposta imune resulta na formação de anticorpos circulantes Variabilidade Capacidade do agente de adaptar-se às condições do hospedeiro e do ambiente. A variação antigênica é um exemplo, alterando suas características antigênicas para evitar os mecanismos de defesa do hospedeiro. Viabilidade ou resistência Capacidade do agente de sobreviver fora do hospedeiro Persistência Capacidade de um agente de permanecer em uma população de hospedeiros por tempo prolongado, ou indefinidamente Letalidade Descreve a gravidade de uma epidemia. É o número de casos fatais em proporção ao número total de casos aparentes no mesmo período. CASOS FATAIS CASOS APARENTES 2. Hospedeiro Próprias: Não são influenciadas pelo agente etiológico nem pelo ambiente (Espécie, raça, sexo, idade) Variáveis: São influenciadas pelo agente etiológico e/ou pelo ambiente (Estado fisiológico, utilização, densidade) Indivíduo capaz de abrigar em seu organismo um agente causal de doença com o qual pode estabelecer relações variadas. Possuem características: É um sistema cíclico onde um agente etiológico é eliminado de um hospedeiro, vai pro ambiente e no ambiente atinge um novo hospedeiro até repetir o ciclo. CADEIA EPIDEMIOLÓGICA Via na qual o agente etiológico tem acesso ao meio exterior, ou seja, é eliminado Veículos por meio dos quais se dá a transmissão de um agente É um organismo vertebrado, no qual o agente infectante pode desenvolver ou multiplicar Secreções oronasais Excreções Leite Sangue Placenta Descamações epiteliais Cadáver Semen Fonte de infecção Doente típico - Tem os sintomas característicos da doença Doente atípico -Tem sintomas diferentes dos comuns da doença Doente em fase prodrômica- Tem sintomas inespecíficos, no estágio inicial da doença. Nesse período o doente elimina o agente, atuando como fonte de infecção. Portador assintomático Mantém no organismo um agente etiológico, sem apresentar sintomas, devido a resistência natural ou imunidade adquirida Portador em incubação Ainda não tem os sintomas da doença, mas já elimina o agente etiológico e em breve os sintomas aparecerão Portador convalescente Ocorre após o período de incubação, mas que antecede a patologia e que apresenta, muitas vezes, sinais e sintomas inespecíficos. O período que compreende entre os primeiros sintomas da doença e o início dos sinais ou sintomas, com os quais pode se estabelecer o diagnóstico, o qual ocorre após o período de incubação, mas que antecede a patologia e que apresenta, muitas vezes, sinais e sintomas inespecíficos Reservatório Fonte de infecção Transmissão O início do período de transmissibilidade ou infeccioso marca o final do período de latência Contato direto - Quando tem contato físico do hospedeiro com a fonte de infecção Contato indireto - A transferência do agente etiológico se dá por intermédio de um veículo, animado ou inanimado Ar /Alimentos e água /Solo Período de latência: é o tempo desde que se produz a infecção atéque a pessoa se torne infecciosa Casos novos (mesmo local e período) População (mesmo local e período) Número de casos no momento (novos +antigos) População total no momento TIPOS DE PREVENÇÕES PREVENÇÃO PRIMÁRIA Ações de prevenção no início e no desenvolvimento de doenças em pessoas que ainda não a contraíram. PREVENÇÃO SECUNDÁRIA PREVENÇÃO TERCEÁRIA Identificação de indivíduos nos quais a doença já iniciou, mas que ainda não tem sinais clínicos e sintomas. Visa permitir rápida e melhor reintegração do indivíduo na sociedade, aproveitando suas capacidades remanescentes. Significa prevenir complicações em indivíduos que já tem sinais e sintomas de determinada doença