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DIREITO PROCESSUAL CIVIL II - AULA 7

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Curso: Direito
Disciplina: Direito Processual Civil II – (CCJ0244) - Planos de aula 11,12 e 13
Professora: Regiane Gonçalves(goncalves.regiane@estacio.br)
REMESSA NECESSÁRIA
A remessa necessária, no âmbito do código de processo civil, pode ser vista como o instituto que garante o duplo grau de jurisdição para reexame das decisões contrárias à fazenda pública, nas circunstâncias delineadas em lei.
 
REMESSA NECESSÁRIA
Vale dizer que, nas situações em que ela incidir, funcionará como condição de eficácia da decisão, de forma a impedir a coisa julgada até que haja o reexame pelo tribunal. 
Enquanto não julgada a remessa necessária, o título judicial em reexame estará destituído de exigibilidade, não podendo lastrear a pretensão executória.
REMESSA NECESSÁRIA
Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença:
I – proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público;
II – que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal.
REMESSA NECESSÁRIA
A justificativa principiológica à remessa necessária está na proteção constitucional à fazenda pública. 
Com efeito, a proteção aos interesses da fazenda pública implica na indisponibilidade dos direitos a ela inerentes, ao ponto, por exemplo, de erigir-se mecanismos protetivos constitucionais, como é o caso da exigência de licitação (art. 37 inc XXI CF) e a submissão dos seus credores ao sistema de precatório (art. 100 CF).
REMESSA NECESSÁRIA
Em primeiro lugar, é importante destacar que não cabe remessa necessária no âmbito do Juizado Especial Federal, bem como no âmbito do Juizado Especial da Fazenda Pública.
art. 496 (…)
§ 3º Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a:
I – 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público;
II – 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados;
III – 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público.
REMESSA NECESSÁRIA
Limites do efeito devolutivo na remessa necessária:
Os recursos, como decorrência do efeito devolutivo, detém a aptidão de encaminhar à instância ad quem o reexame da matéria impugnada. Esta é a regra geral.
Quanto à remessa necessária, que não é recurso e sim ato do juízo, tem-se que é devolvida ao tribunal toda a matéria decidida desfavoravelmente à parte que se quer proteger. 
Com efeito, independente do recurso da parte, todos os capítulos da decisão que lhe são desfavoráveis estarão abrangidos pela remessa necessária. 
REMESSA NECESSÁRIA
b) CONFISSÃO
Segundo a definição do Novo CPC, ocorre a confissão (judicial ou extrajudicial) quando a parte admite a verdade de fato contrário ao seu interesse e favorável ao do adversário. 
Muito utilizada historicamente, a confissão era utilizada desde o período da inquisição (Séc. XII), onde se aplicava a tortura como meio de forçar uma confissão do Réu, quando não houvesse certeza sobre a culpabilidade do acusado.
Os fatos confessados judicialmente não dependem de provas, sendo a confissão a prova suficiente contra a parte confitente. Apesar de ser irrevogável, a lei prevê a hipótese de sua anulação quando decorrer de erro de fato ou coação.
Homologação de sentença/decisão estrangeira:
DECISÃO ESTRANGEIRA:
A homologação de sentença estrangeira é um procedimento judicial que tem o objetivo de dar executoriedade interna e externa a sentenças proferidas em outro país.
No Brasil, a competência para a homologação de sentença estrangeira é do Superior Tribunal de Justiça, art.475, N, VI CPC (e o art. 483 CPC. 
De acordo com o que estabelece o artigo 105, I, i, da Constituição Federal, com as modificações decorrentes da Emenda Constitucional nº 45, de 2004, passa-se a ser de competência do STJ. 
 Homologação de sentença/decisão estrangeira:
O artigo 15 da Lei de introdução ao Código Civil lista os requisitos necessários para que a sentença estrangeira seja homologada:
Haver sido proferida por juiz competente;
Terem sido as partes citadas ou haver-se legalmente verificada à revelia;
Ter transitada em julgado e estar revestida das formalidades necessárias para a execução no lugar em que foi proferida;
Estar traduzida por tradutor juramentado;
Ter sido homologada pelo Superior Tribunal de Justiça.
O artigo 15, parágrafo único, da Lei de Introdução as Normas do Direito Brasileiro, foi expressamente revogado pela Lei 12.036/2009. Seu antigo conteúdo mencionava que "não dependem de homologação as sentenças meramente declaratórias do estado das pessoas".
