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Traumas pediátricos

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A PREEMINÊNCIA DOS TRAUMAS EXTERNOS NA INFÂNCIA E OS 
PARADIGMAS DOS CUIDADOS DE ENFERMAGE 
 
 
 
RESUMO 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 
2. OBJETIVOS .................................................................................................................. 
3. LEVANTAMENTO LITERÁRIO 
............................................................................... 
3.1. Quadro Sinóptico.............................................................................................. 
4. RESULTADOS .............................................................................................................. 
4.1. Análise Epidemiológica .................................................................................... 
4.2. Fisiopatologia .................................................................................................... 
4.3. Condutas Iniciais Em Atendimento A Traumas 
Pediátricos........................................................................................................... 
4.4. Medidas preventivas e estratégias de promoção em relação à traumas 
pediátricos .......................................................................................................... 
4.5. Tabela 1_ Principais fatores de risco/situações de risco, medidas de 
prevenção e condutas diante de um trauma pediátrico.................................. 
5. CONCLUSÃO ……………………………………...……………………………….... 
6. REFERÊNCIAS …………………………………………………………………….... 
 
 
 
 RESUMO 
O presente documento é uma revisão bibliográfica que parte da compreensão da preeminência de traumas 
pediátricos e os paradigmas do cuidado de enfermagem. O trauma está relacionado a acontecimentos 
indesejáveis, que produzem lesões ou danos físicos. No contexto infantil, o trauma é uma problemática cada 
vez mais frequente no cotidiano dos serviços de urgência e emergência. Estima-se que todos os anos 
morrem no mundo cerca de um milhão de crianças vítimas de acidentes, dos quais 90% são resultantes de 
lesões não intencionais. Dessa forma, o objetivo deste conteúdo é abordar as medidas de prevenção e 
estratégias de promoção à saúde, além de ampliar o conhecimento e compreensão sobre traumas na 
infância, direcionar estudantes da área da saúde ao foco no desenvolvimento profissional através de técnicas 
e métodos corretos para o atendimento de vítimas pediátricas com maior eficácia e qualidade. Tendo em 
conta esses aspectos, as informações demonstradas nesta revisão bibliográfica são de suma importância 
social, uma vez que os traumas infantis são possivelmente evitáveis e quando acontecem se torna 
indispensável até o mínimo de conhecimento prévio de primeiros socorros em atendimento a traumas infantis 
 
Descritores: Trauma Infantil; Epidemiologia, Prevenção de Acidentes, Urgência e Emergência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Introdução 
 A palavra trauma é de origem grega e possui significado de ferida, apresenta julgamentos 
relacionados a acontecimentos indesejáveis, que produzem lesões ou danos em conjunto de 
perturbações de agentes físicos, como etiologia e natureza diversificadas (SALVADOR et al., 2012). 
 No contexto infantil, o trauma é uma problemática cada vez mais frequente no cotidiano dos 
serviços de urgência e emergência em saúde, principalmente em crianças de 0-9 anos de idade, onde 
as maiorias dos traumas acontecem, com repercussão progressiva na última década, com altos 
índices de morbimortalidade (MIRANDA, et al., 2019). 
Todos os anos morrem no mundo cerca de 1 milhão de crianças vítimas de acidentes, dos 
quais 90% são resultantes de lesões não intencionais. Mais de 10 milhões dessas vítimas precisam de 
tratamento hospitalar devido a acidentes não fatais e muitas delas ficam com incapacidade física ou 
danos cerebrais (UNICEF, 2010). 
 Observa-se que dentre os principais acometimentos físicos por queda, segundo Fujiwara e 
Oliveira (2016) o trauma crânio encefálico (TCE) está presente em maior repercussão, sendo em sua 
maioria em nível leve, todavia requer um manejo diferenciado e rápido, pois pode trazer prejuízos 
secundários. 
 Ainda de acordo com a fala de Fujiwara e Oliveira (2016) a abordagem no trauma pediátrico 
requer um manejo diferenciado, pois possui singularidades que demandam conhecimento preciso, 
assertivo e em determinadas situações, uma interpretação sistêmica, pois possibilita assim, um 
socorro mais eficaz e efetivo. 
 Sendo alvo de apreensão de saúde pública mundial, denominada pela ONU em 1982, além 
das diretrizes que pudessem viabilizar formas de fomentar a proteção da criança, o protocolo de 
Suporte avançado de Vítima de Trauma (ATLS), sedimentou diretrizes de abordagem que tornou 
mais eficaz o cuidado com crianças vítimas de trauma físico, preconizando o ABCDE do trauma e 
posteriormente reformulou em 2012 na 9º edição, para o XABCDE (GARCIA, et al, .2020). 
Fundamentando-se na base de dados dos artigos pré-selecionados, é possível compreender 
que o conhecimento prévio das adversidades em acidentes infantis, exige um domínio amplo e 
complexo nos serviços de saúde, família e comunidade, pois se torna imprescindível o debate das 
 
