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Clínica de Aves e Suínos (UAM)

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Clínica de Aves e Suínos
Profa. Márcia Nishizawa
7° SEMESTRE
Aula 1 – 02/03/2020
FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA DAS AVES
· Aves possuem em seu sistema respiratório 9 sacos aéreos que realizam ventilação pulmonar. Eles inflam na expiração e reduzem na inspiração. 
· Pulmão rígido, bem aderido às costelas e sem alvéolos. 
· Não possuem diafragma, tem uma cavidade chamada celomática onde ficam os órgãos abdominais e torácicos. 
· Se apresentarem gás/ar em tecido subcutâneo em algumas regiões, pode ser ruptura de saco aéreo, mas possuem 9, então, tratar com antibioticoterapia para evitar infecções e doenças secundárias em trato respiratório. 
· O ar que as aves respiram passam por sentido unidirecional, o fluxo do ar vai para um lado enquanto o sangue vai para outro, o que classifica uma troca gasosa chamada de contra-corrente (que é mais rápida do que a de mamíferos).
Contenção: Pegar pelas asas sempre, se pegar pelo peito e apertar, impede a respiração e ela fica cianótica. Para coleta de sangue, segurar pelas canelas, abrir a asa para pegar a veia. 
Estresse térmico: Ave abre a boca e fica ofegante e isso vai provocar uma alcalose respiratória, o que diminui a deposição de cálcio para a formação da casca do ovo, resultando em ovos de casca mole ou até mesmo sem casca. Por isso é muito importante o manejo, sempre ter gerador por riscos de queda de energia. 
Na castração dos galos, é necessário que se atente ao inserir os dedos, porque isso pode perfurar um saco aéreo. 
FISIOLOGIA SISTEMA REPRODUTOR FEMININO DAS AVES
1- Infundíbulo - é uma membrana que recobre o ovário da galinha pra capturar a gema do ovo, processo que leva 30 min, até percorrer todo o percurso do infundíbulo.
2- Magno – forma 70% da clara do ovo, que fica cerca de 3 horas para percorrer por todo o magno e produzir esses 70%.
3- Intersecção entre magno e ístimo 
4- Ístimo - Responsável pela produção dos 30% restantes da clara do ovo, processo que leva 1:30h. 
5- Útero – Produz a casca e leva de 18h a 22h.
6- Vagina - Libera secreção impermeável que forma uma cutícula que recobre o ovo para diminuir a porosidade.
7- Cloaca – Expele o ovo
· Uma galinha produz um ovo por dia, porque fisiologicamente não é possível mais que isso;
· Uma galinha em situação de estresse pode ter duas cascas, porque o ovo volta e é produzida mais de uma casca;
· Aves mais velhas podem liberar dois folículos ovarianos e produzir ovos de duas gemas porque já tem hormônios desregulados pela idade; 
· Chalaza - Membrana branca no ovo que mantem a gema no centro do ovo.
· Poedeiras de pena branca=ovo branco / Poedeira de pena escura = ovo escuro;
· A cor da casca é dada pelas glândulas presentes no útero, que são liberadas na produção da casca.
Espermatozoide é depositado na cloaca e vai até o infundíbulo para fecundar, onde fica armazenado espermatozoide por até 2 meses, por isso, galinhas podem botar ovos sem que haja fecundação frequente. 
SISTEMA DIGESTÓRIO DAS AVES
São monogástricas.
Bico > Esôfago > Alimento fica armazenado no papo > Vai pro estomago químico (pró-ventrículo) > Estômago mecânico (moela) > Duodeno > Intest grosso > Cloaca
Entre estômago químico e mecânico, é comum haver hemorragia. 
BIOSSEGURIDADE
Impede entrada de patógenos na granja;
Identificar e controlar os patógenos já existentes na propriedade;
Adotar medidas para impedir a saída dos patógenos da propriedade porque nas adjacências podem ter outras granjas, etc;
1) Impedindo entrada de patógenos 
Promovendo manejo sanitário adequado;
Controle de acesso;
 Uso de equipamento de segurança;
2) Identificando e controlar patógenos existentes 
Realizando necropsia em animais mortos, levando para análise laboratorial; 
Analisar sintomas de animais adoecidos;
Manejo sanitário adequado a fim de evitar proliferação;
Retirando animais doentes; 
Profilaxia;
Tratamento bacteriano;
Vazio sanitário; 
Vassoura de fogo;
Pintura com cal; 
3) Impedindo a saída dos patógenos para adjacências 
Controle de acesso de pessoas;
Incineração de carcaças;
Uso de roupas específicas para adentrar em granja;
Higiene pessoal de pessoas que entram e saem;
Pulverização de veículos/arco de desinfecção; 
Distância mínima estabelecida (min 500 metros) entre galpões;
Árvores frutíferas para fazer barreira vegetal entre as granjas (plantação de eucalipto);
Aula 2 – 09/03/2020
Vacinas
TIPOS
Vacinas vivas atenuadas: Em vacina viva, os animais sem imunidade são expostos aos patógenos, adoecem e desenvolvem anticorpos. Para evitar que os animais sejam expostos à doença, fazemos passagens sucessivas em cultivo celular até conseguir a vacina atenuada, onde o grau de agressividade do patógeno é diminuído. Epítopos antigênicos são espiculas que ficam no antígeno, que são reconhecidos pelo sistema (espécie de apresentador do antígeno ao sistema imune). Exemplos: V10, gotinha (Poliomielite).
 GRÁFICO DE AÇÃO
Vacinas inativadas: Tira-se antígeno, degrada o material genético do patógeno, mantendo os epítopos antigênicos (porem o patógeno/seu genoma está morto). Não manifesta doenças porque o patógeno esta morto, mas sistema imune responde criando imunidade, entretanto, é necessário aplica-la junto de uma substancia adjuvante, porque o sistema compreende que o patógeno está morto e ignora a vacina, enquanto a substancia adjuvante lesa o local da aplicação, atraindo anticorpos e mantendo eles por um tempo criando imunidade e memória. A memória é longa, vacina dura muito tempo.
Exemplo: Vacina para raiva (não seria necessária vacinação anual se não fosse pela legislação).
 GRÁFICO DE AÇÃO
Gráfico de ação demonstra a demora que o sistema imune demora para responder, por isso e inviável usar esse tipo de vacina, considerando que frangos são abatidos aos 40 dias.
Vacinas recombinantes: Fazer sequenciamento do genoma, para descobrir exatamente qual o segmento do genoma que produz os epítopos. E então, eles cortam o pedaço do genoma PATOGENO, que e responsável pela produção do epítopo e coloca no vetor e ele passa a colocar os epítopos no vetor, que apesar de produzir os epítopos do vírus em questão, não tem a patogenia/capacidade de desenvolver a doença, portanto, e um tipo de vacina totalmente segura. Também e chamada de vacina vetorizada.
Parte do patógeno colocada no vetor, desenvolve suas espiculas (epítopos) no vetor, que não e capaz de deixar o animal doente e permite que o sistema imune conheça, identifique e se proteja dos epítopos.
EPÍTOPOS ANTIGÊNICOS
GRÁFICO DE AÇÃO
Gráfico semelhante ao 1.
Montar calendário de vacinação: Pesquisa época da doença, monta o calendário com base nisso, realizando a aplicação da vacina 21 dias antes dessa data para não permitir que haja janela imunológica (animal ficar doente no tempo de ação da vacina).
VACINAÇÃO NO INCUBATORIO
Métodos individuais: Um por um
Métodos maçais: Em vários animais ao mesmo tempo 
Métodos de Vacinas
1. Em ovo (18-19 dias de incubação) – Uma máquina faz a inoculação do conteúdo vacinal perfurando o ovo (demora 21 dias pra eclodir, ou seja, é realizada no final da fase de incubação). É um método maçal. (Doença de Marek, viva atenuada)
2. Pintinho de 1 dia (SC no pescoço) – (Vacina pode extravasar e deve ser anotado se houver conteúdo líquido azul em dorso, para que se tenha a informação de que o animal pode não estar devidamente vacinado). É um método individual. (Doença de Marek, viva atenuada)
3. Vacinação com Spray (facultativa, caso o comprador solicite) – Animais passam por esteira onde recebem pulverização de spray, que entram em contato com conjuntiva ocular, nasal ou oral, que absorvem a vacina. É possível usar abafadores para deixar o produto por mais tempo em contato com os animais. (Coccidiose, viva atenuada)
4. Método Ocular/Nasal/Oral – É usada vacina viva atenuada diluída em líquido azul, depois instilar em boca, narina ou olhos (o animal precisa engolir mas colocar no bico é difícil)
5. Membrana de asa – Perfurandomembrana de asa do animal com estilete que estará molhado com conteúdo vacinal. Checar efetividade da vacinação verificando se há nódulo/machucado onde a vacina foi aplicada, que é sinal de que foi bem aplicada. (Bouba, encefalomielite, viva atenuada)
6. Vacinação injetável – Em músculo do peito, que há maior tecido muscular ou em parte lateral da coxa (cuidado para não aplicar em lado medial, porque há nervo ciático e artéria femoral) em outras regiões arriscado (se injetar em fígado o animal morre). Dose ajustada em pistola específica. (Vacina inativada)
7. Pulverização – Igual ao método de spray, onde as aves são pulverizadas e o produto entra em contato com mucosas ocular, oral ou nasal. Método maçal. A cortina do aviário deve estar completamente fechada, ventilador e nebulizador desligados, portanto, fazer em horário mais fresco do dia. Medir eficiência da vacinação por tamanho das partículas, partículas muito pequenas podem representar problemas, má vacinação, assim como gotas muito grandes, pois as gotas são sedimentadas na superfície dos animais ou no chão. O meio termo é o ideal. São fixados “papel controle” que absorvem a gota durante a pulverização e representam a eficiência.
8. Água de bebida – Água + leite em pó desnatado 2g/L (impede que algum resíduo de cloro na água destrua o antígeno) + vacina viva atenuada + corante. Fechar dosador de cloro 24h antes da vacinação. O conteúdo da vacina deve durar 1 hora até beberem tudo, portanto, realizar jejum hídrico antes (no máximo por duas horas, dependendo da temperatura e umidade do ar pra determinar o tempo, jejum não pode ser extenso porque se não causa disputa pela água, derrubando conteúdo nas brigas e deixando algumas sem beber a água).
Aula 3 – 16/03/2020
DOENÇAS BACTERIANAS DAS AVES 
Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA)
Doenças monitoradas: Micoplasmose, Salmonelose, doença de NewCastle, Influenza aviária.
Interdição preventiva: Controle de tudo que entra e tudo que sai para impedir saída e entrada de patógenos agressivos ao ambiente externo.
Teste positivo=Sacrificio+Descarte de carcaças no prazo de 24 horas. 
