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NEUROANATOMOFISIOLOGIA DA DEGLUTIÇÃO

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NEUROANATOMOFISIOLOGIA DA DEGLUTIÇÃO 
 
 
1 
Sumário 
NOSSA HISTÓRIA ..................................................... Erro! Indicador não definido. 
1. ANATOMIA DA DEGLUTIÇÃO ........................................................................ 3 
1.1 Anatomia da cavidade oral, boca ......................................................... 4 
1.2 Anatomia da faringe ............................................................................. 6 
1.2.1 Nasofaringe ............................................................................................ 8 
1.2.2 Orofaringe ............................................................................................... 8 
1.2.3 Hipofaringe ................................................................................................ 9 
1.3 Anatomia da Laringe ...................................................................................... 10 
1.4 Anatomia do Esôfago ..................................................................................... 12 
1.5 Diferenças Anatômicas entre Crianças e Adultos ................................. 14 
2. MASTIGAÇÃO ............................................................................................... 14 
2.1 Fases da Mastigação ......................................................................... 15 
2.2 Músculos da Mastigação ................................................................... 15 
3. O CONCEITO DE DEGLUTIÇÃO .................................................................. 17 
4. FISIOLOGIA ................................................................................................... 18 
5. FASES DA DEGLUTIÇÃO ............................................................................. 20 
5.1 Fase antecipatória ............................................................................. 20 
5.2 Fase Preparatória Oral e Oral ............................................................ 21 
5.3 Fase Faríngea.................................................................................... 24 
5.4 Fase Esofágica .................................................................................. 28 
6. CONTROLE NEURAL DA DEGLUTIÇÃO...................................................... 31 
7. CONCLUSÃO ................................................... Erro! Indicador não definido. 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 37 
 
 
 
 
2 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em 
atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com 
isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em 
nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no 
desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de 
promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem 
patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras 
normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável 
e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. 
Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de 
cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do 
serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
1. ANATOMIA DA DEGLUTIÇÃO 
 
A região oral do ser humano é formada por estruturas externas e internas, que 
interagem coordenadamente nas funções da mastigação e deglutição. No processo de 
deglutição, as estruturas externas são constituídas pelos lábios, cavidade da boca, palato, 
língua e garganta. Internamente, fazem ainda parte estruturas moles e duras, tais como: os 
ossos (hióide, esfenóide, mandibula e vertebras cervicais), os músculos e outros tecidos 
(orofaringe, músculos constritores faríngeos, palato mole, língua, epiglote, esófago, 
cartilagem cricoide e tiróide), os nervos encefálicos (trigémeo V, facial III, glossofaríngeo 
IX, vago X, hioglosso XII, spinal-cervical e acessório XI). Cada componente tem uma tarefa 
muito bem definida para a função da mastigação, onde, os lábios formam a porta de entrada 
da cavidade oral. 
Figura 1: 
 
 
 
 
 
4 
1.1 Anatomia da cavidade oral, boca 
 
Estruturas principais: maxilar, mandíbula, lábios, assoalho da boca, bochechas, 
língua, dentes, palato duro, palato mole e arcos palatoglosso e palatofaríngeo (pilares 
anterior e posterior). Existem também os espaços, chamados de vestíbulos. Vestíbulos 
anteriores, espaço entre os maxilares e os músculos do lábio. Vestíbulos laterais, espaços 
entre os maxilares e as bochechas. A boca ou cavidade oral, é formada por paredes laterais, 
bochechas, constituídas externamente pela pele e internamente pela maxila, mandíbula, 
lábios, músculos, palato duro (parte superior) e palato mole (parede posterior) e pela língua. 
 
Figura 2: Anatomia e Fisiologia da boca 
 
 
 
 
5 
A boca ou cavidade oral, encontra-se no início do tubo digestivo, sendo delimitada 
anteriormente pelos lábios, posteriormente pela fauce (orofaringe, garganta, abertura para 
a faringe), lateralmente pelas bochechas, superiormente pelo palato e inferiormente por um 
pavimento muscular. Tem como funções receber e preparar os alimentos para serem 
ingeridos. Ao receber os alimentos, a primeira função da boca é a mastigação que, 
envolvendo vários músculos, dentes e saliva, permite efetuar a decomposição parcial dos 
alimentos, um processo mecânico e químico que forma o bolo alimentar. A mastigação 
depende de quatro pares de músculos, que atuam ao nível do corte, mordedura, moagem 
e mastigação dos alimentos: 
 Músculo Temporal – permite elevar e retrair a mandíbula, ajustando os dentes 
superiores e inferiores; 
 Músculo Masséter – eleva a mandíbula (fechar a boca) contra a maxila; 
 Músculo Pterigóideo Medial – eleva a mandíbula (fechar a boca) na 
mastigação e na fala e retrai a mesma durante essas e outras atividades; 
 Músculo Pterigóideo Lateral – permite baixar a mandíbula (abrir a boca), 
retrai-a e auxilia o movimento lateral de moer. A segunda fase deste processo 
voluntário é a deglutição, função esta que conduz os alimentos através da 
faringe para o esófago. Envolve o córtex, o tronco cerebral, muitos músculos 
e seis nervos cranianos: o trigémeo, o facial, o glossofaríngeo, o vago, o 
acessório e o hipoglosso 
 
Padrões de sucção 
O padrão imaturo de sucção é denominado, suckling, e é caracterizado por 
movimentos de extensão e retração e canolamento da língua. O padrão mais maduro 
desenvolve-se junto com o controle voluntário da sucção, aonde são observados maior 
pressão intra-oral e movimentos de elevação e abaixamento da língua, esta sucção é 
chamada sucking. 
Esfíncter labial 
O Músculo Orbicular da Boca é composto em quadrantes independentes ( superior, 
inferior, esquerdo e direito) que cooperam de muitas maneiras independentes na grande 
 
 
6 
variedade de ações labiais. Cada quadrante consiste em uma grande parte marginal e uma 
parte labial. 
Ações: a porção periférica, parte marginal, fecha os lábios com intensidade e a 
porção central, parte labial, fecha os lábios suavemente. Este músculo realiza protrusão 
labial, auxilia na sucção e é essencial na fase oral por atuar como uma válvula de pressão 
no fechamento dos lábios. O conjunto muscular bucinador-orbicular forma o elemento 
contrátil ativo para lábios e bochecha. O m. bucinador medialmente se funde com o m. 
orbicular da boca que forma um esfíncter elíptico em torno dos lábios. A contração leve do 
orbicular da boca aproximaos lábios, e a total cerra-os fortemente, comprimindo um com o 
outro. Os bucinadores comprimem as bochechas contra as maxilas e mandíbulas para 
manter os alimentos entre os dentes e a língua, na mastigação. Função essencial na 
sucção, além de ser importante para a limpeza da cavidade oral, e importante para assoviar 
e soprar. 
1.2 Anatomia da faringe 
 
