Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Tratamento do Diabetes Mellitus 1 💊 Tratamento do Diabetes Mellitus Diabetes Mellitus: síndrome metabólica de etiologia múltipla que resulta em hiperglicemia; é uma grupo heterogêneo de síndromes caracterizadas por elevada glicemia atribuída à deficiência absoluta ou relativa de insulina Fatores genéticos e ambientais: Secreção insuficiente de insulina; Redução da resposta à insulina endógena ou exógena; Aumento na produção de glicose e/ou anormalidades no metabolismo dos lipídeos e das proteínas. Complicações microvasculares: que surgem em decorrência da hiperglicemia prolongada Complicações macrovasculares: cardiopatia isquêmica, doença cerebrovascular e doença vascular periférica ⚠ Nível glicemico médio ideal em um paciente diabético: ≤154mg/dL (HbA ≤7%) Nível glicêmico médico em um indivíduo saudável: ≤115mg/dL (HbA <5,7%) Fisiologia do controle da glicemia → Humanos saudáveis: Glicemia rigorosamente mantida Tratamento do Diabetes Mellitus 2 Aporte de combustível adequado mesmo com amplas variações no consumo, utilização e produção de glicose No jejum, a maior parte das demandas energéticas do organismo é suprida pela oxidação dos ácidos graxos � As necessidades de glicose são de 2 mg/kg/min nos adultos, o suficiente para suprir o SNC de uma fonte de energia As necessidades de glicose em jejum são supridas principalmente pelo fígado Regulação dominante da glicogenólise e da gliconeogênese: insulina e glucagon Pâncreas Elevações na glicemia: liberação de insulina pelas células β Estimulação neural durante toda a refeição Chegada do alimento ao intestino: liberação de peptídeos insulinotrópicos: GIP e GLP-1 (incretinas) Secreção de insulina é maior na fase digestiva inicial, precedendo e limitando o pico de glicemia Tratamento do Diabetes Mellitus 3 Funções da insulina Estimulação da lipogênese e síntese de proteínas Inibição da gliconeogênese no fígado Inibição dos processos catabólicos Ativação de sistemas de transporte de substratos e íons Ativação de sistemas enzimáticos Controla a transcrição gênica Funções do glucacon → Ações metabólicas sobre os tecidos- alvo são opostas àquelas exercidas pela insulina Secreção é estimulada por: Baixas [glicose] e [ácidos graxos] no plasma Ingestão de refeição com teor proteico elevado Atividade simpática e epinefrina circulante Aumenta a glicemia e promove Glicogenólise, proteólise e gliconeogênese Inibe a síntese de glicogênio e a glicólise Usos clínicos: Pode ser administrado por via IM, SC ou IV Tratamento da hipoglicemia em pacientes inconscientes Útil quando há dificuldade em se obter um acesso venoso Patofisiologia Diabetes Tipo 1 → Autoanticorpos do metabolismo da insulina (diversos tipos), deficiência absoluta de Tratamento do Diabetes Mellitus 4 insulina devido à destruição das cél. β, com aumento da produção de glucagon Causa: sem células β normais, o DM1 nunca consegue manter um nível de secreção basal de insulina e nem responder às variações de glicose circulante Sintomas: Acúmulo de glicose → hiperglicemia Cetoacidose → acúmulo de corpos cetônnciso Alteração do perfil lipídico → acúmulo de VLDL, ácidos graxos e triacilglicerol Destruição/quebra de gorduras e proteínas Elevados níveis de Hemoglobina Glicada Sintomas clássicos: polidispsia, polifagia, poliúria e perda de massa corporal Tratamento: os pacientes necessitam de insulina exógena para evitar a hiperglicemia grave e o estado carabólico de cetoacidose, vizando manter a glicemia tão próxima do normais quanto possível e evitar grandes oscilações na glicose Tratamento do Diabetes Mellitus 5 Diabetes Tipo 2 → Síndrome heterogênea onde hà produção de insulina, mas ela não consegue agir nos tecidos periféricos insulino dependente, causando uma resistência insulinica e acumulo de glicose → Influenciada por fatores genéticos, idade, obesidade e resistência periférica à insulina Causas: falta