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Prótese buco-maxilo-facial A Prótese Buco-Facial visa construir um aparelho artificial para substituir um órgão ausente, mutilado, atrofiado ou inutilizado buscando a plástica ou estética. Em 1903, Claude Martin divulgou os princípios da construção da prótese buco-facial: 1. Uma prótese tem que apresentar recursos variáveis para ser usada em qualquer caso; 2. A peça deve corresponder em volume e extensão à quantidade de tecido perdido; 3. Sua fixação deve impedir qualquer movimentação espontânea e ao mesmo tempo ser de fácil remoção, quando necessário; 4. Deve ser de fácil assepsia, compacta e de material que resista à tração muscular e à retração cicatricial; 5. Os componentes da peça devem ser toleráveis pelos tecidos, sem sofrer alteração; 6. O aparelho deve ser suficientemente versátil, permitindo modificações no ato cirúrgico sem dispender tempo demasiado; 7. Sendo prótese provisória, deve criar leito receptor à prótese definitiva Com resinas, borrachóides, silicones e as novas técnicas, a PBMF tem atingido metas até agora intransponíveis para a cirurgia plástica. E coube, definitivamente, ao cirurgião-dentista assumir o papel principal nas PBMF, não só pelos seus conhecimentos de anatomia, fisiologia e patologia da região, como também, pela habilidade, experiência e uso dos materiais compatíveis com os tecidos. O que é um modelo na PBMF ? -É a réplica de uma estrutura de interesse. Qual a função do modelo? -Realizar um correto diagnóstico; -Documentação clínica; -Investigação forense e perícia judicial; -Estudo, planejamento e orientações cirúrgicas /protéticas; -Didática; -Museu e artística. MOLDAGEM➜ MOLDE➜ MODELO Quanto a sua extensão, os modelos faciais são classificados como: totais e parciais. De acordo com a finalidade e classificam em modelo de laboratório (estudo e trabalho) e modelo de museu (documentação e didáticos). ➔ Modelo de estudo: Geralmente total, destina-se ao planejamento da futura prótese. ➔ Modelo de trabalho: Geralmente parcial (ou total), destina-se às fases de confecção da futura prótese. ➔ Modelo de documentação: Total ou parcial destina-se à documentação de personagens históricos. ➔ Modelo didático: Parcial ou total, destina-se à documentação dos casos clínicos, com finalidade didática (aulas, congressos, publicações). Materiais de moldagem Para produzir uma moldagem precisa, o material de moldagem empregado para reproduzir fielmente a réplica dos tecidos e deve preencher alguns requisito seguintes: ➔ Facilidade de mistura; ➔ Tempo de trabalho adequado; ➔ Tempo de presa; ➔ Recuperação elástica e rigidez; ➔ Estabilidade dimensional; ➔ Fidelidade de reprodução; ➔ Facilidade de vazamento; ➔ Custo acessível; Nenhum material preenche todos os requisitos!!! Moldagem parcial Região oculopalpebral Limites: ● Superior: raiz dos cabelos ● Lateral: 2 cm além do canto externo dos olhos ● Inferior: base do nariz. Região mentoniana Limites: ● Superior: rima bucal; ● Inferior: 1 cm acima do hióide ● Lateral: comissura labial. Nasal Limites: ● Superior: linha das sobrancelhas ● Inferior: rima bucal ● Lateral: canto externo dos olhos. Hemiface Limites: ● Mediano: plano sagital ● Posterior: tragus ● Inferior: 1cm acima do hióide. Moldagem facial Delimitação da área da moldagem: S: Unha de implantação do cabelo. L:1 cm adiante do tragus I:1 cm acima do hióide. Manter as pontas do fio bem presas na parte superior. Sequência clínica da moldagem facial: -Acolhimento do paciente -Posição do paciente: semideitado na cadeira odontológica e com proteção das vestes e cabelo. -Transferência e demarcação do perímetro facial: Demarcar pelo lado interno do fio; Manter as pontas do fio bem presas para não alterar o perímetro -Recorte do plano frontal de cartão (PFC): Espaços que porventura fiquem entre a borda do PFC e a face, devem ser preenchidos com rolo de algodão inserido pela face posterior do PFC. -Isolamento das regiões pilosas: As regiões pilosas da face devem ser isoladas com vaselina pastosa estéril. Nas sobrancelhas e cílios a vaselina deve ser aplicada no sentido de implantação e contra a implantação dos pelos. Igualmente para homens que usam bigode e barba. -Proporção e preparo do material de