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Seminários Temáticos em Educação - Analiely

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Seminários Temáticos em Educação
	Nome do aluno(a): Analiele de Souza Barros
	RGM: 22438432
	Curso: Pedagogia Semestre: 6º
	Tipo de Linguagem: Linguagem literária
	Trabalho analisado ( link ou nome da obra): A bolsa amarela
	Tutor (a): Marcela Magalhães de Menezes
A bolsa amarela que cabia todos os desejos.
Introdução 
A linguagem literária se caracteriza pela a variedade de significado que uma palavra pode assumir em texto, assim sendo possível que única palavra possa ter múltiplas interpretações, dependendo do senso estético de cada leitor e seu repertório cultural. 
Além da linguagem literária fazer um grande apelo estético, fazendo com que o autor da obra, se sinta livre na criação das suas obras, desta forma podendo afasta-se dos padrões da língua. Diante disso o escritor explora a imaginação do leitor, estimulando-o a participar do texto aguçando a suas curiosidades e seus interesses sobre o texto.
A linguagem literária é uma arte que recria aspectos da realidade em um mundo imaginários, de forma com que as palavras exploradas assumam interpretações surpreendentes, e assim causando diversos efeitos estéticos nos leitores. 
Desenvolvimento
O livro analisado é “A bolsa amarela” de Lygia Bojunga, que publicado 1976, é livro infanto-juvenil, que foi traduzido em vários idiomas, foi encenada no Brasil, na Bélgica e na Suécia. Recebeu o prêmio O melhor para a criança, da FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil) e outros prêmios interacionais.
O livro conta a história de Raquel, uma menina que era reprimida por sua família, e que se sentia descolocada, por ser a filha mais nova, e seus irmãos serem bem mais velhos que ela, pois os adultos consideram que as crianças não entendem nada. Raquel carrega consigo três desejos que são: crescer rapidamente, ser uma escritora e ser um homem. 
Ao ganhar uma bolsa amarela de sua tia Brunilda, Raquel passa a abrigar as suas histórias e suas vontades, e essas vontades eram tão grandes que a bolsa engordava, e as vezes acabava saindo dela, o que geralmente causava discursão familiar a respeito dos pensamentos da menina. Diante da situação ela passa a criar um mundo imaginário, onde possuem muitos amigos, que não reprimem, e que entendem suas vontades e desejos.
Nesse contexto o livro critica a forma com que as crianças muitas vezes são tratadas pela as famílias, tendo com elas diálogos automáticos, onde as crianças não têm espaços para se expressar, tendo suas privacidades invadidas, e seus desejos e vontades não considerados. Por isso a personagem expressava o desejo de ser grande, porque só assim ela conseguiria conversar abertamente com seus familiares, pois como era criança, era muito difícil Raquel conseguir expor seus pensamentos para eles. 
Diante de um imaginário muito fértil, a menina começa a escrever cartas para um amigo imaginário, que chama André, onde ela consegue expressar suas ideias, sentimentos e desejos sem ser reprendida, em algumas cartas escritas por Raquel a André fica claro, indignação dela por não conseguir ser ouvida, ou ter atenção dos seus familiares, ela acredita que é excluída por ser uma criança.
O livro ainda mostra a diferença de criação de meninos e meninas, por isso o desejo de Raquel em querer ser um menino, o livro retrata o machismo estrutural por qual a menina era obrigada a passar, quando as algumas brincadeiras são definidas “para meninos”, quando o gênero masculino é imposto como superior ao feminino, a desigualdade de gênero fica claro no livro, por isso há em Raquel o desejo de ser um menino, pois na maioria das ocasiões eles são mostrados como o gênero superior.
A linguagem escrita apresentasse para Raquel como algo libertador e uma solução para fugir do seu mundo real, e refugiasse no seu mundo imaginário, criando vários personagens e estórias, que utiliza elementos reais que faz parte da sua vida, alguns personagens ela dava características dos seus desejos que eram remidos, de forma que consegue expressa-lo. 
Considerações Finais 
Apesar de ser um livro escrito em 1976, a bolsa amarela, traz questões bem recorrentes ainda nos tempos atuais. Permite que nós como leitores se identifiquemos com a história de Raquel, uma menina que muitas vezes era silenciada pela a família não sendo capaz de ser ouvida pelos mesmos.
A escritora ainda nos permite em mergulhar na indagação da personagem quanto os suas problemáticas, o quanto a veracidade de guardar realmente os desejos dela naquela bolsa amarela.
O livro é convite a pensar a respeito sobre o tratamento das crianças, falta de diálogo e compreensão como isso os afeta, e ainda como machismo ainda está presente na nossa sociedade. Podemos perceber como é fantástico o mundo da imaginação, onde tudo é possível, e de modo sendo fundamental para desenvolvimento da criança.
Com um livro que utiliza uma linguagem de fácil leitura, possui uma narrativa que nos faz pensar juntamente com Raquel, de modo criativo podemos desfrutar do imaginário dela.
Referências 
FILHO, Domício Proença. A linguagem literária. São Paulo: Ática, 1992. 
NUNES, Lygia Bojunga. A bolsa amarela. 35. ed. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2011. 140 p.

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