A faringe é dividida em três áreas anatômicas, nasofaringe, orofaringe e hipofaringe. 
As paredes da faringe são constituídas de três músculos que estão envolvidos no ato da 
deglutição. Estes músculos são os constritores da faringe superior, médio e inferior. Estas 
fibras musculares estriadas originam-se na rafe mediana no meio da parede posterior da 
faringe. Estas fibras se estendem lateralmente e se inserem ao osso e às estruturas do 
tecido mole localizadas anteriormente. No recém nascido, a faringe faz uma discreta curva 
 
 
7 
Figura 3: Faringe 
desde a nasofaringe até a hipofaringe. A medida que o crescimento e 
desenvolvimento ocorrem, esta curva aproxima-se dos 90º. A faringe se estende desde a 
base do crânio até a o nível da sexta vértebra cervical. Seu tamanho é de cerca de 12cm. 
A faringe é o órgão tubular em forma de funil, que faz a ligação entre a cavidade oral 
e o esófago. Apresenta paredes muito espessas devido ao volume dos músculos que a 
revestem externamente, enquanto por dentro, é coberta pela mucosa faríngea e um epitélio 
liso, que facilita a rápida passagem dos alimentos. 
Quando se encontra em repouso, a sua longitude média é de 15 cm, enquanto que 
em contração, o seu extremo inferior eleva-se e a longitude diminui 3 cm aproximadamente. 
O diâmetro transversal mede 4 a 5 cm do meio da cavidade nasal e 4cm até às hastes 
maiores do osso hióide, diminuindo gradualmente de cima para baixo, não medindo mais 
de 2 cm no extremo inferior da conduta. 
Durante a deglutição o alimento, a partir da boca, passa pela faringe em direção ao 
esófago. Após a entrada na faringe, a abertura da laringe é fechada quando a traqueia se 
move para cima e permite que uma prega de tecido, chamada epiglote, cubra a via 
respiratória, evitando que os alimentos se movam para a estrutura nasal . 
O movimento da laringe, puxa simultaneamente as cordas vocais e aumenta a 
abertura entre a parte laríngea da faringe e o esófago . O bolo alimentar passa por este 
trajeto demorando poucos segundos. 
Anatomicamente, a faringe mede cerca de 12 cm e divide-se em três partes: 
 
 
8 
 Nasofaringe – situa-se posteriormente ao nariz e acima do palato mole; 
 Orofaringe – estende-se do palato mole até ao osso hioide; 
 Laringofaringe – estende-se do osso hióide até à cartilgem cricóide. 
 
1.2.1 Nasofaringe 
 
A nasofaringe é uma estrutura como uma caixa localizada na base do crânio. 
Conecta a cavidade nasal com a orofaringe servindo como um conduto de ar, área de 
drenagem para o nariz, para os seios paranasais e para a tuba auditiva e por último como 
um ressonador para a produção da voz. Contém a abertura da tuba auditiva e, lateralmente, 
o recesso faríngeo; e na parede posterior a tonsila faríngea. A nasofaringe comunica-se 
com a cavidade nasal através das aberturas nasais posteriores (coanas). Anteriormente é 
limitada pela coana nasal posterior, antero-inferiormente pelo palato mole, posteriormente 
pela base do crânio e inferiormente pela orofaringe. Tem um papel limitado no ato de 
deglutir e fica fechada em relação ao resto da faringe durante a deglutição. A adenóide fica 
no teto da nasofaringe. Embora a adenóide não tenha relação direta com a deglutição, 
quando hipertrofia pode obstruir parcial ou totalmente, o fluxo aéreo e interferir na 
deglutição. 
 
1.2.2 Orofaringe 
 
A orofaringe é a extensão da cavidade oral posteriormente, vai desde os pilares 
anteriores (arcos palatoglosso) até a parede da faringe. A tonsila palatina repousa entre os 
pilares anteriores e posteriores. A valécula é um espaço em forma de cunha entre a base 
da língua e a epiglote. As paredes lateral e posterior da orofaringe são formados pela parte 
mediana e inferior dos músculos constritores da faringe. A maior parte do osso hióide está 
contida na parede lateral da faringe (Donner, Bosma & Robertson, 1985); o corpo do osso 
hióide está inserido na base da língua. A base da língua e a laringe descem durante os 4 
primeiros anos de vida. A partir dos 4 anos a base da língua forma parte da parede anterior 
da orofaringe (Caruso & Sauerland, 1990). Algumas das fibras mais superiores do constritor 
 
 
9 
superior e do palato faríngeo formam uma faixa muscular que, durante a deglutição, elevam 
uma crista transversa (crista de Passavant) na parede posterior da faringe que, junto com 
a elevação do palato mole, separa a parte nasal da faringe da parte oral. 
 
1.2.3 Hipofaringe 
 
A hipofaringe, vai da ponta da epiglote ao nível do osso hióide até o músculo 
cricofaríngeo ( parte do constritor faríngeo inferior). Termina sobre a laringe, ao nível das 
falsas pregas vocais. O músculo cricofaríngeo na entrada do esôfago não possui rafe 
mediana, em contraste com os constritores, e em estado de contração tônica, funciona 
como o esfíncter faringoesofageal (Caruso & Sauerlander, 1990). As fibras do constritor 
inferior se inserem nas laterais da cartilagem tireóide formando um espaço entre as fibras 
musculares e cada lado da cartilagem tireóide. Esses espaços são conhecidos como seios 
ou fossas piriformes e eles se estendem para baixo do músculo cricofaríngeo. Explicando 
de outra maneira. A parte laríngea da faringe (laringofaringe ou hipofaringe) estende-se da 
borda superior da epiglote à borda inferior da cartilagem cricóide, e se continua abaixo com 
o esôfago. A laringe projeta-se na hipofaringe dorsalmente, contendo as fossas piriformes, 
em ambos os lados da abertura laríngea. As fibras obliquas do músculo constritor inferior 
terminam onde as fibras horizontais do músculo cricofaríngeo começam. As paredes lateral 
e posterior da hipofaringe são sustentadas pelos constritores médio e inferior. A parede 
anterior é formada pela laringe e estruturas relacionadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
Figura 4: Anatomia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.3 Anatomia da Laringe 
 
A laringe é uma estrutura complexa constituída de cartilagens, músculos e 
ligamentos. As cartilagens incluem a tireóide, cricóide, aritenóides, cuneiformes, 
corniculadas e epiglote. Os músculos intrínsecos da laringe controlam os movimentos de 
abertura e fechamento das pregas durante a respiração, a fonação e deglutição. Controlam 
ainda a tensão para produção de sons agudos e graves. O músculo que corresponde ao 
corpo da prega vocal é chamado músculo vocal, que também é o músculo das pregas 
ventriculares (falsas cordas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
Figura 5: Anatomia da Laringe 
 
