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PRÓTESE BUCO-MAXILO- FACIAL Materiais de moldagem e confecção Prof. Me. Pedro Amorim CONCEITO CONCEITO São materiais que se destinam à moldagem do paciente e à confecção dos aparelhos e das próteses internas, externas e internas-externas indicadas a reabilitação dos deformados Buco-Maxilo-Faciais • O objetivo dos materiais para o uso em PBMF são a moldagem do deformado, a confecção de suas respectiva modalidades protéticas utilizando-se matérias adequados para cada paciente em particular OBJETIVO DEFINIÇÕ ES ___________ é o ato técnico de se obter impressão ou molde de uma estrutura ou superfície. DEFINIÇÕES MOLDAGEM é o produto de uma moldagem, ou seja, a impressão ou cópia negativa de uma estrutura ou superfície que servirá para reproduzir a estrutura moldada MOLDE é a reprodução de uma estrutura ou superfície, obtida com material próprio, a partir de uma impressão ou molde. MODELO Início da manipulação Tempo de presa TEMPOS PROTÉTICOS 1 Final da manipulação Inserção na boca Tempo de trabalho Remoção da boca Tempo de mistura MATERIAIS DE MOLDAGEM São aqueles que reproduzem fielmente toda a anatomia alterada ou não da região de interesse protético CARACTERÍSTICAS IDEAIS • Compatibilidade - Ser compatível com os tecidos sobre os quais vai ser aplicado, de maneira a não causar irritações ou desconforto enquanto estiver sendo usado; • Flexibilidade - macio e flexível como o tecido vivo, de maneira a simular a maciez da pele do rosto; • Leveza - leve, de maneira a poder ser facilmente retido sobre a face, sem perigo de se deslocar ou cair. • Translucidez - translúcido (como a pele), não transparente ou opaco, de maneira a ter aparência de vida • Amoldabilidade - facilmente moldável, isto é, deve prestar -se a uma das técnicas de laboratório de prótese dental, sem que haja necessidade da elaboração de moldes caros ou complicados (metalizados , metálicos ). CARACTERÍSTICAS IDEAIS • Condutibilidade térmica - ser mau condutor do calor, de modo a não afetar desfavoravelmente a parte do rosto que esteja em contato com ele. • Durabilidade - não ser afetado física ou quimicamente por fatores exógenos ( luz do sol, calor, frio, poeira) ou por fatores endógenos (suor, saliva), de maneira a poder ser usado por longo período, sem se deteriorar. • Fácil duplicação - facilmente duplicável, para que possa fazer nova prótese em pouco tempo, em casos de perda, descoloração ou fratura. • Fácil aquisição - facilmente adquirível e não ser dispendioso. • Permitir manutenção da higiene - facilmente lavável, REQUISITOS MATERIAL IDEALFLUIDEZ ADEQUADO CUSTO X BENEFÍCIO RESISTÊNCIA VISCOSIDADE BIOCOMPATIBILIDADE FACILIDADE DE DESINFECÇÃO PRECISÃO FÁCIL MANUSEIO ODOR E GOSTO AGRADÁVEIS ESTABILIDADE DIMENSIONAL COMPATIBILIDADE COM OS MATERIAIS DE VAZAMENTO TEMPO DE PRESA ADEQUADO Anusavice, 2005; Craig RG, Powers, 2002 CLASSIFICAÇÃO: • RÍGIDOS; • FLEXÍVEIS. CLASSIFICAÇÃO COMPRESSA-GESSADA GESSO-PARÍS GODIVA RÍGIDOS GESSO-PARÍS GESSO-PARÍS “Os produtos do gesso provavelmente servem à profissão odontológica mais adequadamente que qualquer outro material.” UTILIZAÇÃO EM ODONTOLOGIA - construção de modelos de estudo e trabalho; - construção de troquéis – modelos unitário. - moldagem para confeccionar próteses totais (solúvel) - material acessório (preenchimento) - montagem de modelos em articuladores. - aglutinante para a sílica (em revestimentos para fundição de ligas de ouro, de soldagem e de ligas níquel-cromo de baixa fusão). GESSO-PARÍS GESSO-PARÍS Sulfato de Cálcio