Homologação de sentença/decisão estrangeira:
TEORIAS pelos quais passam as "sentenças" a serem homologadas:
a) Julga-se novamente a causa que inspirou a "sentença" como se essa não existisse, ensejando até nova produção de provas, reanalisando as preexistentes, somente após a decisão estrangeira poderá ou não ser ratificada.
Esse método é mais complexo, moroso, todavia torna o direito estrangeiro aplicado no exterior mais justo frente a jurisdição interna do país homologador; criando, inclusive, jurisprudência para resolução novas demandas relativas a tais Estados.
Homologação de sentença/decisão estrangeira:
B) Sistema parcial de revisão do mérito
Sistema imposto com o fim de analisar a aplicação da lei do país em que irá ser executada a sentença. Ainda nesse sistema o que se busca distinguir se há a possibilidade de aplicação da lei embasadora da sentença estrangeira no Estado em cujo território a sentença estrangeira irá produzir efeitos.
C) Sistema de reciprocidade diplomática
Utilizam-se os tratados como base. Não havendo tratado entre os Estados, sequer será possível a homologação.
D) Sistema de reciprocidade de fato
Nesse sistema, a homologação só é possível se ambos os Estados envolvidos na relação protegerem os mesmos institutos; e.g., o casamento entre indivíduos do mesmo sexo é admitido na Holanda. Na hipótese de um casal de holandeses passar a residir em Portugal, e querer legalizar, neste país, sua união, será necessário que a autoridade lusitana competente homologue o ato judicial proferido pelo Poder Público holandês. Para tanto, seria necessário que o ordenamento jurídico português previsse o referido instituto jurídico.
Homologação de sentença/decisão estrangeira:
e) Processo da delibação
Neste sistema, não é sequer aferido o mérito da sentença. Examinam-se, singularmente, as formalidades da sentença a luz de princípios fundamentais para se considerar justo um processo, tais como: respeito ao contraditório e a ampla defesa, legalidade dos atos processuais, respeito aos direitos fundamentais humanos, adequação aos bons costumes. Foi sempre consagrado pela Itália e é adotado pelo Brasil.
Obs.:Delibar significa saborear, passar com os lábios, ou seja, o STJ somente observa os requisitos formais do processo e não se aprofunda ao mérito.
 Homologação de sentença/decisão estrangeira:
DESENVOLVIMENTO    
É um processo que visa a conferir eficácia a um ato judicial estrangeiro. Qualquer provimento, inclusive não judicial, proveniente de uma autoridade estrangeira, só terá eficácia no Brasil após sua homologação pelo Superior Tribunal de Justiça (art. 216-B do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça).
O direito estrangeiro é aplicado de maneira direta e indireta.
1) Direta
O processo a ser observado é sempre o da lex fori, ou seja, as regras processuais da lei nacional.
Quanto as provas, os tribunais brasileiros não aceitam prova que sua lei desconheça.
O processo tem a devida tramitação perante o juiz do foro.
A primeira tarefa do juiz é identificar o elemento de conexão. Conhecido este saberá, consequentemente,qual a lei a ser aplicada ao caso sob exame, ou seja, se a nacional ou a estrangeira.
Em se tratando de lei estrangeira, passará à qualificação.
Distinguida a instituição estrangeira e, em havendo identidade desta com uma do nosso sistema jurídico, o juiz investiga o conflito da lei com a ordem pública.Se conflitando com a ordem pública, não há mais o que fazer, a lei estrangeira não será adaptada.
 Homologação de sentença/decisão estrangeira:
2) Indireta
Nesta, a sentença é proferida por juiz estrangeiro.
Apenas a execução será no país homologador, ou seja, seus efeitos agirão no Estado homologador.
Somente após ser homologada pelo referido país mediante seu organismo competente para tal (no Brasil o STJ), será executada a sentença nos termos previstos.
Embora as sentenças estrangeiras possam ser homologadas, seus demais atos produzidos não o são, e mais, precisam também passar pelo crivo da pessoa competente no direito interno do país a que se destinam os efeitos do ato ou demais decisões (oitiva de testemunhas, depoimentos pessoais, extradição...), ou seja, qualquer ato de jurisdição externa para ter efeito no Brasil é feito através de carta rogatória.
 Homologação de sentença/decisão estrangeira:
Sentenças passíveis de homologação
Embora a lei brasileira fale em sentença, a leitura já está superada, visto que é homologável, para exemplificar, acórdão, sentença de natureza cível, comercial, criminal, trabalhista...; decretos de reis, prefeitos, parlamento, assim como resoluções em processos arbitrais contanto que estejam revestidos das formalidades legais para que surtam efeito em seu país de origem.
