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Ayall� Thamar�| Medicin� Tutori� | MOD3|P4 PROBLEMA 4 1. Cita� a� principai� doença� relacionada� � períod�� chuv�s�� 2. Compreende� � lept�spir�s� (quadr� clínic�, fatore� d� risc�, etiopatogeni�, diagn�stic�, tratament�) 3. Conhece� � Polític� Naciona� d� Saúd� d� Trabalhado� � � po�tari� GM / MS nº 1823 cartilha_orientacao_populacao_chuvas_intensas.pdf (saude.gov.br) Microsoft Word - ALERTA14_ENCHENTES 23 janeiro.docx (saude.sp.gov.br) ● tétano: as situações inesperadas podem gerar mais exposição das pessoas a ferimentos de risco. Assim, existe maior chance de contaminação pela bactéria Clostridium tetani, causadora da doença ● leptospirose: a enxurrada traz para os ambientes humanos a urina de roedores que estão nos esgotos e bueiros ● Chikungunya, Zika e Dengue: com a chegada da época do calor e do período chuvoso, aumenta a quantidade de água parada, facilitando a proliferação do vetor dessas doenças. pela água contaminada: ● cólera ● Febre tifóide: É transmitida pela ingestão de água ou de alimentos contaminados com fezes humanas ou com urina contendo a bactéria. A doença é causada pela Salmonella typhi, por meio de água e alimentos contaminados ● hepatite tipo A: a transmissão está relacionada diretamente às condições de saneamento básico e higiene pessoal. ● leptospirose ● giardíase ● amebíase ● gastroenteritis diarreicas: ● esquistossomose Leptospirose — Português (Brasil) (www.gov.br) A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda que é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira; - sua penetração ocorre a partir da pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou por meio de mucosas. - O período de incubação pode variar de 1 a 30 dias e normalmente ocorre entre 7 a 14 dias após a exposição a situações de risco. - Sua ocorrência está relacionada às condições precárias de infraestrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados. - é uma doença de notificação compulsória desde 1985 Nome� ● doença de Weil ● síndrome de Weil ● febre dos pântanos ● febre dos arrozais ● febre outonal https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartilha_orientacao_populacao_chuvas_intensas.pdf https://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/doencas-ocasionadas-pelo-meio-ambiente/doc/alerta14_enchentes_23janeiro.pdf https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/l/leptospirose-leptospirose#:~:text=A%20leptospirose%20%C3%A9%20uma%20doen%C3%A7a,contaminada%20ou%20por%20meio%20de Ayall� Thamar� Tutori�| MOD3 |P4| Medicin� QUADRO CLÍNICO Manifestaçõe� n� fas� precoc� (lept�pirêmic�) ● febre ● dor de cabeça ● dor muscular, principalmente nas panturrilhas ● falta de apetite ● náuseas/vômitos ● Podem ocorrer: diarreia, dor nas articulações, vermelhidão ou hemorragia conjuntival, fotofobia, dor ocular, tosse. ● mais raro: exantema, aumento do fígado e/ou baço, aumento de linfonodos e sufusão conjuntival. Em geral, é autolimitada, com duração entre 3 e 7 dias e evolução benigna. Manifestaçõe� n� fas� tardi� (fas� imun�) - algumas pessoas evoluem para manifestações clínicas graves, que normalmente inicia após a primeira semana da doença - a manifestação clássica é a síndrome de Weil ● Síndrome de Weil - tríade de icterícia, insuficiência renal e hemorragias ● Síndrome de hemorragia pulmonar - lesão pulmonar aguda e sangramento maciço ● Comprometimento pulmonar - tosse seca, dispneia, expectoração hemoptoica ● Síndrome da angústia respiratória aguda – SARA ● Manifestações hemorrágicas – pulmonar, pele, mucosas (sufusão conjuntival), órgãos e sistema nervoso central (equimoses, petéquias e sangramento nos locais de venopunção) FATORES DE RISCO ETIOPATOGENIA ● O agente etiológico é uma bactéria helicoidal (espiroqueta) aeróbica obrigatória, altamente móvel do gÊnero Leptospira ● principais reservatórios: Rattus rattus, Mus musculus e Rattus norvegicus ● menos comuns: caninos, suínos, bovinos, equinos, ovinos e caprinos Mecanism� - animais infectados permanecem assintomáticos, mantêm a leptospira nos