moldagem: Respeitar as proporções do fabricante; O limite de pó em cada cubeta é de 6 medidas; A espatulação deve ser vigorosa por 45 segundos até a mistura ficar lisa, uniforme e cremosa. -Dispersão do alginato sobre a face do paciente: Deve ser feita do alto da cabeça para baixo com auxílio da espátula o material deve ser espalhado na maior área possível da face; Não fazer o recobrimento do nariz nessa fase. -Dispersão do alginato sobre a face do paciente: Um membro da equipe se responsabiliza de manter livre a respiração do paciente com auxílio de uma espátula nº 7. -Colocação do agente de união Gaze, algodão, grampos… -Preparo da câmara de reforço: A proporção água/pó deve ser de 30 ml de água para 100 g de gesso pedra ou 20 ml de água para 100 g de gesso pedra especial. Pode ser incorporado um acelerador de presa como sal ou água gessada. -Camada da câmara de reforço: O procedimento de dispersão do gesso é semelhante ao do alginato, iniciando pela parte superior e terminando pelo apêndice nasal. Todas as pelotas de algodão devem ser totalmente cobertas por gesso. -Acabamento do gesso da camada de reforço: Com as mãos umedecidas, deve ser feito o alisamento da superfície do gesso. O paciente pode ter a face ventilada por corrente de ar frio, para minimizar o desconforto da reação exotérmica de prosa do gesso. -Retirada do bloco de moldagem: Inicialmente é feita a distensão da pele do pescoço e da região lateral da face pela parte posterior da moldagem. Com a mão esquerda apoiada na região mentoniana da moldagem e a mão direita na porção superior, a moldagem deve ser deslocada no sentido súpero-inferior. -Proteção da visão do paciente -Análise da moldagem: Toda a área moldada deve ser analisada quanto a integridade e fidelidade da cópia. Pequenas correções podem ser feitas no modelo de gesso. -Vedação da abertura das narinas: Com cera utilidade, devem ser confeccionados dois cones que serão inseridos no abertura das narinas, de fora para dentro da moldagem. -Dispersão do gesso para modelo: A 1° camada de gesso é fluida e deve ser dispersada no centro do moldagem. Para banhar todas as paredes do molde, devem ser efetuados movimentos de báscula. A espessura média do modelo é de 1 a 1.5 cm. As demais camadas, ditas de REFORÇO, são com gesso mais espesso. -Acabamento da face Interna do modelo: Para um melhor acabamento, a superfície do gesso deve ser alisada com a mão umedecida de água, -Separação do molde/modelo: Com auxílio de um martelo, eliminar as bordas do gesso de reforço da moldagem. Com auxílio das mãos ou de um instrumento, levantar o modelo do alginato da moldagem. Cuidado para evitar fratura. -Acabamento do modelo facial: Uso de broca de vulcanite para remoção dos excessos Em seguida, utiliza-se pedra montada para remoção de asperezas. Para dar alisamento final usa-se finalmente as tiras de lixa 1200 e 1400. Cuidados: ● Avisar ao paciente dos inconvenientes da moldagem: temperatura dos materiais usados, sensação de escuridão completa; ● Solicitar ao paciente que durante a moldagem não abra os olhos ou boca, não faça movimentos de deglutição nem com os músculos mímicos; ● Praticar a moldagem em local onde não haja fumaça ou outros irritantes ou lugares tumultuados; ● Antes da retirada do molde, pedir ao paciente para que não abra logo os olhos, e colocar uma toalha limpa sobre eles; ● Praticar a moldagem de preferência sempre com auxiliar. REABILITAÇÃO PROTÉTICA OCULAR Etiologia das perdas oculares: CONGÊNITAS: Criptoftalmia a Microftalmia (atrofia bulbar), Agenesia do globo ocular ADQUIRIDAS PATOLÓGICAS: Infecciosas: Panoftalmia (infecção generalizada) Neoplásicas: retinoblastoma, glioma, neuroblastoma. ACIDENTAIS: Lesões civis: Industriais, de trânsito e diversas,Lesões de guerra. Criptoftalmia -Malformação congênita dos globos oculares,reduzidos a uma simples vesícula sem orifício palpebral ou ausência congênita do globo ocular. Microftalmia -Presença do globo ocular em tamanho diminuto, ou a ausência dele (anoftalmia) Lesões cirúrgicas -Enucleação: Caracterizada pela total remoção do globo ocular, permanecendo a cápsula de Tenon e os músculos óculo-motores. Está indicada nos casos de olhos cegos, deformados ou dolorosos: grandes ferimentos penetrantes e