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1 
 
ATIVIDADE INDIVIDUAL 
 
Matriz de análise 
Disciplina: Liderança e Motivação Módulo: VII 
Aluno: Ana Carolina Hastenreiter da Fonseca 
Piancó 
Turma: LIDMOTEAD 
Tarefa: Analisar o comportamento e atuação de lideranças – O Diabo veste Prada 
Introdução 
 Desde a Revolução Industrial a forma das pessoas agirem no local de trabalho vêm passando 
por transformações. Era uma época em que havia chefes e não, líderes e as tarefas eram 
centralizadas. Migrou-se para um outro tipo de sociedade, um outro jeito de ser que requer 
aspectos de liderança. No Mundo Organizacional contemporâneo consideram-se pessoas, 
processos de grupos, a cultura organizacional e a forma como esses processos se relacionam entre 
si. Novas ferramentas surgem a todo momento, informações são facilmente disseminadas. As 
Organizações precisam estar atentas para se adaptar às modificações em torno do seu negócio. 
 A partir do cenário de evolução que ocorre no mundo em diferentes aspectos, surgiram 
também novos conceitos de Gestão. A Gestão 3.0 (Gestão Colaborativa) é o estilo de liderança 
com uma vertente mais humanizada, que permite a participação de todos nas decisões, dessa 
forma, engaja os colaboradores, incentiva a criatividade, dá autonomia e desenvolve as pessoas 
aperfeiçoando suas competências. Com esse tipo de Gestão se cria um ambiente onde todos são 
responsáveis pelo sucesso do negócio, assim, diminuindo a rotatividade de pessoal e aumentando a 
satisfação. Já a Gestão 4.0 surge dentro da quarta Revolução Industrial. Foca nas inovações 
tecnológicas e na análise de dados para a tomada de decisões mais eficientes. A Organização 
precisa estar atenta às novas tecnologias e acompanhar às tendências se quiser se manter no 
mercado. Essa modernização dos métodos de Gestão visa automatizar processos, fazer uso de 
ferramentas para a gestão de dados, realiza a integração entre setores e estreita o relacionamento 
com os clientes. Esses dois tipos de Gestão se complementam. 
 Este trabalho tem como objetivo apresentar as diversas teorias e estilos de liderança, 
analisando o comportamento e atuação de líderes, bem como o impacto que geram nas pessoas 
e/ou grupos nas Organizações de uma forma geral e como isso se verifica no filme “O Diabo veste 
Prada”, de 2006, que se trata de uma comédia dramática dirigida por David Frankel e produzido 
por Wendy Firneman. 
 
 
 
2 
 
 O filme “O Diabo veste Prada” apresenta a trajetória de Andrea Sachs (Andy), recém-
formada em jornalismo pela Universidade Northwesten. Apesar de não ser do mundo da moda e 
não entender nada dessa área, ela consegue emprego como segunda assistente de Miranda Priestly, 
que é editora-chefe da uma conceituada revista de moda chamada Runway. Em diversos 
momentos ela questiona se deve continuar naquele local, já que não tem sintonia com os colegas 
de trabalho e nem com o meio da moda. 
 No início Andy é resistente em adotar os valores desse mundo, já que nunca demonstrou se 
importar com a aparência, porém, ela decide encarar esse desafio e aos poucos vai dominando o 
trabalho, mudando seu jeito de ser, e inclusive a aparência. 
 Miranda é uma mulher considerada implacável, difícil de se lidar, cheia de exigências. Não 
facilita a vida dos funcionários, é tida como durona. Várias pessoas ocuparam o cargo de segunda 
assistente, mas não conseguiram permanecer por muito tempo. A primeira assistente de Miranda, 
chamada Emily, que deseja ser a próxima Miranda, desdenha e tenta sabotar Andy. 
 Emily e Miranda sempre entregavam para Andy as piores tarefas e praticamente impossíveis 
de serem realizadas. Só que Andy entra de cabeça no trabalho, tentando atender as necessidades de 
Miranda por mais absurdas que sejam a qualquer dia e hora. Porém, isso começa a atrapalhar sua 
vida pessoal, com seus amigos e namorado, pois ela só se dedica ao trabalho. 
 Miranda não gosta de demonstrar emoções, mas percebe-se que se impressiona com o 
trabalho de Andy e começa a lhe passar demandas de cargos de maior confiança, como entregar o 
“Livro” (é a revisão da próxima edição da Runway que contém todas as anotações, avaliações e 
opiniões de Miranda) em sua casa, que antes era função da primeira assistente, Emily. 
 Andy não muda somente de aparência, mas sem perceber, vai mudando de comportamento e 
modo de pensar. Quando percebe isso, começa a se questionar até que ponto ela está disposta a 
assumir determinados valores e comportamentos desse meio para continuar no emprego. 
 
