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Urinálise: Coleta e Análise

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O exame de urina de rotina é um dos procedimentos laboratoriais mais 
solicitados pelos médicos de praticamente todas as especialidades e 
para pacientes com as mais variadas queixas ou mesmo para 
indivíduos sem nenhuma queixa. Essas características fazem da 
urinálise um teste de triagem de ampla utilização. 
O processo de exame da urina é realizado através de quatro “fases”, 
são elas: coleta, análise física, análise química e sedimentoscopia. 
As principais indicações para a urinálise são investigação e 
acompanhamento de doença renal, acompanhamento de patologias 
que podem cursar com acometimento renal (ex: lúpus eritematoso 
sistêmico, hipertensão arterial, diabetes mellitus, entre outros), 
investigação de infecções do trato urinário e litíase renal. 
 
Visando diminuir as variações pré-analíticas, deve-se utilizar urina 
recém-coletada do jato médio (após desprezar o primeiro jato), em 
frasco limpo, após o paciente permanecer por um período de, pelo 
menos, 2 horas sem urinar. Importante orientar os pacientes sobre a 
necessidade de higienização do meato uretral e da genitália antes da 
coleta, tanto em homens, como em mulheres. Recomenda-se evitar a 
realização de exercício físico extenuante nas 24 horas que antecedem 
a coleta, uma vez que a desidratação pode provocar alterações na 
coloração da urina. 
A amostra deve ser mantida à temperatura ambiente, porém, se o 
exame não puder ser realizado em um prazo máximo de 2 horas após 
a coleta, a amostra deverá ser refrigerada e protegida da luz. A amostra 
nunca deve ser congelada, uma vez que esse procedimento propicia a 
destruição dos componentes celulares presentes. 
O método de fita reagente é comumente usado para efetuar a avaliação 
química da urina. Os testes bioquímicos realizados com mais 
frequência com tiras reagentes incluem densidade específica, pH, 
proteínas, glicose, cetonas, sangue, esterase leucocitária, nitrito, 
bilirrubina e urobilinogênio. 
➢ Densidade específica: a densidade é uma medida das substâncias 
dissolvidas presentes na urina. Trata-se de uma propriedade física 
da urina e uma expressão de concentração. 
➢ Cor: a cor da amostra é medida por comparação com 4 
comprimentos de onda de luz conhecidos (vermelho, violeta, azul 
e verde), que são utilizados para determinar a cor e tonalidade da 
amostra. 
➢ Aspecto: a aparência límpida ou turva da amostra de urina é medida 
passando um feixe de luz pela amostra e determinando a luz 
dispersa. A quantidade de luz dispersa aumenta à medida que a 
amostra se torna mais turva. A aparência da urina é descrita como 
límpida, turva ou extremamente turva. 
➢ pH: juntamente com os pulmões, os rins constituem o principal 
regulador do equilíbrio acidobásico. A determinação do pH 
fornece informações valiosas para avaliar e tratar doenças e 
determinar a propriedade de uma amostra para exame bioquímico. 
A urina recentemente eliminada tem um pH de 5,0 a 6,0. O pH da 
urina pode ser controlado por regulação dietética e medicação. 
 
 
 
