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HABILIDADES MÉDICAS – MÓD VIII – CARDIOLOGIA Sístole = 5mmHg a 120mmHg Diástole = <5mmHg (sangue A para o V) ICTUS CORDIS = 4/5EIC esquerdo + linha hemiclavicular esquerda (mamilo) · Características: localização, extensão, intensidade, mobilidade, ritmo e frequência. · Invisível e impalpável = Enfisema pulmonar, obesidade, musculatura desenvolvida ou grandes mamas, idosos · Deslocamento = Dilatação ou hipertrofia do VE - estenose aórtica, insuficiência aórtica, insuficiência mitral, hipertensão arterial, miocardioesclerose, miocardiopatias. · Extensão: Normal: 1 a 2 polpas, ou seja, 2 a 3cm. BULHAS CARDÍACAS · 1ª: fechamentos da valva mitral e tricúspide no ínicio da sístole. · Maior intensidade no foco mitral. · 2ª: fechamentos da valva aórtica e pulmonar no final da sístole. · Maior intensidade no foco aórtico e pulmonar. · 3ª: Ruído de baixa frequência originado pelas vibrações da parede ventricular durante o enchimento ventricular rápido. · Desaceleração rápida da corrente de sangue contra a parede do ventrículo (“galope B3”) · Mais audível na área mitral em decúbito lateral esquerdo (melhor quando se utiliza a campânula). · 4ª: ruído débil, ocorre no fim da diástole ou pré-sístole (contração atrial). · Brusca aceleração do fluxo sanguíneo ao encontro da massa sanguínea existente no interior dos ventrículos no final da diástole. · Precede a B1 (fechamento mitral) RITMO E FREQUÊNCIA · Duas bulhas = ritmo binário. · Três bulhas = ritmo tríplice. · FC = Normal: 60 a 100 bpm. PULSO ARTERIAL · Impacto do sangue contra a parede arterial produzido pela contração ventricular · Pulso radial: 60-100bpm. · Ritmo: regular / irregular · Amplitude: grau de enchimento na sístole (normal, aumentada ou reduzida) · Dureza ou parede arterial · Simetria · Tipos de onda (formato): normal, bisferiens, bífido, dicrótico; devem ser pesquisados em pulsos proximais, como o pulso carotídeo · Pulsos periféricos: Avaliar (comparando as artérias homólogas): · Presença ou ausência · Amplitude (+/++++) · Examinar os pulsos:Pulso normal = pressão diferencial entre 30-40mmHg. Uniforme e arredondado. Chafradura não palpável · Carotídeo · Temporal · Braquial · Femoral · Poplíteo · Pedioso · Tibial posterior · Pulso Parvus Tarvus – Pequena amplitude e longa duração. EX = estenose aórtica · Pulso célere ou martelo d’água – aparecer e sumir com rapidez. Decorre do aumento da pressão diferencial EX = insuficiência aórtica, nas fístulas arteriovenosas, no hipertireoidismo · Pulso bisferiens- dupla onda, mas neste caso as duas ondulações aparecem no ápice da onda de pulso. EX = Associação de estenose e insuficiência aórtica combinadas, insuficiência aórtica pura. · Pulso dicrótico- dupla onda em cada pulsação, a primeira mais intensa e mais nítida, é seguida de outra de menor intensidade e que ocorre imediatamente depois. EX = doenças com febre · Confunde-se com o pulso bisferiens com o dicrótico: O Bisferiens perde sua característica de dupla pulsação a compressão da artéria · Pulso alternante - se percebe de modo sucessivo uma onda ampla seguida de uma onda mais fraca, ritmo deve ser regular. EX = insuficiência ventricular esquerda com B3 · Pulso filiforme - pulso de pequena amplitude e mole. EX = colapso circulatório periférico, choque · Pulso paradoxal- diminuição da amplitude das ondas durante a inspiração forçada. Ex: pericardite constritiva, derrame pericárdico volumoso e enfisema pulmonar PULSO VENOSO · Regime de pressão muito menor · Avaliação é realizada quase que exclusivamente através da INSPEÇÃO: · Pulso venoso é visível, mas, na enorme maioria das vezes, não é palpável · Percebe-se o pulso venoso, quase sempre, apenas próximo ao coração, na região cervical · A altura em que se observa o pulso, no pescoço, guarda relação direta com o valor da pressão; · Quanto maior a pressão, mais elevado o nível de pulsação venosa, aproximando-se da mandíbula · Deve-se colocar o paciente em posição confortável, com a cabeça relaxada e voltada para o lado E. · A cama do paciente deve ser colocada numa inclinação que permita perceber a pulsação venosa (ângulo de 45o) · ANAMNESE · Queixas · Precordialgia - Dor torácica · Definir: localização, irradiação, duração, intensidade, qualidade, fatores precipitantes ou desencadeantes, fatores que melhoram a dor, manifestações associadas, evolução · Início e duração = A dor típica da doença coronariana crônica é de início relacionado com esforço, piorando de forma progressiva, durando cerca de 5 a 10 minutos, geralmente não menos de 2 e não mais que 20 minutos. · Localização = é geralmente indicada com a mão esfregando o peito, ou com o punho cerrado, indicando uma região grande e imprecisa. · Irradiação · Qualidade = opressão, queimação ou o mal estar torácico mal definido são típicos da doença coronariana. Pontadas e fisgadas apesar de serem mais inespecíficas também podem representar doença coronariana. · Fatores precipitantes = relação com o esforço. Não impede ela de surgir também em repouso · Fatores de piora = alimentação, movimentos musculares, palpação do local da sede da dor. · Fatores de melhora = O repouso, o uso de nitratos gerando alivio da dor são marcas sugestivas de dor coronariana. · Manifestações associadas = Sudorese, extremidades frias, palidez, náuseas · Dispnéia - Cansaço / Falta de ar / Ortopnéia / DPN · Sensação consciente e desagradável do ato de respirar · Diferente de fadiga ou astenia. · Classificação = pequenos/médios/grandes esforços · A dispnéia cardiogênica está associada com a congestão veno-capilar pulmonar, que ocorre na insuficiência cardíaca. · Início súbito = embolia pulmonar (repouso), pneumotórax (repouso), edema agudo cardiogênico, obstrução de vias aéreas. · Dispnéia inspiratória sugere obstrução de vias aéreas superiores = estridor laringeo · Dispnéia expiratória sugere o comprometimento das vias aéreas mais inferiores = sibilos · Dispnéia cardiogênica ocorre tanto em repouso como ao esforço. · Em repouso se relaciona com a posição do paciente (ortopnéia). · Nos casos de Insuficiência cardíaca a dispnéia pode estar acompanhada de edema de MMII, dor abdominal e noctúria · Dispnéia paroxística noturna - evento onde após algumas horas de sono o paciente acorda com dispnéia súbita. O paciente assume posição sentada. Geralmente acompanham tosse, sibilos - asma cardíaca e sudorese. · CLASSIFICAÇÃO DA NYHA I – Pacientes sem limitações. Atividades ordinárias não causam dispneia II – Limitação leve da atividade física – atividades ordinárias causam dispneia – confortáveis em repouso III – Limitação marcante das atividades físicas. Atividades menores que as ordinárias causam dispneia – confortáveis em repouso IV – Incapacidade de realizar quaisquer atividades sem dispneia – sintomas mesmo em repouso · Síncope ou pré Sincope - Desmaio, lipotímia, ausência, distúrbios visuais. Perda súbita e transitória da consciência · Resultado de baixa perfusão cerebral. · Litotímia = perda parcial da consciência · Síncope cardíaca =súbita, sem associação com aura, convulsões, liberação esfincteriana ou estados pós ictais, típicos da perda de consciência. A consciência retorna rapidamente, enquanto ocorre uma demora maior nas síncopes de origem neurológica. · Palpitação - Sensação de taquicardia, falhas nos batimentos. A palpitação é a sensação/percepção incômoda dos batimentos cardíacos. · Palpitações de esforço = mesmo significado da dispnéia ao esforço = ocorrem simultaneamente · Taquicardia sinusal = Palpitações em FC menor que 140 bpm e regulares · Extrassistolia o paciente descreve a sensação de que o coração falha, ou para, correspondendo ao período de pausa compensatória. · Taquicardias paroxísticas = Início e fim súbitos e o paciente refere o aceleração do coração. · Fibrilação arterial = sensação de irregularidade do ritmo com frequência muito alta. · Arritmia ventricular = Síncope associada a palpitação é de prognóstico grave · Edema - Inchaço dos membros e/ou face · Oedema de origem cardíaca é normalmente simétrico e progride desde as pernas chegando coxa, genitália e parede abdominal. · Anasarca = edema generalizado · ESCALA DE EDEMA +/4+ (leve inchaço estruturas visíveis) 2+/4+ (leve inchaço ver proeminência óssea) 3+/4+ (não consegue ver proeminência óssea) 4+/4+ (Sinal de Cacifo) · SINAL DO CACIFO OU SINAL DE GODET · Cianose - Coloração azulada da pele · Cianose central = deficiência da função pulmonar. · Cianose periférica = resulta de vasoconstricção secundária a baixo débito ou exposição ao frio. · Cianose em uma única extremidade = indica obstrução arterio-venosa naquele membro. CORAÇÃO – EXAME CARDIOVASCULAR INSPEÇÃO E PALPAÇÃO · Realizados simultaneamente · Deve-se investigar: pesquisa de abaulamentos; análise do ictus cordis; análise de batimentos ou movimentos visíveis o palpáveis; palpação de bulhas e pesquisa de frêmito cardiovascular. · Abaulamentos da região precordial: · Duas incidências: · Tangencial: examinador de pé ao lado D. · Frontal: junto aos pés do paciente deitado. · Podem indicar: aneurisma da aorta, cardiomegalia, derrame pericárdico e alterações da caixa torácica. · É a dilatação do VD que determina o abaulamento pois constitui a maior parte da face anterior. · Diferenciação entre abaulamentos por alteração da estrutura osteomuscular e por dilatação do VD: impulsões do precórdio nos casos de aumento cardíaco. · INSPEÇÃO: Localização do ictus cordis, B3 B4 (iluminação tangencial) · PALPAÇÃO · Palpação geral do tórax – levantamentos, frêmitos – polpas digitais e palma da mão · Pressao firme para B1 B2 · Pressão menor para B3 B4 (levemente decúbito esq + expiração) · Mão direita sobre a parede do tórax, dedo indicador e médio esquerdo na carótida direita · Palpação das bulhas · Quando hiperfonéticas podem ser sentidas pela mão como um choque de curta duração (choque valvar palpável). FRÊMITO CARDIOVASCULAR 3 características precisam ser investigadas: localização, situação no ciclo cardíaco, e intensidade. ICTUS · Traduz o contato da porção anterior do VE com a parede torácica. · Pode ser observado com o paciente em posição supina, em decúbito dorsal ou lateral esquerdo. · O decúbito lateral esquerdo aproxima o coração da parede torácica, tornando as características do ictus cordis mais pronunciadas · CARACTERÍSTICAS: · Localização (varia com o biótipo) · Extensão/diâmetro · Intensidade/amplitude · Frequência AUSCULTA · Foco mitral: 4º/5º espaço intercostal esquerdo da linha hemiclavicular e corresponde ao ictus cordis. · Foco pulmonar: 2º espaço intercostal esquerdo junto ao esterno. · Foco aórtico: 2º espaço intercostal direito junto ao esterno. · Foco aórtico acessório: 3º espaço intercostal esquerdo junto ao esterno. · Foco tricúspide: base do apêndice xifoide, ligeiramente para esquerda. · Ausculte o ápice e mova-se para a base · Mantenha o dedo indicador e médio sobre a carótida direita · B1 hiperfonética no ápice (mitral/tricuspide) · B2 hiperfonética na base (aorta/pulmonar) SOPROS · Cronologia do sopro – sistole ou diástole? · Localização no precórdio · Irradiação · Executar manobras auxiliares · Forma do sopro · Graduação (1 a 6) · CAUSAS: · Aumento da velocidade do sangue · Diminuição da luz vascular · Problemas intracardíacos · Obstrução ao fluxo sanguíneo · Regurgitação do sangue · Comunicação intracavitárias · SISTÓLICOS = entre B1 e B2 (sopro coincidente com o impulso carotídeo) · Sopros funcionais/inocentes = mesosistólicos, reduzem em pé ou sentado ou valsalva · Sopros fisiológicos = d. de base = anemia, gravidez, hipertireoidismo · DIASTÓLICOS = entre B2 e B1 TIPOS · Mesosistólicos · Pansistólicos (holosistólicos) · Telesistólicos · Protodiastólicos · Mesodiastólicos · Telediastólicos (presistólicos) · Em crescendo (estenose mitral) · Em decrescendo (regurgitação aórtica) · Em crescendo-decrescendo (estenose aórtica) · Sopro em platô (regurgitação mitral) · SOPROS PANSISTÓLICOS (HOLOSISTÓLICOS) · REGURGITAÇÃO MITRAL = Ápice – irradiação para axila esquerda · ESTALIDO SISTÓLICO MITRAL = PROLAPSO V. MITRAL · REGURGITAÇÃO TRICÚSPIDE = Borda esternal inferior esquerda – irradiação para direita do esterno, área xifóide, linha hemiclavicular média esquerda · COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR = 3,4,5 EIE · SOPROS SISTÓLICOS MÉDIOS · SOPRO ESTENOSE AÓRTICA = 2EICD. · Irradiação = carótidas, descendo pela borda esternal até o ápic · Ouvido melhor com pcte sentado ou inclinado para frente · Pulso = parvus-tardus · SOPRO DA ESTENOSE PULMONAR = 2EICE · Irradiação: ombro