Os ligamentos tíreohióideo e cricotireóideo ajudam na suspensão e estabilidade da 
laringe. A laringe possui três funções básicas, que em ordem de prioridade são: protetora, 
respiratória e fonatória. A laringe e a traquéia estão suspensas no pescoço pela 
musculatura suprahioidea, superior e anteriormente ao osso hióide. A membrana tíreo-
hióidea e os músculos tireóideos conectam a laringe ao osso hióide, o que forma a base de 
sustentação para a língua. A porção posterior ou laríngea da epiglote forma a parede 
anterior e o telhado do vestíbulo laríngeo. As paredes do lado do vestíbulo laríngeo são 
formadas pela cartilagem tireóide e suas demais estruturas, incluindo os músculos 
tireoepiglótico e, em parte, pelos músculos tireoaritenóideo em cada lado. O fechamento 
esfincteriano da via aérea superior é realizado em três níveis dentro da configuração 
laringeal por estimulação bilateral do nervo laríngeo recorrente. As pregas ariepiglóticas 
(músculo ariepiglótico), se aproximam para cobrir a entrada superior da laringe.Neste nível 
mais alto, o espaço anterior é preenchido pelo movimento descendente da epiglote. O 
espaço posterior é preenchido pela cartilagem aritenóide (Sasaki & Isaacson, 1988). As 
pregas ventriculares, que formam o teto do ventrículo laríngeo, são o segundo nível de 
proteção. Os músculos tireoaritenóideos ajudam na adução das pregas ventriculares. O 
terceiro nível de proteção, corresponde às pregas vocais, com o feixe interno dos músculos 
 
 
12 
tireoaritenóideos. As pregas vocais verdadeiras se ligam ao processo vocal da cartilagem 
aritenóide posterior. As pregas vocais verdadeiras parecem ser o nível mais eficaz de 
proteção contra a aspiração. 
1.4 Anatomia do Esôfago 
 
O esôfago é um tubo muscular envolto com uma mucosa que propulsiona o alimento 
da hipofaringe ao estômago. O músculo cricofaríngeo ou esfíncter esofageal superior, forma 
a junção entre a hipofaringe e o esôfago. A mucosa logo acima do músculo cricofaríngeo é 
rarefeita e vulnerável à lesões e perfurações por corpos estranhos (Caruso & Sauerlander, 
1990). O esfíncter gastroesofágico ou esfíncter esofágico inferior, forma a junção entre o 
esôfago e o estômago. Estes dois esfíncteres conservam o esôfago vazio entre as 
deglutições. O esôfago está em íntima proximidade a outras estruturas do pescoço e do 
tórax. No pescoço, o esôfago está na frente das vértebras cervicais, atrás da traquéia e 
entre as artérias carótidas. Os nervos laríngeos recorrentes estão localizados de cada lado 
do esôfago na fissura traqueoesofageal. 
 
 Figura 6: nervos laríngeos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
Outras estruturas importantes relacionadas à alimentação e respiração, as quais 
estão próximas ao esôfago, incluem o principal brônquio-fonte esquerdo, arco aórtico, 
pericárdio, nervos esofageaes e veias sangüíneas. A parede do esôfago é composta de 
três camadas de tecido: o epitelium, a lâmina própria e a muscularis mucosae. Os músculos 
são encontrados em camadas longitudinais externas e em camadas circulares internas. As 
porções posterior e lateral do músculo longitudinal circundam as camadas dos músculos 
internos em um padrão espiral. Estas porções são ligadas superiormente à porção posterior 
das cartilagens da laringe. O terço superior do esôfago é composto de músculo estriado 
similar ao da faringe, e os dois terços inferiores são compostos pelas fibras musculares 
lisas. A faringe e o esôfago proximal são as únicas regiões do corpo humano onde a 
musculatura estriada não está sob o controle neurológico voluntário. Ambas as fibras, 
simpática e parassimpáticas, inervam o esôfago. 
O esófago é um órgão tubular com uma extensão aproximada de 25cm, sendo constituído 
por paredes musculosas revestidas no seu interior por uma delicada membrana mucosa e 
dividindo-se em três partes: 
 Cervical - com cerca de 3 a 4 cm, atravessa o pescoço por trás da laringe e 
da traqueia. 
 Torácica - com cerca de 18 cm, cruza o peito por trás do coração e em frente 
à coluna vertebral. 
 Abdominal - com cerca de 2 a 3 cm, atravessa o diafragma através de um 
orifício denominado hiato esofágico, pelo qual entra no abdómen, acabando 
no estômago. A estrutura muscular do esófago permite o transporte do bolo 
alimentar da faringe até ao estômago. Este processo é involuntário e pode 
sofrer influência da gravidade, no entanto, depende da propriedade do bolo 
e da posição do toráx durante a deglutição. As ondas peristalticas são 
interpretadas como sendo uma função neuro-muscular que envolvem o 
controlo dos nevos, a interecção com a estrutura do bolo e mecanismos 
estruturados com o tecido. 
 
 
 
 
 
14 
1.5 Diferenças Anatômicas entre Crianças e Adultos 
 
Existem significativas diferenças entre crianças e adultos. Na cavidade oral a língua 
da criança preenche a boca e repousa mais anteriormente do que a do adulto. A criança 
tem “almofadas de sucção” (sucking pads) as quais são descritas como densas massas 
compactas de tecido gorduroso dentro dos músculos masseteres. Estas “almofadas” (pads) 
ajudam a estabilizar a bochecha e geralmente desaparecem por volta dos 4 a 6 meses de 
idade. O tamanho da cavidade oral da criança é pequeno por conta do tamanho da 
mandíbula, isto faz com que a língua pareça grande para o espaço em que está. A íntima 
proximidade da língua, do palato mole e farínge com a larínge, a qual está suspensa em 
uma porção mais elevada no pescoço da criança facilita a respiração nasal, em relação ao 
adulto. Esta relação está preservada nos três ou quatro primeiros meses de vida quando a 
maioria das crianças começa tipicamente a respirar através da boca tão bem quanto pelo 
nariz. Ao nascer, a boca já nos mostra uma notável integração sensorial e neuromotora. 
Estudos nos tem mostrado que durante o desenvolvimento fetal a região perioral se 
desenvolve bem cedo. É a primeira área a responder a estímulos táteis (sete semanas de 
gestação Peiper, 1963), e os padrões de sucção /deglutição são estabelecidos por volta de 
15 a 18 semanas de gestação (Ianniruberto, 1981). O fato destas respostas estarem 
prontas tão cedo garante ao recém nascido a sua sobrevivência. 
2. MASTIGAÇÃO 
 
 “Conjunto de fenômenos estomatognáticos que visa à degradação mecânica dos 
alimentos, isto é, a trituração e moagem, transformando-os em partículas pequenas” 
(Marchesan, 2005). Corresponde à fase inicial do processo digestivo. Tem como objetivos: 
(1) fragmentar os alimentos e prepará-los para a deglutição; 
(2) mastigação promover uma ação bacteriana sobre os alimentos; 
(3) proporcionar o desenvolvimento normal dos ossos maxilares e 
(4) promover a manutenção dos arcos dentários. 
 