 
principais causas e fatores de risco, melhorando assim a qualidade de vida, além do prognóstico da 
saúde infantil no que tange os acidentes externos. 
2. Objetivo da pesquisa 
 
Realizar uma revisão de literatura abordando o papel da enfermagem diante de determinados 
traumas pediátricos, a fim de promover o conhecimento, abordando conceitos, etiologias, 
incidências, técnicas, práticas e cuidados. Dessa forma, desenvolver o assunto proposto 
através de pesquisas baseadas em artigos científicos, possibilitando a ampliação do 
conhecimento e compreensão das informações citadas a cada trauma mencionado, 
direcionado aos estudantes da área da saúde o foco no entendimento e desenvolvimento 
profissional através de técnicas e métodos corretos para o atendimento das vítimas pediátricas 
com maior eficácia e qualidade. 
 
3. Levantamento Literário 
3.1. Quadro sinóptico para apresentação dos artigos utilizados sobre traumas pediátricos 
Título Autor/ Ano Metodologi
a/nível de 
evidência 
Periódico Resposta à questão 
norteadora 
Acidentes na 
infância: casuística 
de um serviço 
terciário em uma 
cidade de médio 
porte do Brasil 
 
 
GONÇALVES, 
Anderson César 
et al., 2019 
Estudo 
observacional, 
transversal, 
retrospectivo, 
descritivo e 
analítico 
Revista 
Colégio 
Brasileiro de 
Cirurgiões 
Os acidentes foram 
responsáveis por grande 
parcela dos atendimentos de 
urgência. A elevada taxa de 
pacientes com registros de 
acidentes prévios indica a 
exposição repetida destas 
crianças às situações de 
risco. 
Trauma pediátrico 
grave-Análise da 
prevalência em 
Hospital Terciário do 
Distrito Federal 
SILVA, Valéria 
Batista da., 2017 
Estudo 
epidemiológico 
exploratório 
descritivo, 
quantitativo, 
com 
delineamento 
transversal 
Repositório 
Institucional da 
UNB-FS 
Os resultados gerados e 
analisados possibilitaram 
conhecer as causas e 
desfechos dos agravos 
relacionados às crianças 
vítimas de trauma grave 
assistidas em hospital 
terciário. 
 
 
Nueva valoración 
inicial al paciente 
con trauma grave: 
del ABCDE al 
XABCDE 
MORENO 
GARCÍA, 
Beatriz et al., 
2020 
meta-análise e 
revisões 
sistemáticas 
Universidad de 
Salamanca 
Existem evidências 
científicas suficientes para 
determinar que, a sequência 
de ações que devem guiar a 
avaliação no tratamento 
primário a um paciente 
politraumatizado é o 
“XABCDE”. Embora seja 
descrito em sucessão, 
sempre que disponível 
pessoal qualificado, as fases 
serão avaliadas 
simultaneamente. 
Traumas na Infância: 
Análise 
Epidemiológica 
MIRANDA, 
Natália 
Figueiredo et al., 
2019 
Estudo 
retrospectivo e 
descritivoRevista Ciência 
e Estudos 
Acadêmicos de 
Medicina 
Levando em consideração 
os dados apresentados neste 
trabalho são de suma 
importância social, visto 
que traumas infantis são na 
grande maioria das vezes 
evitáveis e quando 
acontecem podem gerar 
sequelas à criança e sua 
família muitas vezes 
perdurando por toda a vida. 
Perfil 
epidemiológico dos 
traumatismos crânio 
encefálicos em um 
hospital pediátrico da 
Serra Catarinense 
SIMAS, L. I.P. 
de; MARQUES, 
F.M.; 
FRANCESCHI, 
J.; SOUZA, P. 
A. de., 2020 
Estudo 
retrospectivo, 
quantitativo e 
descritivo 
Universidade 
do Planalto 
Catarinense, 
Brasil. 
O perfil desses pacientes 
aponta para a necessidade 
de implantação de medidas 
de prevenção como a 
retirada dos fatores de risco 
e a elaboração de um 
protocolo mais atualizado 
de atendimento aos 
pacientes vítimas desse 
agravo. 
Principais 
dificuldades do 
Serviço de 
Atendimento Móvel 
de Urgência do 
Distrito Federal no 
atendimento inicial 
da criança 
traumatizada 
FUJIWARA, 
Maria Grazienni 
Castro Costa; 
OLIVEIRA, 
Wender Antônio, 
2016 
Estudo 
observacional, 
transversal, 
descritivo com 
abordagem 
quantitativa e 
prospectiva 
Revista de 
Saúde-RSF 
O principal fator de 
interferência durante o 
atendimento inicial é o 
familiar, pois a comoção e 
o sentimento de culpa 
transparecem em forma de 
agressividade e impaciência 
com os profissionais 
atuantes 
durante o evento. Estes 
profissionais também se 
julgaram inaptos para 
realizar este tipo de 
transporte o que podemos 
levar em consideração que 
se houver a necessidade de 
uma intervenção durante o 
trajeto, pouco poderá ser 
feito. 
 
