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CONCEITUALIZACAO_COGNITIVA_TECNICA_AVALI

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1 
 
CONCEITUALIZAÇÃO COGNITIVA: TÉCNICA AVALIATIVA DA TERAPIA 
COGNITIVO-COMPORTAMENTAL 
 
CONCEPTUALIZATION COGNITIVE: EVALUATIVE TECHNIQUE OF 
COGNITIVE BEHAVIORAL THERAPY 
 
 
 Francisca Laurinda Pessoa Fonteles1 
 Ciro Goiana Memoria2 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho versa sobre a conceitualização cognitiva, técnica avaliativa da terapia 
cognitivo-comportamental, suas diversidades informativas, para maior elucidação do caso e 
eficaz diagnóstico. A necessidade de se fazer uma anamnese e conhecer as questões genéticas, 
situacionais, socioculturais, relações interpessoais, crenças centrais e subjacentes para tentar 
abarcar a plenitude das influências que o paciente recebeu na vida, poder dar o diagnóstico e 
traçar o plano de tratamento. Apoiado ainda pelo empirismo colaborativo, os experimentos e 
técnicas cognitivas e comportamentais na busca das evidências precisas para escolher ou 
refutar as hipóteses conjuntas do tratamento. Neste estudo intencionou-se conhecer mais 
profundamente o modo como se faz o diagnóstico da Terapia Cognitiva Comportamental e 
todos os liames envolvidos nesta análise, para propiciar um conhecimento pleno do paciente e 
facilitar a direção do tratamento. Este estudo consiste de uma revisão de literatura, realizada 
entre novembro de 2012 a março de 2013, onde foram coletados de artigos e livros e em sites 
científicos sobre a Técnica Avaliativa da Terapia cognitivo-comportamental. Foi observado a 
partir desta revisão que a Terapia Cognitivo- Comportamental enfatiza de modo singular a 
conceitualização cognitiva, do início ao fim do tratamento, sendo ela a bússola que direciona 
toda a intervenção, além de ser também para o terapeuta o manancial informativo onde baliza 
o seu diagnóstico e as metas do tratamento de modo cuidadoso e responsável. É benéfico ao 
paciente também porque, por ser focalizado e sistemático, é menos demorado e mais eficaz. 
 
Palavras-chave: Terapia cognitivo-comportamental. Conceitualização cognitiva. Eficácia 
diagnóstica. Avaliação. Terapeuta. Tratamento. Paciente. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A Conceituação Cognitiva: técnica avaliativa da Terapia cognitivo-comportamental 
apresenta sua importância no campo médico e psicológico, e por a avaliação, o processo 
básico para o tratamento e diagnóstico eficazes. É um processo criterioso de atentar-se aos 
conteúdos psíquicos do paciente e observação de crenças e atitudes em busca do seu melhor 
conhecimento. 
 
1 Psicóloga, Pos-graduanda em Terapia Cognitivo-Comportamental pelo Centro Universitário Christus 
(UNICHRISTUS), 2013. 
2 Coordenador da Especialização em Terapia Cognitivo-comportamental – Centro Universitário Christus 
Coordenador do CECC – Centro de Estudos da Cognição e Comportamento Delegado Estadual da ATC-CE 
(FBTC- Federação Brasileira de Terapias Cognitivas). 
 