Diidratado Sulfato de Cálcio Hemidratado (CaSO4-2H2O) (CaSO4- H2O)1/2 • Menor reação exotérmica de presa CaSO4 - 1/2H2O + 11/2H2O = CaSO4-2H2O + 3900cal/g mol. Gesso Paris (Gipsita) + Água = Gesso GESSO-PARÍS GESSO-PARÍS Aceleradores: - sulfato de potássio a 2% (K2SO4) - terra Alba (sulfato de cálcio diidratado cristalizado) - cloreto de sódio (NaCl até 5%) em pequenas quantidades acelera a reação de presa, e em grandes quantidades retarda. - água gessada GESSO-PARÍS GESSO-PARÍS Retardadores: - NaCl (sal de cozinha) a 10% - citrato de sódio a 10%; - citrato de potássio a 10%; - goma arábica; - sangue. COMPRESS A GESSADA Produto auxiliar nas moldagens faciais que substitui o gesso-paris como suporte para as moldagens com alginato Rolo de gaze impregnada de gesso-paris é um acelerador (NaCl) COMPRESSA- GESSADA GODIVA Ao contrário do gesso-paris, que toma presa por um processo químico, a godiva se amolece (plastifica) sob calor e endurece (solidifica) quando resfriado. TERMOPLASTIFICAÇÃO GODIVA Resina de cumarona + goma laca + copal + cera de abelha + ácido esteárico + carbonato de cálcio. COMPOSIÇÃO • Godiva para moldagem; • Godiva para moldeira; GODIVA COMPOSIÇÃO Moldagem de arcos edêntulos Selamento Periférico CLASSIFICAÇÃO HIDROCOLÓIDE IREVERSÍVEL HIDROCOLÓIDE REVERSÍVEL SILICONES RESINA RESILIENTE FLEXÍVEIS HIDROCOLÓIDE REVERSÍVEL É um polissacarídeos extraído de uma determinada alga marítima;’ Ágar-ágar, éster sulfúrico de polímero linear de galactose HIDROCOLÓIDE REVERSÍVEL SOL GELCALOR Precisão do registro Aparelhagem cara Estabilidade dimensional REAÇÃO FÍSICA HIDROCOLÓIDE IRREVERSÍVEL REAÇÃO QUÍMICA: Componente Função Alginato de potássio Componente Principal Alginato solúvel Sulfato de Cálcio Reagente Óxido de Zinco Carga – influencia o tempo de presa Fluoreto de potássio; Fluoreto de titânio Aceleradores da reação de presa do gesso Terra Diatomácea Carga - ↑ resistência e rigidez Fosfato de sódio Retardador do tempo de presa SOL GEL HIDROCOLÓIDE IRREVERSÍVEL 1. Modelos De Estudo 2. Modelos De Trabalho Em Prótese Parcial Removível INDICAÇÕES: HIDROCOLÓIDE IRREVERSÍVEL CARACTERÍSTICAS Material ✔ Baixo custo; ✔ Fácil manipulação; ✔ Biocompatível; ✔ Não necessita de instrumentais/ aparelhagem sofisticada. HIDROCOLÓIDE IRREVERSÍVEL DESINFECÇÃO Hipoclorito De Sódio 1% - 10min Glutaraldeído 2% - 10min HIDROCOLÓIDE IRREVERSÍVEL TEMPO DE TRABALHO TEMPO DE PRESA VAZAMENTO GESSO 2 A 3 MINUTOS 3 A 4 MINUTOS IMEDIATO Borrachas sintéticas formadas a partir de uma rede tridimensional de polímeros interligados por ligações cruzadas SILICONES Anusavice, 2005, Google imagens ⮚ Utilizadas para moldagem de trabalho Massa pesada ⮚ Formas de apresentação Pasta base Pasta catalizadora SILICONE DE CONDENSAÇÃO Anusavice, 2005, Google imagens Dimetil siloxano + Orto-etil-silicato + Octoato de estanho (catalizador) Borracha de Silicone + Álcool etílico (subproduto) SILICONE DE CONDENSAÇÃO Anusavice, 2005, Google imagens SILICONE DE CONDENSAÇÃO VANTAGENS Boa recuperação dimensional (elástica) Biocompatibilidade Boa reprodução de detalhes DESVANTAGENS É necessário aguardar 15 minutos para o vazamento Permite uma única vazagem Vazamento imediato Estabilidade dimensional Pasta base; Pasta catalizadora; 02 massas para mistura. Silicone de Adição Utilizadas para moldagem de trabalho FORMAS DE APRESENTAÇÃO INDICAÇÃO Silicone de Adição Siloxano silano terminal + siloxano vinil terminal + ácido cloroplatínico Borracha de Silicona Silicone de Adição ⮚ Não deve ser vazado imediatamente 🡪 liberação de hidrogênio Porosidade