 
 
15 
2.1 Fases da Mastigação 
 
• Incisão – apreensão do alimento obtida através da elevação da mandíbula em 
protrusão. A língua, coordenadamente com as bochechas, posiciona o alimento entre as 
superfícies oclusais dos dentes prémolares e molares, preparando as etapas seguintes. 
 • Trituração – transformação mecânica de partes grandes do alimento em partes 
menores. 
• Pulverização – transforma o alimento em elementos tão reduzidos, com 
consistência ideal para a deglutição. 
 
2.2 Músculos da Mastigação 
 
Subdividem-se em elevadores, depressores e auxiliares. 
 Músculos Elevadores, sua função básica é elevar a mandíbula, no entanto, 
participam de outros movimentos mandibulares. 
 Músculo Temporal – eleva a mandíbula, contrai os feixes anteriores na 
abertura máxima e os feixes posteriores na retração mandibular, age no 
deslocamento contralateral. É fundamental na determinação do tônus 
muscular da posição postural da mandíbula. 
 Músculo Masseter – além de ser elevador, atua na projeção anterior da 
mandíbula e na lateralização. 
 Músculo Pterigóideo Medial – paralelo ao masseter, é também elevador e age 
em conjunto com o masseter na protrusão e na lateralização da mandíbula, 
com boca fechada. 
 
 
 
 
 
 
 
16 
Figura 7: Músculos da mastigação 
 
 
 
 Músculos Depressores, sua função básica é rebaixar a mandíbula, mas 
também participam de outros movimentos mandibulares. A ação conjunta do 
pterigóideo lateral e os músculos supra-hióideos promovem o rebaixamento 
da mandíbula, enquanto a musculatura infra-hióidea estabiliza o osso hióide. 
 Músculo Pterigóideo lateral – além da depressão, projeta a mandíbula à frente 
e atua nos movimentos laterais. Estabiliza a ATM. 
 Músculo Digástrico – faz parte dos músculos suprahióideos. É basicamente 
depressor, como todos os músculos supra-hióideos. 
 Músculo Geni-hióideo – depressor. Facilita a deglutição. 
 Músculo Milo-hioideo: favorece a deglutição puxando o hióide para cima, 
como o faz o geni-hióideo. Deprime a mandíbula. 
 Os Músculos Auxiliares não são considerados propriamente músculos da 
mastigação, mas participam ativamente das funções estomatognáticas. São 
eles: 
 
 
17 
1. Músculo Orbiculardos Lábios – produz o fechamento e a projeção à 
frente dos lábios. Importante na sucção. 
2. Músculo Bucinador – puxa a comissura labial, comprime os lábios e as 
bochechas tornando-se fundamental na sucção. Na mastigação, 
empurra o bolo alimentar para a superfície oclusal. 
3. MúsculoZigomático Maior – junto com o zigomático menor leva a 
comissura labial para cima e para fora. 
4. MúsculoZigomático Menor – puxa a comissura labial e o lábio superior 
em particular, para cima e para fora. 
 
3. O CONCEITO DE DEGLUTIÇÃO 
 
A deglutição é um processo contínuo, mas apesar do processo ser contínuo é 
dividido em fases, para ser melhor compreendido. Alguns autores dividem a deglutição em 
fases, oral, faríngea e esofágica, e outros em 4, acrescentando a fase preparatória. Estas 
fases, envolvem muitas estruturas, tanto moles como duras. Para compreendermos melhor 
estas fases, discorreremos sobre a anatomia de algumas estruturas que realizam ou 
participam da deglutição. As estruturas duras são os ossos: hióide, esfenóide, mandíbula 
e vértebras cervicais. Os músculos e outros tecidos importantes são: a orofaringe, músculos 
constritores faríngeos, palato mole, língua - genioglosso, hioglosso e estiloglosso, epiglote, 
esôfago, cartilagens cricóide e tireóide, e os músculos do pescoço. Os nervos encefálicos 
são: Trigêmeo V (motor e sensitivo), Facial VII (motor e sensitivo), Glossofaríngeo IX (motor 
e sensitivo), Vago X (motor e sensitivo), Hioglosso XII (motor), e Spinal - Cervical 1-3 
(motor). Se considerarmos que o pescoço necessita estar bem posicionado para uma 
deglutição harmoniosa, poderíamos também incluir o nervo Acessório XI. 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 Figura 8: Nervos encefálicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. FISIOLOGIA 
 
O controlo neurológico da deglutição pode-se dividir em quatro grandes 
componentes, fibras sensoriais, fibras cerebrais, pares centrais e fibras motoras. A 
respiração é também um fator de grande importância para o ato de deglutir, pois este 
necessita de ser coordenado para que deglutir seja um processo também coordenado e 
com sucesso . A deglutição é pois um processo complexo, devido ao elevado número de 
estruturas envolvidas, é dinâmico e automático, porque envolve movimentos que podem 
ser voluntários e involuntários. Divide-se por etapas em que cada uma processa a sua 
função coordenada . Para vários autores o ato de deglutir processa-se em 3 fases: oral, 
faríngea e esofágica. A fase oral é ainda dividida em estágios: preparação, qualificação, 
organização e ejeção ou transporte. Outros autores consideram também importante uma 
 
 
19 
fase inicial: oral preparatória, pelo que defendem que o processo da deglutição se realiza 
em 4 fases: oral preparatória, oral, faríngea e esofágica . Recentemente, dado o avançar 
da esperança média de vida, existem autores que defendem 5 fases para realizar a 
deglutição, considerando que a preparação dos alimentos antes de serem introduzidos na 
cavidade oral, é também um fator que já envolve o processo natural de deglutir, 
identificando esta fase como sendo antecipatória . O sincronismo entre as várias fases, 
permite que o alimento que entra na cavidade oral, seja moldado, organizado e transportado 
até ao estômago sem existirem desvios durante o trajeto, seja por aspiração e/ou 
penetração. 
 Figura 9: Nervos encefálicos 
 
 
 
 
 
 
20 
5. FASES DA DEGLUTIÇÃO 
O controle neurológico da deglutição foi estudado através de: eletromiografias, 
estudo de lesões no sistema nervoso central e periférico, remoção de músculos específicos 
e também por estimulação elétrica (Miller, 1986). O controle neurológico da deglutição 
envolve 4 grandes componentes 1. fibras sensoriais aferentes contidas nos nervos 
encefálicos, 2. fibras cerebrais, do mesencéfalo e cerebelares que fazem sinapse com os 
centros da deglutição no tronco cerebral, 3. os pares centrais da deglutição no tronco 
cerebral, e 4. as fibras motoras eferentes contidas nos nervos encefálicos. A deglutição 
pode ser disparada por diferentes centros nervosos, mesmo após remoção total das regiões 
corticais e subcorticais, acima do tronco cerebral. Isto indica que o córtex cerebral não é 
essencial para os estágios faríngeo e esofageal (Miller, 1972), embora o córtex cerebral 
facilite a fase oral e a iniciação da fase faríngea. 
 