2 
 
São diferentes as formas de avaliar nas diversas abordagens psicológicas, e por isso, 
intenciona-se, neste trabalho, conhecer melhor a avaliação na Terapia cognitivo-
comportamental. 
Beck descobriu que pacientes com depressão e outros transtornos neurológicos 
comuns apresentavam distorções sistemáticas e consistentes em seus padrões de 
comportamento. Os primeiros textos importantes sobre modificação cognitiva do 
comportamento apareceram na década de 70, como Kendall e Hollon, em 1979; Mahoney em 
1974 e Meichenbaum em 1977. 
Foi Beck a primeira pessoa a desenvolver completamente teorias e métodos para 
aplicar as intervenções cognitivas e comportamentais a transtornos emocionais. Em uma série 
de trabalhos publicados no início da década de 1960, ele descreveu uma conceitualização 
cognitiva da depressão na qual os sintomas estavam relacionados a um estilo negativo de 
pensamento em três domínios: si mesmo, mundo e futuro. A proposta de Beck de uma terapia 
cognitivamente orientada com o objetivo de reverter cognições disfuncionais e 
comportamentos relacionados foi então testada em um grande número de pesquisas 
(BUTLER; BECK, 2000; DOBSON, 1989; WRIGHT; BASCO; THASE, 2008). 
Pesquisas extensivas demonstraram a eficácia de uma abordagem combinada que 
utiliza técnicas cognitivas (para modificar as cognições de medo) juntamente com métodos 
comportamentais, incluindo o treinamento da respiração, o relaxamento e a terapia de 
exposição (BARLOW et al., 1989; CLARK et al., 1994; WRIGHT; BASCO; THASE, 2008). 
O processamento cognitivo recebe um papel central nesse modelo, porque o ser 
humano continuamente avalia a relevância dos acontecimentos internamente e no ambiente 
que o circunda (p. ex., eventos estressantes, comentários ou ausência de comentários dos 
outros, memórias de eventos do passado, tarefas a serem feitas, sensações corporais), a as 
cognições estão freqüentemente associadas às reações emocionais (WRIGHT; BASCO; 
THASE, 2008). 
A avaliação comportamental é o primeiro passo para a psicoterapia. É através dela 
que podemos definir o começo do planejamento de tratamento e começar a pensar em 
hipóteses diagnosticas. Para Souza (2005) a avaliação comportamental é importantíssima 
dentro do contexto terapêutico, pois é através dela que podemos definir as ferramentas que o 
cliente possui para lidar com os problemas que o afligem e em que ponto as contingências 
estão sendo prejudiciais. Ressalta o autor, ainda, que é a partir das hipóteses diagnósticas que 
o terapeuta baseia seu raciocínio clínico e testa através das suas perguntas e intervenções a 
validade dessas mesmas hipóteses. 
3 
 
Com esse trabalho procuramos ver a abrangência dos dados informativos da 
Conceitualização Cognitiva para facilitar o procedimento avaliativo e a intervenção clínica. 
A partir da experiência clínica, pode-se observar que hoje, felizmente, há uma 
diretriz única para a avaliação, usando-se os critérios dos transtornos usados na CID-10 e no 
DSM-VI. É uma forma de tornar válidas e coerentes as informações. Isto abre um leque para 
análises de diagnósticos conhecendo-se o que os diferenciam, sem que se alterem as 
conceituações básicas. Processo que, além de facilitar os debates, unifica o que é básico num 
diagnóstico. 
Este trabalho, como vimos, versa sobre o processo de avaliação cognitiva 
comportamental, também denominada de conceituação, conceitualização, formulação ou 
enquadre cognitivo. Discorrer sobre este tema nos trouxe prazer e enriquecimento por 
obtermos respostas às nossas inquirições. 
 
2 METODOLOGIA 
 
Este estudo consiste de uma revisão de literatura, onde foram coletados artigos de 
sites científicos, como Scielo, BIREME, entre outros, em livros de referência e sites 
acadêmicos. Foi realizado no período de novembro de 2012 a março de 2013, observando 
referências dentro do período dos últimos 10 anos. Inicialmente foram coletados por volta de 
20 artigos e finalmente 15 foram analisados e usados nesta revisão. 
 
3 O QUE É TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL? 
 
 A Terapia cognitivo-comportamental foi desenvolvida por Aaron T. Beck, na 
Universidade da Pensilvânia, no início da década de 60, como uma psicoterapia breve, 
estruturada, orientada ao presente, direcionada a resolver problemas atuais e a modificar os 
pensamentos e os comportamentos disfuncionais (BECK, 1997). Ensina os pacientes a 
identificar, avaliar e responder a seus pensamentos e crenças disfuncionais. Enfatiza o 
presente e ensina o paciente a ser o seu próprio terapeuta pela colaboração e participação ativa 
(BECK, 1997). A cognição, função da consciência, relacionada às deduções acerca das 
experiências de vida, é considerada o principal elemento envolvido na manutenção dos 
transtornos psicológicos pela teoria cognitiva da psicopatologia e psicoterapia (KNAPP; 
ROCHA, 2003). Os pacientes com distúrbios psicológicos apresentam pensamentos 
disfuncionais ou distorcidos e o foco desta terapia é obtermudanças cognitivas através da 
4 
 
