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Afecções de pele em bovinos

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Afecções de pele 
Importância 
• O bem estar do animal é o espelho da saúde e 
produção 
• Limitações de mercado (exemplo: febre aftosa, 
couro do animal, exposições etc) 
• Zoonoses – dermatofitoses, tricofitose, ectima 
contagioso e pseudovaríola bovina 
 
 
 
Identificação e predisposição 
• Espécie 
- ectima contagioso 
• Idade 
- Dermatofitoses, papilomatose dos bezerros 
- estágio imunológico do animal 
• Raça 
- Holandesa: carcinoma espinocelular 
- Jersey: hipotricose 
• Coloração do pelame 
- melanoma equino tordilho 
 
Anamnese 
• Queixa principal: 
- evolução do quadro 
- início e periodicidade 
- prurido 
- tratamentos e efeitos 
• Antecedentes familiares 
• Doenças associadas 
• Deficiencias nutricionais 
• Endoparasitas e ectoparasitas 
• Ambiente e manejo 
• Sazonalidade 
• Reações medicamentosas 
 
 
Ectoparasitas 
• Carrapatos (Boophilus microplus - TPB) 
• Sarnas 
• Mosca do chifre 
• Piolhos 
• Bernes e miíase 
 
MOSCA DO CHIFRE 
• Depende de temperatura e umidade ambiente, 
sendo mais presente em períodos chuvosos 
• Cinco a dez mil moscas por animal 
• Prejudicam a qualidade do couro 
• Geram estresse no animal e consequente perdas 
de peso devido a hiporexia ou anorexia 
 
 
PIOLHOS 
• Piolho sugador – Linognathus vitulli 
• Mais presentes na lateral do pescoço, focinho, 
peito, dorso, cabeça e entre os membros 
 
 
 
MIÍASE 
• Popularmente chamada de bicheira 
• Larvas da mosca Cochliomyia hominivorax 
• Presente em períodos mais quentes e chuvosos 
• São formadas a partir de FERIDAS abertas, ou 
seja, não aparecem em pele íntegra 
• Formam um tecido necrótico 
 
 
 
BERNE 
• Larva da mosca Dermatobia hominis – regiões 
arborizadas 
• Presentes em dias quentes e noites frias 
 
SARNAS 
• Causadas por alguns ácaros – Psoroptes spp, 
sarcoptes scabiei e chorioptes spp 
 
Papilomatose 
• Também chamada de “Figueira” 
• Doença infectocontagiosa crônica 
• Causada por um VÍRUS da família Papovaviridae – 
vírus da papilomatose bovina (VPB) 
• Causa lesões verrucosas em várias partes do 
corpo do animal 
 
Os vírus são divididos em dois grupos: 
- Fibropapilomas - (tipo 1, 2 e 5) 
- Papilomas epiteliais - (tipo 3, 4 e 6) 
Porém, independente do tipo de vírus o tratamento 
será igual para todos 
 
Pode acometer, além da pele, órgãos importantes 
como esôfago, cárdia, bexiga, genitais, boca etc 
levando o animal a óbito 
 
• Aparece em animais imunossuprimidos e na 
maioria dos casos desaparece espontaneamente 
• Não existe vacina nem tratamentos 
• 85% casos são autolimitantes, por isso, os 
tratamentos em geral tem baixa eficácia 
• Recomenda-se retirada cirúrgica dos papilomas e 
cauterização com nitrato de prata 
• Clorobutanol (que inibe a proliferação do vírus) – 
mas não é preventivo 
• Vacina autógena (produza na própria fazenda 
com material das lesões do animal 
• Autohemoterapia – consiste em colher o sangue 
do animal e injetar nele mesmo via intramuscular 
 
 
• Infecções secundárias podem ocorrer, como 
micoses, miíases e infecções bacterianas 
• Animais jovens estão mais susceptíveis – porém 
todas as faixas etárias podem ser acometidas 
 
TRANSMISSÃO 
Pode ocorrer direta ou indiretamente, por meio de 
moscas, carrapatos, cercas (animal se esfrega), 
cochos de água, equipamentos etc 
 