tumores malignos intraoculares. Caracteriza-se por entrópio da pálpebra superior, cilios empastados, fenda diminuída e falta de tônus muscular. -Evisceração: Caracterizada pelo esvaziamento do bulbo ocular com a conservação da esclera, podendo ou não proceder-se a retirada da córnea. Está indicada nas panoftalmias e ferimentos penetrantes profundos. A vantagem é que oferece um coto muscular mais favorável à futura prótese. -Exenteração: Caracterizada pela remoção de todo o conteúdo ocular, incluindo as pálpebras. Está indicada nos casos de malignos. Sua reparação se dá pela prótese óculo-palpebral. CÁPSULA DE TENON Membrana que forma uma bainha fibrosa que envolve a parte posterior, escleral, do globo ocular, do qual está separada por um espaço célulo-adiposo, o espaço de Tenon. É perfurada por um orifício para o nervo óptico. Sinônimos: (Cápsula de Bonnet, Cápsula do Globo Ocular, Fáscia Bulbi, Aponeurose de Tennon, Bainha do globo ocular). Epidemiologia das perdas oculares: -Apenas 3,1% das cirurgias oftalmológicas -Masc 63% Fem 37% -Aos 15 anos, 80% por trauma Modalidades de próteses oculares: -OLHOS DE VIDRO -PRÓTESE INDUSTRIALIZADA -PRÓTESE INDIVIDUALIZADA: ● Maciça ● Oca ● Em concha Técnica de confecção em resina acrílica 1. Exame do paciente ● Etiologia da lesão ● Tamanho da cavidade ● Tempo de perda ● Coloração da lesão ● Sulcos palpebrais (S/I) ● Presença de cicatrizes ● Mobilidade (cápsula Tenon) ● Presença de secreções CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A ÍRIS: ● É o elemento de identificação do olho humano, nas cores azul, verde o castanho (com suas múltiplas variações) ● Seu tamanho pode variar de 11 a 13 mm ● Seu centro é ocupado por um esfíncter denominado pupila, que mediante a presença da luz pode contrair e dilatar (midríase e miose). ● Circundando a pupila temos uma zona cromática denominada zona peripapilar. geralmente sua coloração é diferente do restante da íris. ● A íris possui ainda um anel colorido Interno e um anel colorido externo. ● Unindo esses anéis existem diversos raios quase imperceptíveis. ● A borda externa da íris tem coloração mais acentuada e nas pessoas idosas tende a coloração branco-azulada. Pintura do disco da íris protética Midríase é a dilatação da pupila em função da contração do músculo dilatador da pupila. Pode ser produzida por algumas drogas, como por exemplo atropina, alguns tóxicos, substâncias de abuso tipo cocaína, Álcool, e também podem estar relacionadas a lesões cerebrais focais Miose é um termo médico para a constrição (diminuição do diâmetro) da pupila. É encontrada em diversas condições médicas, e também pode ser causada por algumas drogas. Anisocoria é uma condição caracterizada pelo tamanho (diâmetro) desigual das pupilas. Esta desigualdade pode ser causada por traumas sofridos em um dos hemisférios do cérebro TEORIA DA COR 1. As cores primárias são vermelho, azul e amarelo. 2. A mistura entre elas gera as cores secundárias, que são o laranja (VE+ AM), verde (AZ + AM) e violeta (AZ + VE). 3. A mistura entre primárias e secundárias gera as terciárias. 4. A tonalidade da cor é obtida com as cores acromáticas, que são o preto, o branco e o cinza (P + B). 5. Estamos matizando uma cor quando acrescentamos o branco. 6. Estamos sombreando uma cor quando acrescentamos o preto. 7. A pintura pode ser facilitada com a utilização do Circulo Cromático - Rosa de Otwald, combinando-se vermelho + amarelo (2 a 6); vermelho + azul (7 a 12); azul + verde (14 a 18); e verde + vermelho (20 a 24) CONFECÇÃO DO DISCO DA ÍRIS 1. Para íris azul ou verde usar a cartolina branca. 2. Para íris castanho usar papel carmen preto. 3. As tintas podem ser aquarela, acrílica ou a óleo. Em tinta acrílica a pintura é feita diretamente na face posterior da calota. 4. Deve-se selecionar o vazador com 1 mm de diferença em relação ao tamanho da íris remanescente (diferença a menor). 5. Com vazador e martelo obtém-se o disco. 6. Confecciona-se uma haste de cartolina que tem as finalidades de empunhadura do disco e anotação do nome do paciente e de quem foi responsável pela pintura. 