Buscar

Recurso Inominado Dominique

Prévia do material em texto

AO DOUTO JUIZO DO XXIV JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARA RIO DE JANEIRO 
 
 
 
 
 
Processo nº ... 
 
 
 
 
 
DANIEL GONÇALVES, brasileiro, solteiro, engenheiro, portador de identidade RG n..., 
órgão emissor ..., inscrito no CPF nº ..., residente e domiciliado à Avenida das América, 
nº 2328, Barra da tijuca, Rio de Janeiro - RJ, CEP ..., vem por seu advogado ..., com 
endereço profissional situado em ..., nos auto da AÇÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, 
que tramita pelo rito da lei 9099/95, em face de MERCADO X, pessoa jurídica de direito 
privado, inscrito no CNPJ ..., localizado na Rua ..., nº ..., bairro ..., Município ..., Estado 
..., CEP ..., inconformado com a respeitável sentença de folhas ..., interpor: 
 
 
RECURSO INOMINADO 
 
para o Egrégio da Turma Recursal, apresentando as razões em anexo, assim com o 
comprovante da custas relativas ao preparo do recurso. 
 
Diante do exposto, requer a este juízo, se digne em receber o presente recurso no efeito 
devolutivo artigo 43 da Lei 9099/95, remetendo os autos à Superior Instância. 
 
Termos em que, 
pede deferimento. 
 
Local e Data ... 
Advogado ... 
OAB/UF ... 
 
 
 
RAZÕES DO RECURSO INOMINADO 
 
Processo nº: ... 
 
Ação: DEFESA DE CONSUMIDOR 
 
Recorrente: DANIEL GONÇALVES 
 
Apelado: MERCADO X 
 
EGRÉGIO A TURMA RECURSAL, 
 
Merece modificação da sentença recorrida em razão da má apreciação das questões de 
fato e de direito, como irá demonstrar o Recorrente. 
 
EXPOSIÇÃO DE FATO E DE DIREITO 
O recorrente, em janeiro de 2014, acessou o site da recorrida para efetuar a compra de 
uma câmera fotográfica. Entre as formas de pagamento oferecidas, o recorrente 
escolheu o “mercado pago” (na qual o dinheiro é creditado ao site e esse só repassa o 
valor para o vendedor depois que o comprador confirma que recebeu o produto). 
Entretanto, antes de concluir a compra, o recorrente desistiu do negócio. 
Mesmo sem a transação se concretizar, a administradora do cartão de crédito recebeu 
do recorrido, informação de débito e cadastrou a compra, emitindo posteriormente 
faturas de cobrança. 
O recorrente afirmou que o banco chegou a reconhecer a insubsistência do débito, mas 
condicionou o estorno do valor pago à apresentação de uma documentação que o 
recorrido não quis liberar. Assim, o recorrido, pagou a quantia cobrada e ingressou com 
Ação de Defesa do Consumidor, no XXIV Juizado Especial Cível da Comarca da Capital do 
Estado do Rio de Janeiro. 
Em defesa, o recorrido alegou que não teve culpa, pois o recorrente iniciou a compra, 
mas não a concluiu, e que em nenhum momento ele procurou o mesmo para pedir o 
estorno da operação em seu cartão de crédito. Sustentou ainda o recorrido que, na 
avaliação disponibilizada no site, para informar se os usuários são bons vendedores e 
compradores, o recorrente recebeu qualificação negativa, pois já havia iniciado outras 
negociações e não honrou seu compromisso. E ainda que não possui qualquer 
responsabilidade em relação ao valor pago, uma vez que foi o banco administrador do 
cartão de crédito quem errou ao cobrá-lo indevidamente. 
O magistrado do XXIV JEC julgou improcedente o pedido de recorrente quanto à 
restituição do valor pago de R$600,00 (seiscentos reais) e ao dano moral de R$4.000,00 
(quatro mil reais), sob os argumentos de que o recorrido apenas atua como 
intermediador nas compras e vendas dos produtos anunciados e, ainda, em razão de 
entender que quem deu causa à cobrança indevida foi o recorrente. 
Ocorre que o recorrido agiu em desacordo com as normas do Código de Defesa do 
Consumidor ao prestar um serviço defeituoso ao recorrente, e não produzindo a 
segurança que dele se esperava, tudo de acordo com o artigo 14 da Lei n. 8.078/90. 
Cabe ainda, na hipótese, a regra contida na redação do artigo 42, parágrafo único, 
também da Lei n. 8.078/90, que dispõe que o consumidor cobrado em quantia indevida 
tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, 
acrescido de correção monetária e juros legais. 
 
PEDIDO 
 
Requer que o recurso seja conhecido e ao final dê provimento para reformar a sentença 
proferida pelo magistrado do XXIV Juizado Especial Cível da Comarca da Capital do 
Estado do Rio de Janeiro, julgando procedentes os pedidos do recorrente de restituição 
da quantia de R$600,00 (seiscentos reais) e indenização por dano moral no valor de 
R$4.000,00 (quatro mil reais). 
 
Termos em que, 
pede deferimento. 
 
Local e Data ... 
Advogado ... 
OAB/UF ...

Continue navegando