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Tratamento do Diabetes Mellitus

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Tratamento do Diabetes Mellitus 1
💊
Tratamento do Diabetes Mellitus
Diabetes Mellitus: síndrome metabólica de etiologia múltipla 
que resulta em hiperglicemia; é uma grupo heterogêneo de 
síndromes caracterizadas por elevada glicemia atribuída à 
deficiência absoluta ou relativa de insulina
Fatores genéticos e ambientais:
Secreção insuficiente de insulina;
Redução da resposta à insulina endógena ou exógena;
Aumento na produção de glicose e/ou anormalidades 
no 
metabolismo dos lipídeos e das proteínas.
Complicações microvasculares: que surgem em decorrência 
da hiperglicemia prolongada
Complicações macrovasculares: cardiopatia isquêmica, 
doença cerebrovascular e doença vascular periférica
⚠ Nível glicemico médio ideal em um paciente 
diabético: ≤154mg/dL (HbA ≤7%)
Nível glicêmico médico em um indivíduo saudável: 
≤115mg/dL (HbA <5,7%)
Fisiologia do controle da glicemia
→ Humanos saudáveis: Glicemia rigorosamente mantida
Tratamento do Diabetes Mellitus 2
Aporte de combustível adequado mesmo com amplas variações no consumo, 
utilização e produção de glicose
No jejum, a maior parte das demandas energéticas do organismo é suprida pela 
oxidação dos ácidos graxos
� As necessidades de glicose são de 2 mg/kg/min nos adultos, o suficiente 
para suprir o SNC de uma fonte de energia
As necessidades de glicose em jejum são supridas principalmente pelo fígado
Regulação dominante da glicogenólise e da gliconeogênese: insulina e glucagon
 Pâncreas
Elevações na glicemia: liberação de insulina pelas células β
Estimulação neural durante toda a refeição
Chegada do alimento ao intestino: liberação de peptídeos insulinotrópicos: GIP e 
GLP-1 (incretinas)
Secreção de insulina é maior na fase digestiva inicial, precedendo e limitando o 
pico de glicemia
Tratamento do Diabetes Mellitus 3
Funções da insulina
Estimulação da lipogênese e síntese 
de proteínas
Inibição da gliconeogênese no fígado
Inibição dos processos catabólicos
Ativação de sistemas de transporte 
de substratos e íons
Ativação de sistemas enzimáticos
Controla a transcrição gênica
Funções do glucacon
→ Ações metabólicas sobre os tecidos-
alvo são opostas àquelas exercidas pela 
insulina
Secreção é estimulada por:
Baixas [glicose] e [ácidos graxos] 
no plasma
Ingestão de refeição com teor 
proteico elevado
Atividade simpática e epinefrina 
circulante
Aumenta a glicemia e promove 
Glicogenólise, proteólise e 
gliconeogênese
Inibe a síntese de glicogênio e a 
glicólise
Usos clínicos:
Pode ser administrado por via 
IM, SC ou IV
Tratamento da hipoglicemia em 
pacientes inconscientes
Útil quando há dificuldade em se 
obter um acesso venoso
Patofisiologia 
Diabetes Tipo 1
→ Autoanticorpos do metabolismo da insulina 
(diversos tipos), deficiência absoluta de 
Tratamento do Diabetes Mellitus 4
insulina devido à destruição das cél. β, com 
aumento da produção de glucagon
Causa: sem células β normais, o DM1 nunca 
consegue manter um nível de secreção basal 
de insulina e nem responder às variações de 
glicose circulante
Sintomas:
Acúmulo de glicose → hiperglicemia
Cetoacidose → acúmulo de corpos 
cetônnciso
Alteração do perfil lipídico → acúmulo de 
VLDL, ácidos graxos e triacilglicerol
Destruição/quebra de gorduras e proteínas
Elevados níveis de Hemoglobina Glicada
Sintomas clássicos: polidispsia, polifagia, 