7. Sobre o disco, com grafite, pode-se desenhar os elementos cromáticos observados na íris remanescente, além de determinar o centro geométrico. RECORTE DO DISCO DE PAPEL COM VAZADOR PREPARO DO CABO PARA EMPUNHADURA DO DISCO TÉCNICA DE PINTURA 1. Usar pincel pelo de marta ou de camelo 0,00 e 000. lavar sempre o pincel entre ume outra camada de tinta. 2. Pintar inicialmente o halo peripupilar, que não é concêntrico mas irradiado e mede 3 mm. 3. Em seguida pintar a zona média que tem coloração mais definida e pode ser lisa ou caracterizada com manchas e borrões. Mede 4,5 mm. 4. Por fim pintar o halo externo que mede 1,5 mm e pode ser escuro ou claro. 5. A transição entre as diferentes zonas de pintura pode ser imperceptível, difusa, radiante, sinuosa, acidental e definida. DICAS E LEMBRETES DURANTE E APÓS A PINTURA 1. Após a análise da cor, pinta-se inicialmente a cor básica (aquela que mais chama a nossa atenção). 2. Imediatamente deve-se secar a pintura, com secador de cabelo ou pela técnica de Fonseca. 3. A ordem de pintura está na lâmina anterior. 4. Entre uma pintura e outra deve-se fazer a secagem da pintura. 5. Fonseca recomenda que após a pintura estar completada, deve-se proceder a desidratação da Íris. A FASE SEGUINTE É DE ACRILIZAÇÃO DO DISCO PINTADO!!! Acrilização do disco da íris Material e instrumental necessários: - Cola à base de cianoacrilato - Calota - Base - Disco pintado - Espátula de Le Cron - Pinça para empunhadura do disc - Monômero acrílico 1. Pingar uma gota da cola no centro da base 2. Com auxilio da pinça, levar o disco sobre a gota no centro da base, fazendo leve pressão para espalhar a cola sob o disco. Cuidado com extravasamento da cola no dedo. 3. Após secagem da cola, pingar uma gota do monômero acrílico sobre a face pintada do disco, para fixação da cor e facilitação do imbricamento da cola com o disco. 4. Pingar uma gota de cola sobre a face pintada do disco que permita efetuar uma colagem segura da calota. 5. Posicionar a calota sobre o disco com a gota de cola, de modo firme, sem deixar que parte do disco pintado fique exposta. Cuidado com extravasamento da cola nos dedos. 6. Com pedra montada em micromotor, efetuar desgaste concêntrico da base até o limite da calota. Cuidado para não expor o disco pintado. 7. Com lixa 1200 montada em mandril e micromotor, eliminar as asperezas do recorte. O procedimento também pode ser feito manualmente (embora seja desaconselhável). 8. Após o acabamento, passar algodão embebido em monômero e lavar a íris em água corrente. A FASE SEGUINTE É DE CONFECÇÃO DA CEROPLASTIA Moldagem da cavidade -Anestesia tópica -Seleção da moldeira -Montagem moldeira -Preparo alginato -Inserção moldeira -Injeção material -Remoção moldagem Obtenção do padrão ceroplástico IMPORTANTE Quando se realiza a confecção da prótese para um paciente, a ceroplastia é obtida a partir da inclusão da moldagem. Para fins de prática laboratorial, foi desenvolvida a metodologia a seguir, considerando-se que não há paciente. MATERIAL E INSTRUMENTAL NECESSÁRIOS -Gesso pedra -Cubeta de borracha -Espátula para gesso -Água gessada ou sal de cozinha -Lâmpada à álcool -Fósforo ou isqueiro -Recipiente plástico (copo descartável) -Bola de gude tamanho grande -Cera branca para escultura 1. Recortar o copo descartável de modo a deixá-lo com 5 cm de altura. 2. Espatular o gesso pedra com água comum (75%) e água gessada (25%) em consistência cremosa. 3. Verter o gesso no copo, sob vibração. 4. Introduzir a bola de gude tamanho grande até olimite de sua linha equatorial. 5. Manter a bola em posição. Aguardar a presa do gesso. 6. Após a presa do gesso retirar a bola de gude com auxílio de uma espátula de Le Cron. 7. Hidratar a câmara de molde por 2 minutos. 8. Levar a cera de escultura à fonte de calor para liquefazer-la. 9. Verter a cera na câmara de molde, em pequenas porções, de modo a completá-la até o limite superior. 