avaliação realista da situação e da mudança do comportamento (BECK et al, 1997). As 
emoções expressam a medida pessoal e íntima daquilo que está acontecendo na nossa vida em 
sociedade. São essenciais para os nossos relacionamentos próximos. 
Os terapeutas cognitivos comportamentais tendem a tocar principalmente nas 
emoções que estão associadas aos processos cognitivos (LAZARUS, 1991). E as mudanças 
emocionais e comportamentais serão duradouras se resultarem da modificação de crenças 
disfuncionais básicas do paciente (BECK et al, 1997). 
Os termos genéricos Terapia Cognitivo Comportamental abrangem uma variedade de 
mais de vinte abordagens dentro do modelo cognitivo e comportamental (MAHONEY; 
LUDDON, 1998). Os primeiros escritos importantes e as primeiras abordagens cognitivas 
comportamentais para o tratamento dos transtornos emocionais começam a surgir nos anos de 
1960 e 1970. 
De início a terapia cognitivo-comportamental foi aplicada à depressão unipolar 
(BECK, 1997). Hoje, entretanto, é aplicada a vários transtornos como o de ansiedade (BECK, 
et a, 1997; CLARK, 1989; SALKOVSKIS; KIRK, 1989); dependências químicas (BECK al, 
1997); transtornos de personalidade (BECK et al, 1997); transtornos alimentares 
(FAIRBURN, 1997); transtorno bipolar (BASCO; RUSH, 1996); NEWMAN et al, 2002); 
casais (DATTILIO, 1998); Crianças e Adolescentes (REINECK; DATTILIO; FREEMAN, 
1996), entre outros. 
Segundo Dobson (2001) três características estão no núcleo das terapias cognitivas 
comportamentais, a dizer, a atividade cognitiva influencia o comportamento; a atividade 
cognitiva pode ser monitorada e alterada; o comportamento desejado pode ser influenciado 
mediante a mudança cognitiva. Estas terapias baseiam-se na premissa de que a interrelação 
entre cognição, emoção e comportamento estão implicados no funcionamento normal do ser 
humano e, em especial, na psicopatologia. Um evento comum pode gerar diferentes formas de 
percepção em diferentes pessoas, mas não é o evento em si que gera as emoções e os 
comportamentos, mas sim o que nós pensamos sobre o evento; nossas emoções e 
comportamentos estão influenciados pelo que pensamos. Nós sentimos o que pensamos 
(BURNS, 1989). Os eventos ativam os pensamentos, os quais geram, como conseqüências, as 
emoções e os comportamentos. Outra premissa tem como base a observação de que as 
distorções cognitivas (vieses sistemáticas na forma como os indivíduos interpretam suas 
experiências) são prevalentes em diversos transtornos. 
Se uma situação é avaliada erroneamente, essas distorções podem amplificar o 
impacto das percepções falhas a conclusões equivocadas, mesmo quando sua percepção da 
5 
 
situação é acurada. O objetivo da Terapia Cognitiva é corrigir as distorções do pensamento. 
Entretanto, para que as mudanças aconteçam, é preciso ir além da mudança dos erros 
cognitivos associados a uma síndrome específica. Somente por meio da análise e correção das 
crenças mais arraigadas, alterando-se a organização dessas crenças, é que a reestruturação 
cognitiva pode ser realizada (KNAPP; BECK, 2008). 
O tratamento deve ser focado nas crenças nucleares do tipo “é impossível ser amado” 
e crenças subjacentes como “se eu não tiver uma mulher sou um fracasso”, que são avaliados 
assim como os foram os pensamentos automáticos, o que significa procurar por evidências 
que as sustentem e corrigi-las com o teste da realidade (BECK; KNAPP, 2008; KNAPP; 
ROCHA, 2003). 
São exemplos de distorções cognitivas segundo Knapp (2004) a catastrofização, que 
é pensar que o pior de uma situação irá acontecer, sem levar em consideração a possibilidade 
de outros desfechos; o raciocínio emocional, que é deixar que os sentimentos guiem a 
interpretação da realidade; polarização, que é ver a situação em duas categorias apenas, 
mutuamente exclusivas, em vez de um continuum; adivinhação, que é prever o futuro, 
antecipar problemas que talvez não venham a existir; dentre outros. 
A terapia cognitivo-comportamental identifica e trabalha com três níveis de 
cognição: pensamentos automáticos (PA); pressupostos subjacentes e crenças nucleares. 
Todos nós temos crenças, pressupostos e pensamentos automáticos, tanto positivos quanto 
negativos, mas, normalmente, quando falamos nesses conceitos, estamos nos referindo aos 
tipos disfuncionais (KNAPP, 2004). 
Crenças nucleares ou centrais são idéias e conceitos mais enraizados e fundamentais 
acerca de nós mesmos, das pessoas e do mundo. Elas vão se construindo desde as 
experiências de aprendizado mais primevas e se fortalecem ao longo da vida, moldando a 
percepção e a interpretação dos eventos, moldando o nosso jeito psicológico de ser. São 
também absolutistas, generalizadas e cristalizadas, podem permanecer latentes todo o tempo, 
sendo ativadas nos transtornos emocionais. Na literatura, os conceitos de crenças nucleares e 
esquemas com frequência são usados indistintamente, mas optaremos pela diferenciação: 
esquemas são estruturas, crenças são o conteúdo dos esquemas (KNAPP, 2004). O conteúdo 
dos esquemas são as representações internas (crenças) abstraídas dos dados recebidos do 
sistema de processamento de informações, que provêem a base para a interpretação das 
experiências de vida. O esquema dá à experiência sua forma e significado e também provê a 
estabilidade (estrutura) dos sistemas cognitivo, afetivo e comportamental ao longo do tempo e 
dos eventos (CLARK; BECK; ALFORD, 1999). 
6 
 