de sensibilidade dos órgãos-alvo à insulina; a secreção de insulina é insuficiente para manter a homeostasia da glicose Sintomas: as alterações são em geral mais leves Acúmulo de glicose Acúmulo de VLDL e triacilglicerol (não apresentam cetoacidose) Tratamento: tem como objetivo manter a glicemia dentro dos limites normais e evitar o � Resistência à insulina: Alterações pré- receptor Defeitos do receptor Deficiência pós- receptor (cascata de sinalização GLUT4 deficiente) Tratamento do Diabetes Mellitus 6 desenvolvimento das complicações de longo prazo Redução da massa corpórea, exercícios físicos e modificação da dieta diminuem a resistência à insulina e corrigem a hiperglicemia em alguns pacientes com DM2 A maioria dos pacientes precisa de intervenção farmacológica com hipoglicemiantes orais Enquanto a doença evolui, a função das células β diminui, e o tratamento com insulina passa a ser necessário para alcançar níveis glicêmicos satisfatórios Tratamento do Diabetes Mellitus 7 Patogênese Tratamento Objetivo: aliviar os sintomas relacionados com a hiperglicemia (fadiga, poliúria, perda de peso) e evitar ou reduzir a descompensação metabólica aguda e as complicações crônicas dos órgãos-alvo Controle glicêmico Tratamento das condições associadas Rastreamento das complicações Terapia farmacológica: Insulinas Antidiabéticos orais Tratamento do Diabetes Mellitus 8 INSULINAS → A sua secreção é regulada pela glicemia, por certos aminoácidos, por outros hormônios e por mediadores autônomos Controle da liberação: 1. Iniciada pelo aumento da glicemia 2. Glicose é captada pelo transportador de glicose nas células β do pâncres (GLUT2) 3. Glicose é fosforilada pela enzima glicocinase, que atua comoum sensor de glicose, produzindo ATP 4. O aumento de ATP causa um bloqueio nos canais de K+, levando à Tratamento do Diabetes Mellitus 9 despolarização de memebrana e influxo de Ca2+ 5. Ca2+ intracelular causa exocitose pulsátil de insulina Degradada no TGI quando adm. por VO Administrada por injeção SC, mas também por via IV ou IM em emergência As doses e a concentração são expressas em unidades internacionais (UI) � Solução ou suspensão, em uma concentração de 100 U/mL (U-100) → corresponde a 3,6 mg de insulina por mililitro (0,6 mM) Influências na preparação da insulina: Início e duração de ação Dose Local de aplicação Fluxo de sangue Temperatura Atividade física Tratamento do Diabetes Mellitus 10 Insulina Regular → Ação rápida Hexâmero, coloração transparente Deve ser injetada 30-45 min antes de uma refeição com o objetivo de mimetizar a liberação prandial de insulina e controlar a glicose p´s-prandial Início de ação de 30 a 60 min Pico 2 a 3h Podem ser usadas em casos em que são necessárias correções rápidas de glicose elevada Comumentes usadas em bombas externas de insulina e são apropriadas para adm. IV Insulinas de ação rápida e curta podem ser usadas com uma insulina basal de ação mais lonnga que provê controle para glicemia em jejum Tratamento do Diabetes Mellitus 11 Asparte, Lispro e Glulisina → Análagos da insulina → Ação ultra-rápida Moléculas modificadas de insulina feitas através de DNA recombinante → modificações de sequência de aminoácidos da insulina regular produzindo os análagos) Hexâmero que dissocia-se quase instantaneamente em monômeros após sua injeção Devem ser injetados 15 min antes de uma refeição (controle glicemia pós-prandial) Ínício de ação 5 a 15min Pico 30 a 120 min Insulina NPH → Ação intermediária Coloração leitosa Suspensão de insulina nativa complexada com zinco e protamina (complexo que torna a insulina menos solúvel, retardando a sua absorção) Uso para controle basal (jejum) e deve ser aplicada somente por via SC (nunca IV) Administrada 1 vez/dia (ao deitar) ou 2 vezes/dia, em combinação com uma insulina de ação curta Início de ação 2 a 4 h Pico 4 a 10 h (efeito até 18 hs) Tratamento do Diabetes Mellitus 12 Glargina (Lantus®) → Análagoda insulina ultra-lenta → Ação ultra-lenta Início de ação 2 a 4h Não possui pico de ação → mimetiza o efeito hipoglicemiante Grande duração de ação 22 a 24 horas em média (forma-se um precipitado no local de ação, o qual libera insulina por um período prolongado) Possui uma cadeia lateral de ác. graxo que aumenta a ligação com albumina, resultando em uma dissociação lenta da proteína plasmática → menor variabilidade na sua absorção Usadas no controle basal e devem ser adm. apenas por via SC pH diferente: não pode ser misturada com outras insulinas na mesma aplicação ⚠ Nenhuma insulina de longa ação deve ser misturada na mesma seringa com outras insulinas, pois isso pode alterar o perfil farmacodinâmico. Degludeca Detemir (Levemir®) → Análago da insulina ultra-lenta → Ação ultra-lenta Início de ação em 1 a 3h Pico de ação em 6 a 8h → reduzindo o risco de hipoglicemia Duração de 18 a 22h → Redução de efeito após 10 a 12 horas Usadas no controle basal e devem ser adm. apenas por via SC Possui uma cadeia lateral de ác. graxo que aumenta a absorção com albumina, resultando em uma dissociação lenta da proteína plasmática → menor variabilidade na sua absorção Especula se associação a menor ganho de peso se comparada a outras insulinas Associações de insulinas O uso das associações pré- misturadas diminui o número de injeções diárias, mas torna mais difícil ajustar os componentes individuais do regime de insulina Ex.: 10-50% insulina ação rápida + 90-50% insulina ação lenta A mais comum é: 30% regular + 70% NPH Tratamento do Diabetes Mellitus 13 → Análago da insulina ultra-lenta → Ação ultra-lenta Ativa em pH fisiológico Forma multi-hexameros após injeção SC Provoca hipoglicemia menos grave em comparação com a glargina � Armazenamento de insulina Antes do uso: Conservar sob refrigeração ( 2 C e 8 C) Após aberto: Deve ser mantido em temperatura ambiente, inferior a 30 C ou sob refrigeração entre 2 C e 8 C, por no máximo 8 semanas (56 dias) Efeitos adversos da insulina Hipoglicemia → Erros no uso da medicação (principalmente a insulina), atraso em se alimentar, muito exercício sem auto monitoramento Alergias Resistência à insulina Lipodistrofia insulínica → injeção de insulina sempre no mesmo local e por reutilização da agulha Prevenções: alternar as áreas de aplicação, alternar os locais das injeções dentro da área escolhida, alternar os lados (direito e esquerdo) da parte do corpo usada, trocar a agulha a cada aplicação Pequeno ganho de peso Tratamento do Diabetes Mellitus 14 � Lipohipertrofia ou hipertrofia de insulina: nódulos nos locais das injeções Lipoatrofia: é a perda de gordura sob a pele, isto ocorre com mais frequência com insulinas misturadas Tratamento padrão e tratamento intensivo Tratamento pradrão de insulina envolve duas injeções diárias Tratamento intensivo : Utilizada três ou mais injeções diárias com monitoração frequente da glicemia Episódios hipoglicemicos, coma e convulsões é maior Redução significativa nas complicações microvasculares do diabetes, tais como retino, nefro e neuropatias Não deve ser recomendado para pacientes que apresentam diabetes há longo tempo, complicações microvasculares significativa, idade avançada e inconsciência hipoglicemica Não diminui significativamente as complicações macrovasculares � Nível glicemico médio ideal em um paciente diabético: ≤154mg/dL (HbA ≤7%) Nível glicêmico médico em um indivíduo saudável: ≤115mg/dL (HbA <5,7%) Tratamento do Diabetes Mellitus 15 Análago sintético da Amilina HIPOGLICEMIANTES ORAIS → Usados na DM tipo 2 e não controlado com a dieta (perda progressiva de secreção insulínica e/ou resistência à insulina) Paciente que desenvolvem diabetes após os 40 anos e têm a doença a menos de 5 anos tendem a responder melhor aos hipoglicemiantes orais Pacientes com a doença a mais tempo normalmente é necessário a combinação terapêutica dos hiperglicemiantes orais com a insulina