10. Aguardar o resfriamento da cera. 11.Retirar a ceroplastia com auxílio do Le Cron A FASE SEGUINTE É DE LOCAÇÃO DA ÍRIS NA CEROPLASTIA Obtenção do padrão ceroplástico Técnica da inclusão da moldagem da cavidade anoftálmica 1. Vaselinar placa de vidro 2. Vaselinar face interna do muflo nº 2 3. Apoiar metade inferior do muflo nº 2 na placa 4. Prepara gesso pedra na consistência cremosa e dispersar, sob vibração, na metade inferior muflo 5. Inserir a moldagem até o limite da linha equatorial 6. Aguardar a presa do gesso ESQUEMA DE CONFECÇÃO DA CÂMARA DE MOLDE- Importante!! (ver slide) Câmara de molde - Transferir todas as informações da moldagem e do padrão ceroplástico para a prótese definitiva Padrão ceroplástico, tem como um função implementar todas as informações e características que devem estar presentes na prótese definitiva Métodos de locação da íris - Tentativa e erro - Foco luminoso - Linhas entrecruzadas - Desenho do lado saudável Locação da íris no padrão ceroplástico MATERIAL E INSTRUMENTAL NECESSÁRIOS: - Caneta marcadora - Espátula nº 7 - Espátula de Le Cron - Íris protética - Ceroplastia - Fósforo - Lâmpada à álcool - Compasso de ponta seca 1. Medir a largura da íris com o compasso de ponta seca. 2.Transferir essa medida para régua milimetrada e anotar o valor. 3. Medir a distância do centro da pupila à borda externa da íris com o compasso de ponta seca. 4. Apoiar uma ponta do compasso no ponto demarcado no centro geométrico da ceroplastia. 5. Girar a outra ponta do compasso de modo a demarcar a cera. Exercer discreta pressão para esse fim. 6. Com auxílio da colher da espátula nº 7 aquecida, iniciar a escavação da cera, da periferia para o centro, de modo a criar espaço para locação da íris. 7.Com auxílio da lâmina da espátula de Le Cron, recortar internamente as bordas da loja na cera. 8. Com a taça da espátula de Le Cron, promover o aprofundamento da loja. É conveniente realizar provas da íris na loja. 9. Colocar uma pequena porção de cera utilidade na loja da ceroplastia, cuja finalidade é de facilitar o deslocamento da íris no ajuste de posição na loja da ceroplastia. 10.Locação da íris na ceroplastia. É necessário respeitar a curvatura da ceroplastia que corresponde a saliência da íris sobre a esclera. 11.Com auxilio da colher da espátula nº 7, depositar cera aquecida sobre as bordas da íris, de modo a fechar os espaços junto às margens da loja. 12.Resfriar a cera fazendo imersão do conjunto em uma cubeta com água e promover os recortes dos excessos com a lâmina da espátula de Le Cron. 13.0 alisamento é feito levando o conjunto à lâmpada. Locação concluída A FASE SEGUINTE É DE ACRILIZAÇÃO DO CORPO ESCLERAL. Registro convexidade - Isolar muflo n2 - Preencher base com gesso - Inserir ceroplastia até LE - Aguardar presa gesso e isolar - Montar parte superior - Vazar gesso / aguardar presa - Abrir e remover ceroplastia Re-inclusão ceroplastia CONFECÇÃO DO PINO RETENTIVO - Confeccionar um pino expulsivo sobre a íris (na altura da pupila) com resina acrílica de rápida polimerização Pino de retenção: Reter a minha íris protética no contra muflo Fixação da íris Imersão muflo água quente Fixação íris no contra-muflo Toalete câmara de molde Eliminação vestígios cera Limpeza com benzina Imersão conjunto água quente Eliminar água Aplicar isolante resina Secagem Preparo da resina - Selecionar tonalidade resina escleral - Proporcionar material - Espatular com vigor - Descansar mistura - Aguardar fase plástica Entulhar na câmara de molde - Prensar Demuflagem Acabamento - Pedra montada - Tiras de lixa 1200 e 1400 - Mandril para ângulo Polimento - Motor de bancada - Escova de pêlo 20 - Pedra pomes + água - Disco de feltro - Branco de espanha + água - Kaol Caracterização - Desgastar 1 mm entorno da íris - Separar fios de rayon azul e vermelho - Colocar monômero no pote Dappen - Utilizar pincel 00 - Fazer disposição simétrica enantiomorfa Instruções de uso e higienização - Inserção da prótese na cavidade anoftálmica - Retirar 3 vezes por dia para lavagem - Não usar nenhum produto - Desinfecção pela imersão detergente aniônico 1 c/chá 1/2 copo água 20 min - HO 10 vol 10 Reabilitação protética nasal ➢ Função respiratória ➢ Define a fisionomia ➢ Localização exposta Etiologia das perdas e deformidades nasais Malformações congênitas: Agenésicas e aplásicas ADQUIRIDAS Patológicas: Degenerativas: Hanseníase, Sifilis, Tuberculose.. Neoplásicas: Carcinoma espinocelular, basocelular, Tumores benignos extensos, etc. Traumáticas: Lesões civis: Industriais, de trânsito e diversas Lesões de guerra PBMF X Cirurgia plástica Nariz sem perfeito aspecto estético mas integrado aos tecidos X Prótese removível bem feita de material aloplástico - A reparação