5.1 Fase antecipatória 
Antecede a entrada do alimento a boca, promove modulações cerebrais para 
receber o alimento e envolve: intenção de se alimentar, consciência, atenção, fome, 
sentidos (visão, olfato, paladar), estado emocional. 
 
Figura 10: Fase antecipatória 
 
 
 
21 
 
5.2 Fase Preparatória Oral e Oral 
 
A função de deglutir é a de transportar material da cavidade oral ao estômago não 
permitindo a entrada de nenhuma substância na via aérea. Para deglutirmos de forma 
segura necessitamos de uma coordenação precisa, principalmente entre as fase oral e 
faríngea. A passagem do bolo sem ser aspirado é o resultado da interação complexa entre 
os diversos músculos e nervos que participam da deglutição. 
 A divisão da deglutição é baseada nas características anatômicas e funcionais. 
A primeira é a preparatória, momento em que preparamos o alimento mordendo-o e 
mastigando-o para que o mesmo possa ser transformado em um bolo homogêneo, 
facilitando a deglutição. 
A fase oral é em sua maior parte voluntária, envolvendo a mastigação e a projeção 
do bolo alimentar para a faringe pela língua. A salivação, que também começa a ocorrer 
antes da chegada do alimento, vai umidificar e lubrificar a boca para facilitar a formação e 
descida do alimento para a faringe. 
A segunda fase é a oral. Após o alimento ter sido preparado, este será posicionado 
sobre a língua que se acoplará ao palato duro, iniciando um movimento ondulatório de 
frente para trás para levar o bolo para o fundo da boca. Quando o alimento sólido, ou líquido, 
em conjunto com o dorso da língua, toca os pilares anteriores, desencadeia-se o reflexo de 
deglutição propriamente dito. Este é acionado inicialmente pelo IX par que é o 
glossofaríngeo. Neste momento inicia-se a terceira fase da deglutição, que é a faringeana. 
 
 
 
22 
 Figura 11: divisão da deglutição 
 
 
 
 
 
 
 
Frase Preparatória Oral 
A fase oral, voluntária é dividida em fase preparatória e oral propriamente dita. Em 
um indivíduo normal, a cavidade oral funciona como um órgão sensorial e motor para 
preparar o alimento para que ele seja deglutido de forma segura. O estágio preparatório, 
nada mais é do que a mastigação com as suas três fases, incisão, trituração e pulverização. 
Nesta fase o bolo é misturado com a saliva. Se esta fase não ocorre de maneira adequada 
com certeza a seguinte não ocorrerá da melhor maneira possível. Em bebês a sucção e 
deglutição de líquidos é feito em tempo mínimo na fase oral preparatória. Quando as 
crianças começam a experimentar texturas mais grossas, esta fase dura mais tempo. 
Quanto mais mastigação é necessária, mais longa é essa fase. A manipulação oral de 
líquido através de copo varia significativamente de uma criança para outra, mas geralmente 
o líquido é manipulado na cavidade oral não mais do que dois a três segundos. O 
fechamento labial é necessário uma vez que o material é colocado dentro da boca e com 
isto nenhum líquido escorrerá para fora. Algumas crianças podem mover o líquido ao redor 
de toda a boca antes de formar um bolo coeso. O bolo é então colocado entre a língua e o 
palato duro antes de iniciar a deglutição voluntária. Durante toda a fase oral preparatória o 
palato mole está em uma posição mais baixa, ajudando a prevenir que o bolo caia na faringe 
antes da deglutição ser produzida. Esta ativa inferiorização do palato mole ocorre pela 
contração do músculo palatoglosso. A faringe e laringeestão em repouso. A via aérea está 
aberta e a respiração nasal continua até que a deglutição ocorra. 
 
 
23 
O impulso sensorial informa aos centros de controle neural sobre o processo de 
mastigação, de modo que o bolo seja preparado até uma consistência desejável e as forças 
propulsivas da língua são preparadas para transportar o bolo eficientemente para a faringe. 
Nos bebês esta fase compreende a sucção, tem curta duração. O tempo aumenta 
com a introdução de novas texturas. 
• Aceitação do bolo alimentar (Andrade e Limongi , 2012) 
• Voluntária 
• Lábios ocluídos (evitar o escape extraoral e manter pressão intraoral (Bazzotti, 
1998; Furkim, 2009) 
• Respiração nasal (faringe e laringe em repouso, VA aberta) 
• Preparação (mastigação) - ação saliva 
• Bolo alimentar posicionado/organizado entre a língua (dorso) e o palato duro 
 
Fase Oral 
A fase oral, é uma fase voluntária que começa com a propulsão posterior do bolo 
pela língua e termina com a produção de uma deglutição. A iniciação de uma deglutição do 
bolo alimentar ou líquido se faz sob controle voluntário, embora os estágios finais da 
deglutição sejam involuntários. A presença de comida ou líquido exige uma iniciação 
voluntária da deglutição. No entanto o processo de salivação na deglutição parece ser 
diferente e pode ser mais automático no início de uma deglutição. O fato de que a deglutição 
continua durante o sono, embora com o índice significativamente reduzido, fornece 
evidência do componente automático no início de uma deglutição. Na fase oral a ponta da 
língua apoia-se contra as bordas do alvéolo maxilar ou os incisivos superiores. A parte 
anterior da língua toma uma forma de xícara para conter bolos com grandes volumes. É a 
língua também que leva o alimento para ser mastigado em ambas as laterais. A língua 
portanto, exerce vários papéis importantes nestas duas fases. Levar o alimento para ser 
mastigado, juntar este alimento, conter o bolo formado, acomodar este bolo e propulsioná-
lo para trás. O tamanho da cavidade oral pode alterar o tamanho, a forma, o volume, o pH, 
a temperatura e a consistência do bolo. Quando o bolo é levado para a faringe o palato 
mole deve se fechar para que a comida não vá para a nasofaringe. Os músculos que 
participam neste momento são o elevador do véu palatino, tensor do véu e o palato faríngeo. 
 
 
24 
O total selamento da cavidade oral ajuda a manter as forças de propulsão necessárias para 
o transporte do bolo através da hipofaringe, esfíncter esofageal superior e para dentro do 
esôfago. A fase oral dura menos de um segundo. 
 