Pensamentos automáticos são um fluxo de pensamento que coexiste com um fluxo 
de pensamentos mais manifestos (BECK, 1964). Na maior parte do tempo, nós mal estamos 
cientes desses pensamentos, embora com apenas um pouco de treinamento possamos 
facilmente trazer esses pensamentos à consciência. Embora eles possam surgir 
espontaneamente, eles se tornam bastante previsíveis, uma vez que as crenças subjacentes dos 
pacientes sejam identificadas. 
A terapia cognitivo-comportamental está preocupada em identificar os pensamentos 
que são disfuncionais, ou seja, os que distorcem a realidade, que são emocionalmente aflitivos 
e /ou interferem com a habilidade do paciente de atingir suas metas (JUDITH, 1997). 
São usualmente bastante breves, e o paciente com frequência está mais ciente da 
emoção que sente em decorrência do pensamento do que do pensamento em si. A emoção que 
o paciente sente é logicamente conectada ao conteúdo do pensamento automático (JUDITH, 
1997). 
A tabela 1 abaixo traz um registro de pensamento disfuncional. 
 
TABELA 1 
Instruções: Quando você percebe que o seu humor está piorando, pergunte a si mesmo “o que está passando 
pela minha cabeça?” e o mais brevemente possível anote o pensamento ou imagem mental na coluna 
Pensamento Automático. 
Data/hora Situação Pensamento(s) 
Automático(s) 
Emoção(ões) Respostas 
Adaptativas 
Resultado 
 1. Que evento 
real, fluxo de 
pensamentos, 
devaneio ou 
recordação levou 
à emoção 
desgradável? 
2. Qual(se 
houver) reação 
física aflitiva você 
teve? 
1.Que 
pensamento(s) 
ou 
imagem(ns) 
passou pela 
sua cabeça? 
2. Quanto 
você acreditou 
em cada um 
no momento? 
1. Que 
emoção(ões) 
(tristeza/ansi
edade/raiva, 
etc.) você 
sentiu no 
momento? 
2. Quão 
intensa (0-
100%) foi a 
emoção? 
1.(opcional) Que 
distorção cognitiva 
você realizou? 
2. Use as perguntas 
na parte de baixo para 
compor uma resposta 
ao(s) pensamento(s) 
automático(s). 
3.Quanto você 
acredita em cada 
resposta? 
1. Quanto você 
acredita agora em 
cada pensamento 
automático? 
2. Que 
emoção(ões) você 
sente agora? Quão 
intensa (0-100%) 
é a emoção? 
3. O que você fará 
ou fez? 
Sexta, 
23/02 
10h da 
manhã 
 
Terça, 
27/02 
Meia-noite 
 
 
Quinta, 
29/02 
5h da 
tarde 
Conversando no 
telefone com 
Donna 
Estudando para o 
meu exame 
Pensando sobre a 
minha aula de 
economia amanhã 
Percebendo o meu 
coração bater 
forte e o meu 
problema em 
concentrar-me. 
Ela não deve 
maisgostar de 
mim. 90% 
Eu jamais 
aprenderei 
isso. 100% 
Eu poderia ser 
chamada e eu 
não daria uma 
boa resposta. 
80% 
O que há de 
errado 
comigo? 
 
Triste. 80% 
 
Triste 95% 
 
 
Ansiosa 
80% 
 
 
 
Ansiosa 
80% 
 
FONTE: Beck (1997). 
7 
 
Pressupostos subjacentes são construções cognitivas disfuncionais, subjacentes aos 
pensamentos automáticos. São regras, padrões, normas, premissas e atitudes que adotamos e 
que guiam a nossa conduta. São também chamados pressupostos condicionais, crenças 
subjacentes ou crenças intermediárias (BECK, 1997). São transituacionais. Encontram-se 
presentes em inúmeras, se não em todas, as situações existenciais. Descreve as idéias ou 
entendimentos mais profundos, frequentemente desarticulados que os pacientes têm sobre si 
mesmos, os outros e sues mundos pessoais que dão lugar a pensamentos automáticos 
específicos. 
Na tabela 2 abaixo é baseada na obra de Beck (1997) para maior esclarecimento: 
 
TABELA 2 
Crença Central Eu sou inadequado 
 
 
 
Crenças Intermediárias 
1- Atitude É terrível ser inadequado 
2- Suposições: 
2.1-positivas 2.2negativas 
2.1- Se eu trabalhar mais duro posso 
fazer bem as coisas; 2.2- Se eu não 
trabalhar arduamente eu fracassarei. 
3- Regras - Eu deveria sempre me esforçar ao 
máximo; 
- Eu deveria ser excelente em tudo o 
que eu tento fazer. 
Pensamentos automáticos 
quando deprimido 
 -Eu não posso fazer isso; 
- Isso é difícil demais; 
- Eu jamais aprenderei. 
FONTE: Beck (1997). 
 
