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Programa de Pós-Graduação Lato Sensu Especialização em Gestão em Administração Pública campus Pírai Bruno Dutra Freire AD2 – Planejamento Estratégico Governamental - 16/07/2016. Pírai, RJ 2016 Questão 1 Procure diferenciar o método de Planejamento Estratégico Situacional (PES) dos métodos tradicionais de planejamento estratégico. Nesse processo, apresente o significado do termo “planejar”. Planejar é uma tarefa inerente de qualquer ser humano para a realização de tarefas, buscando informações e estabelecer planos. Todo gestor público deve ter em mente a importância de realizar planejamentos para adoção de políticas públicas pois a tomada de decisões no ambiente político é de alta complexidade. Segundo Dagnino (2012), planejar implica em identificar e disponibilizar os meios necessários para a ação, os diversos recursos necessários, poder político, conhecimento, capacidades organizativas, equipamentos e tecnologia e também, mas nem sempre, recursos econômico-financeiros Para Maximiano (2006), o processo de planejamento estratégico, compreende desde a tomada de decisão sobre qual o padrão de comportamento que a organização pretende seguir até os produtos e serviços que pretende oferecer, e mercados e clientes que pretende atingir. O Planejamento Estratégico Situacional (PES) e os métodos tradicionais apresentam importantes diferenças. Uma característica chave é que o PES é uma metodologia inovadora e de exclusividade do setor público. Segundo Sobreira Neto et al (2006), o PES apresenta as seguintes características como: · Não diferencia o sujeito do objeto · Demostra que não existe uma verdade absoluta para explicar a situação e várias verdades podem ser aceitas. · O poder é escasso. · O plano refere-se a problemas quase estruturados. Segundo Sobreira Neto et al (2006), já o Planejamento estratégico possui como características: · O sujeito é diferenciado do objeto. · Não pode haver mais de uma situação verdadeira. · O poder não é escasso. · Os problemas a que se refere o plano são bem estruturados e de solução conhecida. Questão 2 Apresente o Triângulo do Governo e como o seu funcionamento influencia o sucesso da aplicação do PES. O Triângulo do Governo apresenta uma importante relação com a governabilidade. Para o gestor público entender as variáveis que compõem este triângulo são de vital importância para implementação de políticas públicas e um passo importante da implementação do Planejamento Estratégico Situacional. O triângulo do governo é formado pelo projeto de governo, o apoio político e a capacidade de governo. Podemos caracterizar o projeto de governo como um conjunto de objetivos e metas estabelecidos pelo governo eleito para atender as demandas da parcela da sociedade que elegeu o grupo político. O Projeto político tem uma relação inversamente proporcional com a governabilidade na medida que pretende alterar a situação vigente. Projetos que não pretendem mudar o status quo não irão requerer uma alta governabilidade pois não enfrentaram muita resistência dos grupos que desejam manter essa situação. Já projetos inovadores e transformadores de políticas públicas ou da estrutura do Estado exigem uma alta governabilidade para superar os obstáculos e resistências de sua implementação. Já o apoio político pode ser caracterizado pelos inputs fornecidos pela parte da sociedade que elegeu o governante. Este apoio que começa alto no início do governo e pode ir diminuindo caso a sociedade entenda que suas demandas não estão sendo atendidas. Este ponto demostra a relação diretamente proporcional entre a governabilidade e o apoio político. A capacidade de governo pode ser definida como o conjunto de habilidades e competências que o governante e sua equipe possuem para administrarem os recursos orçamentários, humanos e políticos para viabilizarem o seu projeto de governo. Segundo Correa et al (2007), quanto mais variáveis decisivas um ator controla, maior sua liberdade de ação e, por conseguinte, a governabilidade do sistema. A eficácia do planejamento estará diretamente ligada à compreensão deste ponto. Questão 3 Descreva como aplicar os métodos de Diagnóstico de Situações e Planejamento de Situações e como esses métodos se inserem nos 4 momentos da Gestão Estratégica. A metodologia de planejamento de situações (MPS) é um elemento central para implementação do Planejamento Estratégico Governamental (PEG) numa instituição pública. O MPS pode ser caracterizado como um conjunto de estratégias que tem como objetivo alterar o status quo daquela instituição e atuar nos ambientes socioeconômicos e políticos. Já o Método de Diagnostico de Situações (MDS) é um elemento que buscar efetuar a transição do estado atual para o estado de implementação do PEG pela instituição pública aproximando a mesma dos conceitos necessários para a implementação do PEG. O MDS apresenta um elemento-chave que é a formulação da árvore de problemas e através dela é possível identificar o conjunto de nós críticos e como afetam o problema a ser solucionado. Um elemento chave desse diagnóstico é a elaboração de um mapa cognitivo de uma determinada situação-problema. Essa elaboração irá auxiliar no entendimento dos problemas que afetam a sociedade e permitir que o gestor público através do PEG possa instituir políticas públicas valorizadas pela sociedade. Esses dois métodos influenciam a gestão estratégica e afetam a mesma nos 4 momentos: O primeiro seria o diagnóstico onde se busca entender a realidade da instituição (como ela é) e o que é possível mudar (como deve ser). O segundo seria na formulação onde se elabora um plano para que esta realidade futura e desejada seja alcançada. Um terceiro momento seria elabora uma estratégia com objetivo de implementar este plano, verificar sua viabilidade e como deve ser executado. Um quarto momento seria a operação desse plano, efetivamente buscando a mudança da realidade e posteriormente avaliando e monitorando essa operação. Tanto o diagnostico como planejamento são elementos importantes. Segundo Dagnino (2012), a formulação correta de um problema é condição essencial para seu equacionamento. Bibliografia: CORREA, Hamilton Luiz; HOURNEAUX JUNIOR, Flávio; SOBREIRA NETO, Francisco; SOUZA, Antônia Egídia; A evolução da aplicação do planejamento estratégico situacional na administração pública municipal brasileira: o caso Santo André. Gestão & Regionalidade, v.23, n. 67, 2007. Disponível em: http://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_gestao/article/view/71. Acessado em: 15 de julho de 2016. DAGNINO, Renato Peixoto. Planejamento Estratégico Governamental – 2ª Edição, Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração / UFSC; 2012. MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Introdução à Administração. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2006. SOBREIRA NETO, Francisco; HOURNEAUX JUNIOR, Flávio; POLO, Edison Fernandes. Adoção do modelo de planejamento estratégico situacional no setor público brasileiro: estudo de caso. Organizações & Sociedade, v.13, n. 39, p. 149-165, 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1984-92302006000400009&script=sci_arttext&tlng=pt. Acessado em: 15 de julho de 2016.
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