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Clínica Cirúrgica 1 - Classificação de feridas

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CLÍNICA CIRÚRGICA 
 
22.09 -------------------------------------------------------------- 
 
Feridas: 
Descontinuidade da pele. 
 
Classificação: 
Progressão da infecção. 
Causa. 
Estruturas envolvidas. 
Apresentação clínico-cirúrgica. 
 
Progressão: 
Classe 1 – ferida limpa. 
< 105 bactérias por grama de tecido. 
0-4h de evolução. 
Tenta-se reduzir ao máximo a contaminação. 
Esta Não é suficiente para causar infecção. 
 
Classe 2 – ferida contaminada. 
> 105 bactérias por grama de tecido. 
4-12h de evolução. 
Não recomenda-se fechar. 
 
Classe 3 – ferida infectada. 
Infecção/ inflamação aguda. 
>12h. 
 
Bordas necrosadas, exposição de estruturas, miíase. 
Exemplo: usar seringa/agulha contaminada. 
 
Causas: 
Atraumáticas: causadas por bisturi e possui bordas 
regulares. 
 
Traumáticas: trauma rombo, atropelamentos. 
 
Estruturas envolvidas: 
Superficial: separação pele e subcutâneo. 
Profundas: expõe estruturas internas. 
 
Apresentação clínico-cirúrgica: 
Fechadas: contusão, lesão interna sem exposição da 
pele. 
Abertas: Feridas incisas, laceradas, punctórias, por 
penetração, por avulsão, por mordedura, nos 
membros, por armas de fogo. 
 
Ferida incisa: 
Reta, linear, bordas regulares. 
Normalmente é mais cruenta devido a secção no eixo 
maior do vaso. 
Sangue coagula mais devagar. 
Solução: lavar, reavivar bordas, suturar plano a plano. 
Facão: lavar e juntar. 
 
Ferida lacerada: 
Irregulares, estira o vaso. 
Cauterização por estiramento. 
Plaqueta adere mais facilmente, sangra menos. 
Solução: lava, reaviva, alinha, aproxima sutura plano a 
plano. 
 
Feridas Punctórias: 
Quase igual a uma ferida penetrante. 
Tratamento diferente. 
Penetra pele, subcutâneo e para na musculatura. 
Não penetra na cavidade. 
Sonda para expecionar fundo – enfiar até encontrar o 
final do buraco. 
Solução: lavar, suturar ou deixar por segunda 
intenção. 
 
Feridas penetrantes: 
Coloca sonda e se vê que entra na cavidade. 
Fazer celiotomia exploratória. 
Perfuração interna pode levar a acúmulo de fezes na 
cavidade, por exemplo. 
 
Feridas por avulsão: 
Extensa e pouco cruenta. 
Avulsão do subcutâneo. 
Vasos são estirados e vão coagulando. 
Sutura walking suture com ponto isolado simples. 
Bom é que dá para avançar com essa borda mais para 
frente caso falte tecido – suturar borda no tecido mais 
a frente. 
Sutura o subcutâneo no leito e dá o nó, intercala os 
pontos fazendo posição deles em zigue-zague para 
não ficar muitos pontos. 
Limpar e pode-se colocar bandagem elástica. 
 
Feridas por Mordeduras: 
Associação de apresentações: 
Punctória e penetrante pelos dentes caninos. 
Lacerada pelos dentes incisivos. 
Bactérias estão presentes na boca – contaminada. 
Classificação classe 2 para frente. 
 
Feridas nos membros: 
Tem pouco tecido e pouca elasticidade. 
É uma região de movimentação e de difícil 
cicatrização. 
 
Feridas por armas de fogo: 
Várias lesões. 
Sai da arma estéril pois é fruto de uma explosão. 
Penetra e trás junto pelo, pele, sujidades. 
Chumbinho não sai estéril. 
Pode dar intoxicação por chumbo, pois é absorvível. 
 
Se a bala não está no caminho da cirurgia, deixa ela lá, 
trata primeiro a lesão. 
Se ela causar alterações, se retira numa segunda 
cirurgia. 
Exemplo: foco de inflamação local, vai lá e retira os 
chumbinhos da região. 
 
Fases da cicatrização: 
Fase de inflamação: 0-3 dias. 
Fase de desbridamento: 1-6 dias (limpeza pelas 
células; nós atuamos nesta fase, a deixando menos 
demorada). 
Fase de proliferação: 6-14 dias. 
Fase de maturação: 14 dias a 1 ano. 
Não tem como acelerar o processo de cicatrização. 
Essas fases acontecem todas ao mesmo tempo. 
 
Tratamento geral: 
Tricotomia ampla: 
Com tricótomo (melhor para regiões molhadas e 
sujas). 
Com máquina de lâmina 40 – para regiões secas. 
Tapar ferida para não cair pelo em cima. 
 
Lavagem da ferida: 
Solução fisiológica, ringer lactato. 
Pressão mecânica de 7-8 PSI, seringa 60ml e agulha 
16G (40/12). 
Equipo e solução. 
Antisséptico: iodo 1:1000 (irritação da mucosa, usar 
só na primeira lavagem). 
 
Desbridamento: 
Bandagem seco a seco – gaze adere, dói para tirar. 
 
Desbridamento químico: pomadas. 
 
Classe I não usa antibiótico. 
Classe II depende. 
Classe III depente. Pús sem alteração sistêmica não 
precisa. 
 
Tratamento específico: 
Cicatrização por Primeira intenção. 
Cicatrização por primeira intenção com dreno. 
Cicatrização por segunda intenção. 
 
Primeira intenção: 
Ferida incisa, bordas regulares. 
Lava, Reaviva bordas e sutura plano a plano. 
Ferida lacerada, avulsão – lavar bem. 
 
Primeira intenção com dreno: 
Dias de exposição. 
Dreno de lavagem; mangueira de soro perfurada. 
Não pode entrar e sair pela incisão da lesão. 
Solução – injeta e aspira. 
 
Dreno passivo: nós vamos lá e lavamos. 
 
Dreno ativo: entra o dreno e fica lá dentro. 
Do outro lado faz um vácuo que é bom para reduzir 
espaço morto. 
Crava agulha no embolo para criar esse vácuo e isso 
permanece para tirar secreção e reduzir espaço 
morto. 
 
Segunda intenção: 
Açúcar: é higroscópico. 
Retira umidade da ferida por diferença de 
concentração. 
Resseca a bactéria e mata por plasmólise. 
Trocar a cada 2h, por exemplo pois ele se dissolve e 
perde o efeito. 
Misturar com pomadas também faz perder esse 
efeito. 
 
Gel de açúcar – solução supersaturada de calda de 
açúcar. 
 
Mel – mesma ação, mais caro e mais grudento. 
 
Curativo úmido: gaze vaselinada.

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