cirúrgica ou reconstrução protética do nariz é necessariamente requerida, e a seleção do método de reabilitação depende não só da idade e anseios do paciente, mas também do local, tamanho, quantidade e qualidade do tecido remanescente, etiologia e severidade da lesão. - A prótese facial apresenta algumas vantagens sobre a cirurgia plástica, como reabilitação precoce, rapidez na restituição da aparência do paciente e melhora de sua autoestima, redução do tempo operatório e de interação, do custo do tratamento, como também a possibilidade de inspeção da área lesada. - Além de estética, a prótese nasal terá as funções de proteger as delicadas estruturas teciduais remanescentes, manter úmida e livre de irritação a membrana da mucosa que reveste a passagem de ar, recuperar a ressonância nasal e reparar o contorno facial agindo como benefício psicossocial durante o restabelecimento do paciente. Propriedades básicas dos materiais reabilitadores ➢ Tolerância dos tecidos em contato íntimo; ➢ Durabilidade; ➢ Imutabilidade; ➢ Leveza; ➢ Facilidade de colocação; Conservação da coloração; ➢ Ausência de cheiro; ➢ Durabilidade. Resina termo melhor que a auto nesses casos, menos monômeros residuais, melhor polimento, brilho... "Nas próteses faciais as resinas acrílicas, mesmo sem apresentarem aquela flexibilidade aproximada dos tegumentos, tem larga e justificável na aplicação." Materiais utilizados na confecção de PBMF ➢ Metais; ➢ Resinas; ➢ Borrachas não vulcanizadas; ➢ Látex; ➢ Siliconas. Para a confecção da prótese nasal são necessárias várias etapas como moldagem facial, obtenção do modelo de trabalho, escultura em cera (direta ou Indireta), seleção e coloração do material de confecção da prótese. Para confeccionar a prótese se faz necessário o conhecimento das dimensões relativas dos demais elementos fisionômicos. Reabilitação Protética Auricular 2AV - A ausência congênita ou adquirida de estruturas faciais causada por malformação, cirurgia de tratamento de câncer ou trauma leva a déficits funcionais e enorme tensão psicológica e, portanto, requer reabilitação. - O Pavilhão auricular é um dos importantes elementos para a estética facial, - A reconstrução auricular é uma tarefa desafiadora para os Cirurgiões-Dentistas, uma vez que é um campo da PBMF/cirurgia plástica facial em que muitas opções reconstrutivas devem ser consideradas. - A reabilitação cirúrgica tem possibilidades limitadas, muitos tempos cirúrgicos, e difícil reconstrução quando a perda é total. - As próteses oferecem fatores controláveis. Caso não consiga beneficiar o paciente, também não irá trazer prejuízos ou transtornos, oferecendo a possibilidade para realização de cirurgia posterior. Etiologia das perdas auriculares CONGÊNITAS: Agenesias, Sindrômicas (Fransceschetti) ADQUIRIDAS PATOLÓGICAS:Infecciosas, Sífilis, Hanseníase, Leishmaniose., Neoplásicas e mutilações patológicas ACIDENTAIS:Lesões traumáticas: Físicas, químicas, deformações, Adornos (brincos, alargadores) - A delicadeza da estrutura, a complexidade da forma. proeminências, curvas e depressões do pavilhão auricular, desencorajam os especialistas a realizar a reabilitação, pois mesmo que a reprodução seja fiel, pode perder toda a estética caso seja mal posicionada. - A anatomia do pavilhão auricular está sujeita a diversas variações anatômicas. A orelha é uma prega cutânea na face lateral da cabeça, reforçada por cartilagem elástica e apresenta margens, elevações e depressões. ★ Prótese auricular parcial ★ Prótese auricular com coto remanescente ★ Prótese auricular sem coto remanescente TRATAMENTO PROTÉTICO DOS FISSURADOS LABIOPALATAIS As fissuras labiopalatinas (FLP) são deformidades congênitas que tem como característica erros de fusão nos processos faciais embrionários, com interrupção na continuidade dos tecidos do lábio superior, rebordo alveolar superior, palato ou ambos, podendo ainda ser unilaterais, bilaterais ou medianas, trazendo uma série de alterações anatômicas e funcionais, comprometendo a estética, fala e posição dos dentes. Podem ainda estar associadas a outras malformações mais complexas, envolvendo síndromes. Originam-se entre a 4° e a 12° semana de gestação e estão entre as anomalias congênitas mais comuns. As alterações associadas