Biguanidas → Sensibilizador à insulina → Metformina (Glifage, Glicoformin) Mecanismo de ação Tratamento do Diabetes Mellitus 16 → Estimula a função da enzima AMPK → aumenta a captação e o uso de glicose pelos tecidos-alvo, diminuindo a resistência à insulina Redução da gliconeogênese hepática (↓ glicemia de jejum) e a lipogênese Retarda a absorção intestinal de açucar e melhora sua captação e uso periférico Estimula a oxidação dos AG, a captação de glicose e o metabolismo não oxidativo NÃO promove a secreção de insulina, a hiperinsulinemia não é um problema Farmacocinética Bem abdorvida por VO Não se liga a proteínas plasmáticas Não é biotransformada Excreção pela urina Efeitos colaterais Principalmente gastrintestinais Perda de apetite Pode ocorrer redução da massa corporal Naúseas e vômitos Diarréia Acidose lática Tratamento do Diabetes Mellitus 17 Riscos de hipoglicemia é muito menor Uso prolongado pode interferir na absorção da vitamina B12 Combinações em doses fixas: Metformina + glipizida, glibenclamida, pioglitazona, repaglinida, rosiglitazona e sitagliptina Formulação de liberação imediata: tratamento é melhor iniciado com doses baixas e titulado no decorrer de dias a semanas Preparação de liberação prolongada: efetiva para dose única ao dia (a dose máxima dessa preparação é de 2 g) Contra-indicações Hepatopatias Disfunção renal → risco de acidose lática Deve ser suspensa em qualquer quadro de insuficiencia renal aguda Cautela em paciente com mais de 80 anos e com história de ICC ou abuso de álcool Gestantes Interrompida temporariamente em paciente que serão submetidos a Tratamento do Diabetes Mellitus 18 diagnósticos que requerem injeção IV de contrastes radiográficos Outros usos: a metformida é eficaz no tratamento do ovário policístico, ela diminui a resistência à insulina observada nesse distúrbio e pode resultar em ovulação Sulfonilureias Promovem a liberação de insulina das células β → secretagogos de insulina → 1ª geração → clorpropamida (Diabinese) → 2ª geração → glibenclamida (Daonil), glipizida (Minidiab), gliclazida (Diamicron), glimepirida (Amaryl) Mecanismo de ação Bloqueio dos canais de K+ sensíveis ao ATP → despolarização, influxo de Ca2+ e ↑ exocitose de insulina Podem diminuir a produção de glicose pelo fígado e aumentar a sensibilidade periférica à insulina Aumento do n° de receptores Farmacocinética VO → ligam-se às proteínas séricas Meias vidas curtas: 3 a 5h Duração de ação → 12 a 24h Biotransformadas pelo fígado e excretadas pelo fígado e rins Tratamento do Diabetes Mellitus 19 Interações Alguns fármacos sulfonamidas, clofibrato e salicilatos deslocam as sulfonilureias das proteínas de ligação O etanol pode aumentar a ação das sulfonilureias e causar hipoglicemia Efeitos adversos ↑massa corporal Hiperinsulinemia Hipoglicemia Deve ser usada com cautela em pacientes com insuficiência hepática → hepatoxicidade A Glibenclamida em um paciente com insuficiencia renal pode aumentar a duração de ação, com riscos de hipoglicemia Glibenclamida pouco atravessa a barreira placentária, sendo uma boa opção para gestantes Reação tipo dissulfiram com álcool (acúmulo da enzima acetaldeído desidrogenase) Reações hematológicas Reações alérgicas Glinidas - não sulfonilureias → Meglitinidas, Repaglinida, Nateglinida Mecanismo de ação → Moduladores dos canais de K+-ATP, estimulando a secreção de insulina Se fixam em local diferente na célula β, fechando os canais de K+ sensíveis a ATP Tratamento do Diabetes Mellitus 20 Série de reações que resultam na liberação de insulina Farmacocinética Bem absorvidas VO Meia-vida → menos de 1h Reguladores glicemicos pós- prandial: início de ação rápida e duração mais curta (eficazes na liberação precoce de insulina pós-prandial) Biotransformadas a produtos inativos pelo CYP3A4 no fígado Excretada pelos pela bile Efeitos adversos Incidência menor: hipoglicemiae perda de massa corporal Associada a um declínio