poliúria e perda de massa corporal
Tratamento: os pacientes necessitam de 
insulina exógena para evitar a hiperglicemia 
grave e o estado carabólico de cetoacidose, 
vizando manter a glicemia tão próxima do 
normais quanto possível e evitar grandes 
oscilações na glicose
Tratamento do Diabetes Mellitus 5
Diabetes Tipo 2
→ Síndrome heterogênea onde hà produção 
de insulina, mas ela não consegue agir nos 
tecidos periféricos insulino dependente, 
causando uma resistência insulinica e acumulo 
de glicose
→ Influenciada por fatores genéticos, idade, 
obesidade e resistência periférica à insulina
Causas: falta de sensibilidade dos órgãos-alvo 
à insulina; a secreção de insulina é insuficiente 
para manter a homeostasia da glicose
Sintomas: as alterações são em geral mais 
leves
Acúmulo de glicose
Acúmulo de VLDL e triacilglicerol
(não apresentam cetoacidose)
Tratamento: tem como objetivo manter a 
glicemia dentro dos limites normais e evitar o 
� Resistência à insulina:
Alterações pré-
receptor
Defeitos do receptor
Deficiência pós-
receptor (cascata de 
sinalização GLUT4 
deficiente)
Tratamento do Diabetes Mellitus 6
desenvolvimento das complicações de longo 
prazo
Redução da massa corpórea, 
exercícios físicos e modificação da 
dieta diminuem a resistência à insulina 
e corrigem a hiperglicemia em alguns 
pacientes com DM2
A maioria dos pacientes precisa de 
intervenção farmacológica com 
hipoglicemiantes orais
Enquanto a doença evolui, a função 
das células β diminui, e o tratamento 
com insulina passa a ser necessário 
para alcançar níveis glicêmicos 
satisfatórios 
Tratamento do Diabetes Mellitus 7
Patogênese
Tratamento
Objetivo: aliviar os sintomas 
relacionados com a hiperglicemia (fadiga, 
poliúria, perda de peso) e evitar ou 
reduzir a descompensação metabólica 
aguda e as complicações crônicas dos 
órgãos-alvo
Controle glicêmico
Tratamento das condições 
associadas
Rastreamento das complicações
Terapia farmacológica:
Insulinas
Antidiabéticos orais
Tratamento do Diabetes Mellitus 8
INSULINAS
→ A sua secreção é regulada pela glicemia, por certos aminoácidos, por outros 
hormônios e por mediadores autônomos
Controle da liberação:
1. Iniciada pelo aumento da glicemia
2. Glicose é captada pelo transportador 
de glicose nas células β do pâncres 
(GLUT2)
3. Glicose é fosforilada pela enzima 
glicocinase, que atua comoum sensor 
de glicose, produzindo ATP
4. O aumento de ATP causa um bloqueio 
nos canais de K+, levando à 
Tratamento do Diabetes Mellitus 9
despolarização de memebrana e 
influxo de Ca2+
5. Ca2+ intracelular causa exocitose 
pulsátil de insulina 
Degradada no TGI quando adm. por VO
Administrada por injeção SC, mas também 
por via IV ou IM em emergência
As doses e a concentração são expressas 
em unidades internacionais (UI)
� Solução ou suspensão, em uma 
concentração de 100 U/mL (U-100) 
→ corresponde a 3,6 mg de insulina 
por mililitro (0,6 mM)
Influências na preparação da 
insulina:
Início e duração de ação
Dose
Local de aplicação
Fluxo de sangue
Temperatura
Atividade física
Tratamento do Diabetes Mellitus 10
Insulina Regular
→ Ação rápida
Hexâmero, coloração transparente
Deve ser injetada 30-45 min antes de uma refeição 
com o objetivo de mimetizar a liberação prandial de 
insulina e controlar a glicose p´s-prandial
Início de ação de 30 a 60 min
Pico 2 a 3h
Podem ser usadas em casos em que são necessárias 