Vala sanitária deve ser construída na área da granja.
Micoplasmoses
Mycoplasma gallisepticum (MG) + bactérias (principalmente E. coli) 
Mycoplasma galicectico (MM)
Mycoplasma meteagridis (MS)
Mycoplasma iowae (MI) – baixa patogenicidade 
DCR (doença crônica respiratório das galinhas) MG (Mycoplasma gallisepticum)
Quadro clinico: Bico aberto, dispneia, secreção nasal, placa de ração aderida ao bico, irritação na conjuntiva ocular fazendo olhos ficarem um pouco fechados (conjuntivite), lacrimejamento, edema de face, prostração, aspecto de sonolência, penas arrepiadas por febre com temperatura de 42°C (temp normal 41), anorexia, espirro (barulho parece de um spray), tosse (não faz barulho mas a protusão de língua e pescoço esticado são visíveis).
DCR complicada (com presença de bactéria) MG+E. Coli (Mycoplasma gallisepticum + E.coli)
Achados macroscópicos em necropsia: Formação de tampão caseoso, obstruindo lumen de traqueia e brônquios, coisa que não ocorre em DRC não complicada, pulmão hiperêmico com pontos de hemorragia pulmonar, o que promove dificuldade em realizar trocas gasosas, agravando os problemas respiratórios, presença de liquido espumoso amarelado saindo do intestino, quadro de aerosaculite (saco aéreo espessado e opaco), a deposição de fibrina é provocada pela E. coli, por isso essas características são presentes em DRC complicada, perihepatite (fibrina sobre fígado), presença de fibrina em saco pericárdico (pericardite).
Aerossaculite infecciosa dos perus MM (M. meleagridis)
Quadro clínico: Restos de ração aderidas ao bico, secreção ocular, olhos semicerrados, lacrimejamento, ração aderida em região periocular (pela conjuntivite), prostração, aspecto de sonolência, penas eriçadas.
Sinovite infecciosa das galinhas e perus MS (M. synoviae)
Quadro clínico: Comprometimento de capsula articular das aves (inflamação e inchaço das articulações), formação de calo no peito com consistência gelatinosa (exsudato inflamatório), desempenho prejudicado, ganho de peso prejudicado. 
Diagnóstico:
Levar em conta características de criação, local, coletar soro sanguíneo, colher materiais (secreção nasal e swab de traqueia em casos de MM ou MG ou punção capsular do líquido sinovial em MS) para fazer inoculação em ovos embrionados em meio de cultura. 
1. Micoplasma causa nanismo, então em inoculação de ovos embrionados, é notável a diferença de tamanho em relação à aves saudáveis. 
2. Edema generalizado
3. Necrose hepática 
4. Esplenomegalia
Tratamento:
Escolha do antibiótico deve ser feita através de cultura+antibiograma (se couber tratamento), período de carência da droga.
Conduta
Em aves ou ovos férteis de linhas puras, bisavos e avós:
Positivo para MG, MS = abate do núcleo.
Positivo para MG, MS, MM exclusivo para perus = abate do núcleo.
Matrizes:
Positivo para MG em galinha, MS, MM e MG em peru = abate do núcleo e destruição de TODOS os ovos incubados ou não provenientes dele.
Positivo para MS em galinhas = Pode ser tratado com antibiótico e retestado após período de eliminação de resíduos de antibióticos. 
Aula 4 – 23/03/2020
Salmonelose Aviária
Pulorose: Salmonella Pullorum
Tifo: Salmonella Gallinarum
Paratifo: Demais salmonellas (principalmente S. Typhimurium e S. Enteritidis), acomete humanos 
A samonella está presente em ovos (de caixinha pasteurizado não tem problema), seus derivados e em carne do frango.
Não se deve lavar carne de frango porque se houver salmonella, ela fica no ambiente, cozinhando diretamente, a água fervente é suficiente para matar as bactérias. 
Transmissão
Transmissão via vertical: A fêmea produz o ovo podendo liberar a bactéria no seu organismo para este, podendo ocasionar na morte do filhote, distúrbios no desenvolvimento dele que fazem com que ele nasça fraco ou até mesmo podendo transmitir Salmonelose para o ser humano que consome o ovo.
Transmissão via horizontal: Ave elimina salmonella pelas fezes que fica aderida na região pericloacal (podendo contaminar os ovos quando botá-los), contaminando outras aves que tenham contato com essas fezes ou até mesmo um ser humano que possa pisar com um calçado que não é higienizado depois, podendo carrear a bactéria para outro lugar e contaminando outras pessoas, o que classificaria transmissão por via horizontal indireta.
Pulorose (S. Pullorum)
Não possui características patognomonicas, ou seja, não é possível obter diagnostico a campo. 
Acomete animais jovens, de 2 a 4 semanas de vida. 
Quadro clínico: Dispneia, asas “caídas”, diarreia com coloração branco/amarelada, claudicação, cegueira, material branco ao redor da cloaca. Não apresenta lesões em carcaça mas apresenta lesões em órgãos internos (achados em necropsia).
Pode atingir 100% do plantel, quadro grave com alta mortalidade. 
Tifo (S. Gallinarum)
Acomete mais animais velhos, mas também pode acometer aves jovens. 
Quadro clínico: Prostração, diarreia branco-esverdeada, queda de rendimento (postura de ovos).
Índice de mortalidade de até 30% em um processo lento (aves vão morrendo aos poucos).
Realizar necrópsia. 
Paratifo (S. Typhimurium, S. Enteritidis, etc)
São as de maior preocupação para saúde pública, pois são responsáveis por quadros de intoxicação alimentar humana. 
Quadro clínico: Aves jovens geralmente são as contaminadas por transmissão vertical, então em casos onde o ovo eclode, pode ocorrer cegueira, claudicação e morte repentina do filhote. Em aves adultas, onde a transmissão é horizontal, ocorre inapetência, queda de rendimento (menor postura de ovos) e diarreia. 
Índice de mortalidade baixo (morte incomum). 
Diagnóstico não é possível a campo, manifestações semelhantes à diversas afecções. Realizar necrópsia.
Achados de Necrópsia
· Fígado: necrose hepática que causa coloração enegrecida, hepatomegalia, presença de pontos esbranquiçados difusos, congestão hepática (áreas mais escuras), textura friável, regiões hipocoradas, icterícia, perihepatite (fibrinano fígado), sobreposição de lobos hepáticos pela hepatomegalia.
· Coração: nódulos esbranquiçados no miocárdio, pericardite (fibrina no miocárdio).
· Sist. Reprodutor feminino: degeneração do folículo ovariano com conteúdo gasoso no interior, folículo ovariano hemorrágico, postura intra-abdominal (gemas soltas na cavidade celomática, que deveriam ser liberadas no oviduto mas a salmonella oclui a entrada do infundíbulo e não permite que a gema seja capturada).
Diagnóstico
ELISA: Teste sorológico que faz titulação de quantos anticorpos a ave tem contra a salmonella mas que não distingue qual tipo é, não podendo distinguir a doença, apenas confirmar que há uma Salmonelose. 
Soroaglutinação rápida em placa: Teste rápido que utiliza de sangue total ou soro sanguíneo e é utilizado apenas para separar animais positivos de negativos. Sua baixa sensibilidade pode apresentar falso positivo, então nesses casos, é necessário que se realize outro teste de confirmação. 
Bacteriologia: Teste usado para distinguir qual tipo de salmonella está presente, utilizando de material das aves que morreram (baço, fígado, coração, ovário, conteúdo cecal e saco da gema).
Swab de fundo de caixa: Os pintinhos que são eclodidos em incubatório, são transportados ate a granja em caixas com 100 deles, no fundo dessa caixa fica um material (mecônio), que é colhido e usado para realização de swab. Se o teste for positivo, a empresa que comprou os animais deve ser notificada para que se realize controle do lote de reprodução.
Prevenção e Controle
· Bacterina (bactérias inativadas)
· Vacina viva
· Exclusão competitiva (Inserção de microorganismos benéficos como probióticos para equilíbrio da microbiota, que se liga às espiculas do lúmen intestinal, evitando que o patógeno faça o mesmo através da exclusão competitiva).
Tratamento
Avós, bisavós e linhas puras: 
Positivo para S. Gallinarum, Pullorum, Enteritidis ou Typhimurium = sacrifício/abate do núcleo e eliminação todos os ovos
Matrizes:
Positivo para S. Gallinarum ou Pullorum = sacrifício/abate do núcleo e eliminação todos os ovos
Positivo para S. Enteritidis ou Typhimurium = Cancelamento certificação de livre, tratamento com antibiótico de eleição (cultura+antibiograma) e reforço de medidas de biosseguridade.
Questões N1 – A1 
1) O isolamento e a identificação do micoplasma presente na amostra teste podem ser realizados através da inoculação em ovos embrionados de galinha SPF em condições laboratoriais. Descreva quais alterações poderiam ser observadas em caso de amostra positiva para micoplasmose.
Nanismo, esplenomegalia, edema generalizado, necrose hepática. 
2) Após a confirmação de uma doença de notificação compulsória pelo MAPA, torna-se obrigatória a notificação a uma organização mundial que monitora as doenças mais importantes dos animais em todo mundo. Qual sigla representa a referida instituição?
OIE.
3) Aponte três diferenças (anatômicas ou fisiológicas) encontradas no sistema respiratório das aves em relação aos mamíferos domésticos.
1-Presença de sacos aéreos nas aves, 2-Aves possuem fluxo unidirecional de ar, enquanto mamíferos possuem fluxo bidirecional, 3-Mamíferos tem diafragma, aves não.
4) O método de vacinação usado contra a Bouba aviaria é:
Membrana de asa.
5) Qual doença e considerada exótica no Brasil?
Influenza aviária.
6) Para o diagnóstico das mais diversas doenças das aves, torna-se imprescindível necropsia. Qual o principal órgão a ser visualizado?
Fígado.
7) Em qual situação seria possível tratamento para micoplasmose?
Matrizes de galináceos positivas para MS.
8) Vacina não utilizada para frangos de corte pelo prazo de criação dos frangos:
Inativada.
9) O que é transmissão vertical?
Quando a doença e transmitida da ave para o ovo antes de sua eclosão. 
10) Qual é o período padrão de vazio sanitário (dias) para aves e suínos?
7 dias.
11) A vacina atenuada é obtida a partir da:
Redução da patogenicidade por passagens sucessivas do agente em cultivo celular.
12) Que tipo de manifestação poderia indicar a presença de micoplasma no plantel de aves ou no incubatório?
Eclosão de pintinhos fracos.
13) Quais tipos de Salmonella são mais presentes em intoxicações alimentares humanas?