As estratégias compensatórias são comportamentos que ajudam a lidar com crenças 
aflitivas. As amplas suposições do paciente com frequência ligam as estratégias 
compensatórias à crença central. Esses comportamentos de enfrentamento têm correlação 
direta com as regras e os pressupostos disfuncionais e acabam por reforçar ainda mais as 
crenças (BECK, 1997). 
Para exemplificar, imaginemos um indivíduo fóbico social com a crença nuclear 
“sou incapaz de ser amado”, tem o pressuposto “é muito perigoso interagir com as pessoas 
porque elas não irão gostar de mim”, e a regra “para não ter problemas, eu não devo interagir 
com as pessoas”. Sua provável estratégia compensatória de enfrentamento será não se expor a 
alguma situação em que a interação social seja necessária. O paciente diria algo como “se eu 
me engajar em minha estratégia compensatória, estarei bem. Se não, minha crença nuclear 
ficará evidente ou se mostrará verdadeira. Portanto, se eu me afastar dos outros eles ficarão 
longe e não tentarão me fazer mal, caso contrário, eles irão me machucar” (KNAPP, 2004). 
A Terapia Cognitiva tem por base o modelo cognitivo, exposto no esquema abaixo: 
8 
 
 
FONTE: Beck (1997). 
 
A configuração afetivo-cognitivo comportamental do paciente, de acordo com Knapp 
(2004), pode ser resumida no Diagrama de Conceituação Cognitiva segundo o modelo de 
Beck (1997) e Leahy (2006), a seguir esquematizado: 
9 
 
 
FONTE: Beck (1997). 
 
Além do que foi exposto sobre o Psicologia Cognitivo Comportamental, é preciso 
enfatizar que diversas intervenções para modificar cognições e comportamentos 
desadaptativos, p.e., registros de pensamentos, exame das evidências, programação de 
atividades de exposição e prevenção de respostas, etc.., são usadas extensivamente como 
tarefas. Embora seu foco principal seja ajudar o paciente a enfrentar uma situação 
problemática tendo em mente a importância da estrutura da terapia cognitivo- comportamental 
10 
 
e o papel central da tarefa de casa no fortalecimento dessa estrutura (WRIGHT; BASCO, 
THASE, 2008). 
 Há ocasiões nas sessões em que breves explicações e ilustrações de teorias ou 
intervenções da Terapia Cognitiva são utilizadas para ajudar o paciente a entender os 
conceitos, são as mini aulas. Como a terapia cognitivo-comportamental baseia-se na idéia de 
que os pacientes podem aprender habilidades para modificar cognições, controlar os estados 
de humor e fazer mudanças produtivas em seu comportamento, usa-se a psicoeducação 
durante todo o processo da terapia. Esses conhecimentos ajudará o paciente a reduzir o risco 
de recaída e educá-lo para continuar a utilizar os métodos de auto-ajuda cognitivos e 
comportamentais após a conclusão da terapia (WRIGHT; BASCO; THASE, 2008). 
 
4 CONCEITUAÇÃO COGNITIVA: CARACTERÍSTICAS GERAIS 
 
A Conceitualização Cognitiva é a habilidade clínica mais importante que a terapia 
cognitiva-comportamental precisa dominar, pois, para um planejamento adequado e eficaz de 
terapia, um bom entendimento de distorções cognitivas e dos consequentes comportamentos 
mal adaptativos do paciente é crucial (PERSON, 1989). O objetivo principal da formulação 
cognitiva é melhorar o resultado do tratamento, auxiliando o terapeuta e o paciente na 
obtenção de uma concepção mais ampla e profunda dos mecanismos cognitivos e 
comportamentais do paciente, em vez de simplesmente vê-lo como uma coleção de sintomas e 
diagnósticos psiquiátricos (PERSON, 1989). Além disso, auxilia o terapeuta na escolha das 
intervenções terapêuticas e das tarefas a serem realizadas. Reforça o entendimento e o 
trabalho produtivo da própria relação terapêutica, bem como ajuda a entender e lidar com 
potenciais problemas e fracassos do tratamento. 
Os principais aspectos da Conceitualização Cognitiva são o diagnóstico clínico do 
paciente, os problemas atuais e os fatores estressores precipitantes que contribuíram para seus 
problemas psicológicos ou interferiram em sua habilidade para resolvê-los. As aprendizagens 
e experiências antigas que contribuem para seus problemas atuais, as predisposições genéticas 
e familiares, seus pensamentos automáticos, crenças subjacentes (incluindo atitudes, 
expectativas, regras e pressupostos), suas crenças nucleares, os mecanismos cognitivos, 
afetivos e comportamentais que o paciente desenvolveu para enfrentar suas crenças 
disfuncionais, percepção de si mesmo, dos outros e do mundo (KNAPP; ROCHA, 2003; 
WRIGHT; BASCO; THASE, 2008). 
 