O procedimento de homologação de uma sentença estrangeira segue o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça. Assim, a homologação deve ser requerida necessariamente por um advogado mediante petição endereçada ao Ministro Presidente do STJ e protocolada na Coordenadoria de Processos Originários.
Homologação de sentença/decisão estrangeira:
PROCEDIMENTO APÓS HOMOLOGAÇÃO:
O advogado deverá proceder à sua execução que, no caso, se dará pela extração da Carta de Sentença.
De posse da Carta de Sentença, o advogado poderá proceder à execução da sentença estrangeira na Justiça Federal competente.
AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO E PROVAS
CARACTERÍSTICAS DA AIJ
a) Publicidade (art. 368 do NCPC);
b) Solenidade (art. 367 do NCPC);
c) Essencialidade;
d) Presidência do juiz (art. 360 do NCPC);
e) Finalidade, complexa e concentrada de instrução, discussão
f) decisão da causa;
g) Unidade e Continuidade (art. 365 do NCPC).
h) Dispensabilidade - Apesar de sua grande importância, não se trata de procedimento indispensável ,somente sendo designada quando for necessária a produção de prova oral ou o esclarecimento de peritos a respeito de seu laudo.
Coisa julgada: Art.502 e seguintes
COISA JULGADA : A coisa julgada está relacionada com a sentença judicial, sendo a mesma irrecorrível, ou seja, não admite mais a interposição de qualquer recurso, tornado esta, assim, imutável.
A imutabilidade acima mencionada apenas se refere à possibilidade do juízo competente, a pedido da parte interessada, dar novo provimento judicial.
Tem como objetivo dar segurança jurídica às decisões judiciais e evitar que os conflitos se perpetuem no tempo.
Coisa julgada: conceito, requisitos e efeitos. Espécies.
A origem da coisa julgada é atribuída ao direito romano, a chamada "res judicata". A justificativa de tal instituto à época é muito semelhante à justificativa atual: pacificação social e segurança jurídica.
Uma das finalidades da coisa julgada é imprimir segurança aos julgados, evitando que litígios idênticos sejam novamente ajuizados, o que geraria desordem e discussões infindáveis.
A coisa julgada é uma garantia constitucional e encontra amparo no artigo 5º inciso XXXVI da Constituição da República Federativa do Brasil, conhecida também como Carta Magna, a saber: “A Lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.”
Coisa julgada: conceito, requisitos e efeitos. Espécies
Art. 504.  Não fazem coisa julgada:
I - os motivos, ainda que importantes para determinar o alcance da parte dispositiva da sentença;
II - a verdade dos fatos, estabelecida como fundamento da sentença.
Coisa julgada: conceito, requisitos e efeitos. Espécies.
Tipos da Coisa Julgada
A coisa julgada pode ser material ou formal.
Coisa Julgada Material – Denomina-se coisa julgada material a eficácia, que torna imutável e indiscutível a sentença, não mais sujeita a recurso ordinário ou extraordinário.
A coisa julgada material é aquela que advém de uma sentença de mérito, como nas hipóteses estabelecidas pelo diploma processual civil nos casos em que juiz decide com resolução do mérito, quando acolhe ou rejeita o pedido do autor, o réu reconhece a procedência do pedido; quando as partes transigirem, quando o juiz pronuncia a decadência ou a prescrição, e quando o autor renuncia ao direito sobre que se funda a ação.
O principal efeito de uma decisão de mérito é a “impossibilidade” da reforma do provimento judicial, seja no mesmo processo ou em outro. Ex.: Condenação de pagamento.
Coisa julgada: conceito, requisitos e efeitos. Espécies
Coisa Julgada Formal - é a impossibilidade de modificação da sentença no mesmo processo, como consequência da preclusão dos recursos. A coisa julgada formal é aquela que advém de uma sentença terminativa, como nas hipóteses em que o processo será extinto pelo juiz, quando indeferir a petição inicial, quando o processo ficar parado por negligência das partes, quando, por não promover os atos e diligências que lhe competir, o autor abandonar a causa, quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo, quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada, quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual, pela convenção de arbitragem, quando o autor desistir da ação, quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal, quando ocorrer confusão entre autor e réu.
Depois de formada a coisa julgada, o juiz não pode mais modificar sua decisão, ainda que se convença de posição contrária a que tinha anteriormente adotado.
Só tem eficácia dentro do processo em que surgiu e, por isso, não impede que o tema volte a ser agitado em nova relação processual. É o que se denomina Princípio da inalterabilidade do julgamento.