rins, eliminando-a viva na urina, contaminando água, solo e alimento; - animais não desenvolvem a doença quando infectados; - infecção humana resulta da exposição direta ou indireta à urina de animais infectados; - penetração do microrganismo ocorre através da pele com presença de lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou através de mucosas; ● A disfunção endotelial (capilarite) induzida pela leptospira determina extravasamento de líquido para o terceiro espaço e fenômenos hemorrágicos; ● A síndrome febril pode ser decorrente da liberação de citocinas induzida por fatores de virulência da leptospira; ● A disfunção hepática predomina nitidamente na excreção biliar, justificando grandes elevações da bilirrubina, mas com leves aumentos das aminotransferases; ● disfunção tubular predomina no túbulo proximal, elevando significativamente a fração excretória de sódio e de potássio; DIAGNÓSTICO O diagnóstico específico é feito a partir da coleta de sangue no qual será verificado se há presença de anticorpos para leptospirose (exame indireto) ou a presença da bactéria (exame direto). ➔ �ame� específic� Fase precoce Ayall� Thamar� Tutori�| MOD3 |P4| Medicin� ➢ exame direto ➢ cultura ➢ detecção do DNA pela reação em cadeia da polimerase Fase tardia ➢ cultura ➢ elisa-IgM ➢ microaglutinação (MAT) ➔ �ame� inespecífic� ➢ hemograma ➢ bioquímica (uréia, creatinina, bilirrubina total e frações, TGO, TGP, gama-GT, fosfatase alcalina e CPK, Na+ e K+) ➢ radiografia de tórax ➢ ECG ➢ gasometria arterial ➔ Diagn�tic� diferenciai� ➢ Fase precoce: dengue, influenza (síndrome gripal), malária, riquetsioses, doença de Chagas aguda, toxoplasmose, febre tifóide, entre outras doenças. ➢ Fase tardia: hepatites virais agudas, hantavirose, febre amarela, malária grave, dengue hemorrágica, febre tifóide, endocardite, riquetsioses, doença de Chagas aguda, pneumonias, pielonefrite aguda, apendicite aguda, sepse, meningites, colangite, colecistite aguda, coledocolitíase, esteatose aguda da gravidez, síndrome hepatorrenal, síndrome hemolíticourêmica, outras vasculites, incluindo lúpus eritematoso sistêmico. TRATAMENTO Casos leves - atendimento ambulatorial Casos graves - hospitalização imediata ● a antibioticoterapia está indicada em qualquer período da doença, mas sua eficácia costuma ser maior na primeira semana do início dos sintomas ● Fase precoce: Doxiciclina ou Amoxicilina. - amoxicilina 500 mg VO 8/8h por 5-7 dias; - doxiciclina 100 mg VO 12/12h por 5-7 dias ● Fase tardia: Penicilina cristalina, Penicilina G cristalina, Ampicilina, Ceftriaxona ou Cefotaxima. - penicilina cristalina 1,5 milhões de UI IV de 6/6h; ou ceftriaxone 1-2 g IV a cada 24 horas. ● para síndrome de Weil: as medidas de suporte são fundamentais incluindo a hidratação venosa para reposição da volemia, a reposição de potássio quando necessária, o acompanhamento da função renal, com a possibilidade de diálise precoce na IRA oligúrica, manejo de hemorragias com transfusão de hemoderivados e observação do estresse http://www.saude.gov.br/lupus http://www.saude.gov.br/lupus Ayall� Thamar� Tutori�| MOD3 |P4| Medicin� pulmonar, entrando com ventilação mecânica em caso de SARA grave. ● a quimioprofilaxia como medida de prevenção não é indicada pelo Ministério da Saúde H�pital�açã� imediat� e� cas� d� sinai� d� alert� Minist�rio da Sa�de (saude.gov.br) A portaria 1823 de 23 de agosto de 2012 institui a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora. Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora — Português (Brasil) (www.gov.br) Política_Nac_Saúde_Trabalhador_Trabalhadora.i ndd (saude.ms.gov.br) ● tem como finalidade definir os princípios, as diretrizes e as estratégiasa serem observados pelas três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), para o desenvolvimento da atenção integral à saúde do trabalhador, com ênfase na vigilância, visando a promoção e a proteção da saúde dos trabalhadores e a redução da morbimortalidade decorrente dos modelos de desenvolvimento e dos processos produtivos. ● Todos os trabalhadores, homens e