11 
 
A lista dos problemas a serem tratados segue vários critérios de prioridade, tais como 
ameaçadores da integridade física do cliente, complexidade das demandas e centralidade do 
problema na vida do indivíduo (RANGE, 2004). 
Conceituar um paciente em termos cognitivos é determinar o caminho mais eficiente 
para dar um diagnóstico seguro, auxiliando na escolha das metas que serão trabalhadas e das 
intervenções terapêuticas a serem realizadas (KNAPP; BECK, 2008). O processo de 
conceitualização deve percorrer o processo psicoterápico como um todo (WALLER, 2009), 
isto significando que, mesmo que o terapeuta escolha um tópico pra trabalhar em sessão, o 
mesmo deve ser retomado continuamente ao longo de todo o processo psicoterápico. Toda 
vez que o clínico perceber que o cliente diminuiu seu interesse pelo tratamento, a 
conceitualização cognitiva deve ser analisada pela díade para compreender o impasse e buscar 
outras formas de continuidade. Na realização da conceitualização cognitiva, duas abordagens 
se fazem presentes. A primeira é a baseada para transtornos específicos e o outro para 
modelos gerais de funcionamento (KUYKEN; PADESKY; DUDLEY, 2008). Os dois 
modelos podem ser usados simultaneamente, uma vez que o modelo visa a um atendimento 
do modelo cognitivo do cliente e o outro é mais específico para transtornos e grupos outros 
que poderão ser encontrados, se necessário, na literatura médica. Cada indivíduo e cada 
transtorno psicológico exige uma conceitualização cognitiva específica e individual. 
É bem interessante a proposta de Kuyken, Padesky, Dudley (2008) em comparar a 
conceitualização cognitiva à metáfora de um caldeirão, onde se juntam e se misturam vários 
elementos, como experiências, demandas, cognições, emoções, perspectivas, resiliência, 
metas do tratamento, hipóteses técnicas cognitivas e comportamentais, empirismo elaborativo, 
etc., que se transformam de modo substancial e duradouro em novosprodutos. Todos juntos, 
aglutinados, sofrem transformações elucidando o diagnóstico clínico e as demandas 
existentes. 
Neste trabalho estratégico destaca-se o terapeuta organizando a forma como 
conduzirá o processo terapêutico. Fundamenta-se no método do questionamento socrático e 
na colaboração empírica utilizando a descoberta guiada para favorecer o processo (KNAPP, 
2004). E as hipóteses elaboradas neste processo deverão ser testadas e adaptadas através do 
feedback das intervenções terapêuticas (KUYKEN; PADESKY; DUDLEY, 2008). 
A conceitualização cognitiva é o receptáculo de toda informação do paciente 
buscados nos experimentos diversos, dando visão ampliada de história clínica a partir do 
início dos primeiros sintomas. E como o laboratório de análise busca verificação de resultados 
que antecedem hipóteses que serão testadas, acrescidos do acompanhamento do cliente que 
12 
 
observa, acompanha e dá feedback aos resultados apresentados. Trata-se de uma avaliação 
histórica e prospectiva de padrões e estilos de pensamento. Agrupando denominadores 
comuns em situações diversas e a avaliação delas pelo paciente, pode-se avaliar um padrão 
cognitivo. Ele incluirá um conjunto idiossincrático de crenças disfuncionais, vulnerabilidades 
específicas individuais e estratégias comportamentais que os pacientes usam para lidar com 
suas crenças nucleares (KNAPP; BECK, 2008). O terapeuta inicia a conceitualização 
cognitiva desde o seu primeiro contato com o paciente e continua complementando esse 
processo até a última sessão. A conceitualização é uma hipótese de trabalho, não a verdade 
absoluta. Portanto, à medida que aparecem novos dados, terapeuta e paciente 
colaborativamente modificam e refinam sua formulação confirmando algumas hipóteses e 
abandonando outras. 
Dada a abrangência de intervenções possíveis e a complexidade dos casos clínicos, a 
terapia cognitiva é mais eficaz quando o terapeuta pensa estrategicamente cada caso 
específico e as intervenções correspondentes. Esse processo envolve formular a equação 
cognitiva específica do indivíduo, que será a função terapêutica e a base para selecionar os 
alvos de intervenções mais produtivas e as técnicas mais apropriadas (KNAPP, 2004). 
Exemplificamos abaixo uma formulação de caso: 
 
Nome do Paciente: Brenda 
 
Diagnóstico/sintomas: Esquizofrenia. Os sintomas primários são alucinações auditivas, 
delírios, sintomas negativos, depressão, ansiedade. 
 