 
 
 
 
 
Desenvolvimento 
 Liderança é a arte de inspirar e motivar pessoas de forma positiva para atingir um 
determinado objetivo. As diferentes maneiras que os gestores se relacionam com suas equipes estão 
ligadas diretamente aos tipos de liderança que existem. 
 Segundo Silva (2003), “a liderança é um relacionamento recíproco entre aqueles que 
escolhem liderar e aqueles que decidem segui-los”. 
 De acordo com Chiavenato (2005), liderança é o processo de exercer influência sobre 
pessoas ou grupos nos esforços para realização de objetivos em uma determinada situação. A 
liderança existe em função das necessidades existentes em determinada situação, ou seja, da 
conjugação de características pessoais do líder, dos subordinados e da situação que os envolve. 
Trata-se de uma abordagem situacional. O líder é a pessoa que sabe conjugar e ajustar todas 
essas características. Assim, não há um tipo único e exclusivo para cada situação. 
 Cada autor tem uma definição para liderança, mas a maioria tem algo em comum em suas 
definições: que o líder é aquele que é capaz de influenciar as pessoas em direção a um objetivo. 
 Existem diversos estilos e modelos de liderança: 
Teoria dos Estilos de Liderança: Autocrático - o líder é aquele chamado de chefe, possui uma 
liderança centralizadora, prioriza a realização do trabalho e não as relações humanas, as decisões 
são unilaterais; Democrático – foco no desenvolvimento do grupo, delega autoridade, usa feedback 
como ferramenta de gestão, ouve a opinião das pessoas; Laissez-faire – a participação do líder é 
limitada, a tomada de decisão fica nas mãos da equipe, os subordinados são capacitados e 
autônomos. 
Teoria Situacional: Situacional: o bom líder sabe conduzir de diversas formas, de acordo com a 
situação que se apresenta e conforme a capacidade técnica e habilidades de cada um. 
Tendências Contemporâneas: Carismático: aquela que causa admiração; Participativo – as pessoas 
são convidadas em todas ou na maioria das decisões da empresa, mesmo que a decisão final seja da 
liderança; Transformacional – o líder trabalha junto com a equipe para identificar uma mudança 
necessária, inspira e motiva as pessoas; Pelo exemplo – o exemplo dado pelo líder influencia; 
Servidor – o crescimento da equipe ocorre através de uma cultura de respeito e confiança, 
construindo uma relação pautada nos princípios da dignidade humanda, sem impor o que se deseja; 
Centrado nas Pessoas - aspectos humanos são levados em consideração; Centrado na Tarefa - 
preocupação em se entregar o trabalho com os recursos disponíveis e sob os métodos 
preestabelecidos. 
 No filme “O Diabo veste Prada”, a editora-chefe da conceituada revista de moda Runway, 
Miranda Priestly, é conhecida como “a dama de ferro”, pois era vista como autoritária e arrogante 
 
 
 