S. Typhimurium e S. Enteritidis.
14) Qual decúbito de aves deve ser usado para avaliação macroscópica em necropsia?
Dorsal.
15) Em que situação é mais comum de se usar métodos maçais de vacinação?
Em frangos de corte.
16) Que tipo de manifestação poderia indicar a presença de M. melegridis no plantel de aves?
Bico aberto.
17) Quais salmonelas são as mais patogênicas em aves industriais?
Salmonella Gallinarum e Salmonella Typhimurium.
18) Qual é o nome do teste de triagem usado para identificar anticorpos contra a salmonela no soro sanguíneo das aves?
Soroaglutinação rápida em placa.
19) A vacina viva inativada é obtida a partir da:
Destruição do material genético do antígeno.
20) Cite medida de biosseguridade que tem como objetivo impedir a ENTRADA de patógenos na granja:
Banho, troca de roupa e calçado.
21) É constituído no estomago químico dos galináceos:
Pró-ventriculo.
22) É constituído no estomago mecânico dos galináceos:
Moela.
23) Método indicado para destruição de carcaças de aves e suínos em caso de desastre sanitário.
Vala sanitária. 
24) O veterinário de uma granja de matrizes de perus realizou identificação de M.Synoviae. Segundo o PNSA, cite a medida que deverá ser adotada:
Devem ser encaminhadas para abate sanitário.
25) Explique o mecanismo de ação do processo de exclusão competitiva que pode ser realizado para prevenção de Salmonelose das aves industriais.
O processo de exclusão competitiva consiste na adição de organismos benéficos (probióticos) no organismo do animal, que ao alcançar o lúmen intestinal, cobrirão os sítios de ligação que o organismo patogênico (salmonella) posteriormente se ligaria para exercer sua função patogênica, provocando assim, um mecanismo de competição que faria a exclusão de um dos organismos (neste caso, a salmonella) impedindo a ação patogênica da bactéria, que será eliminada do organismo do animal. 
26) Descreva detalhadamente como realizar a vacinação via água de bebida em aves industriais, indicando o tipo de vacina utilizado nesse método (viva atenuada ou inativada):
Esse método utiliza vacina viva atenuada.
Com antecedência de 24 horas, fechar o dosador de cloro da propriedade que só poderá ser religado 24 horas após a vacinação (já que o cloro pode degradar o microorganismo vacinal).
Com antecedência de 1 hora (pode variar de acordo com fatores de temperatura e umidade de ar, não podendo ultrapassar 2 horas), iniciar jejum hídrico das aves para garantir que todas bebam a água (o limite de 2 horas evita que haja competitividade e alguma ave deixe de beber a água). Em seguida, inserir água + leite em pó desnatado 2g/L (neutraliza a água e impede que algum resíduo de cloro na água destrua o antígeno) + vacina viva atenuada + corante (essa ordem da mistura deve ser respeitada, evitando que a vacina entre em contato com a água com possíveis resquícios de cloro antes do leite em pó, perdendo assim sua função). O conteúdo da vacina deve ser ingerido em até 1 hora por todas as aves. Se a vacina esgotar em menos de 1 hora, o processo deve ser repetido no dia seguinte, é um indicativo de que o jejum hídrico foi muito extenso.
27) Monte o fluxograma de ações que devem ser adotadas à partir do momento da suspeita da ocorrência de uma das doenças monitoradas pelo PNSA. Respeite a ordem correta dos eventos:
Quando é detectada uma suspeita no plantel, o veterinário deve fazer a notificação para o MAPA imediatamente. Em seguida, o MAPA realiza a coleta de dados da granja (local, doença suspeita, indícios, quantidade de animais no plantel, etc), quando é estabelecido prazo de 24 horas para a ida do veterinário do MAPA para realização de inspeção no plantel, que deve colher amostras e enviar para o laboratório para análise que poderá levar de 5 a 7 dias para emissão de laudo. Enquanto isso, realiza-se interdição preventiva da granja,que impede a entrada e saída de animais para evitar a saída do patógeno. 
Caso haja resultado positivo, o MAPA notifica a OIE, que promove o embargo sanitário do país e o plantel entra em quadro de desastre sanitário, onde são feitas as valas sanitárias dentro da própria granja, área esta que será inutilizada e interditada. 
28) Cite os órgãos do sistema reprodutor feminino das aves indicando suas respectivas funções:
Ovários e ovidutos – O oviduto libera a maior gema para a produção do ovo.
Infundíbulo – É uma membrana que realiza a passagem da gema direcionando-a para a produção do ovo, processo que dura 30 minutos. 
Magno – Responsável pela produção de 70% da clara do ovo (albúmen), processo que dura 3 horas. 
Ístimo – Responsável pela produção dos 30% restantes da clara do ovo, processo que dura cerca de uma hora e meia.
Útero – Responsável pela produção da casca do ovo, processo que dura de 18 a 22 horas.
Vagina – Responsável por recobrir o ovo com uma cutícula levemente impermeabilizante para diminuir a porosidade do ovo.
Cloaca – Responsável por expelir o ovo. 
Aula 5 – 30/02/2020
Enfermidades Metabólicas das Aves
Síndrome Ascítica
Característica mais crônica pois os animais levam os mecanismos compensatórios por muito tempo.
Há aumento da demanda de oxigênio, fazendo com que o organismo desenvolva mecanismos compensatórios (aumento de FC, aumento de volume sistólico, aumento de retorno venoso), que vão gerar aumento do fluxo sanguíneo (debito cardíaco), causando uma hipertensão pulmonar e aumento da pressão da artéria pulmonar, que provocam dano pulmonar e bloqueio do transito sanguíneo, fazendo com que aumente também a pressão do ventrículo direito e consequentemente do átrio direito. Dessa forma, ocorre refluxo de sangue do coração para o organismo através das veias cavas, redução do retorno venoso e esteatase do sistema porta-hepático (congestão crônica). Isso leva a perda de líquido vascular = ascite.
Os pulmões das aves são rígidos, os sacos aéreos inflam e desinflam e são responsáveis por enviar e retirar o ar desses pulmões. A presença de líquido na cavidade celomática comprime os sacos aéreos.
Quadro clínico: dispneia (respiração com bico aberto), cianose de crista e barbela, anorexia, aves em decúbito esternal. 
Na necropsia é possível ver toda região celomática distendida pela coleção de líquidos (aspecto gelatinoso repugnante à carcaça), aumento das câmaras cardíacas do lado direito, pulmão congesto, sistema digestório sem conteúdo, vesícula biliar cheia, congestão hepática.
Síndrome da morte súbita 
Possui característica mais aguda pois o animal acometido não consegue realizar mecanismos compensatórios o que ocasiona à morte.
Algumas aves apresentam fragilização na parede da aorta, então esse vaso pode se romper conforme a passagem de sangue ocorre, levando a ave ao óbito. 
Ao falecer, o animal apresenta patas esticadas e decúbito dorsal. Antes de morrer ela pia muito alto e começa a debater as asas.
Achados: A ave terá aspecto saudável (pois não leva os mecanismos compensatórios ate o final) e na necropsia haverá um coagulo sanguíneo próximo ao coração devido ao extravasamento de sangue pela artéria aorta.
Causas
Fatores que causam o aumento da demanda de oxigênio:
Linhagem e tipo de exploração comercial: Frangos de corte são animais selecionados e melhorados geneticamente para rápido ganho de peso em curto prazo, então nos primeiros dias de vida, o alto ganho de peso pode gerar sobrecarga no sistema cardiorrespiratório do animal, já que a musculatura precisa ser oxigenada e há excesso de músculos em um animal que não esta totalmente formado. 
Sexo: Machos tendem a ganhar mais peso.
Altitude: Granjas em altitudes mais altas tem mais problemas de síndromes metabólicas pelo ar mais rarefeito. 
Ração: Aves alimentadas com razão peletizada também são mais predispostas pela maior quantidade de óleo vegetal, tornando-a mais calórica demandando mais oxigênio para digestão.
Estação do ano: No inverno as aves tendem a consumir mais alimento, então aumenta a incidência de síndromes metabólicas.
Prevenção 
· Escolha de linhagens que não ganhem tanto peso nos primeiros dias de vida;
· Dar preferência para criação de fêmeas; 
· Oferecer ração farelada;
· Escolher locais de baixa altitude;
· Calcular quantidade de alimento oferecido;
· Controle de temperatura em dias quentes para evitar stress térmico; 
Aula 6 – 06/04/2020
Doenças virais das aves
1 – Influenza Aviária
Rara no Brasil (nunca ocorreu) mas é importante que haja plano de contingência, porque caso ocorra, se dissemina rapidamente e causa alta patogenicidade, comprometendo até 100% do plantel, portanto, com alta mortalidade É uma zoonose que oferece alto potencial zoonótico. A doença não e transmitida de pessoa para pessoa, apenas de aves para pessoas. 
Transmissão: Aves doentes liberam carga viral alta em fezes e secreções de vias respiratórias (não há transmissão vertical/para o ovo, apenas transmissão horizontal), entrando no corpo humano por mucosas orais, nasais ou conjuntiva ocular. Casos onde há transmissão da pessoa que trabalha em granjas é levado para a família por exemplo, é caso de higienização inadequada, falha em normas de biosseguridade por parte do funcionário, que leva resquícios de secreções ou fezes em roupas, mãos, etc.
Agente etiológico: Influenzavirus A (Que contem 16 tipos de hemaglutininas que são espiculas que tem poder hemaglutinante, e 9 tipos de neuraminidase que são espiculas que liberam novos vírus da célula, podendo ambas causar diversos tipos de Influenza, exemplo H1N1: hemaglutinina 1 neuraminidase 1).
A vacina contra Influenza é inativada e dura anos, porém, o agente se altera então é necessário atualizar todos os anos. 
Virus de maior relevância em relação a influenza aviaria: H5N1 (MAIS IMPORTANTE, em raros casos transmitidos para gatos) e H7NN7, H9N2 em codornas.
Suínos podem causar mutações que geram novas partículas, de vírus misturados, podendo espalhar vírus novos (nos quais não temos imunidade) que oferecem riscos para homens e aves, por isso a criação próxima dessas espécies deve ser evitada.
Não há transmissão pelo alimento, porque não há transmissão vertical, portanto, não encontramos nos ovos e o vírus e eliminado em temperatura de cocção da carne.
Diagnóstico 
Coletar amostragens pra testar: Soro sanguíneo (avalia se aves tem titulação de anticorpos contra vírus de influenza), swab traqueal ou cloacal, fezes frescas. Aves brasileiras possuem títulos nulos em soro sanguíneo pois nunca tiveram contato nem com vacinas nem com o vírus em si. Em animais mortos, baço, fígado, traqueia, pulmão, proventriculo, sacos aéreos, cérebro, tonsilas cecais,, intestinos, swab oronasal. 