Influências do desenvolvimento: Brenda foi criada em uma rígida família batista. Suposto 
assédio sexual e bullying durante a infância. Ela teve muitas dificuldades nos estudos de 
enfermagem. Na época de seu primeiro episódio psicótico, a doença foi uma fonte de 
vergonha para a família. Quando seu filho tinha dois anos, ele tornou-se difícil de controlar, 
o que era muito estressante para ela. 
 
Questões situacionais: Nasceu sua neta Maria. O estresse do novo papel de avó foi um 
desencadeador para a recaída. 
 
Fatores biológicos, genéticos e médicos: Há uma tia com suspeita de esquizofrenia. A 
adesão aos antipsicóticos é parcial. Não tem problemas médicos. 
 
Pontos fortes/qualidades: É uma mulher gentil e amigável; não há história de violência ou 
agressão a outros; não tem intenção de ferir; ama sua família e está altamente motivada a 
passar o tempo com sua neta, Maria. Tem o apoio da família e da igreja batista local. 
 
Metas do tratamento: 
1. Reduzir estigma; 
13 
 
2. Desenvolver explicações mais funcionais para os sintomas psicóticos; 
3. Lidar melhor com as alucinações; 
4. Melhorar a adesão; 
5. Reduzir a ansiedade com o fato de poder machucar Maria; 
6. Começar a passar algum tempo com Maria novamente; 
7. Diminuir os esquemas nucleares negativos; 
8. Desenvolver um plano de prevenção de recaída. 
 
Evento 1 Evento 2 Evento 3 
Ouvir uma voz dizendo 
“Machuque Maria”. 
Tentar usar uma estratégia 
de enfrentamento. 
Falar sobre as vozes na sessão de 
TCC. 
Pensamentos 
automáticos 
“Posso machucar o bebê.” 
“Não é seguro que eu 
fique com ela.” 
“Deve ser o diabo que está 
falando comigo.” 
Pensamentos 
Automáticos 
“Isso não adianta nada” 
“A medicação é a única 
coisa que já ajudou antes.” 
Pensamentos Automáticos 
“O psiquiatra está com medo de 
mim.” 
“Ele sabe que sou má.” 
“Ele vai chamar a polícia e fazer 
com que eu seja presa.” 
Emoções 
Ansiedade, estômago 
revirado, respiração 
acelerada. 
Emoções 
Frustração 
Emoções 
Ansiedade, tensão e sudorese. 
Comportamentos 
Fugir da casa do filho. 
Comportamentos 
Parar de usar o método de 
enfrentamento após numa 
tentativa. 
Comportamentos 
Mudar de assunto. Partir e ir pra 
casa o quanto antes. 
Esquemas: “A doença mental é sua própria culpa.” “Ninguém vai confiar em ninguém que 
tem uma doença mental.” “Preciso estar no controle.” “O mundo é um lugar muito 
perigoso.” “É preciso se proteger sempre.” 
Hipótese de Trabalho: Brenda está profundamente envergonhada de sua esquizofrenia. Sua 
experiência familiar (p. ex., um assédio sexual não falado, sua doença ser “escondida” e a 
forte fé religiosa deles) contribui para o desenvolvimento de esquemas autopunitivos e 
explicações espirituais para ouvir vozes. Fatores situacionais atuais (i.e., o nascimento de 
Maria e os estresses de seu novo papel de avó), juntamente com a adesão parcial à 
medicação, são desencadeadores para a recaída. Brenda não tem atualmente estratégias de 
enfrentamento eficazes para as alucinações. 
Plano para o tratamento: 
1. Reduzir o estigma usando a psicoeducação e a normalização; 
2. Usar o exame de evidências para desenvolver explicações mais funcionais para ouvir 
vozes; 
3. Desenvolver e testar diferentes formas de enfrentamento; 
4. Usar imagens mentais e role-play para praticar as novas estratégias de enfrentamento 
para estar com Maria; 
5. Usar métodos de TCC para a adesão, incluindo estratégias comportamentais como 
lembretes; 
6. Trabalhar os esquemas para desenvolver crenças nucleares menos extremas; 
7. Desenvolver um plano de prevenção de recaída; 
8. Prestar bastante atenção à relação terapêutica, verificar possíveis cognições 
disfuncionais a respeito do terapeuta e pedir feedback rotineiramente. 
14 
 