➢ Glicose: a glicosúria indica habitualmente hiperglicemia devido ao 
diabetes melito, mas também pode ser observada em pacientes com 
outras causas de hiperglicemia, em pacientes com disfunção renal 
e durante a gravidez, devido à filtração glomerular aumentada. Em 
crianças, especialmente com menos de 2 anos de idade, é 
importante efetuar uma triagem para açúcar redutor. 
➢ Proteínas: a presença de proteína na urina indica principalmente a 
existência de doença renal, porém o seu aparecimento na urina nem 
sempre significa uma doença renal. A tira reagente é 
essencialmente sensível à albumina. 
➢ Bilirrubina: o aparecimento de bilirrubina urinária pode constituir 
um sinal de doença hepática ou obstrução biliar extra ou intra-
hepática. 
➢ Urobilinogênio: a urina normal contém uma pequena quantidade 
de urobilinogênio. Quantidades aumentadas aparecem nas anemias 
hemolíticas e na disfunção hepática. 
➢ Sangue: igualmente específico para hemácias, Hb ou mioglobina 
presentes na urina. Pode-se observar a presença de hematúria 
devido a sangramento em consequência de traumatismo ou 
irritação. Ocorre hemoglobinúria quando há lise dos eritrócitos nas 
vias urinárias, hemólise intravascular ou reações transfusionais. A 
urina muito diluída ou extremamente alcalina também pode 
resultar em lise das células. A mioglobinúria indica destruição 
muscular, que pode ocorrer na hipotermia, convulsões e esforço 
físico extenso. 
➢ Cetonas: a cetonúria aparece quando existe uma utilização 
aumentada de gordura, em lugar de carboidrato, para o 
metabolismo. As condições de cetonúria incluem DM, vômitos e 
consumo inadequado de carboidratos, devido à inanição ou 
redução do peso corporal, ou gravidez. 
➢ Nitritos: detecta-se a presença de bactérias, especificamente 
bactérias gram-negativas. Essa análise fornece um meio rápido e 
econômico de detectar bacteriúria significativa causada por 
bactérias redutoras de nitratos. É limitada por diversos fatores, 
incluindo características dos microrganismos, fatores dietéticos, 
tempo de retenção urinária e armazenamento da amostra. 
➢ Leucócitos: a presença de leucócitos é um indicador de 
inflamação; são detectados leucócitos lesados e intactos. 
A sedimentoscopia representa a análise microscópica do exame, que 
permite a detecção de elementos celulares e acelulares da urina. Os 
principais parâmetros pesquisados são: hemácias, leucócitos, 
cilindros, cristais, células epiteliais, bactérias e fungos. 
A morfologia das hemácias é útil para ajudar a localizar a origem da 
lesão (doença renal ou em outro lugar do sistema urinário). Hemácias 
de conformação normal estão relacionadas com lesão 
extraglomerular, já hemácias dismórficas são sugestivas de doenças 
glomerulares. A morfologia das hemácias dismórficas é caracterizada 
por bolhas, brotamentos e perda parcial da membrana celular. 
Os leucócitos podem estar presentes fisiologicamente (até 2 
leucócitos/campo). Os neutrófilos são o tipo mais comum de 
leucócitos na urina, mas também podem ser observados eosinófilos e 
linfócitos. A elevação anormal do número de leucócitos, denominada 
piúria, pode estar associada a infecção do trato urinário, 
glomerulonefrite, nefrite intesticial aguda, doença inflamatória 
pélvica (DIP) e afecções intrabdominais. 
Os cilindros são corpos proteicos que se formam nos túbulos distais e 
coletores dos rins. Cada cilindro está relacionado com patologias ou 
disfunções específicas. 
 
O teste de filtração glomerular é o teste da depuração que avalia a 
capacidade de filtração glomerular, isto é, avalia com que os rins são 
capazes de depurar (retirar) uma substância filtrável do sangue. 
Portanto, a substância analisada não deve fazer parte das que são 
reabsorvidas ou secretadas pelos túbulos. A escolha da substância 
analisada deve-se considerar sua estabilidade na urina durante 24h, a 
constância do nível plasmático, disponibilidade e facilidade na análise 
bioquímica. 
Utiliza-se a creatinina para a realização do teste da depuração, uma 
vez que uma parte da creatinina é secretada pelos túbulos e essa 
secreção aumenta à medida que os níveis sanguíneos se elevam; pode 
ser degradada por bactérias se as amostras forem mantidas a 
temperatura ambiente por muito tempo; grande ingestão de carne 
durante o período de coleta de urina, influenciando os resultados. Não 
é confiável em pacientes com atrofia muscular (resíduo do 
metabolismo muscular). 
O teste da depuração – Clerance é a conversão das medidas 
laboratoriais em velocidade de filtração glomerular (mililitros por 
minuto). Utilizado para determinar o número de mililitros de plasma 
do qual a substância a ser depurada (creatinina) é retirada durante o 
tempo de 1 minuto. 
A velocidade da filtração glomerular é determinada não só pelo 
número de néfrons em funcionamento, mas também pela capacidade 
funcional desses néfrons;Ex: se metade dos néfrons não estão em 
funcionamento, não ocorrerá alteração na velocidade de filtração se 
os néfrons restantes dobrarem sua capacidade de filtração – pacientes 
com apenas 1 rim. 
 
 
 
 
 
 
 
A Cistatina C é uma proteína de baixo peso molecular, com 13.359 
dáltons e constituída por 120 aminoácidos. É a única, entre as 
Cistatinas, produzida em todas as células nucleadas humanas. 
• Wallach, Interpretação de exames, 10a Edição, 2016. 
• Resumos da Med 
• SanarFlix

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