Exames para realizar identificação do agente (feitos em laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura): Isolamento viral, PCR, imunohistoquimica, precipitação em gel de agarose, ELISA.
Ao identificar, MAPA deve notificar a OIE.
Via de transmissão horizontal direta: Ave entra em contato com outra e suas secreções/fezes.
Via de transmissão horizontal indireta: Ave entra em contato com fômites (tratador vai de uma granja pra outra e leva secreções ou fezes contaminadas), pelo ar quando não há barreira vegetal no local.
É comum na China porque a cultura chinesa é adepta ao comércio de animais vivos de diferentes procedências, em feiras ao ar livre, causando aglomerações, assim como em restaurantes que mantem o animal vivo até momentos antes do consumo em um ambiente extremamente propicio para propagação de diversos vírus, além da fiscalização sanitária precária.
Sintomas: Dispneia (bico aberto), secreção nasal, penas eriçadas (por causa da febre), secreção ocular (pela conjuntivite), olhos fechados (conjuntivite), postura de pescoço esticado (por dificuldade respiratória), edema de face, decúbito lateral (sintoma neurológico) com um dos membros esticados (neuro). Em perus, há acúmulo de exsudato em saculação. O vírus tem tropismo pelo encéfalo, por issoe possível que apresentem sintomas neurológicos. 
Galináceos
Perus
Quando há surto de influenza em uma granja, o adequado é realizar vala sanitária (abertas na área da própria granja), sacrifício de todas as aves e descarte de ovos (por mais que não haja transmissão vertical, pode haver resquícios de fezes, já que saem da cloaca).
Alterações em necropsia: 
Quadro de esplenomegalia (aumento de baço), hemorragia em tonsilas cecais e hemorragia em ovário.
Prevenção 
Vacinação: Vacinas inativadas ou recombinantes, no Brasil não existe vacina registrada. 
Plano de contingência: Aves sacrificadas (asfixia CO2) e dispensadas em vala em até 24 horas, a cama deve passar por enleiramento e descarte (dentro da área da propriedade).
Aula 7 – 20/04/2020 
Doença de New Castle
Agente: Paramixovirus
Tipo I: Velogênico Viscerotrópico 
Tipo II: Velogênico Neurotrópico
Tipo III: Mesogênico
Tipo IV: Lentogênico
Tipo V: Entérica Assintomática
Os mais patogênicos são o tipo 1 e 2, de grande importância no PNSA. Para identificar esses, que é o que traz preocupação, fazemos teste laboratorial de IPIC (índice de patogenicidade intracerebral), em casos onde o IPIC é superior a 0,7, temos elevada patogenicidade, sendo necessariamente de tipo velogênico viscerotrópico ou velogênico neurotrópico, demandando sacrifício de todos os animais e vala sanitária.
Tipo Velogênico Viscerotrópico: Manifestações mais relevantes são as respiratórias.
Tipo Velogênico Neurotrópico: Manifestações mais relevantes são as neurológicas. 
Sinais clínicos: Manifestações respiratórias como palidez, olhos semicerrados, conjuntivite, dispneia (bico aberto), prostração, inapetência, febre (penas eriçadas) e manifestações neurológicas como torcicolo, decúbito dorsal, opistótono (ave com cabeça para trás e bico para cima, “olhar para estrelas”).
Sinais em necrópsia: Hemorragia em tonsilas cecais, hemorragia em ovária, esplenomegalia, hemorragia em transição de pró-ventrículo para moela.
Diagnóstico: Isolamento do vírus e coleta de amostras em aves vivas através de fezes, swab de cloaca, swab de traqueia e soro sanguíneo para fazer sorologia ou em aves mortas através de segmentos de órgãos como traqueia, pulmão, sacos aéreos, baço, fígado, proventriculo, tonsilas cecais, cérebro ou coração.
Vacinas
Vacinas vivas: Amostra B1, Amostra La Sota, Amostra VG-VA, Amostra Ulster 2C, Amostra La Sota. NUNCA UTILIZAR LA SOTA PARA PRIMOVACINAÇÃO, porque o trato respiratório possui cílios traqueais móveis, que tem como função se “bater” e expulsar partículas estranhas do trato resp, e a vacina La Sota destrói esses cílios então as partículas se aderem à mucosa, causando tosse e outros sintomas, que é um mecanismo alternativo de expelir, prejudicando seu desempenho e até mesmo podendo levar à óbito, se usar outra vacina na primovacinação, usar a La Sota na segunda, não provoca grandes reações já que ela já criou maior resistência. (Vacinas usadas para frango de corte, poedeiras e reprodutoras primeiro viva atenuada para efeito rápido e reforço com inativada).
Vacinas inativadas: Usadas para reforço em poedeiras e reprodutoras.
Protocolo igual da influenza
Bouba Aviária
Baixo índice de mortalidade, no máximo 5% do plantel, com exceção em canários, que possui alto impacto com maior mortalidade. Pode atingir pombos. 
Agente: Poxvírus aviário
Transmissão e desenvolvimento: A doença envolve ação de vetores para agir, que são os Aedes e Culex, que picam os animais e transmitem, portanto, é uma doença sazonal, com maior incidência em épocas de verão e chuva, onde ocorre maior multiplicação desses mosquitos, que picam áreas mais expostas como crista, barbela, região de face, patas, canelas, região perianal e áreas glabras (ausência de penas) no geral. A inoculação do vírus na área picada ocorre de forma cutânea, onde forma nódulos enegrecidos que lembram verrugas secas, podendo evoluir para apresentação de forma diftéricas, de placas amareladas na cavidade oral, que é o que levam os canários a óbito, pois asfixiam o animal. A transmissão também pode ocorrer se as verrugas secas caírem e outras aves bicarem ingerindo o vírus. 
Sinais clínicos: Lesão cutânea (verrugas secas enegrecidas), placas amareladas em toda a cavidade oral.
 Forma cutânea Forma Diftérica 
 Formas cutâneas
Tratamento: Prevenção, evitando água parada.
Vacinas
Viva atenuada: via membrana da asa (vacinação individual) (Sempre padronizar o lado da asa que está sendo vacinado para que 7 dias depois poder verificar se há nódulo para checagem de eficiência de vacinação). 
Vacinas inativadas: Usadas para reforço em poedeiras e reprodutoras.
Doença Infecciosa da Bursa (DIB/IBDV) ou Doença de Gumboro
Bursa: Local onde a doença atinge.
Gumboro: Cidade onde ocorreu o primeiro diagnóstico.
A doença tem como principal característica a imunossupressão, já que atinge a bursa de Fabricius, que a responsável pela produção de linfócitos B, tornando a doença aviária de maior importância em relação à imunossupressão. Está presente no Brasil, não está contemplada no PNSA e não tem potencial zoonótico. É identificada comumente quando há falha vacinal, presença de doenças recorrentes na granja. Existem dois tipos:
IBDV clássico: Faixa etária de 1 dia a 6 semanas de idade, mortalidade de até 30% do plantel
vvIBDV (very virulent): Faixa etária de 1 dia a 18 semanas de idade, mortalidade de até 90% do plantel. 
Agente: Birnavírus 
Transmissão: Unicamente por via horizontal, através 
 
Sinais clínicos: Diarreia esbranquiçada, inapetência, prostração, sonolência, febre (penas eriçadas), anorexia, região pericloacal suja de material esbranquiçado (pelas fezes).
Alterações em necrópsia
Macroscópicas: Edema da bursa de Fabricius, presença de edema gelatinoso amarelado na superfície da bursa (são notados apenas em fase inicial da doença), atrofia da bulsa de Fabricius (apenas em fase tardia), lesões em rins (nefrite), consequentemente aumento de volume do rim, deposição de uratos nos rins, petéquias em musculatura (raro).
Bursa de Fabricius aumentada com placa gelatinosa (fase inicial) e nefrite+urátos nos rins.
Nefrite com presença de urátos (que o que deixa as fezes esbranquiçadas)
 Petéquias em musculatura (mais raro)
Lesões microscópicas em necropsia: Bursa com depleção linfocitária (redução de linfócitos B em bursa).
 
 Bursa normal Depleção linfocitária (tem linfócitos mas estão mortos)
Vacinas 
Vivas atenuadas: Suave (não se usa no Brasil), intermediária, intermediária plus, forte (única que combate vvIBDV, não se usa de forma aleatória, apenas se suspeitar que há vvIBDV na propriedade), variante (não se usa no Brasil).
Vacinas inativadas: Usadas para reforço em poedeiras e reprodutoras.
Aula 9 – 27/04/2020
Enfermidades Virais III
Doença de Marek
100% das aves industriais são vacinadas contra essa doença
Agente Etiológico: Herpes vírus aviário e é específico para galináceos, portanto não tem
potencial zoonótico.
Via de transmissão:
- É exclusivamente horizontal. A ave doente vai eliminar estes vírus no ambiente, através de um mecanismo de descamação da célula que compõe o folículo da pena e essa célula pode ter a presença do vírus, sendo liberada no ambiente, podendo contaminar outras aves, tanto pelo trato respiratório, quanto o trato digestório.
- Em casos esporádicos a doença pode ser provocada pela falha do processo de vacinação.
Caracterização da Doença
- Doença tumoral e imunossupressora
- Dá para fechar o diagnóstico a campo por causa das lesões necroscópicas
patognomônicas.
- Causa várias manifestações clínicas diferentes nos animais
Sinais Clínicos:
- Sinais gerais de ave doente: Prostração; Inapetência; Sonolência, podendo haver cegueira, foliculite, etc.
- Claudicação unilateral. Pode estar associada a Paralisia unilateral de asa
Os animais ficam nessa posição eficam incapazes de beber e comer porque não andam, então tem que fazer o sacrifício desses animais.
Cegueira
- Olho da esquerda: olho normal
- Olho cego: conseguimos observar a opacidade de Íris, adquirindo uma
coloração cinza azulado; irregularidade de pupila, fica recortada, não redonda como o normal.
- Podemos observar no plantel as aves andando de forma desgovernada, mostrando a cegueira
-Sempre certificar se a linhagem é de aves com olhos azuis.
Foliculite é um sinal de herpes vírus. No folículo da pena que causa inflamação (Conseguimos observar no abate, quando os animais são depenados). Leva a condenação da carcaça por ter pús.
Lesões Macroscópicas: Após o sacrifício deste animal vamos avaliar a região que mostra o nervo ciático, observando nervos assimétricos (lesões patognomônicas)
· Normal: Fino branco e liso
· Nervo comprometido pela ação do herpesvírus: Espessamento unilateral de nervo
· ciático, vai ter cor amarelada e aspecto áspero ao toque. (lesões patognomônicas)
Ave em decúbito dorsal, observando o nervo ciático com inflamação do nervo esquerdo com espessamento unilateral de nervo ciático, vai ter cor amarelado e aspecto áspero ao toque.