5 CONCLUSÃO 
 
Conceituar cognitivamente um paciente é trabalhar com os dados colhidos, 
desenvolver hipóteses do possível diagnóstico, ter intervenções seguras no sentido de 
melhorar a sintomatologia, as cognições e as emoções, e levar, por meio da reestruturação 
cognitiva, a reforma dos pensamentos disfuncionais e melhoria do comportamento. 
O processo de avaliação cognitiva comportamental é a porta de acesso ao 
desenvolvimento do tratamento psicoterápico (CAMINHA. R; CAMINHA. M, 2007). A 
conceitualização cognitiva, formulação, conceituação ou enquadre cognitivo comportamental 
é o receptáculo sistematizado de todas as informações, medições, intervenções que se fizerem 
necessárias para o melhor conhecimento do paciente. 
Tudo isso compõe o material onde o terapeuta trabalha com habilidade, senso crítico 
e competência para concluir o diagnóstico, tendo ao seu lado o paciente contribuindo com 
suas observações, para juntos encontrarem a solução desejada. 
O processo de formulação cognitivo comportamental é mais do que simples 
diagnóstico, é uma compreensão do funcionamento global do indivíduo, no presente e ao 
longo de toda a sua história, e sua forma de se interrelacionar com as pessoas. 
Conflitos e dificuldades serão trabalhados e, posteriormente, reavaliados, tanto pelo 
relato verbal subjetivo, quanto pelas medidas objetivas dos instrumentos disponíveis 
(RANGE; SILVARES, 2001). 
 Com todo este esmero, esta avaliação cuidadosa leva a um resultado satisfatório, 
tanto para o paciente quanto para o terapeuta. 
Não é por acaso que esta abordagem com conceitualização cognitiva sistematizada e 
rica de informações do paciente é considerada uma terapia com resultados comprovados. 
Além de a terapia cognitivo-comportamental ser dinâmica,focal, orientada por meta, 
ela ainda é mais breve, com menor número de sessões. Neste aspecto ela melhora o quadro 
patológico causando menores transtornos para a vida do paciente, pela volta aos seus afazeres 
cotidianos e uma melhor qualidade de vida. Por seu dinamismo, ainda, acompanha o mundo 
contemporâneo, não dando espaço para divagações, obtendo resultados mais eficientes de 
forma menos demorada.Valoriza o indivíduo tornando este co-terapeuta do seu próprio 
tratamento, fazendo que o paciente aprenda a cuidar do monitoramento de suas cognições 
para torná-las mais realistas e adaptativas, isentas de distorções. 
Formular um caso é elaborar um modelo, uma representação demonstrativa de como 
o paciente está funcionando e norteia a atuação terapêutica (RANGE, 1998). 
15 
 
Segundo Beck e Knapp (2008), há mais de 330 artigos de resultados recentes 
utilizando neuroimagem que já comprovariam o que se previa: as técnicas cognitivas 
comportamentais produzem mudanças fisiológicas e funcionais em muitas áreas cerebrais. 
 
ABSTRACT 
 
This paper focuses on the cognitive conceptualization, technical evaluation of the Cognitive 
Behavioral therapy, its diversities informative for greater elucidation and effective diagnosis. 
The need to do an interview to get to know the issues genetic, situational, sociocultural, 
interpersonal relationships, underlying core beliefs and to try to ascertain the full extent of the 
influences that the patient received in life and be able to trace the diagnosis and treatment 
plan. Still supported by collaborative empiricism, experiments and cognitive and behavioral 
techniques in the search of precise evidence to choose or refute the hypotheses of joint 
treatment. This study purposed to know more deeply how is the diagnosis of Cognitive 
Behavioral Therapy and all the bonds involved in this analysis, to provide a full knowledge of 
the patient and facilitate the direction of treatment. This study consists of a literature review, 
conducted between November 2012 to March 2013, which were collected from articles and 
books and websites about the scientific technique of Evaluative Cognitive Behavioral therapy. 
It was observed from this review that Cognitive Behavioral Therapy emphasizes a unique way 
cognitive conceptualization, from beginning to end of treatment, she was the compass that 
directs all the action, and is also the source for the therapist information where beacon 
diagnosis and treatment goals so careful and responsible. It is also beneficial to the patient 
because, being focused and systematic, is less time consuming and more efficient. 
 
Keywords: Cognitive Behavioral Therapy, Cognitive conceptualization, diagnostic efficacy, 
evaluation, therapist. 
 
 
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