4 
 
devido a sua forma de tratar com as pessoas e lidar com as situações. Ela tinha o poder de erguer ou 
destruir uma carreira e transformava a vida de seus subordinados num inferno, exigindo lealdade, 
comprometimento, agilidade e competência nas tarefas mais absurdas. Todos tinham que estar 
dispostos para atendê-la e serví-la 24 horas por dia, todos os dias do ano. 
 Ela é uma gestora exigente e autoritária, que humilha seus subordinados. Tem comocaracterística ser detalhista, organizada e visionária. Apesar disso, faz com que a equipe conquiste 
os resultados necessários. Porém, de uma certa forma, os funcionários acabam adoecendo 
psicologicamente e fisicamente devido a pressão que sofrem por esse tipo de liderança. Ela 
consegue ser competente no que faz e é muito bem relacionada. Seus métodos são questionáveis, 
mas alcança os resultados. Ela é exigente consigo da mesma forma que é com os outros. Vive 
somente para o trabalho, colocando sua vida pessoal em último plano e espera o mesmo dos que 
trabalham com ela. Nigel fala para Andy: “me avisa quando a sua vida for para o espaço, significa 
que você vai ser promovida”. Isso demonstra que as atitudes de Miranda fizeram com que as 
pessoas que trabalham naquele local considerassem o trabalho tão importante a ponto de tomar o 
lugar da vida pessoal, encarando isso de maneira natural. 
 Tomando como base o estilo autocrático, observa-se que a personagem Miranda Priestly, do 
filme “O Diabo veste Prada”, possui essa postura de liderança autoritária, na qual se tem um 
“chefe” ao invés de “líder”, que possui um perfil dominador, não aceita ser contrariado e é temido 
por todos. Esse estilo de lidernaça até pode dar certo com pessoas inseguras e receosas, porém, no 
mundo corporativo atual esse modelo dificilmente apresenta resultados. A liderança autocrática 
possui mais pontos negativos do que positivos. É uma liderança que centraliza as decisões, o 
método de trabalho é inflexível, possui uma hierarquia rígida, supervisão contínua, pressão para 
atingir metas e a comunicação é restrita. Como pontos positivos, um líder rígido consegue controlar 
processos e cumprir metas, quando necessário. É um tipo de liderança que pode ser usado durante 
uma crise grave, que precisa de uma pessoa a frente com um pulso mais firme, quando é necessário 
assumir responsabilidades e direcionar equipes em situações extremas. 
 Segundo Lewin (1939 apud CHIAVENATO, 2005, p.360), a liderança autocrática “é o 
modelo onde o líder fixa diretrizes, centraliza o poder e a tomada de decisão”. De acordo com 
Nogueira (2005, p. 138), a liderança autocrática ocorre “quando é duro e impositivo”. Ou seja, 
nesse estilo de liderança o líder fixa diretrizes sem qualquer participação do grupo, emite ordens e 
espera obediência dos subordinados sem questionamentos. O filme retrata exatamente essse tipo de 
comportamento de Miranda com seus subordinados. 
 Segundo Nogueira (2005, p.139), na liderança democrática “o líder é atuante, consultivo e 
orientador”. Atualmente, uma liderança democrática, é um dos tipos de liderança que melhor se 
enquadra nas necessidades corporativas, já que possui um líder aberto a sugestões, críticas e que 
permite que decisões sejam tomadas levando em consideração a opinião da maioria. Cada vez fica 
mais nítido os benefícios de ouvir mais os colaboradores, dar autonomia para tomar decisões e 
influenciar as pessoas ao invés de somente mandar nelas. Quando os colaboradores são envolvidos, 
se sentem motivados e valorizados, melhorando a execução de suas tarefas. Como desvantagem, 
pode ser que um processo de decisão demore mais tempo que o necessário porque decidiu-se 
consultar os colaboradores antes de se tomar uma decisão e em algumas situações a decisão precisa 
ser imediata. Outro risco é de a liderança não conseguir impor autoridade, se tornar muito 
dependente dos subordinados, tendo dificuldade de se posicionar numa situação. 
 Outro traço de liderança apresentado por Miranda é a transformacional. Ela não possui 
carisma, mas de uma certa forma, ela consegue ganhar a admiração dos que a cercam e, apesar de 
todo autoritarismo, motiva as pessoas a desejarem ser como ela, as inspira a correrem atrás de seus 
sonhos, faz com que tenham orgulho de trabalhar para ela, devido a sua posição na sociedade. 
Diversas vezes no filme é dito para Andy “as garotas se matariam para ocupar esta vaga”. 
 Apesar de diversas atitudes questionáveis em relação a sua liderança e comportamento, 
Miranda também se enquadra no modelo de liderança pelo exemplo, pois as pessoas a tomam como 
modelo de sucesso a ser seguido, já que visam as aparências e obter poder. Cada colaborador se 
motiva por algum tipo de recompensa. Alguns são motivados por dinheiro, outros, por 
reconhecimento ou pelas responsabilidades que recebem, como ocorre no filme. 
 De acordo com estudos realizados por Griffin e Moorhead (2006) identificou-se dois tipos de 
comportamentos de liderança: o centrado no trabalho e o centrado na pessoa. Nota-se que Miranda 
tem um perfil que se enquadra no tipo de centrado no trabalho, cujo objetivo é o desempenho da 
atividade, com foco em prazos e padrões de qualidade. 
 O poder pode ser compreendido como a capacidade de um indivíduo de controlar e dominar 
os outros. Na apostila de liderança e motivação do curso (BORTOLINI, Adriana: Apostila de 
Liderança e Motivação) são citados diversos tipos de poder. Para Rosa Krausz (1991) se tem o 
poder pessoal e o contextual. Para Griffin e Moorhead (2006) há o poder legítimo, o poder de 
recompensa, o poder coercitivo, o poder de referência e o poder de perícia. 
 O filme “O Diabo veste Prada” mostra que o poder da líder, Miranda Priestly, passa as 
fronteiras corporativas para a vida pessoal das pessoas que trabalham com ela que precisam estar 
disponíveis em tempo integral para atender às demandas relacionadas não somente à empresa, mas 
também à sua parte pessoal. Miranda possui o poder de referência, que é relacionado à liderança 
pelo exemplo. É o poder de influenciar devido a características pessoais que são admiradas e 
servem como referência. Ela também possui o poder coercitivo, pois faz com que as pessoas ajam 
 
