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Saúde Mental no SUS

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Saúde Mental - Psiquiatria
Saúde Mental no SUS
· SAÚDE MENTAL – CAMPO DO SABER:
- Espaço de limites imprecisos em que uma profissão/disciplina busca apoio para realização de suas tarefas teóricas e práticas.
- Composto pelos mais diversos tipos de núcleos: psicologia, terapia ocupacional, práticas alternativas.
- Campo de alta complexidade, pluralidade, intersetorialidade e transversalidade.
· PSIQUIATRIA - NÚCLEO DO SABER:
- Identidade limitada de uma área do saber e prática profissional.
- Com características específicas, muitas que não são compartilhadas com outras áreas.
- O foco principal é o diagnóstico e o manejo de transtornos psiquiátricos (psicopatologia descritiva, diagnóstico categorial operacional, medicina baseada em evidências, psicofarmacologia).
· HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA:
- Muitas das manifestações das doenças mentais já eram conhecidas desde a antiguidade e consideradas alterações dos “humores”.
- Idade média: loucura e doença mental associados a ira divina e pecado. Estigmatização, perseguição e segregação dos doentes mentais.
- Primeiros hospitais psiquiátricos nos modelos asilares – estado. 
· SÉCULO XIX:
- Início da forma científica de estudar comportamentos estranhos e anormais. O foco está em descrever, classificar, diagnosticar e tratar a alienação mental.
- Philipe Pinel (1745-1826) foi um dos primeiros a propor que os doentes mentais pudessem ser tratados, adotando um olhar mais humanista e igualitário.
 - Psiquiatria científica: psicopatologia e da nosologia psiquiátrica.
- Hospitais psiquiátricos nos modelos asilares se proliferaram por todo o mundo e persistiram por muito tempo ainda após o tempo de Pinel - lugares onde os doentes eram submetidos a tratamentos brutais.
· REFORMA PSIQUIÁTRICA OU ANTIMANICOMIAL:
- Através de diversos movimentos de reforma e o surgimento da psicofarmacologia e da psicoterapia é que foi possível modificar o modelo de tratamento asilar.
- Movimento antimanicomial: questionar e reformar os fundamentos da própria psiquiatria e seus efeitos de normatização e controle, gerando atritos com o modelo médico tradicional.
- Objetivo da reforma: substituir as estruturas psiquiátricas tradicionais por outras que favorecem o cuidado na comunidade (“território”).
- No dia a dia da RAPS, o termo saúde mental pode ser usado para denotar um afastamento claro do modelo médico. Não é a perspectiva que tomamos aqui. Para um sujeito que seja assistido de forma integral, o modelo médico deve atuar de forma complementar aos demais em uma equipe multidisciplinar.
- Um dos principais pilares do tratamento: manter o paciente na comunidade (não segregado em uma instituição asilar) e fazer disso um recurso terapêutico, permitindo a (re)intergração do sujeito no social.
· LEI DA REFORMA PSIQUIÁTRICA (10.216/2001):
Art. 1º Os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental, de que trata esta Lei, são assegurados sem qualquer forma de discriminação quanto à raça, cor, sexo, orientação sexual, religião, opção política, nacionalidade, idade, família, recursos econômicos e ao grau de gravidade ou tempo de evolução de seu transtorno, ou qualquer outra.
Art. 2º Nos atendimentos em saúde mental, de qualquer natureza, a pessoa e seus familiares ou responsáveis serão formalmente cientificados dos direitos enumerados no parágrafo único deste artigo.
Parágrafo único. São direitos da pessoa portadora de transtorno mental:
I - ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades;
II - ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando
alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade;
III - ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração;
IV - ter garantia de sigilo nas informações prestadas;
V - ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou não de
sua hospitalização involuntária;
VI - ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis;
VII - receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento;
VIII - ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis;
IX - ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental. 
Art. 3º É responsabilidade do Estado o desenvolvimento da política de saúde da política de saúde mental, a assistência e a promoção de ações de saúde aos portadores de transtornos mentais, com a devida participação da sociedade e da família, a qual será prestada em estabelecimento de saúde mental, assim entendidas as instituições ou unidades que ofereçam assistência em saúde aos portadores de transtornos mentais.
 Art. 4º A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os recursos extra- hospitalares se mostrarem insuficientes.
 § 1º O tratamento visará, como finalidade permanente, a reinserção social do paciente em seu meio.