Coisa julgada: conceito, requisitos e efeitos. Espécies
Coisa julgada sobre questão prejudicial: A terceira espécie de coisa julgada diz respeito à questão prejudicial. Esse tipo de questão se caracteriza pelo fato de seu julgamento, que precede logicamente a decisão da questão principal, influir necessariamente no conteúdo desta. 
Luiz Guilherme Marinoni nos fornece o seguinte exemplo: “Se na ação de alimentos decidiu-se, com força de coisa julgada, que A é filho de B, condenando-se B a pagar alimentos para A, não é possível que B proponha ação negatória para rediscutir a questão da paternidade em face de A”. Nesse caso, a questão relativa à paternidade tem natureza prejudicial, na medida em que a concessão dos alimentos depende lógica e necessariamente do conteúdo da decisão da questão prejudicial, ou seja, o reconhecimento da paternidade.
Assim, de acordo com o artigo 503, parágrafo 1º e ss do CPC, a decisão que tenha por conteúdo questão prejudicial também se sujeitará à autoridade da coisa julgada, tornando-se imutável e indiscutível em processos futuros. Essa é uma grande novidade técnica na ordem processual.
Coisa julgada: conceito, requisitos e efeitos. Espécies
Coisa julgada sobre tutela antecipada antecedente: A última e talvez mais controversa espécie de coisa julgada diz respeito às decisões que concedem a tutela antecipada antecedente e não são impugnadas pelo recurso de agravo de instrumento. Essas decisõescontinuam produzindo efeito, mesmo após a extinção do processo. Esse fenômeno se chama estabilização da tutela antecipada antecedente (artigo 304, caput e parágrafo 1º do CPC).
O novo CPC concedeu às partes o direito de rediscutir a tutela antecipada antecedente estabilizada. Para isso, precisam repropor a ação, nos termos do artigo 304, parágrafo 2º do CPC, “com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada”. 
Essa regra tem um efeito de calibração no sistema, que se justifica em razão do caráter excepcional desse procedimento, que tem natureza satisfativa, pois antecipa os efeitos de decisão sobre o mérito, mas se baseia em cognição fundada na probabilidade da existência do direito.
 
Coisa julgada: conceito, requisitos e efeitos. Espécies
Contudo, esse direito de rever a tutela antecipada antecedente tem limite de tempo para ser exercido, a saber, “2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo” (artigo 304, parágrafo 5º do CPC). 
Esgotado esse prazo, surgirá uma nova situação jurídica, que se caracteriza pela proibição de repetição/reprodução do exercício da mesma atividade jurisdicional, sobre o conteúdo da decisão que concedeu a tutela antecipada antecedente. 
Essa nova situação jurídica constitui uma nova espécie de coisa julgada, pois imutabiliza e torna indiscutível uma decisão cujo conteúdo é uma tutela antecipada antecedente.
 
Coisa julgada: conceito, requisitos e efeitos. Espécies
Essa nova espécie de coisa julgada tem outra peculiaridade em relação às demais, na medida em que, enquanto a regra geral fixa o momento do surgimento da coisa julgada com o trânsito em julgado da decisão (artigo 502 do CPC), neste tipo de procedimento a res iudicata se formará após o término do prazo de dois anos para a propositura da ação judicial prevista no parágrafo 2º do artigo 304 do CPC.
POLÊMICA: A parte inicial do parágrafo 6º, do artigo 304 do CPC, ao afirmar que “a decisão que concede a tutela antecipada não fará coisa julgada”, tem levado muitos estudiosos, equivocadamente, a negar a possibilidade de essa decisão tornar-se imutável e indiscutível. 
Coisa julgada: conceito, requisitos e efeitos. Espécies
Limites da Coisa Julgada
A coisa julgada pode ter limites objetivos e subjetivos.
1) Como limites objetivos: embora restrita ao julgamento o pedido, a imutabilidade da coisa julgada pode ser estendida, se uma das partes o requerer, por meio da chamada ação declaratória incidental, a uma questão de direito material que constitua pressuposto necessário do julgamento do pedido, a questão prejudicial.
2) Como limites subjetivos: dizem respeito às pessoas que, em razão da coisa julgada, não podem mais discutir a certeza do direito apreciada na sentença. A regra geral, decorrente das garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa, é a de que a coisa julgada somente vincula as partes, porque ninguém pode perder um direito em decorrência de um processo judicial em que não teve ampla oportunidade de se defender.

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