correções rápidas de glicose elevada
Comumentes usadas em bombas externas de 
insulina e são apropriadas para adm. IV
Insulinas de ação rápida e curta podem ser usadas 
com uma insulina basal de ação mais lonnga que 
provê controle para glicemia em jejum
Tratamento do Diabetes Mellitus 11
Asparte, Lispro e Glulisina
→ Análagos da insulina
→ Ação ultra-rápida
Moléculas modificadas de insulina feitas através de 
DNA recombinante → modificações de sequência de 
aminoácidos da insulina regular produzindo os 
análagos)
Hexâmero que dissocia-se quase instantaneamente 
em monômeros após sua injeção
Devem ser injetados 15 min antes de uma refeição 
(controle glicemia pós-prandial)
Ínício de ação 5 a 15min
Pico 30 a 120 min
Insulina NPH
→ Ação intermediária
Coloração leitosa 
Suspensão de insulina nativa complexada com zinco 
e protamina (complexo que torna a insulina menos 
solúvel, retardando a sua absorção)
Uso para controle basal (jejum) e deve ser aplicada 
somente por via SC (nunca IV)
Administrada 1 vez/dia (ao deitar) ou 2 vezes/dia, em 
combinação com uma insulina de ação curta
Início de ação 2 a 4 h
Pico 4 a 10 h (efeito até 18 hs)
Tratamento do Diabetes Mellitus 12
Glargina (Lantus®)
→ Análagoda insulina ultra-lenta
→ Ação ultra-lenta
Início de ação 2 a 4h
Não possui pico de ação → mimetiza 
o efeito hipoglicemiante
Grande duração de ação 22 a 24 
horas em média (forma-se um 
precipitado no local de ação, o qual 
libera insulina por um período 
prolongado)
Possui uma cadeia lateral de ác. 
graxo que aumenta a ligação 
com albumina, resultando em 
uma dissociação lenta da 
proteína plasmática → menor 
variabilidade na sua absorção
Usadas no controle basal e devem 
ser adm. apenas por via SC
pH diferente: não pode ser misturada 
com outras insulinas na mesma 
aplicação
⚠ Nenhuma insulina de longa 
ação deve ser misturada na 
mesma seringa com outras 
insulinas, pois isso pode 
alterar o perfil 
farmacodinâmico.
Degludeca
Detemir (Levemir®)
→ Análago da insulina ultra-lenta
→ Ação ultra-lenta
Início de ação em 1 a 3h
Pico de ação em 6 a 8h → reduzindo 
o risco de hipoglicemia
Duração de 18 a 22h → Redução de 
efeito após 10 a 12 horas
Usadas no controle basal e devem 
ser adm. apenas por via SC
Possui uma cadeia lateral de ác. 
graxo que aumenta a absorção com 
albumina, resultando em uma 
dissociação lenta da proteína 
plasmática → menor variabilidade na 
sua absorção
Especula se associação a menor 
ganho de peso se comparada a 
outras insulinas
Associações de insulinas 
O uso das associações pré-
misturadas diminui o número de 
injeções diárias, mas torna mais 
difícil ajustar os componentes 
individuais do regime de insulina
Ex.: 10-50% insulina ação rápida + 
90-50% insulina ação lenta
A mais comum é: 30% regular + 70% 
NPH
Tratamento do Diabetes Mellitus 13
→ Análago da insulina ultra-lenta
→ Ação ultra-lenta
Ativa em pH fisiológico
Forma multi-hexameros após injeção 
SC
Provoca hipoglicemia menos grave 
em comparação com a glargina 
� Armazenamento de insulina
Antes do uso: Conservar sob refrigeração ( 2 C e 8 C)
Após aberto: Deve ser mantido em temperatura ambiente, inferior a 30 C ou 
sob refrigeração entre 2 C e 8 C, por no máximo 8 semanas (56 dias)
Efeitos adversos da insulina
Hipoglicemia → Erros no uso da medicação 
(principalmente a insulina), atraso em se alimentar, muito 
exercício sem auto monitoramento
Alergias
Resistência à insulina