 
 
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pelo medo, para evitar perdas, punições, sanções e demissões. No filme diversas vezes é dito que o 
trabalho de assistente é “um trabalho que um milhão de garotas se matariam para ter”. Isso coage as 
pessoas a realizarem os caprichos de Miranda. 
 Um líder pode encarar diversos papéis dentro de uma Organização: orientar, influenciar, 
ajudar as pessoas a desenvolver a capacidades, dentre outras. Cavalcanti et. al (2009), citando 
(Quinn et al., 2003) descreve os oito papéis de um líder: Modelo de relações humanas – mentor e 
facilitador; Modelo de processo aberto – monitor e coordenador; Modelo de meta racional – diretor 
e produtor; Modelo de sistema aberto – negociador e inovador. Miranda possui o papel de líder 
negociador. Ela negocia acordos e compromissos e apresenta ideias, assim, faz a construção e a 
manutenção de uma base de poder. Ela é política, possui capacidade de persuasão, influência e 
poder. Por isso é encarada por todos como ambiciosa. O ideal para o sucesso de um líder seria ter o 
equilíbrio entre cada uma dessas competências. 
 Por outro lado, essa postura rígida e fria de Miranda pode ser vista como um mecanismo de 
defesa que mulheres em posição de poder adotam para se defender num mercado de trabalho 
altamente competitivo e que normalmente possui homens em cargos de liderança. 
 Atuo como Supervisora de Projetos numa Confederação Esportiva e vejo o quanto a liderança 
é autocrática, já que é centralizadora. Muito parecida em alguns aspectos com o que se apresenta de 
liderança no filme “O Diabo veste Prada”. Os Gestores têm dificuldade em delegar atividades 
operacionais e quando o fazem, tem que passar por sua aprovação, já que os subordinados não 
possuem autonomia. Decisões são tomadas pela Alta Gestão da Organização sem conhecimento da 
equipe e muitas vezes, até do Gestor da Área. Fazem isso inclusive com demissões e contratações. 
Existe um grupo de colaboradores que viajam com as equipes tanto no Brasil, quanto no exterior e 
um outro grupo que fica na sede localizada no Rio de Janeiro para serviços maisadministrativos e 
burocráticos. Como muitos eventos esportivos que participamos ocorrem no exterior, devido ao 
fuso horário, ambos os grupos precisam estar disponíveis a qualquer dia e horário apara atender as 
demans que surgem, sejam administrativas e até de um atleta que se lesiona durante a participação 
num evento. Muito parecido com o tipo de trabalho da revista Runway, onde todos precisam estar à 
disposição sempre. 
 A alguns anos atrás a Organização só possuía uma Gestora mulher, que era conhecida nos 
bastidores como a personagem Miranda, devido a sua rigidez e cobrança. Porém, com o tempo, 
percebemos que isso era um mecanismo de defesa devido a ser a única mulher dentre tantos 
homens que ocupavam cargos de Gestão. Essa aparência de inflexível era a forma dela se impor e 
conseguir respeito. A cobrança com sua equipe, que era a única do local formada exclusivamente 
por mulheres, era a forma de demonstrar que eram capazes. 
 Todos os estilos de liderança possuem características que são necessárias dentro de 
Organizações de diversos segmentos. O importante é saber identificar qual é o estilo de liderança 
necessário para uma determinada Organização, equipe ou situação que se apresenta num momento 
em específico. A forma como se guia um grupo impacta na geração dos resultados. Porém, dentre 
todos os estilos de liderança, a democrática é a mais recomendada atualmente, pois devido as suas 
características faz com que as Organizações apresentem bons resultados. 
 Outro tipo de liderança que pode ser aplicada dentro das Organizações, juntamente com a 
democrática, é a carismática. Esse tipo de liderança tem foco nas pessoas, faz com que acreditem 
em seus sonhos, por isso transmite confiança e inspira. Porém, é necessário equilibrar as demandas 
das pessoas com as necessidades do negócio, pois toda Organização tem foco em atingir resultados. 
 