Lesões microscópicas: O baço está cheio de lesão com tumores (vários pontinhos brancos amarelados pelo baço todo), esplenomegalia e baço hipocorado, fígado com hepatomegalia com tumores e hipocorados com aumento de até 5 vezes em relação ao tamanho normal. Presença de nódulos tumorais pequenos hipocorado, massa tumoral no próventriculo.
Vacinação
- É obrigatória nas aves industriais e as aves sai do incubatório vacinadas
mesmo que o produtor não peça
- Vacina viva atenuada
- Podemos fazer por método massal (in ovo), que é o mais indicado ou individual (SC no pescoço pintinho de um dia), feita em incubatorio para aves poedeiras.
Bronquite Infecciosa das galinhas (BIG)
Agente Etiológico: Coronavírus aviário, não tem potencial zoonótico
Via de transmissão: Exclusivamente horizontal e a principal característica é causar problemas
respiratórios e a via de eliminação vai ser pelas secreções respiratórias. No metodo de vacinação água de bebida pode cair o vírus e outros animais ingerirem e a porta de entrada é pelo sistema respiratório.
- O período de incubação da doença é em torno de 18-36 horas. Surgimento repentino no plantel. (as manifestações clínicas são repentinas).
Sinais Clínicos:
Em aves jovens, causa problemas respiratórios (bico aberto, Dispneia, presença de
secreção, espirro, conjuntivite, tosse seca, edema de face)
Necropsia: Quadro de aerossaculite com exsudato caseoso amarelado que fica aderido a carcaça
Em aves de postura a BIG da alteração no sistema reprodutor dos animais, é responsável redução da qualidade interna e externa do ovo. O corona vai causar encurtamento e estreitamento do oviduto infantil, reduzindo 1⁄3 do comprimento original, tudo isso provoca alteração na qualidade do ovo, gerando casca enrugada, casca mole ou postura de ovos sem casca, com albúmen liquido.
Em frangos de corte, aspecto de nefrite, eles vão ficar com os rins muito inflamados e podem até dobrar de volume por causa do edema. O tratador reporta que a cama se tornou lama dentro de 2-3 dias.
Diagnóstico: É só laboratorial, realizar sorologia e inoculação da amostra suspeita em ovos embrionados de galinha SPF (specific pathogen free). Essas galinhas não podem ser imunizadas contra as principais doenças das aves para não poder passar Imunização.
O embrião contaminado apresentará postura anormal, nanismo e enrolamento do embrião.
Tratamento: Não existe
Prevenção:
- Adotar medidas de biosseguridade
- Escolha das vacinas certas para cada granja
- Vacinas vivas atenuadas:
➢ H120: Pegar um coronavírus patogênico e vai passar 120 vezes
sucessivas para tirar uma amostra vacinal
➢ H52: Amostra é menos atenuada
- Nunca utilizar h52 para primovacinação porque ela tem um efeito igual a vacina la sota. Só utilizar como reforço.
- Vacinas inativadas:
Aplicação como reforço como poedeiras comerciais e aves direcionadas para reprodução.
Questões
1. Quanto a bronquite infecciosa das galinhas, é CORRETO afirmar
a. Causa severo quadro de imunossupressão
b. Seu sinal patognomônico constitui-se pela presença de corpúsculos de inclusão intracitoplasmática nas células traqueais
c. Causa distúrbios locomotores em matrizes
d. Possui período de incubação de 20 dias
e. Causa grande alteração renal em frangos de corte
0. Qual a via de eliminação e porta de entrada do birnavírus, respectivamente?
a. Fecal; oral
b. Célula do folículo da pena; sistema digestório
c. Sêmen, genital
d. Secreção respiratória; sistema respiratório
e. Célula de descamação da pele, sistema respiratório
0. Não é observada em casos da doença de Gumboro:
a. Diarreia verde brilhante
b. Rins com aumento de volume
c. Edema gelatinoso na bursa de Fabricius
d. Petéquias hemorrágicas em musculatura
e. Falhas vacinais
0. Quanto a bouba aviária, é INCORRETO
a. Possui duas formas: a cutânea e a diftérica
b. É uma das poucas enfermidades que possui lesão patognomônica da doença
c. O método de vacinação preconizado à campo é pela membrana da asa
d. Na forma diftérica, a lesão pode ser visualizada à distância, sem necessidade de captura da ave
e. Atinge aves de várias espécies e idades, sendo letal para canários
0. Os vírus velogênico viscerotrópico, neurotrópico, mesogênico, lentogêncico e entérico assintomático são classificados como:
a. Coronavírus
b. Poxvírus
c. Bimavírus
d. Paramixovírus
e. Herpesvírus
0. Quando um frango morre pela síndrome da morte súbita, podemos observar
a. Vesícula biliar repleta de conteúdo
b. Papo e trato gastrointestinal vazios
c. Ave magra com crista e barbela pálidas
d. Morre em decúbito dorsal, com patas estendidas
e. Músculo do peito seco e enegrecido
0.  Vírus altamente patogênico da influenza aviária
a. H2N2
b. H10N4
c. H4N3
d. H5N1
e. H1N1
0. Sobre a doença de Newcastle é CORRETO afirmar
a. Faz parte do complexo imunossupressor das aves
b. As cepas VG-GA e Ulster 2C são vacinas pouco atenuadas
c. Aumenta a incidência de ovos bicados no incubatório
d. É considerada exótica no Brasil
e. Há estirpes com predileção para o trato respiratório ou nervoso
0. Quanto à influenza aviária, é INCORRETO afirmar: 
a. É uma doença de notificação compulsória à OIE
b. Há relatos de passagem desses vírus em outras espécies animais
c. É uma zoonose
d. Foram confirmadas transmissão do vírus pelas vias horizontal e vertical
e. Possuem vários sorotipos diferentes
0. São enfermidades imunosupressoras das aves
a. Bronquite e influenza
b. Gumboro e Marek
c. Síndrome da morte súbita e Newcastle
d. Newcastle e Bronquite
e. Salmonelose e Influenza
Suínos
Aula 1 – 11/05/2020
Principais Enfermidades Respiratórias dos Suínos
· Peste Suína Clássica (PSC)
· Doença de Aujeszky (DA)
As duas doenças se disseminam rapidamente e provocam a perda do controle podendo levar a mortalidade de 100% do plantel. As duas enfermidades ocorrem no Brasil.
A DA requer um controle maior para depois haver tentativa de erradicação
A PSC já está mais controlada e em fase de tentativas de erradicação no Brasil 
Ambas tem diretrizes semelhantes no PNSA, com ciclos praticamente iguais.
GRSC (Granja de reprodutores suínos certificada)
É uma granja certificada como livre de doenças como PSC, DA, Brucelose, Tuberculose, Sarna e Leptospirose.
Para PSC, DA, Brucelose, Tuberculose e Sarna o GRSC mostra que para essas doenças os animais estão livre e para Leptospirose o animal está livre ou controlada. 
As granjas que possuem esse tipo de certificação, os animais são mais caros.
 Mesmo que esses animais venham de granja GRSC tem que fazer quarentena, para colocar o calendário de vacinação em ordem, ficar em observação para verificar se tem outros patógenos. 
Principais Doenças Respiratórias na Suinocultura
· Pleuropneumonia Suína 
· Pneumonia Enzoótica 
· Rinite Atrófica 
Características Comuns
· São de etiologia Bacteriana 
· Doenças tratáveis com antibiótico (fazer cultura e antibiograma), fazer o tratamento detodos os contactantes e o tratamento é extenso 
· Essas doenças apresentam baixa mortalidade e baixo desempenho zootécnico
· Hospedeiro suscetível: Suídeos. Não tem potencial zoonótico 
· Via de transmissão: Somente horizontal 
· Via de eliminação: Secreções do sistema respiratório. As bactérias saem pela secreção do sistema respiratório 
· Porta de entrada: Trato respiratório 
· Contágio ocorre na maternidade, porém manifestações clínicas e lesões são visualizadas somente na fase final de crescimento ou fase inicial de engorda (10-12 dias de vida acontece o contágio) (90-100 dias de vida tem manifestações clínicas). As bactérias passa na maternidade pelo contato com a mãe que são positivas para a bactéria, ou a higiene do local. 
Pleuropneumonia Suína 
É causada pela bactéria Actinobacillus Pleuropneumoniae (APP) 
· Os animais desenvolve várias lesões graves tanto no pulmão, quanto na pleura
· Existem 13 sorotipos diferentes desses APP`s e eles não guardam relação de imunidade cruzada. Ou seja, se pega um tipo, não está imune aos outros 12 sorotipos que ele não teve contato ainda. 
· Tem vacinas sorotipos específicas 
· Não é a bactéria que causa diretamente problemas respiratórios e sim as toxinas do APP que são as APX (toxinas) e são elas: APX1, APX2, APX3 e APX4. São responsáveis por causar lesões em Pulmão e Pleura 
· Vacinas inativadas: Fazer a prevenção da Pleuropneumonia
· Vacina com APP sorotipo específico (Não tem toxinas, somente a bactéria inativada) melhor opção. 
· Vacina com toxóide que tem todas as vacinas para toxinas (APX 1,2,3,4...) todas elas inativadas (não controla o APP e sim neutralizando as toxinas, no ponto de vista de controle de patógenos ela não é a melhor opção) 
Manifestações clínicas
Sinais Respiratórios: Tosse (quando a animal de locomover); Se a tosse for muito forte apresenta Vômitos; Espirros (raro); Secreção nasal; Baixo desempenho zootécnicos; Refugagem; A refugagem vai levar a desuniformidade do lote.
· Mortalidade até 10% do plantel considerada baixa
Necropsia
· Presença de Pleurite
Aspecto repugnante devido a pleurite que fica aderida e tem exsudato inflamatório 
Pulmão 
Comprometimento pulmonar bem severo, com manifestações clínicas respiratórias 
Diagnóstico Laboratorial
· Não dá para fechar essa doença sem o diagnóstico laboratorial
· Cultivo a partir do pulmão 
· Histopatológico 
· Elisa 
· PCR
Para identificar a presença de APP
Prevenção e controle
· Medidas gerais de biosseguridade
· Vacinas: Bacterianas sorotipo específicas 
· Vacinas com toxinas (todos os sorotipos) 
· Antibioticoterapia 
*Desmame Precoce Segregado: Aquele realizado antes dos 21 dias de vida dos leitões. Tem o objetivo de tentar reduzir a possibilidade de transmissão de patógenos conhecidos da reprodutora em direção aos leitões. A mãe passa os patógenos em 10-12 dias de vida dos leitões. 