Lipodistrofia insulínica → injeção de insulina sempre no 
mesmo local e por reutilização da agulha
Prevenções: alternar as áreas de aplicação, alternar os 
locais das injeções dentro da área escolhida, alternar 
os lados (direito e esquerdo) da parte do corpo usada, 
trocar a agulha a cada aplicação
Pequeno ganho de peso
Tratamento do Diabetes Mellitus 14
� Lipohipertrofia ou hipertrofia de insulina: nódulos 
nos locais das injeções
Lipoatrofia: é a perda de gordura sob a pele, isto 
ocorre com mais frequência com insulinas 
misturadas
Tratamento padrão e tratamento intensivo
Tratamento pradrão de insulina envolve duas injeções 
diárias
Tratamento intensivo :
Utilizada três ou mais injeções diárias com 
monitoração frequente da glicemia
Episódios hipoglicemicos, coma e convulsões é maior 
Redução significativa nas complicações 
microvasculares do diabetes, tais como retino, nefro e 
neuropatias
Não deve ser recomendado para pacientes que 
apresentam diabetes há longo tempo, complicações 
microvasculares significativa, idade avançada e 
inconsciência hipoglicemica
Não diminui significativamente as complicações 
macrovasculares
� Nível glicemico médio ideal em um paciente 
diabético: ≤154mg/dL (HbA ≤7%)
Nível glicêmico médico em um indivíduo 
saudável: ≤115mg/dL (HbA <5,7%)
Tratamento do Diabetes Mellitus 15
Análago sintético da Amilina
HIPOGLICEMIANTES ORAIS
→ Usados na DM tipo 2 e não controlado 
com a dieta (perda progressiva de 
secreção insulínica e/ou resistência à 
insulina)
Paciente que desenvolvem diabetes 
após os 40 anos e têm a doença a 
menos de 5 anos tendem a 
responder melhor aos 
hipoglicemiantes orais
Pacientes com a doença a mais 
tempo normalmente é necessário a 
combinação terapêutica dos 
hiperglicemiantes orais com a 
insulina
Biguanidas
→ Sensibilizador à insulina
→ Metformina (Glifage, Glicoformin)
Mecanismo de ação
Tratamento do Diabetes Mellitus 16
→ Estimula a função da enzima AMPK 
→ aumenta a captação e o uso de 
glicose pelos tecidos-alvo, diminuindo a 
resistência à insulina
Redução da gliconeogênese 
hepática (↓ glicemia de jejum) e a 
lipogênese
Retarda a absorção intestinal de 
açucar e melhora sua captação e uso 
periférico
Estimula a oxidação dos AG, a 
captação de glicose e o metabolismo 
não oxidativo 
NÃO promove a secreção de 
insulina, a hiperinsulinemia não é um 
problema
Farmacocinética
Bem abdorvida por VO
Não se liga a proteínas plasmáticas
Não é biotransformada
Excreção pela urina
Efeitos colaterais
Principalmente gastrintestinais
Perda de apetite
Pode ocorrer redução da massa 
corporal
Naúseas e vômitos
Diarréia
Acidose lática
Tratamento do Diabetes Mellitus 17
Riscos de hipoglicemia é muito 
menor
Uso prolongado pode interferir na 
absorção da vitamina B12
Combinações em doses fixas: 
Metformina + glipizida, glibenclamida, 
pioglitazona, repaglinida, rosiglitazona e 
sitagliptina
Formulação de liberação 
imediata: tratamento é melhor 
iniciado com doses baixas e 
titulado no decorrer de dias a 
semanas
Preparação de liberação 
prolongada: efetiva para dose 
única ao dia (a dose máxima 
dessa preparação é de 2 g)
Contra-indicações
Hepatopatias
Disfunção renal → risco de acidose 
lática
Deve ser suspensa em qualquer 
quadro de insuficiencia renal 
aguda
Cautela em paciente com mais de 80 
anos e com história de ICC ou abuso 
de álcool
Gestantes
Interrompida temporariamente em 
paciente que serão submetidos a 
Tratamento do Diabetes Mellitus 18
