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Resenha Psicologia Hospitalar - Psico-oncologia

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RESENHA
A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO JUNTO A PACIENTES COM CÂNCER: UMA ABORDAGEM PSICO-ONCOLÓGICA
Renata da Fonseca, Marcelo Matta de Castro
O câncer se caracteriza pela perda do controle da divisão celular e pela capacidade de invadir outras estruturas orgânicas. Na prática, essas neoplasias são denominadas de tumores. Podendo ser maligno ou benigno. As neoplasias malignas ou tumores malignos manifestam um maior grau de autonomia e são capazes de invadir tecidos vizinhos e provocar metástases, podendo ser resistentes ao tratamento e causar a morte do hospedeiro. O processo de formação do câncer é chamado de carcinogênese ou oncogênese e, em geral, acontece lentamente, podendo levar vários anos para que uma célula cancerosa se prolifere e dê origem a um tumor visível.
Por ser entendido como um conjunto de mais de 100 doenças, os sintomas de cânceres malignos variam de acordo com cada tipo de câncer, porém, existem sinais e sintomas mais comuns do câncer, que podem incluir: protuberância anormal ou inchaço no pescoço, mama, abdome, testículo ou em outro local do corpo, cansaço inexplicável e perda de energia, hematomas frequentes, sangramento anormal, dor contínua, febre ou sintomas inespecíficos que não melhoram, dores de cabeça frequentes, muitas vezes com vômitos, alterações na visão ou mudanças repentinas de comportamento, perda de apetite ou perda de peso não planejada e o aparecimento de pintas novas ou manchas na pele, que mudam de tamanho, forma ou cor.
O câncer é uma doença fortemente associada a fatalidade geradora de sofrimento psíquico e desencadeia reações devastadoras tanto no âmbito orgânico como no emocional, provocando sentimentos, desequilíbrios e conflitos internos. Após o choque inicial do diagnóstico de câncer, os pacientes costumam apresentar respostas emocionais como ansiedade, raiva e depressão. O diagnóstico também desencadeia uma série de sentimentos como impotência, desesperança, temor e apreensão. Além disso, a questão financeira também pode ser um fator significativo, considerando que o tratamento exige exames, consultas, especialistas e, em muitos casos, afastamento do trabalho. Além disso, o câncer envolve mudanças corporais que afetam a autoestima do paciente.
Uma doença grave pode provocar a ruptura do equilíbrio familiar. As alterações na dinâmica familiar iniciam-se na fase pré-diagnóstica, no princípio dos sintomas, perpassam por todo o adoecimento e podem continuar após a morte ou cura da pessoa doente. É comum no hospital, observar familiares renunciando algumas das suas necessidades pessoais para acompanhar o paciente, esse cuidador nesse momento se submete a uma nova realidade, em que, sua rotina estará voltada parcialmente aos cuidados do paciente e é submetido a diversos fatores como: súbita e inesperada instalação da doença; incerteza sobre o prognóstico; medo de que o paciente sinta dor, tenha uma inabilidade pós-evento mórbido ou morra; falta de privacidade e de individualidade; ambiente desconhecido e aterrorizante; separação física do paciente e/ou distância de casa sem um grupo de amigos, vizinhos ou parentes com quem havia convivido, ou que dê sensação de amparo e disponibilidade.
A atuação da Psicologia especificamente no tratamento dos pacientes oncológicos teve seu início a partir da década de 70 em virtude dos vários aspectos psicológicos que se encontram relacionados ao paciente portador de câncer. Assim, o surgimento deste segmento somente foi possível com a diminuição do estigma existente em relação a esta doença, o que permitiu importantes mudanças de atitudes em relação ao câncer e ao seu portador. Um aspecto que vem sendo abordado pela Psico-Oncologia é a necessidade do paciente saber de sua doença e de seu estado. É importante que o profissional saiba como contar e transmitir a certeza que o paciente receberá o melhor tratamento, e que a cura é uma meta em conjunto. Destaca-se a importância da aquisição de conhecimentos relativos ao câncer e ao tratamento para o enfrentamento efetivo. Isso contribui em tomadas de decisões do paciente acerca do seu tratamento, informando adequadamente familiares e amigos, planejando o futuro e, dessa forma, criando um maior controle da situação.
O psicólogo deve atuar junto ao paciente oncológico, à família e também à sociedade. Em relação ao paciente oncológico deve: Auxiliar no momento do diagnóstico; informar sobre a doença; esclarecer os tratamentos a que será submetido e os possíveis efeitos colaterais e como lidar com eles; ajudar o paciente a enfrentar a doença através de técnicas específicas, visando sua participação ativa na evolução do tratamento. Uma das preocupações da Psico-Oncologia consiste no cuidado com os cuidadores. Por cuidador pode-se entender tanto o cuidador profissionalizado, pertencente a uma equipe de promoção de saúde, quanto o cuidador domiciliar, que pode ser um enfermeiro contratado, um familiar, um vizinho, ou seja, aquele que estiver disponível e que o paciente aceite como o que vai cuidar dele. Tanto a equipe no atendimento quanto o cuidador individual do paciente enfrentam situações semelhantes de angústia, desamparo, frustração e impotência, sendo importante que se tenha um olhar sobre suas necessidades e demandas.

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