Voluntária e consciente. 
• Oclusão dos lábios 
• Dentes – oclusão cêntrica – ação mm elevadores mdB (sólido) - complexo 
suprahioideo – eleva osso hioide. 
 • Língua: porção anterior se eleva contra o palato duro e a base fica rebaixada e 
posteriorizada, em movimentos ondilatórios. Frequência da deglutição tamanho e 
lubrificação 
 • Tempo de trânsito oral: medida de tempo do fim da mastigação até o início do 
reflexo faríngeo. 
 
5.3 Fase Faríngea 
 
A fase faríngea começa com a produção de uma deglutição e a elevação do palato 
mole para fechar a nasofaringe. A fase faríngea consiste de contração peristáltica dos 
constritores faringeais para propulsionar o bolo através da faringe. Simultaneamente, a 
laringe é fechada para proteger a via aérea. Não há interrupção do movimento de 
posteriorização do bolo em uma deglutição normal. A laringe protege a via aérea de duas 
formas. A mais importante é o fechamento completo e automático da glote durante a 
deglutição. 
 
 
 
25 
 
 Figura 11: Epiglote 
 
 
Contrariamente às crenças populares, a epiglote não é essencial para o fechamento 
glotal ou para prevenir a aspiração, no entanto ela tem um papel ativo e importante. A 
epiglote é trazida para baixo sobre a glote durante a deglutição e leva o bolo deglutido 
lateral e posteriormente em direção ao esfíncter esofageal superior. Através de exames 
mais precisos quatro eventos associados com o fechamento laringeal foram descritos. 
Primeiro há a adução das pregas vocais associada à aproximação horizontal das 
cartilagens aritenóides. Segundo, há a aproximação vertical das aritenóides em direção à 
base da epiglote. Em terceiro lugar ocorre a elevação da laringe e por último a epiglote 
desce. Na orofaringe existem inúmeros sensores que podem desencadear a fase faríngea 
da deglutição. Simples toques ou pressões mesmo que suaves são capazes de 
desencadear a deglutição. Isto ocorre quando estes contatos são realizados no palato mole, 
úvula, dorso da língua, superfície faringeal da epiglote, pilares, seios piriformes, parede 
posterior da faringe e na articulação faringo esofageal. 
 
 
26 
Figura 12: Fase Oral e Fase Faríngea 
Durante a fase faríngea, que dura aproximadamente um segundo, a deglutição é 
reflexa e envolve uma seqüência complexa de movimentos coordenados. Podemos dividir 
esta fase em dois movimentos básicos. Primeiro a elevação de todo o tubo faringeal 
incluindo a laringe. Segundo, uma onda peristáltica descendente. Durante o primeiro 
movimento, a porção posterior da língua desce seqüencialmente (move-se caudalmente) 
enquanto mantém contato com a parede posterior da faringe. Os constritores faringeaes 
contraem seqüencialmente numa ordem descendente melhorando a possibilidade para a 
onda peristáltica faringeal. O bolo propaga-se através da faringe numa média de 9 a 25 cm 
por segundo, uma ação a qual, nos adultos leva cem milisegundos. Durante a fase faríngea 
a laringe se eleva, movendo-se anterior e superiormente. Isto é realizado por contrações 
dos músculos suprahioideos, tais como o milohioideo, geniohideo e digástrico, além do 
músculo tireohideo. 
A laringe se movendo desta forma permite a melhor apreensão do bolo para levá-lo 
para a faringe, além de ajudar na abertura do esfíncter superior esofageal através das 
forças do trato. Durante a deglutição o orifício laringeal fecha na altura da epiglote e das 
pregas vocais pela contração do tiroaritenóide, ariepiglótico e músculos oblíquos 
aritenóides. Além disso o fechamento do vestíbulo laringeal ocorre quando a laringe é 
posicionada abaixo da base da língua. O bolo líquido é desviado em duas correntezas no 
momento em que flui ao redor da epiglote para dentro da fossa piriforme. Os constritores 
faringeaes e elevadores “injetam” comida da faringe para dentro do esôfago com uma 
grande força e enorme velocidade, variando em torno de 100 cm por segundo. A propulsão 
 
 
27 
faríngea da comida para dentro do esôfago tem sido comparada com a pressão forçada do 
compressor de uma seringa. Aproximadamente 600 a 900 milisegundos depois do início da 
fase faríngea, a comida passa através do esfíncter esofageal superior e entra no esôfago. 
O músculo cricofaríngeo, que é o principal componente do esfíncter esofageal superior, 
relaxa por aproximadamente 500 milesegundos durante a deglutição para permitir a 
passagem do bolo. Adultos normais completam a deglutição faríngea em aproximadamente 
1,500 milesegundos. Em crianças não existem dados exatos sobre a duração do tempo. 
A fase faríngea é a fase mais curta, entretanto a mais importante, onde ocorre a 
elevação da laringe, reversão da epiglote, adução ou fechamento glótico e relaxamento do 
esfincter esofagiano superior para entrada do alimento no esôfago, entrando na 3ª fase da 
deglutição, totalmente involuntária. 
Involuntária e consciente 
• Resposta reflexa 
• Início com elevação do palato mole e fechamento da nasofaringe (aumenta a 
pressão intrafaríngea e contribui para o direcionamento do bolo alimentar para o esôfago) 
• Dorso da língua se deprime e o bolo alimentar desliza para orofaringe 
• Movimento ântero-superior da laringe 
• Simultaneamente a laringe é fechada para proteção da VA (fechamento glótico, 
descida da epiglote) 
• Contração dosmúsculos constritores da faringe – onda peristáltica 
 
MECANISMOS 
 
1) Propulsor: empurra o bolo para o esôfago pela ação dos músculos superior, médio 
e inferior da faringe, inervados pelo plexo faríngeo (nervos glossofaringeo-IX e vago-
X). 
2) Válvula (proteção da VA): interrupção das conexões entre as estruturas 
• cavidade oral-faringe: elevação da raiz da língua e ação das fauces, e depende da 
constrição dos músculos intrínsecos da língua, músculo estiloglosso, músculo 
estilohióideo e do músculo palatoglosso. 
 