de sua eficácia após produzir uma melhora inicial no controle da glicemia Deve ter cautela com paciente com insuficiencia hepática Interações Não devem ser associadas às sulfonilureias devido à sopreposição dos mecanismos de ação, aumento o risco de hipoglicemia grave O genfibrozila (inibe a biotransformação hepática) pode aumentar o efeito da repaglidina Fármacos que os desloquem dos sítio de ligação das proteínas plasmáticas, como cloranfenicol, IMAO, AINEs, salicilatos Tiazolidinaedionas - Glitazonas → Pioglitazona (Actos), rosiglitazona Tratamento do Diabetes Mellitus 21 Mecanismo de ação: Ligação à receptores PPAR-γ: atuam como agonistas para o receptor γ ativado por proliferador peroxissoma (PPAR-γ), um receptor homornal nuclear A ativação do PPAR-γ regula a transcrição de vários genes responsivos à insulina, resultando em aumento da sensibilidade à insulina no tecido adiposo, fígado e músculo esquelético Não promovem liberação das células beta (não há risco de hiperinsulinemia) Reduz gliconeogênese Rosiglitazona: aumenta a LDL e os TAG, aumenta a HDL Pioglitazona: diminui os TAG, aumenta a HDL Ambas podem ser usadas como moniterapia ou em associação com outros hipoglicemiantes ou com inuslina A rosiglitazona é menos usada devido a preocupações com relação aos EA cardíacos Rosaglitazona: evidencias no aumento das células beta (proliferação) Farmacocinética Bem absorvidos por VO Extensamente ligadas à albumina Tratamento do Diabetes Mellitus 22 Biotransformadas por diferentes isoenzimas do fígado Rosiglitazona: Pico → 1h após adm Meia-vida → 3 a 4h São excretados primariamente na urina, não sendo necessário ajuste em insuficientes renais Pioglitazona: Pico → 3h Meia vida → 3 a 7h Metabólitos ativos → 16 a 24h Excretados junto com a bile Efeitos adversos Poucos casos de toxicidade hepática forma relatados Podem aumentar a gordura subcutânea ou causar retenção de líquidos Aumento da massa Associadas com osteopenia e aumento do risco de fraturas Pioglitazona pode aumentar o risco de câncer vesical Rosiglirazona: aumento potencial de infarto do miocárdio e morte por causas cardiovasculares Outros usos: pode reiniciar a ovulação em mulheres pré-menopausa com síndrome de ovário policístico Inibidores das α-glicosidases → Acarbose (Glucobay) e miglitol Tratamento do Diabetes Mellitus 23 Mecanismo de ação → Inibição competitiva das α- glicosidases intestinais (localizadas no bordo em escova), essas enzimas hidrolisam carboidratos em glicose e outros açucares simples Arcabose e miglitol inibiem reversivelmente a α-glicosidades Farmacocinética Devem ser ingeridos no início da refeição, retardando a digestão de carboidratos Arcabose: Pouco absorvida Biotransformada primeiramente pelas bactérias intestinais Alguns dos seus metabólitos são absorvidos e excretados na urina Miglitol Muito bem absorvido, mas sem efeitos sistêmicos Excretados inalterado pelos rins Efeitos adversos Flatulência, diarréia e cólicas intestinais Não causam hipoglicemia Contra-indicações: pacientes com doença inflamatória intestinal, ulcerações colônicas ou obstrução intestinal não devem usar esses fármacos Tratamento do Diabetes Mellitus 24 Fármacos que atuam no eixo das incretinas → Incretinomiméticos e Gliptinas � Incretinas: são uma classe de substâncias produzidas pelo pâncreas e pelos intestinos e que regulam o metabolismo da glicose. São eles: insulina, glucagon, amilina, GLP-1 e GIP Incretinomiméticos: exenatida, liraglutida Mecanismo de ação: → Análagos do GLP-1 e exercem sua atividade atuando como agonistas de receptores de GLP-1 Melhoram a secreção de insulina dependente de glicose Retardam o esvaziamento gástrico Dminuem a ingestão de alimento aumentando a saciedade Diminuem a secreção pós-prandial de glucagon Promovem a proliferação de células beta Diminuem glicemia de jejum e pós prandial ↓ hemoglobina glicosilada Farmacocinética: Administradas via SC Extensamente