diagnósticos que requerem injeção 
IV de contrastes radiográficos
Outros usos: a metformida é eficaz no 
tratamento do ovário policístico, ela 
diminui a resistência à insulina 
observada nesse distúrbio e pode 
resultar em ovulação
Sulfonilureias
Promovem a liberação de insulina das células β → secretagogos de insulina
→ 1ª geração → clorpropamida (Diabinese)
→ 2ª geração → glibenclamida (Daonil), glipizida (Minidiab), gliclazida (Diamicron), 
glimepirida (Amaryl)
Mecanismo de ação
Bloqueio dos canais de K+ 
sensíveis ao ATP → 
despolarização, influxo de Ca2+ e ↑ 
exocitose de insulina
Podem diminuir a produção de 
glicose pelo fígado e aumentar a 
sensibilidade periférica à insulina
Aumento do n° de receptores
Farmacocinética
VO → ligam-se às proteínas séricas
Meias vidas curtas: 3 a 5h
Duração de ação → 12 a 24h
Biotransformadas pelo fígado e 
excretadas pelo fígado e rins
Tratamento do Diabetes Mellitus 19
Interações
Alguns fármacos sulfonamidas, clofibrato e salicilatos deslocam as sulfonilureias 
das proteínas de ligação
O etanol pode aumentar a ação das sulfonilureias e causar hipoglicemia
Efeitos adversos
↑massa corporal
Hiperinsulinemia
Hipoglicemia
Deve ser usada com cautela em pacientes com insuficiência hepática → 
hepatoxicidade
A Glibenclamida em um paciente com insuficiencia renal pode aumentar a 
duração de ação, com riscos de hipoglicemia
Glibenclamida pouco atravessa a barreira placentária, sendo uma boa opção para 
gestantes
Reação tipo dissulfiram com álcool (acúmulo da enzima acetaldeído 
desidrogenase)
Reações hematológicas
Reações alérgicas
Glinidas - não sulfonilureias
→ Meglitinidas, Repaglinida, Nateglinida
Mecanismo de ação
→ Moduladores dos canais de 
K+-ATP, estimulando a secreção 
de insulina
Se fixam em local diferente na 
célula β, fechando os canais de 
K+ sensíveis a ATP 
Tratamento do Diabetes Mellitus 20
Série de reações que resultam 
na liberação de insulina
Farmacocinética
Bem absorvidas VO
Meia-vida → menos de 1h
Reguladores glicemicos pós-
prandial: início de ação rápida e 
duração mais curta (eficazes na 
liberação precoce de insulina 
pós-prandial)
Biotransformadas a produtos 
inativos pelo CYP3A4 no fígado
Excretada pelos pela bile
Efeitos adversos
Incidência menor: hipoglicemiae perda de massa corporal
Associada a um declínio de sua eficácia após produzir uma melhora inicial no 
controle da glicemia
Deve ter cautela com paciente com insuficiencia hepática
Interações
Não devem ser associadas às sulfonilureias devido à sopreposição dos 
mecanismos de ação, aumento o risco de hipoglicemia grave
O genfibrozila (inibe a biotransformação hepática) pode aumentar o efeito da 
repaglidina 
Fármacos que os desloquem dos sítio de ligação das proteínas plasmáticas, como 
cloranfenicol, IMAO, AINEs, salicilatos
Tiazolidinaedionas - Glitazonas
→ Pioglitazona (Actos), rosiglitazona
Tratamento do Diabetes Mellitus 21
Mecanismo de ação: 
Ligação à receptores PPAR-γ: atuam 
como agonistas para o receptor γ ativado 
por proliferador peroxissoma (PPAR-γ), um 
receptor homornal nuclear
A ativação do PPAR-γ regula a 
transcrição de vários genes 
responsivos à insulina, resultando em 
aumento da sensibilidade à insulina no 
tecido adiposo, fígado e músculo 
esquelético
Não promovem liberação das células beta 
(não há risco de hiperinsulinemia)
Reduz gliconeogênese
Rosiglitazona: aumenta a LDL e os TAG, 
aumenta a HDL