 
28 
• cavidade nasal-orofaringe: constrição do músculo superior da faringe e elevação 
do palato mole, sendo esta última ação produzida pela contração do músculo 
elevador do véu palatino e dos músculos da úvula. 
• faringe-laringe: excursão ântero-superior da laringe (proteção da VA, favorece a 
abertura por tração do EES e a ampliação da faringe para a passagem do bolo) – 
músculos genioglosso, palatofaríngeo, salpingofaríngeo, estilofaríngeo. – 
fechamento do vestíbulo laríngeo, descida da epiglote sobre as cartilagens 
aritenóides, fechamento das falsas pregas vocais, inclinação das aritenóides 
anteriormente, para baixo e medialmente e fechamento das pregas vocais 
verdadeiras (mm. intrínsecos da laringe) 
 • faringe-esôfago: abertura do EES para a passagem do bolo da faringe para o 
esôfago ocorre por força de tração em sua parede anterior devido à contração dos 
músculos supra e infra-hiódeos. Depois da passagem do bolo o EES se fecha (mm 
constritor faríngeo inferior e cricofaríngeo ) 
 
 
5.4 Fase Esofágica 
 
Assim iniciamos a fase esofageal. A fase esofágica, consiste em uma onda 
peristáltica automática a qual leva o bolo para o estômago, consequentemente reduzindo o 
risco de refluxo gastro esofágico ou reentrada de material alimentar do esôfago para dentro 
da faringe. O refluxo gastro esofágico é também evitado através da contração tônica do 
músculo cricofaríngeo. O refluxo ocasional em pequenas quantidades é considerado 
normal em crianças. O processo de peristaltismo movimenta o bolo através do esôfago e 
termina quando a comida passa pela junção gastroesofágica. O esfíncter esofageal 
superior (EES) também conhecido como segmento faringoesofageal, é uma zona de alta 
pressão definida manometricamente e está localizada na região distal em relação a 
hipofaringe. O esfíncter é fechado tonicamente no repouso e aberto durante a deglutição, 
vomito ou arroto. O comprimento da zona de alta pressão nos adultos, é de 2,5 a 4,5 
centímetros com a média entre 3 cm. 
 
 
 
29 
Figura 13: Deglutição – fase esofágica 
 
 
Embora o músculo cricofaríngeo seja o maior componente do esfíncter superior, seu 
comprimento é entre 1cm e portanto outros músculos adicionais tais como o constritor 
faringeal inferior mais as fibras do músculo esofageal proximal, provavelmente contribuem 
para manter a zona de alta pressão. O perfil da pressão do EES é assimétrico com pressões 
mais altas notadas nas direções anterior e posterior. Existem duas origens para a pressão 
no EES, uma originada de um componente ativo secundário da contração do músculo 
cricofaríngeo e outra de forças passivas atribuídas ao tecido elástico. O músculo 
cricofaríngeo foi inserido bilateralmente nas margens laterais inferiores da lâmina cricóide, 
e como resultado, cartilagem e esfíncter se movem em uníssono. O EES, o qual está 
fechado no repouso, relaxa durante a deglutição assim como a laringe se eleva. Relaxação 
do esfíncter precede a abertura por aproximadamente um décimo de segundo. O esfíncter 
abre por forças de tração na sua parede anterior exercidas pela contração dos músculos 
suparahioideo e infrahioideos. A duração e diâmetro da abertura do esfíncter são 
influenciadas pelo tamanho do bolo e viscocidade os quais implicam que a resposta do 
esfíncter não é estereotipada mas é responsiva ao feedback sensorial. As funções do 
esfíncter esofageal superior incluem prevenção da distenção esofageal durante a 
respiração normal e a proteção da via aérea contra a aspiração seguindo um episódio de 
 
 
30 
refluxo gastroesofágico. Esta última informação é controversa. Estudos anteriores 
demostravam que a pressão do EES aumentou em resposta a acidificação intra esofágica 
em crianças e adultos sugerindo que o EES funciona como uma barreira dinâmica contra o 
refluxo gastroesofageal. No entanto, estudos recentes usando metodologia mais sofisticada 
não confirmaram estes achados. Outros modificadores da pressão do EES incluem sono, 
o qual é associado com a pressão diminuída do esfíncter, e fatores associados com a 
pressão aumentada incluindo respiração, distensão esofageal e stress. O padrão de 
peristaltismo do esôfago durante a deglutição é essencialmente o mesmo nas crianças e 
nos adultos. 
A fase esofágica envolve contrações musculares que fazem a propulsão do bolo 
através do esfíncter esofágico superior até o estômago. 
Involuntária e inconsciente. 
• Bolo alimentar conduzido do esôfago ao estômago por movimentos peristálticos 
reflexos 
• Esfíncter esofágico superior (EES) – junção hipofaringeesôfago (fechado no 
repouso, aberto na deglutição – pressão negativa 
• Esfíncter Esofágico Inferior (EEI) então se relaxa para permitir a passagem do bolo 
para o estômago, e logo recupera seu tônus basal para impedir a regurgitação 
gastroesofágica. 
• Impulsos sensoriais da faringe e do esôfago são vitais nesta fase. 
 
 
 
 
31 
 Figura 14: fase esofágica 
 
 
 
 
 
6. CONTROLE NEURAL DA DEGLUTIÇÃO 
 
O ato da deglutição consiste em um mecanismo neuromotor e neuromuscular que 
é iniciado de maneira consciente e é resultado da integridade anatômica e funcional de 
diversas estruturas faciais, ósseas, cartilaginosas, musculares, vitais, cervicais e cerebrais. 
A deglutição para acontecer necessita da sincronização de 30 músculos da boca, 
faringe e esôfago, de seis pares de nervos encefálicos, tronco cerebral, córtex e sistema 
nervoso central (SNC) e periférico (SNP). 
 
 
 
32 
 
Figura 15: Controle Neural da deglutição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O SNP tem parte dele integrado pelo sistema nervoso autônomo (SNA) também 
conhecido como sistema neovegetativo ou visceral, controla órgãos internos, como 
esôfago, estômago e intestino e funções tais como a respiração, digestão e está 
diretamente ligado aos movimentos peristálticos e consequentemente as fases 
involuntárias e inconsciente da deglutição. Este sistema se divide em simpático e 
parassimpático e controla a atividade de alguns nervos envolvidos na atividade 
deglutiteória: Nervo oculomotor (informação visual), facial, vago e glossofaríngeo e, 
também, encontra-s na medula espinhal. Esses nervos estão relacionados com a salivação, 
movimentos pré- estomago, no controle do esfíncter esofágico e na atividade da 
musculatura lisa do sistema digestivo e respiratório superior. Isto permite ao indivíduo não 
ter de se preocupar com estas atividades que assumem um papel determinante para a 
 
 
33 
sobrevivência. Por este motivo, o SNA é um sistema que funciona de modo autónomo e 
inconsciente. 
O controle neural da deglutição no geral envolve 06 grandes componentes: 
1) Seis pares de nervos cranianos; 
2) Fibras sensoriais aferentes e eferentes contidas nos nervos encefálicos; 3) 
Fibras cerebrais, do mesencéfalo e cerebelares que fazem sinapse com os centros da 
deglutição no tronco cerebral; 
 4) Os pares centrais da deglutição contidos no tronco cerebral; 
 5) Atuação do córtex cerebral; 
 6) Participação do sistema nervoso central e periférico (sistema nervoso autônomo 
- SNA. 
 