mulheres, independentemente de sua localização, urbana ou rural, de sua forma de inserção no mercado de trabalho, formal ou informal, de seu vínculo empregatício, público ou privado, assalariado, autônomo, avulso, temporário, cooperativados, aprendiz, estagiário, doméstico, aposentado ou desempregado são sujeitos desta Política. PRINCÍPIOS E DIRETRIZES ➢ universalidade; ➢ integralidade; ➢ participação da comunidade, dos trabalhadores e do controle social; ➢ descentralização; ➢ hierarquização; ➢ equidade; e ➢ precaução Considerar articulaçã� entr�: ● as ações individuais, de assistência e de recuperação dos agravos, com ações coletivas, de promoção, de prevenção, de vigilância dos ambientes, processos e atividades de trabalho, e de intervenção sobre os fatores determinantes da saúde dos trabalhadores; ● as ações de planejamento e avaliação com as práticas de saúde; e ● o conhecimento técnico e os saberes, experiências e subjetividade dos trabalhadores e destes com as respectivas práticas institucionais. A Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora deverá contemplar todos os trabalhadores priorizando, entretanto, pessoas e grupos em situação de maior vulnerabilidade, como aqueles inseridos em atividades ou em relações informais e precárias de trabalho, em atividades de maior risco para a saúde, submetidos a formas nocivas de discriminação, ou ao trabalho infantil, na perspectiva de superar desigualdades sociais e de saúde e de buscar a equidade na atenção. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt1823_23_08_2012.html https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/svs/saude-do-trabalhador/pnst https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/svs/saude-do-trabalhador/pnst http://www.gov.br https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/svs/saude-do-trabalhador/pnst http://www.vs.saude.ms.gov.br/wp-content/uploads/2017/03/Cartilha-Pol_Nac_Sa%C3%BAde_Trab_FINAL_A.pdf http://www.vs.saude.ms.gov.br/wp-content/uploads/2017/03/Cartilha-Pol_Nac_Sa%C3%BAde_Trab_FINAL_A.pdf Ayall� Thamar� Tutori�| MOD3 |P4| Medicin� OBJETIVOS ➢ fortalecer a Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT) e a integração com os demais componentes da Vigilância em Saúde, ➢ promover a saúde e ambientes e processos de trabalhos saudáveis; ➢ garantir a integralidade na atenção à saúde do trabalhador, que pressupõe a inserção de ações de saúde do trabalhador em todas as instâncias e pontos da Rede de Atenção à Saúde do SUS, mediante articulação e construção conjunta de protocolos, linhas de cuidado e matriciamento da saúde do trabalhador na assistência e nas estratégias e dispositivos de organização e fluxos da rede. ➢ ampliar o entendimento de que de que a saúde do trabalhador deve ser concebida como uma ação transversal, devendo a relação saúde-trabalho ser identificada em todos os pontos e instâncias da rede de atenção; ➢ incorporar a categoria trabalho como determinante do processo saúde-doença dos indivíduos e da coletividade, incluindo-a nas análises de situação de saúde e nas ações de promoção em saúde; ➢ assegurar que a identificação da situação do trabalho dos usuários seja considerada nas ações e serviços de saúde do SUS e que a atividade de trabalho realizada pelas pessoas, com as suas possíveis conseqüências para a saúde, seja considerada no momento de cada intervenção em saúde; e ➢ assegurar a qualidade da atenção à saúde do trabalhador usuário do SUS. ESTRATÉGIAS ➢ Integração da Vigilância em Saúde do Trabalhador com os demais componentes da Vigilância em Saúde e com a Atenção Primária em Saúde. ➢ análise do perfil produtivo e da situação de saúde dos trabalhadores. ➢ estruturação da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST) no contexto da Rede de Atenção à Saúde. ➢ fortalecimento e ampliação da articulação intersetoriaL ➢ estímulo à participação da comunidade, dos trabalhadores e do controle social. ➢ desenvolvimento e capacitação de recursos humanos. ➢ apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas.
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