FÓRMULA DA AUTO-VACINA 
1. Retirar e desprezar a parte queratinizada dos 
papilomas (parte externa); 
2. Pesar 20 gramas de papilomas e lavá-los com 
solução fisiológica (solução de NaCl a 0,9%); 
3. Adicionar 80 ml de solução fisiológica e triturar os 
papilomas em um liquidificador; 
4. Passar a mistura em uma peneira de malha fina; 
5. Adicionar 0,5 ml de formol (solução comercial 
contendo 38 ou 40 % de formaldeido) para cada 100 
ml do preparado já filtrado das porções mais 
grosseiras (20 g de papiloma + 80 ml de solução 
fisiológica); 
6. Adicionar 5 milhões de Unidades Internacionais de 
Penicilina Procaína ou Potássica; 
7. Manter a mistura durante 24 horas a 37º C (estufa 
ou banho-maria); 
8. Separar em frascos estéreis, com rolha de borracha 
(tipo penicilina) contendo cada amostra de 5 ml; 
9. Conservar a vacina em geladeira (4º C); 
 
Aplicar em cada animal (bezerro ou adulto) 5 ml da 
vacina por via subcutânea, repetindo 6 aplicações, 
com intervalo de 5 dias. 
 
Fotossensibilização 
• Primária – genética 
• Secundária – hepática 
 
Enfermidade decorrente da sensibilização da pele a 
luz em função da ação de agentes fotodinâmicos 
 
PATOGENIA 
 
 
 
Onde “X” pode ser substituído por: 
• Porfiria 
• Ingestão de pré-formados 
• Hepático 
 
PORFIRIA – primária 
É uma doença hereditária que determina a má 
formação da molécula de hemoglobina por 
deficiência enzimática permitindo a deposição de 
agentes fotodinâmicos nos ossos, dentes, urina e pele 
 
SINAIS CLÍNICOS 
- urina marrom 
- dentes escuros 
- anemia (pois o animal não produz o grupo Heme) 
- lesões cutâneas 
- eritema 
- edema 
- necrose 
 
Animais jovens são mais acometidos – justamente 
por ser uma doença genética 
 
Não existe tratamento 
 
 
 
 
 
INGESTÃO DE PRÉ-FORMADOS 
• Também de origem 
primária 
• Ocorre pela ingestão 
de plantas presentes 
na pastagem, como: 
Erva de São-João, 
Trigo Sarraceno e 
Cicuta negra 
 
HEPÁTICA – secundária 
• Lesões hepáticas por micotoxinas 
• Planta: Brachiária decumbens pode estar 
contaminada com o fungo chamado Phitomyces 
chartarum – que produz esporidesminas 
• Esporidesminas são micotoxinas que causam 
lesão hepática e acúmulo de filoeritrina no 
sangue e na pele – gerando uma 
fotossensibilidade 
 
No funcionamento de um fígado normal, teríamos: 
A clorofila no rúmen – filoeritrina na absorção 
intestinal (fator fotodinâmico) – participação do 
fígado na conjugação e excreção biliar 
 
 
TRATAMENTO 
• Retirar o animal da exposição a luz solar 
• Retirar os agentes causadores (trocas de pasto e 
corte de até 20cm de altura da pastagem) 
• Limpeza das feridas 
• Pomadas anti-inflamatórias, antissépticas e 
cicatrizantes 
• Prevenção de miíases 
• Facilitadores de metabolismo hepático: glicose, 
metionina, complexo B 
• Compostos a base de zinco: 20 a 28mg ZN/kg 
 
PROFILAXIA 
Sulfato de zinco (0,35g Zn/L) na água 
 
Dermatofitoses – fungos 
Trichophyton mentagrophytes 
Trichophyton verrucosum 
 
• Disseminada pelo contato direto com outros 
animais infectados ou com fômites (cercas, 
postes, cochos) 
• É de resolução espontânea – em média 4 meses 
• Resistência a reinfecção 
• TRATAMENTO: soluções a base de iodo nas lesões 
de pele, diariamente; (iodine, povidine, biocid) 
• Lesões por fungos tem formato circular 
 
 
Ectima contagioso 
Doença de notificação compulsória 
- Dermatite pustular contagiosa 
- Dermatite labial infecciosa 
- Boqueira ou boca crostosa 
 
• Zoonose de origem viral – gênero Parapoxvirus 
• Acomete boca, focinho, pontas de orelha 
• Autolimitante – com uma resistência de até 3 
anos 
• Porta de entrada do vírus: abrasões na pele – por 
exemplo, animais que se alimentam de feno, 
alimento duro, tendem a apresentar pequenas 
lesões na boca 
• TRANSMISSÃO: contato direto com outros 
animais ou indireto por fômites 
 
TRATAMENTO 
• Solução de permanganato de potássio a 3% ou 
solução de iodo a 10% acrescido de glicerina (1:1) 
• Vacina viva na pele escarificada – pode gerar no 
animal até 2 anos de imunidade

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