 Figura 16: Sistema Nervoso Periférico 
 
Os nervos sensoriais têm a função de levar os estímulos até o cérebro e os nervos 
motores têm a função de transformar o estímulo recebido em uma ação motora mastigatória 
e/ou deglutória. Os músculos que participam da deglutiçãorecebem impulsos enviados pelo 
córtex e este juntamente com o tronco cerebral é responsável pela organização e 
determinam a ação deglutição. 
 
 
34 
Os nervos encefálicos envolvidos nesse complexo sensório-motor da deglutição 
são: o trigêmeo (V- motor e sensitivo), facial (VII - motor e sensitivo); Glossofaríngeo (IX - 
motor e sensitivo), vago (X - motor e sensitivo), acessório espinhal (XI - motor puro) e 
hipoglosso (XII - motor puro), mais o nervo olfativo (I - sensitivo puro) e o nervo óptico (II - 
sensitivo puro), pois a deglutição se inicia muito antes da mastigação; é através do sentir e 
do olhar que muitas vezes nossas glândulas salivares são ativadas e disparam o reflexo da 
deglutição mesmo sem a presença do alimento. 
O controle do processo de deglutição no tronco encefálico é feito pelo centro da 
deglutição, localizado na formação reticular bulbar. Os neurônios localizados no centro da 
deglutição podem ser divididos em dois grupos: grupo de neurônios localizados na região 
dorsal do bulbo, situados no núcleo do trato solitário, além de interneurônios vizinhos; grupo 
de neurônios localizados na região ventral do bulbo, situados no núcleo ambíguo, área 
ventral e interneurônios subjacentes . 
Fibras nervosas aferentes são encarregadas de levar as informações provenientes 
da cavidade oral, faringe, laringe e esôfago, por meio dos axônios sensoriais provenientes 
do nervo glossofaríngeo, vago (especialmente ramo laríngeo superior), facial e trigêmeo até 
o núcleo do trato solitário. Os neurônios localizados no núcleo do trato solitário 
desempenham um papel de direção da deglutição, atuando no disparo e geração da 
sequência motora. São, portanto, responsáveis pelo início e organização do padrão rítmico 
da deglutição. 
 Depois de iniciado, o comando da deglutição é transmitido para os interneurônios 
localizados na região ventral. Dessa maneira, os neurônios da região ventral agem como 
neurônios de ligação, que distribuem e coordenam a direção da sequência gerada no grupo 
dorsal para os núcleos motores dos nervos cranianos. Além disso, a região ventral recebe 
também influência do centro cortical, por meio do trato córtico bulbar, submetendo a 
deglutição ao controle voluntário. Na ponte, as fibras desse trato dirigem-se aos núcleos do 
nervo facial, ao trigêmeo, ao hipoglosso, ao bulbo e ao núcleo ambíguo (IX, X, XI), 
colocando sob controle voluntário os neurônios motores situados no interior desses 
núcleos. 
Pode-se dizer então que a deglutição é um processo contínuo, envolvendo a 
autonomia de fases especificas e que os núcleos motores envolvidos nessa ação são 
 
 
35 
comandados pelos hemisférios cerebrais direito e esquerdo que conduzem o sistema 
nervoso central, em conjunto com os nervos cranianos cerebrais, sistema cortical límbico e 
sensório motor de regulação neural na medula. 
FASE ORAL 
CONTROLE MOTOR CONTROLE SENSITIVO 
NERVO FUNÇÃO NERVO FUNÇÃO 
 
 
Encefálico 
 
 
Controle eferente 
 
 
V- Trigêmeo 
Posição da mandíbula e 
ATM. 
Reconhecimento de forma 
e textura dos alimentos 
VII – Facial Movimento de lábios e 
bochechas 
XII – Hipoglosso Movimentos da língua VII - Facial Paladar 
V – Trigêmeo Movimento da mandíbula IX - Glossofaríngeo Paladar 
FASE FARÍNGEA 
CONTROLE MOTOR CONTROLE SENSITIVO 
NERVO FUNÇÃO NERVO FUNÇÃO 
V – Trigêmeo 
VII – Facial 
XII – Hipoglosso 
Movimento da língua para trás 
em direção ao palato mole. 
 
 
 
V – Trigêmeo 
 
IX – 
Glossofaríngeo X 
- Vago 
 
 
 
 
Captações sensoriais 
iniciais 
V – Trigêmeo Movimento do palato mole em 
direção à 
língua. 
V - Trigêmeo 
IX - Glossofaríngeo X 
– Vago 
Elevação do palato. 
Constrição da parede posterior 
da faringe 
VII – Facial 
XII – Hipoglosso 
Elevação do hioide e língua 
IX - Glossofaríngeo 
X – Vago 
Abaixamento da epiglote. 
Elevação da laringe. 
X – Vago Abertura do esfíncter 
cricofaríngeo 
IX – 
Glossofaríngeo X 
- Vago 
 
Entrada sensorial da 
faringe e laringe. 
V – Trigêmeo Retorna a posição do palato mole 
após a 
deglutição 
XII – Hipoglosso Retorno à posição de repouso da 
língua após a deglutição 
FASE ESÔFAGICA 
CONTROLE MOTOR CONTROLE SENSITIVO 
NERVO FUNÇÃO NERVO FUNÇÃO 
 
 
36 
A partir de estudos sobre a neuroanatomofisiologia é possível compreender a 
fisiologia e fases da deglutição, explanando cada estrutura e etapa, entendendo a 
alimentação como parte fundamental para nutrição e sobrevivência dos indivíduos. 
O controle neural da deglutição e os nervos cranianos que participam da deglutição, 
assim como várias regiões do córtex cerebral, com função reguladora, como o giro pré-
central, o giro pós-central e a ínsula. A conexão neural adequada determina a deglutição 
segura e eficaz, descrita em quatro fases: preparatória oral, oral, faríngea e esofágica. 
Figura 17: Fases da Deglutição 
O objetivo das produções científicas nessa área é ampliar o conhecimento para que 
a atuação fonoaudiológica seja eficiente, ao alcance da sociedade, com resultados na 
redução da mortalidade dos pacientes disfágicos e melhora na qualidade de vida. 
 
 
 
 
 
X- Vago 
Controle inibitório e excitatório 
simultâneo dos músculos na 
extensão do esôfago. 
 
Controle do esfíncter esofageal 
superior e inferior. 
 
 
X – Vago 
 
 
Peristaltismo 
 
 
37 
 
REFERÊNCIAS 
 
MARCHESAN, I.Q. (1995). Disfagia. In: MARCHESAN, I. Q. ; BOLAFFI, C.; GOMES, I.C.D. 
& ZORZI, J.L. Tópicos em Fonoaudiologia. Volume II. Editora Lovise. 
 
MC. MINN, R. M.H.; HUTCHINGS, R. T. & LOGAN, B.M. Atlas Colorido de Anatomia da 
Cabeça e do Pescoço. Artes Médicas. Porto Alegre, 1983. 
 
NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. Artes Médicas. Porto Alegre, 1996.

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