às FLP, que incluem o palato mole, resultam em dificuldades comunicativas, pois afetam a inteligibilidade da fala, dificultando assim a aceitação do indivíduo nos ambientes familiar, escolar, profissional e social. Estas alterações são muitas e dificultam a compreensão da fala pelo ouvinte. Características ( Cai na prova) A fala nasalizada é, além disso, estigmatizada, sendo motivo de zombarias e piadas. A inadequação da fala e da voz é decorrente da insuficiência velofaríngea (IVF). A presença da IVF pode ser diagnosticada por meio da avaliação 93 clínica da fala realizada pelo fonoaudiólogo e avaliação Instrumental da função velofaríngea (FVF). Funcionamento A FVF normal é assegurada pelo movimento sincronizado das estruturas as 934 do mecanismo velofaríngeo: palato mole e paredes laterais e posterior da faringe, que desempenham papel fundamental na produção da fala na medida em que são responsáveis pela distribuição do fluxo aéreo respiratório e das vibrações acústicas para a cavidade oral, na produção dos sons orais, e, para a cavidade nasal, na produção dos sons nasais. Opções reabilitadoras A reabilitação de todos os tipos de FLP é iniciada com cirurgias plásticas primárias: ● Queiloplastia ● Palatinoplastia Tratamento Cirúrgico O tratamento cirúrgico do palato, o mais cedo possível, é eficaz para o desenvolvimento da fala, onde tem por objetivo corrigir as estruturas do palato para possibilitar uma condição anatômica que o favoreça a FVF, a alimentação, a audição e a fala, bem como o desenvolvimento psicossocial. No entanto, a correção cirúrgica das estruturas envolvidas (lábio, palato ou ambos) não garante a função articulatória normal da válvula velofaríngea. Aproximadamente, 30% dos indivíduos podem continuar com alterações de fala, que permanecem prejudicadas quanto aos aspectos de articulação e ressonância, prejudicando total ou parcialmente suas funções, independentemente da realização correta ou não da queiloplastia, da palatoplastia e da fonoterapia. Tratamento Protético Como alternativa ou de forma complementar, a prótese obturadora tem um longo histórico, sendo descrita pela primeira vez no século XVI. Diversos obturadores foram descritos, sempre aperfeiçoando a técnica, e ainda hoje são utilizados em alguns casos com bons resultados. O obturador palatino auxiliar da fala (OPAF) consiste em um aparelho protético que veda a FLP, onde apresenta um bulbo faríngeo, que é um prolongamento da prótese para posterior que atua na normalização da fala. (Prova) Mecanismo de retenção aplicados a PBMF O local, o tamanho, a etiologia, a gravidade, a idade do paciente e fatores sociais são utilizados para determinar métodos de reconstrução. A próteses faciais podem ser retidas por meio de adesivos, rebaixados anatômicos/cirúrgicos, mecânicos, implantes metálicos osteointegrados. (PROVA) Adesivos • Atuam na união pele/PBMF principalmente quando os meios anatômicos ou cirúrgicos não podem ser utilizados. • Melhoram a adaptação marginal e confere estética e segurança ao paciente. Rezende classifica os adesivos em: • Solúveis em solventes orgânicos; • Solúveis em água; • Fitas adesivas dupla-face. Adesivos: Propriedades (PROVA) -Não devem ser irritantes à pele do paciente; -Não devem alterar as propriedades do material constituinte da prótese; -Não devem decompor-se com o suor, -Devem ser incolores; -Ser inodoros depois de secos; -Devem permanecer ativos por no mínimo oito horas; -Ser facilmente removidos da prótese para reposição. Implantes metálicos Em 1977 Branemark afirmou que seria possível um implante extraoral servir como ancoragem para próteses faciais. Prótese Maxilar (olhar slides) Oportunidade de Tratamento - Prótese Mediata Como devolver estrutura sem peso? fazer uma prótese com a porção intra-cavitária oca Oportunidade de Tratamento - Prótese Imediata Fase pré-cirúrgica: 1. Avaliação clínica 2. Registro de fala 3. Moldagem e modelos Paciente jovem 14 anos, estudante. Tumor de células gigantes Nível da deformação facial - Moldagem com alginato A moldagem inclui o registro dos arcos superior e inferior, registro da oclusão e seleção da cor dos dentes. - Demarcação da região a ser retirada Após a moldagem são obtidos os modelos superior e inferior. No modelo