Conclusão 
 O filme “O Diabo veste Prada” retrata bem a questão da rotina compulsória por trabalho e 
dinheiro, que faz com que se deixe de aproveitar a vida e muitas vezes se perca a saúde física e 
mental. Apresenta a personagem de Miranda Priestly, que é uma chefe que torna o ambiente 
tóxico e competitivo, pois tem o costume de excluir funcionários em detrimento de um favorito, 
além de dar ordens abusivas e ser ríspida. O filme mostra que muitas vezes o ego e a vaidade 
falam mais alto que o bem-estar e as relações familiares, de amizade ou amorosas. 
 A forma que se dá a relação entre Miranda Priestly e sua segunda assistente, Andy, 
acontece em muitas organizações. Uma chefe autoritária, perversa, antiética, arrogante, que 
suga a energia dos subordinados. Tudo em prol de permanecer no poder. 
 Definir liderança ou mesmo o perfil de um líder é uma tarefa difícil. Se reunirmos numa 
sala dez especialistas no assunto e lhes pedir uma definição, teremos dez pontos de vista 
diferentes. Para alguns, o líder precisa conhecer cada detalhe que se passa ao seu redor ou 
mesmo controlar totalmente o que está sob sua subordinação. Muitos autores afirmam que o 
líder precisa ser inspirador e motivador. Há os que acreditam que o bom líder não é aquele que 
mantém tudo em ordem quando está presente, mas sim quando está ausente. Alguns pensam 
que há uma “fórmula” para que a pessoa chegue a ser líder. Outros creem que não há essa 
“fórmula”, que só com experiência e análise que se adquire a liderança. 
 Diante de tantas definições, teorias, argumentos, percebe-se que “a verdadeira liderança é 
difícil e requer muito esforço” (HUNTER, C. James, p.69). Muitas pessoas têm como alvo 
serem líderes, mas quando chegam ao topo percebem que ocupar um cargo de liderança e se 
manter nele não é uma tarefa fácil. 
 