ligada às proteínas Liraglutida: Meia-vida longa, permitindo dosificação diária única Tratamento do Diabetes Mellitus 25 Exenatida: Meia-vida mais curta, injetada 2x/dia Eliminada principalmente pela urina Evitada em pacientes com insuficiencia renal grave Efeitos adversos Náuseas (início do tratamento), vômitos e diarréia Pancreatite Quando dor abdominal intensa deve ser suspensa →Gliptinas: alogliptina, linagliptina, saxagliptina e sitagliptina Mecanismo de ação → Inibidores da DPP-4 (dipeptidil peptidase-4), enzima responsável pela inativação dos hormônios incretina, como o GLP-1 ↑GLP 1 (Glucagon like peptide 1) Prolongamento da atividade das incretinas Aumenta a liberação de insulina em resposta às refeições e a Redução na secreção imprópria de glucagon ↓ hemoglobina glicosilada Pode ser usado em associação com sulfonilureias, metformina, TDZs ou insulina Tratamento do Diabetes Mellitus 26 Farmacocinética Bem absorvidos após adm. VO Alimentos não afetam a extensão da absorção Alopliptina e sitagliptina são principalmente excretadas inalteradas na urina Saxagliptina Biotransformada pela CYP3A4/5 Sofre excreção renal Linagliptina é eliminada primariamente pelo sistema enteroepático Efeitos adversos Nasofaringite e cefaleia Infrequente pancreatite Não causam saciedade ou plenitude São neutros em relação à massa corporal Pode aumentar a concentração de saxagliptina e deve ser usado em dosagens reduzidas Inibidores do transportador de Na+-glicose2 (SGLT2) → Canaglifozina, dapaglifozina e empaglifozina Mecanismo de ação → Inibidores da SGLT2 (enzima cotransportadora e responsável por Tratamento do Diabetes Mellitus 27 reabsorver a glicose filtrada no lúmen tubular dos rins) � Limiar renal para a excreção de glicose de 180 para 50 mg/dL Diminuem a reabsorção de glicose Aumenta a taxa de excreção urinária Diminuiem a glicemia, mas sem causar hipoglicemia Pode diminuir a reabsorção de sódio → diurese osmótica Farmacocinética Tomada pela manhã Meia-vida de 12h, 1x/dia Canaglifozina: deve ser tomada antes da primeira refeição em como via primária da excreção as fezes e 1/3 pela urina Biotransformados principalmente por glicuronidação Devem ser evitados em paciente com disfunção renal Efeitos adversos Infecções genitais por fungos ITU e polidipsia Podem reduzir a PA (por diminuir a reabsorção de sódio - diurese), principalmente em paciente idosos ou sob tratamento com diuréticos Tratamento do Diabetes Mellitus 28 Contraindicados no tratamento da HAS Outros agentes hipoglicemiantes → Prantiltida (ligação ao receptor no encéfalo) Redução da secreção de glucagon, esvaziamento gástrico tardio e sensação de saciedade Não reduz a hipoglicemia Injeção SC, antes das refeições Diferença no pH em relação à insulina Adição à insulina reduz inicialmente 30 a 50% dose de insulina, com titulação posterior Contra indicada em pacientes com gastroparesia Usos Tipo 1 e 2 como adjuvante em pacientes que fazem uso de insulina das refeições → Bromocriptina (agonista dopaminérgico) Não melhoram a sensibilidade à insulina e/ou intensificam a secreção de insulina Os efeitos da bromocriptina sobre o nível de glicemia podem refletir uma ação no SNC A eficiência na melhora do controle glicêmico é modesta Ingerida com alimento pela manhã, 2 h após o despertar Efeitos colaterais: náuseas, fadiga, tontura, hipotensão ortostática, vômitos e cefaleia → Colesevelan (sequestrador de ácidos biliares), produzem redução modesta de hemoglibina glicada Podem reduzir a absorção intestinal de glicose. Os ácidos biliares também atuam como moléculas de sinalização através de receptores nucleares, alguns dos quais podem atuar como sensores de glicose Os mecanismos de ação da redução da glicemia é desconhecido Tratamento do Diabetes Mellitus 29 Eficácias modestas, seus EA e o número de comprimidos limitamseu uso na clínica Antidiabéticos dsponíveis no SUS Tratamento do Diabetes Mellitus 30
Compartilhar