· As granjas têm que ter um alto nível de higiene e bom status sanitário, se não os animais morrem de outras doenças. 
Pneumonia Enzoótica
· As características e manifestações clínicas são parecidas com a APP mas os Achados de necropsia são diferentes. 
· Causada pelo Mycoplasma Hyopneumoniae e é resistente ao ambiente, então é difícil erradicá-la 
· Há dificuldade no laboratório para fazer a identificação deste agente já que ele é resistente ao ambiente
Manifestações Clínicas 
· Tosse seca e crônica; Corrimento nasal mucoso; Refugagem; Desuniformidade do lote; Mortalidade de até 5% do plantel 
· A queixa principal são as manifestações respiratórias.
Conseguimos observar animais de tamanhos diferentes juntos, porém com a mesma idade. Animais pequenos são animais refugados que vai levar a deformidade do lote. 
Necropsia 
Presença de lesões de consolidação nos lobos anteriores do pulmão, lembra hepatização de tecido. E as áreas das lesões são bem delimitadas/acometidas principalmente em lobos apicais do pulmão. Colher os tecidos e levar para o laboratório. 
Pulmão com lesão bem delimitada na regiões apicais (bem na pontinha) 
Diagnóstico Laboratório 
· Isolamento (com grande dificuldade) 
· Histopatológico 
· Imunofluorescência 
· ELISA
· PCR
Prevenção e controle
· Medidas Gerais de Biosseguridade
· Erradicação praticamente impossível, então faz o controle
· All in all out
· Vacinação com bactéria inativada
· Desmame precoce segregado 
· Antibioticoterapia
Rinite atrófica
Dá para fazer o diagnóstico da doença a campo por observação de cornetos nasais.
· Mortalidade para essa doença é 0% o prejuízo vai ser por causa do desenvolvimento zootécnico importante
· Bactéria: Bordetella bronchiseptica e pode ser agravado pela Pasteurella multocida tipo D (agente bacteriano secundário) quando tem associação dessas 2 bactérias, a doença é agravada.
*Produtores de toxina dermonecrótica (causa deformação da face) 
Rinite Atrófica: Doença só causada pela Bordetella bronchiseptica
Rinite Atrófica complicada/progressiva = Bordetella + Pasteurella
Alterado: Rinite Atrófica complicada ou progressiva = B + P
Graus de Rinite Atrófica
Grau 0: Sem lesões sugestivas de rinite atrófica (cornetos e septo preservados) animais saudáveis 
Grau 1: Leve destruição de cornetos nasais e não tem desvio de septo. (Presença só da Bordetella) 
Grau 2: Moderada destruição de cornetos nasais com moderado desvio de septo (Bordetella + Pasteurella) 
Grau 3: Severa destruição de cornetos nasais e severo desvio de Septo nasal. (B+P) 
· Aguardar relatório que vem do abatedouro ao fazer inspeção de cabeça 
· Olhando para o animal a campo, conseguimos prever qual a doença que vai ser encontrado no abatedouro 
 
Sangramento nasal (epistaxe) pode ser unilateral e bilateral com um sangramento intermitente por causa da toxina que causa lesão no dano vascular que recobre os cornetos nasais. Animal provavelmente com Grau 1 de lesão. 
Animal com B+P porque tem deformidade parcial, com desvio lateral do focinho. O animal com deformidade facial com a ação das toxinas, isso é irreversível. 
Presença da B+P causando deformidade desse suíno sem desvio lateral, e sim um encurtamento do focinho fazendo com que a pele fica toda dobrada.
Obstrução de ducto lacrimal, aparece uma mancha marrom na face. Animal com Grau 1 
Cornetos Nasais e Septo. Com Grau de lesão 1 porque tem leve destruição de Cornetos Nasais ventrais (leve), Septo sem desvio. 
Grau 3 de lesão porque há destruição de cornetos nasais com desvio bem acentuado do septo 
Presença de Processo Inflamatório com Exsudato
Graus de Rinite Atrófica 
Abatedouro
Indicação de 5% ou mais de animais com grau 3 de lesão para rinite atrófica, quer dizer que a rinite está descontrolada na propriedade. Precisa rever as medidas adotadas na propriedade para ficar sob controle
Diagnóstico Laboratorial
· Sinais Clínicos e exames dos cornetos nasais 
· Isolamento por Swab nasal (Bordetella) 
· Amígdalas (Pasteurella) 
· PCR
· ELISA
· Na rotina não vai para o laboratório, somente as manifestações clínicas e exames dos cornetos nasais já dão o diagnóstico
Prevenção e controle 
· Medidas gerais de biosseguridade
· All in all out
· Vacinação: Vacinas contendo P. Multocida e B. Bronchiseptica, além de toxóides 
· Antibioticoterapia
· E o desmame precoce segregado dos animais entre 10-12 dias de vida.
Clínica de Aves e Suínos
Aula 02 - 18/05/2020
Principais Enfermidades Reprodutivas 
Todas as doenças têm no Brasil e a tentativa de erradicação é na brucelose, parvovirose e leptospirose há controle. 
Hospedeiro Suscetível: Suínos 
Via de transmissão: Horizontal e vertical (ocorre também via transplacentária) 
Via de Eliminação: Liberação e secreções do sistema reprodutor, corrimento vaginal ou presença de sêmen (urina também é uma via exclusiva de leptospirose, eliminação intermitente) 
Porta de Entrada: Trato reprodutor. Por isso que a monta natural pode ser uma via que propaga agentes infecciosos dos reprodutores. E para leptospirose pode ter feridas que podem propiciar o contágio. 
Potencial Zoonótico: Brucelose e Leptospirose (com caráter ocupacional com seres humanos que trabalhamcom os animais até o frigorífico) 
Brucelose Suína 
Aquela que está no foco da erradicação nos plantéis de suínos brasileiros 
Agente etiológico: Brucella suis
· Não temos uma vacina eficaz para prevenção da brucelose dos Suínos 
· Se for detectado, tem que fazer o descarte
Manifestações clínicas 
· Retorno ao cio entre 5 e 8 semanas após a cobertura ou IA (só que mais tardio), dando perda da reprodução. 
· Aborto
· Corrimento vaginal purulento ou com sangue
· Endometrite em fêmea não gestante (justifica infertilidade das fêmeas) 
· Irregularidade no ciclo estral 
· Infertilidade 
· Orquite (pode ser uni ou bilateral)
 
· Paralisia 
· Claudicação envolvendo membros posteriores 
Diagnóstico Laboratorial
· Isolamento 
· Cultivo a partir de gânglios linfáticos mandibulares, gastrohepático e ilíaco externo, de fetos abortados e seus envoltórios, corrimentos vaginais e epidídimo
· Sorologia; Aglutinação rápida em placa; Soroaglutinação lenta; ELISA.
· AAT ( Prova de antígeno acidificado tamponado)
· 2-Beta-mercaptoetanol
· Prova de antígeno acidificado (Card Test)
· ELISA
** 2-Beta-mercaptoetanol, AAT e Card test são as provas utilizadas com mais frequência para fazer o diagnóstico de Brucelose Suína
Prevenção e Controle 
· Seguir as medidas gerais de biosseguridade
· Não há vacina disponível para B. suis
· Granja com alta prevalência: sacrifício de todos os suínos, desinfecção, vazio sanitário (3 meses)
· Áreas endêmicas: Fazer sorologia a cada 3 meses
· Quarentena para os reprodutores
Parvovirose Suína 
Etiologia Viral: Vírus não envelopado 
· Causa mortalidade embrionária, mumificação fetal (mais típico, parvovírus agindo no feto e matando os animais. Mas a reprodutora só é atingida no terço médio da gestação, e como o já tem calcificação do feto, vai ocorrer em diferentes estágios de desenvolvimento (tamanhos diferentes); 
· A parvo pode gerar:
· Baixo número de leitões por parto;
· Natimortos; 
· Leitegadas de tamanho reduzido. 
· Animais tomam vacina 30 dias antes de entrar na reprodução para não ter esse problema.
· Os machos reprodutores são assintomáticos, mas tem habilidade de multiplicar esse vírus e fazer a contaminação ambiental 
Por ser lenta os embriões vão morrer em estágios diferentes 
Mortalidade Embrionária
embrião morto em diferentes estágios de desenvolvimento 
Mumificação Fetal
Período de 30-40 min para expulsão de mumificados e apresentam diferentes tamanhos de crescimento pela disseminação lateral lenta, animais parecem ressecados e uma coloração mais escura.
Pode se apresentar uma colocação mais enegrecida na mumificação 
Diagnóstico laboratorial 
· Isolamento viral
· A partir de fetos mumificados, envoltórios fetais, útero de fêmeas abatidas (refrigeração)
· Outros testes:
· Imunofluorescência direta
· HA
· HI
· PCR
· ELISA
HA Reação de Hemaglutinação: Faz a titulação de parvovírus 
HI Reação de Inibição da Hemaglutinação - mostra a titulação de anticorpos que o animal possui 
Essas duas técnicas são as mais utilizadas. Uma titula o parvovírus e o outro os anticorpo
Na parvovirose os animais podem ser persistentemente infectados. (Que é o animal que tem a infecção dentro do útero e ainda nasce vivo) 
Prevenção e controle
· Vacinação um mês antes de entrar na reprodução evita a transmissão vertical
· Não introduzir porcas em gestação na Granja
· Contato com fêmeas mais velhas
Tratamento: Não tem tratamento
Leptospirose
No Brasil a Leptospira Pomona tem sido isolada com mais frequência e não leva a icterícia nos Suínos 
Manifestações Clínicas 
Voltadas para fase final da gestação 
Leptospirose Crônica:
· Aborto
· Natimortos 
· Leitões fracos, que morrem poucas horas após o nascimento
Natimortos: Animais totalmente desenvolvidos mostrando que eles chegaram até o final da gestação 
Nem sempre causa icterícia, mas se tiver ela aparece na calota craniana
Lesões
· Nefrite intersticial
· Rins com focos branco acinzentados de 1 a 3 mm na área cortical
· Fetos, natimortos e leitões doentes: Edema generalizado e presença de líquido sanguinolento nas cavidades
Diagnóstico Laboratorial
· Isolamento
· Cultivo de Leptospira a partir dos fetos ou urina (excreção ocorre intermitente) 
· Sorologia
· Aglutinação do soro dos reprodutores 
Prevenção e Controle
· Medidas gerais de biosseguridade
· Combate aos roedores
· Vacinação 
· Tratamento medicamentoso (Responde bem a antibióticos mas tem que fazer cultura e antibiograma para dar um eficiente) 
· Brucelose: Sacrifício sanitário 
· Parvovirose: Não tem tratamento, somente prevenção
· Leptospirose: Tem tratamento
Clínica de Aves e Suínos 
Aula 03 - 01/06/2020
Principais Enfermidades Entéricas dos Suínos
· Baixo desempenho, aumentando a mortalidade do plantel
Etiologia: Bacteriana 
Epidemiologia geral:
· Hospedeiro suscetíveis são os suínos
· Não possui zoonose 
· Via de transmissão: Horizontal
· Via de eliminação: Fezes
· Porta de entrada: Cavidade oral 
· Rota de infecção: oral-fecal 
Higiene do local reduz as chances de infecção oral-fecal, já as granjas que deixam 2-3 dias sem lavar as baias dos Suínos tem descontrole da doença. Doenças Entéricas dos Suínos 
Doenças de grande importância que reduzem os níveis zootécnicos das produções. 
