Buscar

Manejo da Sedação

Prévia do material em texto

Manejo da Sedação, Analgesia e Bloqueio Neuromuscular 
→ São terapias instituídas nas UTIs, entretanto, não são 
indicadas para todos, sendo usado para situações 
específicas. 
→ Sedação demais e mal feita é ruim. Pode desencadear 
eventos adversos: 
 ↪ Hipotensão: fentanil (opioide potente), 
midazolam; 
 ↪ Dependência/abstinência: quando usadas por 
muito tempo (opioides fortes, midazolam); 
 ↪ Fraqueza muscular: gera dificuldade o 
desmame do paciente; 
 ↪ Pneumonia associada a ventilação - PAV: 
quanto mais sedação, menos ele tosse, menos autonomia 
na ventilação, mais fácil a broncoaspiração. 
→ Todo paciente com sedação e VM devemos 
questionar se conseguimos diminuir ou tirar ambos. 
→ A administração pode ser feita em bolus ou infusão 
contínua, sendo essa última quando o paciente estiver em 
ventilação mecânica. 
↪ Em bolus é utilizado sempre que possível. O 
protocolo de despertar diário, avaliamos o paciente e, se 
for possível, devemos acordar o paciente logo no início da 
manhã, tirando a sedação, caso o paciente desperte 
agitado, voltamos a sedar com a metade da quantidade da 
sedação. 
→ As contra indicações absolutas do despertar são: 
hipertensão intracraniana, paciente que esta dependente 
de ventilação mecânica com altos parâmetros (assincronia, 
PEEP alta, acima de 12). As metas de sedação são 
apontadas abaixo: 
 ↪ Escala de RASS: desejamos uma sedação de 0 
a -2. 
 
 
 
→ Os pacientes que são eletivos para sedações mais 
profundas são aqueles que precisam ficar mais entregues à 
ventilação mecânica. 
→ Dentre as indicações de sedoanalgesia na UTI: 
 ↪ O paciente que possui dor ou qualquer 
desconforto na UTI, sendo utilizada a sedação quando 
houver dor moderada e alta; 
 
 
 → Os medicamentos utilizados são: simples 
(dipirona e paracetamol – paracetamol não pode ser 
utilizado em pacientes com doenças hepáticas); AINES 
(cetoprofeno, diclofenaco de sódio, coxibes da vida...); a 
codeína e tramadol isolada são comparadas a analgesia 
entre analgésicos simples e AINES, quando associar aos 
analgésicos simples eles ficam em terceiro na escala; 
opioides (tramadol, morfina (por comprimido ou EV) e 
fentanil (transdérmico – adesivos e EV). 
 ↪ Aqueles que necessitam de ventilação 
mecânica: temos o objetivo de proporcionar conforto e 
analgesia e evitar assincronias, evitar ansiolise, tratar 
delirium, que são causados por procedimento invasivos 
como SNV e IOT. 
→ O etomidato é contraindicado para sedação 
continua, pois ele possui efeito colateral de insuficiência 
adrenal, pode causar mioclonia. 
→ A quetamina pode ser utilizado segundo algumas 
fontes e fontes não muito confiáveis. 
→ Os agentes de escolha para essa sedação são: 
» Fentanil possui início de 2 a 3 minutos e dura 
de 30 a 60 minutos, dentre os efeitos adversos estão 
hipotensão, bradicardia, rigidez de tórax, dependência 
quando usado continuamente e delirium; 
» Midazolam é um benzodiazepínico atuando no 
sistema gabaérgico, início em menos de 1 minuto, dura de 1 
a 3 horas quando em infusão continua, dificulta o despertar 
diário, ele possui uma eliminação renal e hepática e quando 
há alguma condição nesses dois órgãos, pode gerar uma 
sedação mais longa, dentre os efeitos adversos teremos 
hipotensão, dependência e delirium, é uma das drogas mais 
utilizadas pelo custo, é a última opção para IOT; 
» Propofol tem início em menos de 45 segundos, 
duração de 5 a 10 minutos, boa droga para despertar 
diário, sendo o sedativo de escolha para paciente neuro 
intensivo, desligou, deu mais de 20 minutos o paciente não 
acordou, o estado neurológico do paciente é esse, permite 
uma avaliação neurológica mais rápida do despertar, causa 
menos dependência e menos delirium do que midazolam, 
dentre seus efeitos adversos estão hipotensão, pode 
desencadear hipertrigliceridemia (3ª causa de pancreatite 
aguda), pode gerar reação alérgica e até anafilática 
(componente do ovo), pode gerar uma síndrome de 
infusão do propofol (PRIS), caracterizada por bradicardia, 
acidose, hipotensão, IRA e hepatite, sempre que o paciente 
que está usando propofol deve realizar exames para as 
condições citadas acima, todos os dias, pode ser gerada 
quando tem doses altas e mais de 48 horas de infusão, o 
tratamento é suspender o uso e esperar, paciente pode 
morrer devido a essa síndrome; 
» Dexmedetomidina conhecida por precedex, é 
um alfa 2 agonista central, é considerado um sedativo leve, 
paciente não fica muito sedado, não inibe centro 
respiratório, não reduzindo o drive ventilatório, bom para 
realizar o desmame ventilatório e a droga de escolha para 
tratamento de delirium na UTI, dentre as desvantagens 
teremos ser pouco sedativa e bradicardia sinusal é 
frequente. 
 → A retirada do sedativo é feita por dois meios: 
quando estiver usando por menos de uma semana a 
retirada é feita ao longo de 24 horas (ir reduzindo pela 
metade), quando estiver usando a mais de uma semana, 
possui risco maior de causar uma abstinência quando 
retirar, sendo usada uma retirada gradual de 20% da dose 
que ele está em uso por dia, a última droga retirada é o 
opioide pelo fato de a dor ser o principal motivo de 
desconforto, associamos a sedação enteral, fazendo uma 
migração da sedação EV para VO). 
 ↪ Os pacientes que apresentem delirium: é um 
distúrbio de consciência, promovendo uma dificuldade de 
atenção, possui uma evolução de horas a dias e sempre 
possui um fator provocador. O tratamento da UTI é 
diferente da enfermaria, CAM – ICU. 
 → A droga de escolha principal é a 
dexmedetomidina, seguida pelos anti psicóticos: Haloperidol, 
risperidona, quetiapina, sendo preferencial VO, o haldol só é 
utilizado IM, nunca EV, os riscos são arritmias, 
parkinsonismo e síndrome neuroléptica maligna que é um 
quadro febril intenso, podendo gerar uma hipertermia 
maligna. 
 ↪ Pacientes que apresentam ansiedade ou insônia: 
na UTI usamos benzodiazepínicos simples como midazolam 
(gotas), Alprazolam, clonazepam, o propofol por VO ou EV 
pode ser utilizado e a dexmedetomidina também pode ser 
usado.

Continue navegando