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MARIANA MARQUES – T29 INTRODUÇÃO • O câncer colorretal pode afetar o intestino grosso (ceco, colón ascendente, ângulo hepático, colón transverso, colón descendente, sigmoide e reto). • É a 2ª maior causa de câncer em mulheres, ficando atras apenas de câncer de mama e a 3ª maior causa em homens, atrás de câncer de pulmão e próstata. • 90% dos carcinomas são adenocarcinomas. FATORES DE RISCO • Idade acima de 45 anos. • Alterações genéticas: POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR – PAF: • Causada por mutações genéticas autossômicas dominantes e altamente penetrantes. • Mutações da linha germinativa no gene da polipose adenomatosa (APC), localizado no cromossomo 5. • Caracterizado pela presença de 100s a 1000s de pólipos colorretais adenomatosos. • Suspeita se > 10 pólipos ou características extracolônicas de PAF. • Se o PAF for positivo (10 a 99 adenomas) antes dos 30 anos deve-se realizar colectomia total profilática, pois as chances do câncer se desenvolver é muito alta. SÍNDROME DE LYNCH: • Consiste no defeito em um dos genes de reparo de DNA (MMR), mais comumente MLH1 e MSH2. • Causa câncer colorretal de início precoce e predomínio de lesões do lado direito (70%). • Idade média: 48 anos. • Critérios de Amsterdam: ➔ Não ter PAF; ➔ Ter 3 parentes c/ câncer colorretal, endométrio, intestino delgado, ureter ou pelve renal. ➔ Ter um parente de primeiro grau; ➔ Ter duas gerações seguidas afetadas; ➔ Pelo menos um dos cânceres deve ser diagnosticado antes dos 50 anos. RETOCOLITE ULCERATIVA: • Extensão, duração e intensidade da atividade • Pancolite aumenta de 5 a 15 vezes o risco. Cólon esquerdo RR 3x • Risco de CCR 0,5%/ano em pacientes com 10 a 20 anos de doença e 1%/ano após este período • > Risco Relativo se CEP associada. PÓLIPOS COLÔNICOS: • Adenomas (mais comuns): adenomas tubulares possuem 5% de chance de serem malignos enquanto os adenomas vilosos possuem 40%. • Hiperplásicos ou serrilhados: maior risco quando são maiores que 1cm. • Inflamatório: associados a colite ulcerativa ou doença de Crohn. • Hamartomas: associados a Síndrome de Peutz– Jeghers e na polipose juvenil. Observação: atividade física, dieta, aspirina, AINEs, vitamina D e consumo de café são fatores protetivos para a doença. Neoplasia Colorretal MARIANA MARQUES – T29 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • A maior parte dos indivíduos com câncer colorretal é assintomática no início da doença, retardando o diagnóstico para fases mais avançadas quando surgem os primeiros sintomas. • Os pacientes com CA colorretal podem apresentar perda de peso importante e não intencional em um curto período de tempo, caracterizando a síndrome disabsortiva. CÂNCERES DE CECO E CÓLON DIREITO: • Anemia ferropriva (fadiga, fraqueza ou palidez). • Melena (sangramento escuro – sangue digerido). • Diarreia paradoxal. CÂNCERES CÓLON ESQUERDO, SIGMOIDE E RETO: • Sangramento oculto; • Mudanças nos hábitos intestinais; • Distensão abdominal; • Sangramento vivo; • Desconforto em fossa ilíaca esquerda. • Fezes em fita. EXAME FÍSICO: • Toque retal: inspeção estática e dinâmica e exame digital → sempre fazer. RASTREAMENTO RASTREAMENTO DA POPULAÇÃO DE MÉDIO RISCO: • Todos os adultos com >45 anos devem ser submetidos a rastreamento, mesmo que fatores de risco estejam ausentes. ➔ Exame de sangue oculto nas fezes; anualmente. ➔ Colonoscopia a cada 10 anos Observação: a primeira escolha de rastreio é a colonoscopia, para quem não tem acesso a colonoscopia, pesquisa de sangue oculto nas fezes anualmente. RASTREAMENTO DA POPULAÇÃO DE ALTO RISCO: DIAGNÓSTICO EXAMES DE IMAGEM: • Exame padrão ouro: colonoscopia, é possível localizar a lesão e realizar a biopsia para confirmação diagnostica, além de possibilitar a remoção de pólipos e avaliação das lesões sincrônicas. • Contra-indicações: paciente obstruído → não consegue realizar o preparo, preparo inadequado, cólon tortuoso. EXAMES LABORATORIAIS: • Marcadores tumorais (CEA): acompanhamento pós tratamento, quanto pior o CEA pior prognóstico ou recidiva do tratamento. ESTADIAMENTO • Feito por colonoscopia + tomografia de tórax, abdome e pelve (identificação de metástases) + CEA pós-operatório. • Se houver câncer de reto, realizar ressonância magnética de pelve (mais sensível para visualizar lesão hepática) ou ultrassonografia transretal. • PET-CT: casos de dúvidas nos exames anteriores. TRATAMENTO DOENÇA LOCALIZADA: • Ressecção R0 (colectomia com margens de 5-7 cm) + linfadenectomia regional. ➔ Doença localizada precoce; ➔ Doença localizada avançada ressecável; ➔ Doença metastática limitada a fígado e pulmão e potencialmente ressecável. • Quimioterapia neoadjuvante: ➔ Usada para câncer retal localmente avançado potencialmente ressecável. • Quimioterapia adjuvante: ➔ Feita após a remoção do tumor R0 para erradicar micro metástases e reduzir a probabilidade de recorrência da doença. DOENÇA METASTÁTICA: • Cirurgia concomitante a ressecção do tumor 1ª. • Quimioterapia + Ressecção meta hepática. • Ressecção meta hepática + Quimioterapia + Ressecção do tumor primário. • Quimioterapia. • Paliativo.
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