diagnosticada. INCIDENCIA X PREVALENCIA FORMAS DE OCORRÊNCIA DE DOENÇAS EM POPULAÇÕES INCIDENCIA Prediz o risco de que um indivíduo saudável venha a desenvolver a doença em um período de tempo. É o número de casos novos da doença que iniciaram no mesmo local e período PREVALÊNCIA Proporção de indivíduos que têm a doença em um determinado momento no tempo Endemia Quando uma doença ocorre em uma população dentro dos limites esperados O registro continuado de uma doença ou agente etiológico Epidemia Ocorrência de uma doença, acima do nível endêmico, não tão extenso geograficamente Foco Ocorrência de uma enfermidade, em um rebanho, no qual todos indivíduos estão expostos a enfermidade. Foco primário: Primeiro foco da enfermidade ocorrido Foco índice: Primeiro foco da enfermidade registrado Surto Grupo de focos originados de uma fonte de infecção comum, em uma área e um período de tempo determinados. A diferença entre surto e epidemia é que o surto se refere a uma população restrita Pandemia A ocorrência de uma enfermidade acima dos valores esperados e atingindo grandes extensões geográficas Prevenir doença Prolongar a vida Promover a saúde SAÚDE PÚBLICA Década de 50 - Criação do Ministério da Saúde 1988 - 1990 - Criação do SUS 1998 - Veterinário como profissional de saúde 2011 - Veterinário parte do NASF GESTÃO VETERINÁRIA: Tomando decisões para alcançar objetivos e metas. FUNÇÕES NA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA: VIGILANCIA EPIDEMIOLÓGICA: Detecção ou prevenção em fatores determinantes de saúde individual ou coletiva com a finalidade de prevenção e controle de doenças e agravos VIGILANCIA SANITÁRIA: O objetivo é reduzir os riscos à saúde relacionados ao meio ambiente, através d prevenção e intervenção em problemas sanitários. Coleta e interpretação de dados Recomendação; Promoção das ações de controle ; Avaliação da eficácia das medidas adotadas FUNÇÕES NA VIGILÂNCIA SANITÁRIA: Capazes de eliminar ou prevenir riscos à saúde; Intervir nos problemas sanitários do meio ambiente Alvarás de liberação sanitária VIGILÂNCIA AMBIENTAL: Controle e monitoramento de problemas ambientais. ZOONOSES ZOONOSES DIRETAS O agente causador necessita apenas de uma espécie para se manter CICLOZOONOSE O agente necessita obrigatoriamente passar por duas espécies distintas de animais vertebrados para que o seu ciclo se complete METAZOONOSE A perpetuação do agente requer o envolvimento de vertebrados e invertebrados para transmissão da doença. SAPROZOONOSE O agente necessita passar por transformações que ocorrem no ambiente externo em ausência de parasitismo ZOONOSES X MEIO AMBIENTE Fatores que favorecem o surgimento de zoonoses: Alterações climáticas: Aquecimento global, ocorre o deslocamento de vetores de um ambiente para outro Desmatamento: Aumento das fronteiras agrícolas, animais agrícolas vão para cidade e levam doenças Extinção da Fauna: Surgem novas espécies suscetiveis a novas doenças + Leitura da pagina 51 a 68 para entender sobre a raiva https://blogs.uninassau.edu.br/noticias/medicina-veterinaria/conheca-sobre-o-termo-zoonose-e-suas-variantes#:~:text=quando%20o%20agente%20etiol%C3%B3gico%20sofre%20altera%C3%A7%C3%B5es%20morfol%C3%B3gicas%20e%20necessita%20de%20mais%20de%20um%20hospedeiro%20para%20completar%20o%20ciclo. https://blogs.uninassau.edu.br/noticias/medicina-veterinaria/conheca-sobre-o-termo-zoonose-e-suas-variantes#:~:text=quando%20o%20agente%20etiol%C3%B3gico%20sofre%20altera%C3%A7%C3%B5es%20morfol%C3%B3gicas%20e%20necessita%20de%20mais%20de%20um%20hospedeiro%20para%20completar%20o%20ciclo.
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