§ 2º O tratamento em regime de internação será estruturado de forma a oferecer assistência integral à pessoa portadora de transtornos mentais, incluindo serviços médicos, de assistência social, psicológicos, ocupacionais, de lazer, e outros.
§ 3º É vedada a internação de pacientes portadores de transtornos mentais em instituições com características asilares, ou seja, aquelas desprovidas dos recursos mencionados no § 2º e que não assegurem aos pacientes os direitos enumerados no parágrafo único do art. 2º.
Art. 5º O paciente há longo tempo hospitalizado ou para o qual se caracterize situação de grave dependência institucional, decorrente de seu quadro clínico ou de ausência de suporte social, será objeto de política específica de alta planejada e reabilitação psicossocial assistida, sob responsabilidade da autoridade sanitária competente e supervisão de instância a ser definida pelo Poder Executivo, assegurada a continuidade do tratamento, quando necessário.
Art. 6ºA internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo médico circunstanciado que caracterize os seus motivos.
Parágrafo único. São considerados os seguintes tipos de internação psiquiátrica:
I - internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário;
II - internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de terceiro; e
III - internação compulsória: aquela determinada pela Justiça.
Art. 7º A pessoa que solicita voluntariamente sua internação, ou que a consente, deve assinar, no momento da admissão, uma declaração de que optou por esse regime de tratamento.
Parágrafo único. O término da internação voluntária dar-se-á por solicitação escrita do paciente ou por determinação do médico assistente.
Art. 8º A internação voluntária ou involuntária somente será autorizada por médico devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina - CRM do Estado onde se localize o estabelecimento.
§ 1º A internação psiquiátrica involuntária deverá, no prazo de setenta e duas horas, ser comunicada ao Ministério Público Estadual pelo responsável técnico do estabelecimento no qual tenha ocorrido, devendo esse mesmo procedimento ser adotado quando da respectiva alta.
§ 2º O término da internação involuntária dar-se-á por solicitação escrita do familiar, ou responsável legal, ou quando estabelecido pelo especialista responsável pelo tratamento.
Art. 9º A internação compulsória é determinada, de acordo com a legislação vigente, pelo juiz competente, que levará em conta as condições de segurança do estabelecimento, quanto à salvaguarda do paciente, dos demais internados e funcionários.
· SUS – PRINCÍPIOS:
· UNIVERSALIZAÇÃO:
- É um direito de cidadania de todas as pessoas.
- Acesso garantido às ações e serviços a todas as pessoas.
· EQUIDADE:
- Diminuição das desigualdades.
- Investimento maior nas maiores carências.
· INTEGRALIDADE:
- Articulação da Saúde com outras políticas/esferas públicas.
- Atuação intersetorial para repercussão na melhor qualidade de vida dos indivíduos.
· SUS - PRINCIPIOS ORGANIZATIVOS/DIRETRIZES:
- Hierarquização: níveis crescentes de complexidade.
- Regionalização:circunscrição a uma determinada área geográfica (articulação do território).
- Descentralização: redistribuição das responsabilidades municipais, estaduais e federais.
- Comando único: autonomia para decisões.
- Participação popular: conselhos e conferências de saúde para formular estratégias.
· RAS – RAPS:
- RAS (redes de atenção à saúde): finalidade de organizar as ações e serviços de saúde de maneira integrada entre os diversos níveis de hierarquização de cuidado.
- RAPS (rede de atenção psicossocial): estabelece os pontos de atenção para o atendimento das pessoas com transtornos mentais. 
· RAPS:
- Composta por serviços e equipamentos variados.
- Equipe multiprofissional.
- Atendimento diário.
- Diversidade de atividade terapêuticas.
- Clínica ampliada: centrada na pessoa, projeto terapêutico singular (PTS).
· CAPS:
- Centro de Atenção Psicossocial (CAPS): serviço de atendimento-dia, voltado para pacientes com transtornos mentais graves e persistentes e intenso sofrimento psíquico. Propõe substituir os ambulatórios e impedir a institucionalização desses pacientes.
- Equipe multiprofissional.
- Atendimento diário.
- Diversidade de atividades terapêuticas.
- Clínica ampliada: centrado na doença e nos sintomas – centrado na pessoa.
CAPS II tem resguardo do CAPS III.
Atenção especializada - secundária, mas é porta aberta. 
UA: álcool e drogas.
SRT: paciente asilado e CAPS adulto.

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