superior, o cirurgião de cabeça e pescoço delimita a área a ser excisada na cirurgia. - Abordagem cirúrgica A abordagem cirúrgica é feita com uma incisão para-látero-nasal. A maxilectomia é realizada com escopo - Peça cirúrgica Peça cirúrgica com hemi-maxila e a massa tumoral agregada à peça anatômica. - Loja cirúrgica A loja cirúrgica deve receber eliminação das irregularidades Ósseas. Deve ser realizada lavagem com soro fisiológico. - Moldagem da loja A moldagem é realizada com silicona estéril, usando-se a prótese maxilar como moldeira. Um tesoura ou pinça deve ser introduzida na narina do lado lesado para construir o canal nasal. - Retirada da moldagem Inclusão, em alginato, do bloco de moldagem em uma caixa feita com lâminas de cera O bloco de moldagem deve ser totalmente coberto pelo alginato até a sua completa geleificação - Abertura do bloco de alginato Com um Le Cron ou bisturi, faz-se um corte central no bloco de alginato para obter-se duas câmaras, onde será realizada a acrilização. - Acrilização da câmara em alginato Misturando-se polímero e monômero do Simplex cirúrgico em um pote Dappen, procede-se a aplicação da resina nas paredes da câmara, com apoio da fonte de calor. Princípios de estética facial A face permite ao indivíduo comunicar-se verbal e não verbalmente. A forma verbal admite a este uma exteriorização de seu ser social, suas ideias e opiniões, enquanto a não-verbal permite a expressão de seu ser psicológico, principalmente através da expressão de sentimentos e emoções. (não cai) A pele que a recobre não representa simplesmente um invólucro protetor. Esta confere uma fronteira entre o eu e o mundo exterior, um espaço para trocas e interações Quando uma deformidade acomete a face de um indivíduo, ela também altera o estado psicossocial e a forma desta pessoa expressar suas emoções, estabelecer vínculos afetivos, e externar opiniões e sentimentos Morfologia da face A PBMF vai devolver partes perdidas da face, tendo em vista a normalidade da função e reestabelecimento da estética. Regiões da face (PROVA) • Orbitária (palpebral) • Infraorbitária • Nasal • Bucal • Mentoniana • Bucinadora • Parotídeo-massetérica • Auricular . • Temporal Face • Tecido duro (ossos) • Tecidos moles (músculos, vasos, nervos, pele) Sob o ponto de vista da PBMF, a pele é a parte mais importante desses tecidos, associada ao suporte fornecido pela estrutura muscularArquitetura do esqueleto facial O conjunto de 14 ossos que formam o arcabouço da face que constitui uma unidade funcional. Antropometria Parte da antropologia que trata a mensuração do corpo humano ou de suas partes. Pontos craniométricos (PROVA) São pontos situados sobre o esqueleto, utilizados como referência para mensurações e as relações craniofaciais. • GLABELA: ponto mediano na região anterior da glabela. • NÁSIO: ponto na sutura nasofrontal com a linha mediana. • NASOESPINHAL: ponto mediano na base da espinha nasal. • PRÓSTIO: ponto mais anterior do processo alveolar, pré-maxila (entre os incisivos centrais superiores) • POGÔNIO: mais inferior do contorno da mandíbula e do mento, para frente o pogônio e para baixo o mento. • MENTONIANO: ponto mais anterior da base da mandíbula entre pogônio e gnátio. • GNÁCIO: ponto mediano na borda inferior da mandíbula que mais se projeta para baixo. • ORBITAL: ponto mais baixo na margem intra-orbital. • PÓRIO: ponto médio no teto do meato acústico externo. • OPISTOCRÂNIO: ponto mais proeminente na linha média posterior (no osso occipital olha se o crânio de perfil) • ÍNIO: mais inferior do occipital. • GÔNIO: ponto no ângulo da mandíbula que mais se projeta para baixo, para traz e para fora. • ÊURIO: são os pontos mais projetados para a lateral, mais afastados da linha média na parede lateral do crânio(osso parietal). • ZÍGIO: ponto mais projetado para a lateral, mais afastado da linha média no osso zigomático a medida entre os dois zígios é a largura da face). • LAMBIDA: ponto na sutura lambidóide. • BÁSICO; mais inferior sobre a margem anterior do forame magno. • ÓPSTIO: é o ponto de contorno posterior do forame magno. • ESTAFíLIO: no cruzamento com a linha que une as partes mais anteriores da borda posterior
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