 
 
8 
 
 As organizações estão inseridas em um contexto social, político, econômico e cultural e, 
dessa forma, sofrem alterações ao longo do tempo em função das mudanças que ocorrem no 
ambiente externo, por isso que o atual momento que as organizações vivem requer a 
necessidade de um líder que seja dinâmico e que se atualize sempre. Para tanto, velhas ideias 
para administrar um grupo de pessoas estão sendo revistas e atualizadas. 
 O homem é um ser que pensa, reflete, produz ideias novas, sendo capaz também de 
provocar mudanças, as quais podem ser para melhor ou pior. Tudo dependerá do seu estado de 
motivação, bem como da forma como ele é tratado dentro da empresa. 
 O bom líder não adotará apenas um estilo ou terá apenas uma característica. Em alguns 
momentos ele terá que ser um líder democrata, em outros, autocrata, às vezes se utilizar de 
diversos estilos de liderança numa determinada situação. 
 O importante é o líder saber que o trabalho com o ser humano é complexo e exige muita 
habilidade para conseguir lidar com diversos grupos de pessoas que possuem pensamentos, 
atitudes e características diferentes. Conhecer, estudar e se atualizar constantemente é 
fundamental na sociedade moderna. Buscar novos métodos, ser sempre focado nos objetivos, se 
manter fiel aos seus princípios e ter atitude e coragem são características fundamentais para o 
líder do século XXI, pois uma liderança eficaz depende muito da forma como ela é colocada em 
prática. 
 O sucesso das lideranças é relacionado às pessoas. Nem todos nascem líderes, essa é uma 
habilidade que pode ser desenvolvida identificando quais características e comportamentos 
precisam ser aperfeiçoados. 
 O êxito da liderança está diretamente relacionado com as relações interpessoais, com o 
desenvolvimento dos conhecimentos, habilidades e atitudes adequadas ao grupo, à situação e 
aos propósitos comuns. 
Liderança e amor são questões ligadas ao caráter, paciência, bondade, 
humildade, abnegação, respeito, generosidade, honestidade, 
compromisso, estas são as qualidades construtoras do caráter, são os 
hábitos que precisamos desenvolver e amadurecer, se quisermos nos 
tornar líderes de sucesso, que vencem o teste do tempo. (HUNTER, C. 
James, p. 125). 
 
 
Refefências bibliográficas 
 
Blog Sydle. Gestão 4.0: como e por que seu negócio deve aderir?. Sydle, 2021. Disponível em: 
https://www.sydle.com/br/blog/gestao-4-0-619f9c4a076d971ce2c9f31f/. Acesso em: 06/09/2022. 
 
Blog Fort Brasil. Gestão 4.0: entenda o conceito e os princípios do novo modelo de gestão. Fort 
Brasil, 2021. Disponível em: https://blog.fortbrasil.com.br/gestao-4-0/. Acesso em: 05/09/2022. 
 
BORTOLIN, Adriana. Liderança e Motivação. FGV. 
 
CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando com as Pessoas. 2ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2005. 
 
GRIFFIN, Ricky W., MOORHEAD, Gregory. Fundamentos do comportamento 
organizacional. Tradução de Fernando Moreira Leal, André Siqueira Ferreira, 1ª ed. São 
Paulo: Ática, 2006. 
 
HUNTER, C. James. O Monge e o Executivo: Uma história sobre a essência da Liderança. 
1ª ed. Ed. Sextante, 2004. 
 
HUNTER, C. James. Como se tornar um líder servidor: Os princípios de liderança de um 
Monge e o Executivo. 1ª ed. Ed. Sextante, 2006. 
 
 
NOGUEIRA, Carlos Alberto. Administração Pública. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 
 
REJFIROVA, Lenka. O que é Management 3.0 e por que aplica-lo na sua empresa. Alura, 2018. 
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/referencias-abnt/. Acesso em: 06/09/2022. 
 
SILVA, LENILSON NAVERA E. Líder Sábio: Novo Perfil de Liderança do Terceiro 
Milênio. 3ª Ed. Rio de Janeiro: Record, 2003. 
 
 
 
 
 
https://www.sydle.com/br/blog/gestao-4-0-619f9c4a076d971ce2c9f31f/
https://blog.fortbrasil.com.br/gestao-4-0/
https://www.todamateria.com.br/referencias-abnt/

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