Pioglitazona: diminui os TAG, aumenta a 
HDL
Ambas podem ser usadas como 
moniterapia ou em associação com outros 
hipoglicemiantes ou com inuslina
A rosiglitazona é menos usada devido a 
preocupações com relação aos EA 
cardíacos
Rosaglitazona: evidencias no aumento das 
células beta (proliferação)
Farmacocinética
Bem absorvidos por VO
Extensamente ligadas à albumina
Tratamento do Diabetes Mellitus 22
Biotransformadas por diferentes 
isoenzimas do fígado
Rosiglitazona:
Pico → 1h após adm
Meia-vida → 3 a 4h
São excretados primariamente na 
urina, não sendo necessário ajuste em 
insuficientes renais
Pioglitazona:
Pico → 3h
Meia vida → 3 a 7h
Metabólitos ativos → 16 a 24h
Excretados junto com a bile
Efeitos adversos
Poucos casos de toxicidade hepática forma relatados
Podem aumentar a gordura subcutânea ou causar retenção de líquidos
Aumento da massa
Associadas com osteopenia e aumento do risco de fraturas
Pioglitazona pode aumentar o risco de câncer vesical
Rosiglirazona: aumento potencial de infarto do miocárdio e morte por causas 
cardiovasculares
Outros usos: pode reiniciar a ovulação em mulheres pré-menopausa com síndrome de 
ovário policístico
Inibidores das α-glicosidases
→ Acarbose (Glucobay) e miglitol
Tratamento do Diabetes Mellitus 23
Mecanismo de ação
→ Inibição competitiva das α-
glicosidases intestinais (localizadas no 
bordo em escova), essas enzimas 
hidrolisam carboidratos em glicose e 
outros açucares simples
Arcabose e miglitol inibiem 
reversivelmente a α-glicosidades
Farmacocinética
Devem ser ingeridos no início da 
refeição, retardando a digestão de 
carboidratos
Arcabose:
Pouco absorvida
Biotransformada primeiramente 
pelas bactérias intestinais
Alguns dos seus metabólitos são 
absorvidos e excretados na urina
Miglitol
Muito bem absorvido, mas sem 
efeitos sistêmicos
Excretados inalterado pelos rins
Efeitos adversos
Flatulência, diarréia e cólicas intestinais
Não causam hipoglicemia
Contra-indicações: pacientes com doença inflamatória intestinal, ulcerações colônicas 
ou obstrução intestinal não devem usar esses fármacos
Tratamento do Diabetes Mellitus 24
Fármacos que atuam no eixo das incretinas
→ Incretinomiméticos e Gliptinas
� Incretinas: são uma classe de 
substâncias produzidas pelo pâncreas e 
pelos intestinos e que regulam o 
metabolismo da glicose. São eles: 
insulina, glucagon, amilina, GLP-1 e GIP
Incretinomiméticos: exenatida, liraglutida
Mecanismo de ação:
→ Análagos do GLP-1 e exercem sua atividade 
atuando como agonistas de receptores de GLP-1
Melhoram a secreção de insulina dependente 
de glicose
Retardam o esvaziamento gástrico
Dminuem a ingestão de alimento aumentando a 
saciedade
Diminuem a secreção pós-prandial de glucagon 
Promovem a proliferação de células beta
Diminuem glicemia de jejum e pós prandial 
↓ hemoglobina glicosilada
Farmacocinética: 
Administradas via SC 
Extensamente ligada às proteínas 
Liraglutida:
Meia-vida longa, permitindo dosificação 
diária única
Tratamento do Diabetes Mellitus 25
Exenatida:
Meia-vida mais curta, injetada 2x/dia
Eliminada principalmente pela urina
Evitada em pacientes com insuficiencia 
renal grave
Efeitos adversos
Náuseas (início do tratamento), vômitos e 
diarréia
Pancreatite
Quando dor abdominal intensa deve ser 
suspensa
→Gliptinas: alogliptina, linagliptina, 
saxagliptina e sitagliptina
Mecanismo de ação
→ Inibidores da DPP-4 (dipeptidil 
peptidase-4), enzima responsável pela 
