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APENDICITE FISIOPATOLOGIA As bactérias que permaneceram na luz do apêndice produzem gases que ficam retidos na cavidade, causando distensão da parede do apêndice e dor. Este aumento da pressão dentro do lúmen do órgão gera isquemia. Após várias horas de deficiência de oxigênio, a isquemia transforma-se em necrose que estimula uma maior multiplicação das bactérias. ESTÁGIOS ▪ Apendicite aguda catarral: edema e ulcerações da mucosa ▪ Apendicite aguda supurativa: o processo inflamatório e a proliferação bacteriana estendem-se da parede do apêndice até a serosa, com formação de exsudato. ▪ Apendicite aguda gangrenosa: abcesso e trombose venosa com isquemia e necrose. ▪ Apendicite aguda perfurativa: perfuração do apêndice e extravasamento de fezes e secreção para o peritônio. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Dor difusa contínua no abdome, localizada (RID) ou difusa; Náusea e vômito Febre baixa Falta de apetite INFLAMAÇÃO X DOR DIAGNÓSTICO Anamnese e exame físico: ♦ Sinal de McBurney: sensibilidade dolorosa no ponto situado entre o umbigo e a espinha ilíaca ântero-superior. ♦ Sinal de Blumberg: descompressão brusca. ♦ Sinal de Rosving: a palpação do QIE do abdome causa dor no QID. Exames laboratoriais: Leucocitose Exames imaginológicos: US, TC e RnM de abdome TRATAMENTO ❖ Reposição de volume ❖ Antibioticoprofilaxia ❖ Cirúrgico -Apendicectomia: via aberta ou laparoscópica COLECISTITE ETIOLOGIA ✓ Litiásica: 95% das colecistites; causam obstrução dos canais biliares. A estase de líquido biliar permite a multiplicação de bactérias, que levam à inflamação. ✓ Outras causas de obstrução são os tumores do canal cístico ou próximas a ele. ✓ Alitiásica: causada por jejum prolongado; opiáceos: pacientes imunodeprimidos causam obstrução funcional. ✓ Outros: queimaduras graves, traumatismos, bacteremia ou após o parto FISIOPATOLOGIA LITIÁSICA: Obstrução do cístico por cálculo Impedimento do fluxo biliar Aumento da pressão intraluminar distensão da vesícula diminuição da drenagem linfática e congestão venosa isquemia da parede e edema MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS -Dor abdominal intensa, geralmente tipo cólica, localizada no HCD, HDE ou ainda nas costas. Pode se localizar em todos os lugares descritos ao mesmo tempo ou separadamente. -Febre -Náusea e/ou vômitos -Inapetência -Icterícia (15 a 20%) -Colúria -Acolia DIAGNÓSTICO Anamnese ▪ Caracterização da dor; ▪ Localização: localizada (HCD) em faixa (abdome superior); ▪ Tipo: em cólica ▪ Intensidade: moderada/intensa ▪ Início: insidioso ▪ Sintomas associados: náusea, vômito; sinais adrenérgicos proporcionais; ▪ Fatores de melhora ou piora ▪ Co-morbidades: dislipidemia ▪ Relação com alimentação: padrão come-dói; inapetência ▪ Características das eliminações: coluria e acolina Exame Físico: ▪ Geral: fácies de dor: posição antálgica; palidez cutânea; alteração SSVV ▪ Abdome: distentido? RHA (-) ou ausentes? Som maciço ou tábua? Sinal de Murphy Exames Laboratoriais: leucocitose, hiperbillirubinemia Exames imaginológicos: US, TC e RnM de vias biliares TRATAMENTO *Clínico *Anti-inflamatórios *Antibióticos *Sintomáticos *Cirúrgico *Colecistectomia PANCREATITITE CONCEITO Processo inflamatório pancreático, de aparecimento súbito e etiologia variada, geralmente acompanhada de importante comprometimento sistêmico. Tipos: ✓ Aguda ✓ Aguda leve ✓ Aguda grave ✓ Necrose pancreática ✓ Outros ETIOLOGIAS Mais comuns: ▪ Colelitíase ▪ Danos causados pelo álcool ▪ Traumas Outras possíveis causas são: ▪ Medicamentos: esteróides; Diuréticos ▪ Infecciosas: viroses; Vasculite ▪ Metabólicas: ateroembolismo; Colelitíase; Hiperlipoproteinemia; Hipercalcemia ▪ Autoimunidade FISIOPATOLOGIA As enzimas pancreáticas que normalmente são lançadas nos intestinos delgados para ajudar na digestão são ativadas dentro do próprio pâncreas causando um processo inflamatório. Cessada a inflamação pode ocorrer a regeneração ou sequelas decorrentes da cicatrização do parênquima (crônica). Em determinados casos pode provocar a morte. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ♦ Dor: intensidade variável ♦ Febre ♦ Taquipnéia / Taquicardia ♦ Aumento sensibilidade epigástrica ♦ Contratura muscular ♦ Icterícia clínica – infrequente ♦ Distensão abdominal ♦ Massa epigástrica: pseudocisto ♦ Equimose Sinal de Cullen: periumbilical Sinal de Gray – Turner DIAGNÓSTICO Anamnese e exame físico Exames laboratoriais: amilase e lipase aumentadas Exames imaginológicos: Rx, US, TC e RnM de abdome e Colangiopancreatografia endoscópica retrógada. COMPLICAÇÕES Pulmonar: atelectasia, derrame pleural, SARA Renal: insuficiência renal Cardíaca: insuficiência cardíaca Metabólica: hiperglicemia, acidose, hipocalcemia e hipomagnesemia. Sistêmica: coagulação vascular disseminada, depleção do espaço extracelular, choque Outras: úlcera de estresse (gastrite hemorrágica), necrose gordurosa metastática (pelo, osso e sistema nervoso central). TRATAMENTO CLÍNICO ✓ Limitar a intensidade da inflamação pancreática - Inibidores da secreção pancreática; das enzimas pancreáticas e dos mediadores inflamatórios. ✓ Medidas de suporte e tratamento -Restauração e manutenção do volume intravascular -Equilíbrio hidroeletrolítico -Suporte respiratório e nutricional -Analgesia -Heparina ✓ Eliminação de compostos tóxicos intraperitoneais -Diálise ✓ Papilotomia endoscópica TRATAMENTO CIRÚRGICO • Necrosectomia: desbridamento do tecido pancreático • Pancreatectomia: Ressecção parcial ou total pancreática
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