As principais doenças entéricas dos suínos têm as mesmas características, que são de transmissão/hospedeiro apenas os suínos, são todas de via horizontal de transmissão por fezes/oral, ou seja, com rota de infecção oral-fecal, portanto o mais importante é que haja higiene do local.
	NOME DA DOENÇA
	NOME DO AGENTE
	SETOR DA GRANJA
	MECANISMO DIARRÉIA
	LOCALIZAÇÃO DA LESÃO
	ÍNDICE DE MORTALIDADE
	CONSISTÊNCIA DA FEZES
	COLORAÇÃO DAS FEZES
	PREVENÇÃO E CONTROLE
	Colibacilose neonatal
	Escherichia (E.) Coli 
	Maternidade
	Secretório
	Intestino delgado 
	Até 100%
	Aquosa
	Amarelada
	Higiene do local e vacinação da reprodutora
	Colite Espiroquetal (CE)
	Brachyspira pilosicolli
	Recria, Terminação
	Malabsorção, efusão
	Ceco/Cólon
	0%
	Pastosa, Aquosa, Mucóide
	Esverdeada, acinzentada, marrom
	Higiene do loca, e antibioticoterapia.
	Disenteria Suína (DS)
	Brachyspira hyodysenteriae
	Recria, terminação
	Malabsorção, efusão
	Ceco/Cólon
	5 a 15% (casos graves até 50%)
	Aquosa, Mucóide
	Sangue não digerido
	Higiene do local, antibioticoterapia, combate aos roedores.
	Complexo Enteropatia Proliferativa (ileíte)
	Lawsonia intracellularis
	Recria, Terminação
	Malabsorção, efusão
	Jejuno/Íleo
	Até 6%
	Cremosa, Aquosa
	Normais, verdeacinzentada, sangue parcialmente digerido
	
Colibacilose Neonatal
Agente: Escherichia Coli. É necessário identificar o tipo de fimbria e cápsula para saber diferenciar o tipo de E. Coli para diagnosticar a Colibacilose neonatal. 
Material de coleta: Fezes. O agente atinge o segmento intestinal, fimbria e cápsula 
Sinais clínicos: Olhos profundos e Opacos, pele áspera e sem brilho (sinais de desidratação), pode haver aspecto industriado (difícil em suínos industriais porque a genética é preparada para não acontecer isso) e indica desidratação severa. O animal pode morrer após 24 horas do início das manifestações clínicas, sinais agudos. 
Lesão: Ocorre dilatação das alças intestinais com conteúdo líquido amarelado, que o fator causador da desidratação. 
Forma de transmissão: Fecal-Oral
Prevenção e controle: Vacinação e antibioticoterapia nas fêmeas reprodutoras.
Colite Espiroquetal 
Agente: Brachyspira pilosicolli 
A doença é auto limitante, apresenta manifestações clínicas mas não há mortalidade, se cura sozinha dentro de 7 a 21 dias. As vilosidades que estavam altas ficam baixas, diminuindo as áreas absortivas (malabsorção), então o mecanismo é achatamento de vilosidades+ efusão, que é quando ocorre a inflamação na mucosa intestinal, conjunto que transtorna a absorção de nutrientes da dieta causando péssimo desempenho.
Lesão: Hiperemia de mucosas de ceco e cólon (mais comum em cólon do que ceco).
Sinais clínicos: Diarreia pastosa, aquosa ou mucóide com fezes de coloração acinzentadas que lembram o aspecto de cimento fresco e é a coloraçãomais frequente, além de esverdeada ou marrom. 
Tratamento: Antibioticoterapia com uso de antibiograma+higiene do local.
Disenteria Suína 
Agente: Brachyspira hyodysenteriae 
O roedor tem importante papel de disseminação, deixando fezes contaminadas.
Sinais clínicos: Diarreia aquosa e mucoide com sangue não digerido.
Lesão: Hemorragia em ceco e cólon 
Prevenção e controle: Higiene do local, controle de roedores, antibioticoterapia.
Complexo Enteropatia Proliferativa (ileíte)
Agente: Lawsonia intracellularis
Sinais clínicos: Diarreia com fezes aquosas ou cremosas, com presença de sangue
Lesões: Hemorragia em jejuno (distal) e íleo
Animais em setor de maternidade. Característica das fezes: Conseguimos ver a região perineal suja de diarréia com coloração amareladas e Aquosas
Com animais acinturados (parte da cintura mais fina, pode ser sinal de desidratação ou emagrecimento), olhos fundos e opacos e a pele sem brilho com aspecto mais áspero indicando sinais de desidratação, assadura por causa diarréia. Precisa mandar para o laboratório e identificar a e. Coli. 
Momento de observar se os leitões estão com diarréia.
Animal em fase de recria, com diarréia em região perineal e membros posteriores com coloração de sangue não digerido nas fezes (hematoquezia) 
Ambiente sujo, com fezes diarreicas no chão por todo chão da instalação. Animais mais acinturados e desuniformidade do lote. 
Pegada de fezes com presença de sangue não digerido e muco em uma granja com poucas condições de higiene 
Amostras demonstrando Disenteria Suína 
Fezes com coloração acinzentada
Hiperemia na região de ceco e cólon, indicando colite espiroquetal (precisa levar para o laboratório) 
2º Imagem: Coloração da diarréia bem aquosa com presença de sangue parcialmente digerido. 1º imagem: Lote de terminação com deformidade do lote, chão está sujo com conteúdo diarreico causando problemas entéricos desses animais. E um animal com sinais de desidratação. Doença: Enteropatia proliferativa
Fezes cremosas em coloração marrom, com um suíno sendo infectado pela rota de transmissão oral-fecal. Até 6% do plantel pode ter óbito, mas pode fazer a prevenção da doença por vacina e noções básicas de biosseguridade do local, e caso os animais adoeçam, podem fazer ATB com cultura+antibiograma.
Clínica de Aves e Suínos
Aula 04 - 08/06/2020
Principais Doenças Sistêmicas na Suinocultura
Doenças Sistêmicas são aquelas que você tem um único agente infeccioso, podendo causar várias manifestações clínicas (problema neurológico, respiratório e reprodutivo) nos Suínos. 
Exemplos:
· Peste Suína Clássica 
· Doença de Aujeszky
· Erisipela
· Circovirose
Entre essas 4 doenças sistêmicas dos Suínos, a Peste Suína Clássica e a Doença de Aujeszky são as mais importantes na Suinocultura para tentar erradicar e tem importância para a economia.
As outras 2 são doenças mais comuns e a conduta para o diagnóstico é diferente e mais tranquila.
· A mais diferente é a Erisipela que tem alguns pontos que diferem das outras doenças. Ela é a única doença de etiologia bacteriana. A Erisipela faz a via de transmissão horizontal (somente).
· As outras doenças pode ser vertical e horizontal
· Tem potencial zoonótico (Erisipela) as outras 3 doenças não. 
· A Erisipela é a única que possui lesão patognomônica
· Para fechar o diagnóstico com segurança a campo (Somente a Erisipela) o restante tem que fazer a avaliação de necropsia e laudo laboratorial. 
Peste Suína Clássica 
· Agente: Pestvírus suíno
· Ela está contemplada no PNSS por ter alto grau de mortalidade
· Essa doença atinge 100% dos leitões. Os animais adultos não têm índice de mortalidade de 100% mas tem problemas reprodutivos por exemplo. 
· Doença tem uma característica de causar lesões hemorrágicas, então tem que procurar hemorragia de animais doentes 
· Suínos de todas as idades são susceptíveis 
· Objetivo de erradicar a peste
· Austrália, Canadá e Estados Unidos estão livres da doença, no Brasil existem em alguns estados que estão pintadas na cor azul claro. 
· No Brasil os maiores produtores de suínos estão na zona sul, sudeste e centro oeste
· Se tiver casos positivos, tem que notificar a OIE 
· Estamos mais próximos da erradicação no Brasil é a da Peste Suína Clássica que está com controle melhor da doença, do que a doença de aujeszky
Epidemiologia
Hospedeiro susceptível: Suínos e Javalis
Via de Transmissão: Contato direto entre animais (secreções, excretas, sêmen, sangue) e vertical.
Via de Excreção: Secreções, fezes, urina, sêmen, sangue, abortos.
Porta de Entrada: Mucosa oral, respiratória, trato reprodutivo, abrasões de pele (vão servir como porta de entrada para as principais doenças, normalmente ele se machuca na formação de lote, por hierarquia, começam brigas). 
*Leitões infectados congenitamente apresentam uma viremia persistente e podem excretar vírus durante meses. (Animal precisa ser descartado) 
Lesões hemorrágicas em pele, animal deitado em decúbito lateral e tem hemorragia na virilha com petéquias. 
Amontoamento: Febre alta (42ºC - 42,5ºC) os animais tendem a ficar amontoados, como eles estão doentes e o hipotálamo começa a regular a temperatura adequada para cima, o organismo vai gastar energia para elevar a temperatura e o animal começa a ter esse processo de amontoamento para tentar se aquecer por terem febre. Animais lactentes tendem a se esquentar próximo ao corpo da mãe podendo ter mortalidade por esmagamento e pisoteio. Os animais morrem por causa da mãe ou pelo próprio curso da doença 
Manifestações Peste Suína Clássica:
· Lesão com característica hemorrágica 
· Febre
Conjuntivite: levando a lacrimejamento com presença de sangue, comprometimento dos pulmões 
Cianose nas orelhas: Cianose de extremidades que pode ser cauda, focinho, pele acima dos cascos e orelhas
Aborto: nos animais adultos vai ter transtorno reprodutivo, com presença do pestivirus ativo, e vários outros problemas reprodutivos como irregularidades no cio, mumificação fetal, reabsorção embrionária, infertilidade, natimortos. 
Achados Necroscópicos 
Petéquias em rins: Hemorrágicas em vários órgãos, essa é em rins.