inativação dos hormônios incretina, como 
o GLP-1
↑GLP 1 (Glucagon like peptide 1)
Prolongamento da atividade das 
incretinas 
Aumenta a liberação de insulina 
em resposta às refeições e a 
Redução na secreção imprópria 
de glucagon
↓ hemoglobina glicosilada
Pode ser usado em associação com 
sulfonilureias, metformina, TDZs ou 
insulina
Tratamento do Diabetes Mellitus 26
Farmacocinética
Bem absorvidos após adm. VO
Alimentos não afetam a extensão da 
absorção
Alopliptina e sitagliptina são 
principalmente excretadas 
inalteradas na urina
Saxagliptina
Biotransformada pela CYP3A4/5
Sofre excreção renal
Linagliptina é eliminada 
primariamente pelo sistema 
enteroepático
Efeitos adversos
Nasofaringite e cefaleia
Infrequente pancreatite
Não causam saciedade ou plenitude
São neutros em relação à massa 
corporal
Pode aumentar a concentração de 
saxagliptina e deve ser usado em 
dosagens reduzidas
Inibidores do transportador de Na+-glicose2 (SGLT2)
→ Canaglifozina, dapaglifozina e empaglifozina
Mecanismo de ação
→ Inibidores da SGLT2 (enzima 
cotransportadora e responsável por 
Tratamento do Diabetes Mellitus 27
reabsorver a glicose filtrada no 
lúmen tubular dos rins)
� Limiar renal para a 
excreção de glicose de 
180 para 50 mg/dL
Diminuem a reabsorção de 
glicose
Aumenta a taxa de excreção 
urinária
Diminuiem a glicemia, mas sem 
causar hipoglicemia
Pode diminuir a reabsorção de 
sódio → diurese osmótica
Farmacocinética
Tomada pela manhã
Meia-vida de 12h, 1x/dia
Canaglifozina:
deve ser tomada antes da primeira refeição
 em como via primária da excreção as fezes e 1/3 pela urina
Biotransformados principalmente por glicuronidação
Devem ser evitados em paciente com disfunção renal
Efeitos adversos
Infecções genitais por fungos
ITU e polidipsia
Podem reduzir a PA (por diminuir a reabsorção de sódio - diurese), principalmente 
em paciente idosos ou sob tratamento com diuréticos
Tratamento do Diabetes Mellitus 28
Contraindicados no tratamento da HAS
Outros agentes hipoglicemiantes
→ Prantiltida (ligação ao receptor no encéfalo)
Redução da secreção de glucagon, esvaziamento gástrico tardio e sensação de 
saciedade
Não reduz a hipoglicemia
Injeção SC, antes das refeições
Diferença no pH em relação à insulina
Adição à insulina reduz inicialmente 30 a 50% dose de insulina, com titulação 
posterior
Contra indicada em pacientes com gastroparesia
Usos Tipo 1 e 2 como adjuvante em pacientes que fazem uso de insulina das 
refeições
→ Bromocriptina (agonista dopaminérgico)
Não melhoram a sensibilidade à insulina e/ou intensificam a secreção de insulina
Os efeitos da bromocriptina sobre o nível de glicemia podem refletir uma ação no 
SNC
A eficiência na melhora do controle glicêmico é modesta
Ingerida com alimento pela manhã, 2 h após o despertar
Efeitos colaterais: náuseas, fadiga, tontura, hipotensão ortostática, vômitos e 
cefaleia
→ Colesevelan (sequestrador de ácidos biliares), produzem redução modesta de 
hemoglibina glicada
Podem reduzir a absorção intestinal de glicose.
Os ácidos biliares também atuam como moléculas de sinalização através de 
receptores nucleares, alguns dos quais podem atuar como sensores de glicose
Os mecanismos de ação da redução da glicemia é desconhecido
Tratamento do Diabetes Mellitus 29
Eficácias modestas, seus EA e o número de comprimidos limitamseu uso na 
clínica
Antidiabéticos dsponíveis no SUS
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