esquerdo e pescoço · SOPRO MIOCARDIOPATIA HIPERTRÓFICA = 3,4 EICE · Irradiação: desde pela borda esternal esquerda até o ápice. Não para o pescoço · Diminui na posição agachada · Aumenta com valsava ou em pé · Pulso periférico se eleva rapidamente · SOPROS DIASTÓLICOS · REGURGITAÇÃO AÓRTICA = 2 ao 4 EICE · Irradiação: ápice, borda esternal direito · Paciente sentado ou inclinado para frente · Prender respiração pós-expiração · Sopro AustinFlint = sopro diastólico mitral = compressão diastólica do fluxo regurgitado · ESTENOSE MITRAL = Ápice · Sem irradiação · Campanula sobre o ictus, decúbito lateral esquerdo, expiração · Estalido de abertura da v mitral · B2/EA/sopro/B1 TÉCNICAS ESPECIAIS · Ficar de pé e agachar-se = Redução do retorno venoso, da PA, volume de sangue para o VE · Identificar o prolapso mitral · Cardiomiopatia hipertrófica x estenose aórtica EM PÉ · Estalido do prolapso mitral aumenta · Sopro cardiomio aumenta · Sopro da estenose reduz · Manobra de Rivero-Varvalho = inspiração profundal · se o sopro não modificar ou reduzir = manobra negativa = sopro de propagação mitraL · = manobra positiva = sopro tricúspide ARRITMIAS CARDÍACAS · Cronotropismo (automaticidade); · Batmotropismo (excitabilidade); · Dromotropismo (condutibilidade); · Inotropismo (contratilidade). · Automaticidade: fibras geram estímulos espontâneos sem precisar de inervação extrínseca (células P). · Nó sinusal: 60 a 100. · Junção AV: 40 a 50. · His-Purkinje: < 40. · Condutibilidade: capacidade de condução das fibras às células vizinha um estímulo recebido. · Excitabilidade: propriedade das fibras de iniciar um potencial de ação em resposta a um estímulo adequado. Estas três formam o ritmo normal, qualquer perturbação causará uma arritmia. · Causas extracardíacas: emoção, tabagismo, febre, hipertireoidismo, álcool). · Causas medicamentosas: digitálicos, anestésicos. · Causas cardíacas: miocardites, miocardiopatias, isquemia, infarto, lesões orovalvares. · CLASSIFICAÇÃO: 1. Por perturbação na formação dos estímulos: 1) Sinusais: Taquicardia, Bradicardia, Arritmia, Parada. 2) Extra-sinusais: Ritmos juncionais, Extra-sistolia (supraventricular e ventricular), Taquicardia paroxística (supraventricular e ventricular). 2. Por perturbação na condução dos estímulos: 1) Bloqueio AV: 1º grau. 2º grau (Tipo Mobitz I e II, Tipo 2.1, De grau avançado). 3º grau. 2) Bloqueio de ramo D ou E. 3. Perturbação na formação e condução: 1) Flutter atrial e ventricular 2) Fibrilação atrial e ventricular 3) Torsade de pointes TERMOS ÚTEIS B4 = galope atrial Desdobramento paradoxal de B2 = aparece na expiração e desaparece na inspiração Desdobramento paradoxal de B2 = pode ser ouvido em BRE e estenose aórtica grave Disfunção cardíaca sistólica = B3 Elimina sopro cardíaco inocente = sopro diastólico Estenose aórtica = B2 hipofonética e única Estenose aórtica = clique ejetivo Estenose aórtica = Sopro sistólico crescendo e decrescendo Estenose mitral - estalido de abertura Estenose mitral = B1 hiperfonética Estenose mitral pura = hiperfonese de B1, estalido de abertura, rolar mesodiastólico, sopro pré sistólico Gravidade estenose aórtica = desdobramento paradoxal da segunda bulha Impulsão paraesternal esquerda = aumento do VD Insuficiência aórtica = ruído protodiastólico Insuficiência mitral = sopro holossistólico = irradia para axila Pressão de pulso = diferença entre PS e PD Pressão diastólica medida = fase 5 dos sons de Korotkoff Prolapsomitral = click telessistólico Pulso alternante = insuf. Ventricular esquerda Pulso martelo d’gua = insuf. Aórtica Pulso paradoxal = asma grave Pulso paradoxal = PA sistólica cai mais de 10 mmHg durante inspiração = sinal de tamponamento pericárdico Pulso parvus e tardus = estenose aórtica Regurgitação aórtica = sopro protodiastólico Regurgitação mitral = B3 Regurgitação mitral = sopro holossistólico rude Regurgitação tricúspide = fígado pulsátil Sinal de Kussmaul = turgência jugular durante inspiração Sopro de austin flint = regurgitação aótica é grave Sopro de Carey Coombs = febre reumática aguda Sopro de Still = sopro inocente Larissa Fontoura – MEDICINA UNESC 171 1
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