no gesso Aguardar pelo menos 1 hora pra vazar SILICONE Material Hidrofóbico SUPERFÍCIE Hidrofílico ⮚ Melhora escoamento sob tecidos úmidos ⮚ Maior riqueza de detalhamento no gesso vazado Características Baixa deformação permanente Biocompatibilidade Pequena alteração dimensional Vazamento de 24h até uma semana Alta estabilidade dimensional Alto custo Hidrófobos* Silicone de Adição Silicone de Adição RESINA Resiliente Materiais forradores resilientes podem ser definidos como uma cobertura macia entre a base rígida da dentadura e a mucosa bucal.(Bases moles que podem ser utilizadas em baixo de uma dentadura) CONCEITO RESINA Resiliente CLASSIFICAÇÃO duram em média de 15 a 20 dias utilizados até alguns meses são quimicamente ativados/ autopolimerizáveis FORRADORES DE CURTA DURAÇÃO (TEMPORÁRIOS) São termopolimerizados Utilizados por tempo indefinido FORRADORES DE LONGA DURAÇÃO (PERMANENTES) RESINA Resiliente RESINA Resiliente 01 02 03 04 PRINCIPAIS PROBLEMAS Absorção de água e solubilidade (absorvem a umidade da boca) Permitem a adesão de microrganismos (necessidade de limpeza química) Força de adesão à base de resina acrílica (com o tempo tendem a perder a adesão à base da dentadura. Principalmente se escovamos essa base. Não resistentes a abrasão (higiene diária)) MATERIAIS PARA MODELO 1 REQUISITOS Fácil manipulação Reproduzir fielmente o molde Boa estabilidade dimensional Fácil escoamento Inalterabilidade física e química Resistência as confecções das próteses Compatibilidade com o material da prótese MATERIAIS PARA MODELO Metálicos e Não Metálicos MATERIAIS PARA MODELO Metálicos Metal de baixa fusão 2 METAL DE BAIXA FUSÃO Fusão das ligas de estanho e tungstênio em baixas temperaturas Foi utilizada na ortodontia na confecção de banda metálicas até o surgimento dos “Brackets” Confeccionavam modelos faciais com esses metais, porém, devido a dificuldade de aquisição e da técnica, não se usa mais. 1 3 1 2 MATERIAIS PARA MODELO Metálicos Metal de Galvanização 2 METAL DE GALVANIZAÇÃO Middle Low High É o processo pelo qual podemos recobrir qualquer objeto ou modelo com uma camada metáica Galvanização Cloretos e sulfatos de: ⮚ Cobre; ⮚ Cromo; ⮚ Níquel; ⮚ Cádmio; ⮚ Estanho; ⮚ Ouro; ⮚ Prata; ⮚ Zinco. 70 % Sais Metais MATERIAIS PARA MODELO Não Metálicos Gesso-Pedra 2 1 GESSO-PEDRA 01 02 São compostos principalmentes da variedade beta-hemidrato + aceleradores de presa; Maior reistência em relação ao gesso-paris (modelo de trabalho) Possui coloração pra se diferenciar do gesso-paris03 MATERIAIS PARA MODELO Não Metálicos Resina Epóxi 2 Resina epóxi bisfenol-A Existem diversas pigmentações. A mais ultilizada é a da cor branca. • Mais fluida das resinas • Suportam maior carga • Ausência de contração durante o processo de polimerização E P Ó X IR E S I N A MATERIAIS PARA MODELO Não Metálicos Ceras 2 Ceras Odontológicas 01 02 03 04 05 06 Quando amolecida, deve apresentar-se uniforme Cor deve contrastar com o troquel Após o amolecimento, não deve descamar ou ter superfície rugosa Boa reprodução de detalhes Não deixar resíduos sólidos após a queima Rigidez e estabilidade dimensional Características 1 Ceras Odontológicas Composição das Ceras Os principais componentes das ceras odontológicas são os derivados de ceras sintéticas e naturais • Cera de abelha; • Parafina; • Estearina; • Corantes (geralmente vermelho) _________________ 1 Ceras Odontológicas Composição das Ceras Os principais componentes das ceras odontológicas são os derivados de ceras sintéticas e naturais • Cera de abelha; • Parafina; • Estearina; • Corantes (geralmente vermelho) _________________ MATERIAIS DE ESCULTURA Requisitos MATERIAIS DE ESCULTURA Não ser pegajoso Ser o mais próximo possivel da cor da pele ou na cor branca Ter consistência adequada para garantir a forma esculpida 2 Não ser tóxico Ser plástico o suficiente as necessidades da escultura MATERIAIS DE ESCULTURA Argila 2ARGILA 01 02 Pertence a um grupo de minerais chamado de argilo- minerais Pode ser utilizada na forma de modelagem direta, ou escultura sobre um modelo de trabalho 5 GRUPOS DE ARGILA Alofana Coalinita Ilita Montmorilonita Vermiculit a AS ARGILAS EXISTENTES NÃO PERTENCEM À UM ÚNICO GRUPO, POIS SÃO FORMADOS PELA MISTURA DE PARTES OU TODAS ELAS “ MATERIAIS DE ESCULTURA Modelina Utilizada à semelhança da argila nas esculturas de próteses faciais MODELINA COMPOSIÇÃ 01 02 PARAFINA ESTEARINA 04 CERA VEGETAL 05 CARBONATO DECÁLCIO EXTRALEVE OLIEÍNA03 PLASTIFICANTE06 MATERIAIS PARA PRÓTESE INTERNA 2MATERIAIS PARA PRÓTESE INTERNA Não devem se modificar fisicamente pelos tecidos Não devem produzir reação alérgicas ou inflamtórias nos tecídos Devem ser resistentes a tração mecânica Não devem ser carcinogênicos Devem ser quimicamentes inertes 01 02 03 04 05 - Requisitos Devem ser disponíveis e de fácil manipulação Devem ser facilmente esterelizaveis 06 MATERIAIS PARA PRÓTESE INTERNA Metálicos METAIS t Todos os metais nobres têm boas propriedades químicas e ou físicas para se confeccionar próteses internas O maior inconveniente dos metais nobres é seu elevado custo, como o ouro e o tântalo Atualmente o metal mais utilizado é o titânio que, em estado puro, tem pouca resistência a deformação TITÂNIO Liga que melhor se saiu nos testes físicos, químicos e biológicos. A melhor liga de titânio contém: Titânio – 1 parte Alumínio – 6 partes Vanádio – 4 partes Atualmente são as melhores e mais utilizadas ligas metálicas em Ortopedia, Cirurgia Plástica e Cirurgia Buco- Maxilo-Facial TITÂNIO Placa intrafemoral Placa osteossíntese Fio para sutura óssea Prótese Craniana Implantes Odontológicos Miniplacas Próteses mandibulares Parafusos MATERIAI S PARA PRÓTESE INTERNANão Metálicos RESINA ACRÍLICA É o material mais utilizado nas próteses internas DUREZA RADIOLÚCIDA NÃO CONDUZ CALOR E ELETRICIDADE LEVE, PORÉM DENSA MATÉM FORMA APÓS POLIMERIZAÇÃO FÁCIL MODELAGEM E USINAGEM RESISTENTE A FLUIDOS ORGÂNICOS Rosenthal, et al., 1947, provou em suas pesquisas que a resina acrílica é impermeável a microoganismos POLIETILENO POROSO É o mais recente material de uso em próteses internas. Restrito em regiões onde não há necessidade de grandes esforços: Baixa resistência ao choque Baixa resistência a tração MATERIAIS PARA PRÓTESES FACIAIS MATERIAIS PARA PRÓTESES FACIAIS Deve ser compatível com a pele humana e não causar irrtação nos tecidos BIOCOMPATIBILIDADE Deve ser leve de tal forma que o paciente nao à sinta e tenha confiança que ela não se deslocará PESO Deve combinar o mais próximo possível com a pele humana COR Deve ser baixa CONDUÇÃO TÉRMICA MATERIAIS PARA PRÓTESES FACIAIS Deve resistir as limpezas diárias HIGIENE Resistência a luz solar, ao desgaste e não sofrer variação térmica RESISTÊNCIA Deve ser baixo e facilmente disponível CUSTO ADESIVOS Não deve ser irritante a pele do paciente Não deve alterar as propriedades do material da prótese02 01 03 Não deve se decompor com o suor da pele Devem ser incolores04 ADESIVOS Devem ser inodores Devem permanecer ativos por pelo menos 8 horas06 05 07 Devem ser facilmente substituídos OBRIGADO
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