Petéquias em vesícula urinária 
Pulmão com congestão e hemorragia 
Baço com infartos na margem
Se tiver todas essas manifestações têm que notificar ao MAPA sobre as suspeitas 
· O veterinário do MAPA monta o fechamento da granja e vai coletar amostras para levar a um laboratório credenciado ao MAPA
Diagnóstico Laboratorial
Identificação do agente
· Isolamento Viral: Refrigerar amigdalas, gânglios linfáticos (faríngeos e mesentéricos), baço, rins, íleo distal, sangue em EDTA (Animais vivos)
· Prova de imunofluorescência direta
Provas sorológicas
· ELISA
· Neutralização viral
Sacrifício sanitário de animais se o laudo for positivo em até 24 horas e postos em valas sanitárias.
 
Prevenção e controle
· Não há tratamento possível (sacrifício sanitário) para erradicar o vírus 
· Existem as vacinas vivas atenuadas. O MAPA visualiza os locais que tem que vacinar ou não. Pois o objetivo é estar livre do vírus sem vacinação, para não ocorrer um potencial risco de infecção. A vacina é super controlada pela agricultura.
Doença de Aujeszky
Agente: Herpesvírus suídeo tipo 1
Causa manifestações clínicas distintas nos animais e o que mais chama atenção é a neurológica, principalmente nos animais lactentes.
· Apresenta 100% de letalidade lactentes
· Manifestações nervosas principalmente nos animais jovens mas pode aparecer em animais mais velhos, Reprodutivas e respiratórias em animais já desmamados que podem estar associado à problemas neurológicos 
· Notificação compulsória a OIE
· Sinônimos: Pseudo-raiva ou peste de coçar 
Epidemiologia 
· HS: Várias espécies com foco nos suínos 
· VT: Horizontal e vertical
· Vias de Eliminação: Leite materno, secreções respiratórias, sêmen, urina
· Porta de Entrada: Oral, nasal, lesão de pele por mordedura (Animal com infecção ativa), mucosas vaginal e prepucial 
· Pode ocorrer em gatos: Problemas neurológicos e morte rápida 
ManifestaçõesClínicas
· Leitões lactentes: Sinais nervosos, letal
· Decúbito lateral com membros esticados 
· Alguns animais apresentam pedalagem
· Incapazes de andar direito e não conseguem mamar, começam a ter hipoglicemia que vai fazer com que os animais tenham problemas neurológicos. 
· 100% de mortalidade
Leitões desmamados: Principalmente respiratória, mas podendo ter sinais neurológicos e tem refugagem do plantel. 
· Animais de engorda: Sintomatologia respiratória
· Ataxia e tremores
· A sintomatologia é principalmente respiratória mas pode acontecer em animais reprodutores:
· Abortos, natimortos, mumificação etc.
· Infectados verticalmente: Mioclonia, convulsões
· Morte em 3-5 dias 
· Sempre notificar ao MAPA, se sair positivo tem que fazer o sacrifício sanitário.
Diagnóstico Laboratorial
· Isolamento
· Cultivo de amígdalas, cérebro e cerebelo
· Imunofluorescência direta
· Sorologia
· PCR
Prevenção e Controle
Adotando as medidas gerais de biosseguridade e sacrificando os animais e depositando em valas
· Vacinação de vacinas vivas atenuadas: Somente monitorada pelo MAPA
Erisipela
Etiologia bacteriana e causa transtornos na pele que são as patognomônicas que dão aspecto avermelhado para os suínos 
· Sinônimo: Ruiva
· Agente: Erysipelothrix rhusiopathiae
· Lesões cutâneas, articulares, cardíacas ou septicemia, além de causar aborto
· Tem potencial Zoonose 
Erisipela no humano
Epidemiologia
· HS: Várias espécies. Suínos mais susceptíveis entre três meses a três anos
· Via de transmissão: Horizontal
· Via de Entrada: Fezes, urina, saliva e secreções nasais
· Porta de entrada: Oral, ferida da pele 
* Fatores estressantes 
· Característica hemorrágica e febre alta: 42ºC - 42,5ºC
· Principais acometidos: Reprodutores 
Manifestação clínica
Lesões cutâneas em forma de Eritema, lembrando contornos em losango, salientes, de coloração Púrpura-escuras (patognomônicas) 
Não é necessário levar ao laboratório para diagnóstico 
Suíno com erisipela destinado a reprodução, leva a um mal estar generalizado 
Lesões característica com diagnóstico de erisipela 
· Artrite e insuficiência cardíaca
· Porcas em gestação abortam e os machos apresentam infertilidade temporária
Articulação comprometida e o animal não consegue se locomover e ficar em estação. 
Achados Necroscópicos 
· Esplenomegalia
· Petéquias hemorrágicas no epicárdio e no córtex renal
· Linfonodos aumentados e hemorrágicos
Presença de petéquias em órgãos semelhantes à Peste Suína Clássica.
Diagnóstico laboratorial
· Isolamento
· Cultivo a partir de sangue, órgãos, pele ou fezes.
· Sorologia 
· ELISA
· Reação de fixação de complemento 
· PCR
Só leva para o laboratório, para entrar com ATB 
Prevenção e Controle
· Medidas gerais de biosseguridade
· Vacinas inativadas (erisipela, leptospirose e parvovirose)
· Antibióticos
*Casos de artrite e endocardite não respondem bem ao tratamento
· Vacina: Tem o objetivo de reduzir os transtornos reprodutivos dos animais
· ATB: Ainda no início da doença, se evoluir para artrite não adianta
· Grau de mortalidade: Normalmente não excede 5% do plantel 
Circovirose Suína 
É causada por um vírus chamado PCV-2 e é conhecido por ser um vírus não envelopado, ou seja, são super resistentes em um período superior a 1 ano. 
Vai causar 2 manifestações principais: 
· Imunossupressão; 
· Presença da Caquexia. 
Caquexia, considerado como atípico se não for pela doença. 
A imunossupressão vai vir pela chamada depleção linfocitária, ou seja, grandes populações de linfócitos serão destruídas causando imunossupressão. 
Epidemiologia
HS: Suínos, principalmente nas fases de creche e de crescimento (5 a 12 semanas de idade) 
Via de Entrada: Secreções dos tratos respiratório, fezes, urina, sêmen 
Porta de Entrada: Oral, nasal
Via de Transporte: Horizontal e vertical
*Mortalidade: 2-15%
· O circovírus suíno pode ser feita a vacina inativadas para prevenção e estão disponíveis desde 2006 
Prevenção e Controle
· Medidas gerais de biosseguridade
· Vacina disponível desde 2006
· Prevenção de outras doenças na granja
· All-in All-out
· Segregação ou sacrifício dos suínos afetados
· Virusneutralização e sorologia.
Questionário
1) As doenças contidas no PNSS (programa nacional de sanidade suídea) são:
a) Rinite e Leptospirose
b) Aujeszky e Peste suína clássica
c) Parvovirose e Brucelose
d) Pleuropneumonia e pneumonia enzoótica
e) Sarna e tuberculose
2) Sobre a rinite atrófica progressiva, é correto afirmar:
a) As manifestações clínicas ocorrem principalmente no setor de maternidade
b) Possuem notificação obrigatória à OIE
c) Causa mortalidade de até 5% do plantel acometido
d) Causa diferentes graus de destruição dos cornetos nasais dos suínos
e) Os animais com deformação de focinho se infectaram principalmente na terminação
3) Doença de suínos com característica hemorrágica:
a) Peste suína clássica
b) Circovirose
c) Brucelose
d) Doença de Aujeszky
e) Leptospirose
4) Qual o material de eleição para ser colhido e enviado ao laboratório para tentativa de diagnóstico de herpes suídeo do tipo 1 em animais com suspeita da doença?
a) Suabe traqueal
b) Sangue em EDTA 
c) Fezes
d) Tecido nervoso
e) Corrimento vaginal
5) A colibacilose neonatal é conhecida por causar diarreia no suínos pelo mecanismo:
a) Malabsorção
b) Efusão
c) Secretório e efusão
d) Secretório
e) Malabsorção e efusão
6) Constituiu-se em doença dos suínos com potencial zoonótico:
a) Doença de Aujeszky 
b) Erisipela
c) Peste suína clássica
d) Rinite atrófica
e) Colite espiroquetal
7) Os testes de Diagnóstico laboratoriais mais utilizados na rotina clínica para o diagnóstico da Brucelose suína são:
a) Reação de inibição da hemaglutinação e reação de hemaglutinação
b) Card test e ELISA direto
c) Soroaglutinação rápida em placa e vírus neutralização
d) Teste de aglutinação de Campo escuro
e) Prova do antígeno acidificado tamponado, Card Test 2 beta-mercaptoetanol
8) O proprietário de uma granja relata que os suínos nas fases de crescimento e terminação estão apresentando emagrecimento, desuniformidade do lote e fezes mucoides e de coloração acinzentada, lembrando cimento fresco. Não a mortalidade devido a doença e os animais se curam de forma espontânea dentro de 7 dias. Com base nessa descrição Clínica, Qual a provável doença relacionada?
a) Disenteria suína
b) Colibacilose neonatal
c) Ileíte
d) Doença de aujeszky
e) Colite espiroquetal
9) Os ratos desempenham importante papel na disseminação de várias doenças na suinocultura Industrial. Dentre as enfermidades estudadas na disciplina, poderíamos citar a sua importância para a multiplicação e disseminação dos agentes nas seguintes doenças:
a) Pneumonia enzoótica e circovirose
b) Disenteria suína e pleuropneumonia
c) Leptospirose e disenteria suína
d) Erisipela e colite espiroquetal
e) Peste suína clássica e doença de aujeszky
10) Explique quando suspeitar da presença de ileíte em um lote de suínos industriais, indicando as principais manifestações clínicas, lesões controle e prevenção da doença.
As suspeitas de ileíte são levantadas quando observamos animais acinturados, com olhos fundos e opacos, falta de brilho em sua pele e sinais de desidratação no geral, além de identificadas fezes aquosas de coloração amarelada, especialmente se estiverem aderidas à região perineal dos animais. 
O controle e prevenção deve ser feito através da higienização adequada do local, vacinação dos animais e administração de antibióticos escolhidos através de cultura+antibiograma.
11) O Ministério da Agricultura realizou a identificação da presença de poxvírus aviário em poedeiras comerciais. Descreva as principais manifestações clínicas apresentadas pelas aves doentes
Lesões cutâneas (verrugas secas enegrecidas) e/ou placas amareladas em toda a cavidade oral.
12) São doenças dos suínos com potencial zoonótico
a) Brucelose e leptospirose
b) Doença de aujeszky e pleuropneumonia suína 
c) Parvovirose e peste suína clássica 
d) Rinite atrófica e disenteria suína 
e) Colite espiroquetal e colibacilose neonatal
13) A doença de aujeszky

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