 
 
 
4. Resultados 
4.1. Análise Epidemiológica 
Com base nos artigos estudados, constatou-se que os traumas infantis representam um 
problema mundial para o sistema de saúde pública. Destacando que, as lesões não intencionais são 
as maiores causas de morbidade e mortalidade na infância, correspondendo cerca de 25% das causas 
de morte entre crianças com faixa etária de cinco e nove anos. (GONÇALVES et al., 2019) 
Consoante aos dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da 
Saúde, no ano de 2015 foram 2.441 mortes de crianças de 0 a 14 anos, devido a causas acidentais. 
No mesmo ano de análise, 1.440 crianças e adolescentes até 14 anos morreram devido a acidentes de 
trânsito. 
No Brasil, os acidentes de trânsito e os afogamentos são as principais causas de mortalidade, 
seguidos por sufocação, queimaduras, quedas e intoxicações. (GONÇALVES et al., 2019). 
Diante de um estudo observacional, transversal, retrospectivo, descritivo e analítico realizado 
por Gonçalves e outros colaboradores (2019) nos dois serviços de urgência do complexo hospitalar 
do HC-FMB-UNESP em São Paulo, foi possível observar que, dentre 3.612 atendimentos médicos 
de urgência envolvendo crianças, no ano de 2016, novecentos e trinta e seis atendimentos estavam 
relacionados a acidentes. Destes, 588 (62,8%) ocorreram em pacientes do sexo masculino e 348 
(37,2%) em pacientes do sexo feminino. 
 Não obstante, pode-se correlacionar os dados apresentados ao estudo descritivo e 
retrospectivo realizado por Miranda e outros colaboradores (2019), tendo como base o tema 
“traumas na infância”, o qual aborda que dentre 543 prontuários de acidentes envolvendo crianças de 
zero até dez anos, sendo 305 do ano de 2013 e 238 do ano de 2014, apresentou também predomínio 
do sexo masculino (59,12%). 
Corroborando, Gonçalves e outros colaboradores (2019) descrevem que a faixa etária mais 
acometida pelos acidentes envolveu crianças com até cinco anos de idade. Já nos estudos realizados 
por Miranda e outros colaboradores, pode-se destacar que, os acidentes envolvendo menores de 12 
meses representou um percentual de 10,5% da amostra total, enquanto que crianças maiores de um 
ano de idade corresponderam a 89,5%, devido a um aumento da incidência proporcional à faixa 
etária. 
 
 
Durante a avaliação das causas no estudo realizado por Miranda e outros colaboradores, foi 
possível observar a maior incidência de traumas decorrentes aos acidentes de trânsito (74%) e 
quedas infantis (26%), as quais foram divididas em queda de plano elevado (15,5%) e queda de 
mesmo nível (10,5%). Vale salientar que, o afogamento/asfixia foi a principal causa de acidente nos 
bebês de até seis meses de idade e queda de plano elevado liderou em crianças de seis meses até um 
ano. Segundo o programa “Criança Segura”, uma organização não governamental, no Brasil a 
sufocação (asfixia), seja por brinquedos, alimentos pequenos, objetos macios ou até mesmo 
conteúdo gástrico, é a principal causa de morte acidental de bebês de até 1 ano de idade. 
No entanto, em 2018, 791 crianças de até 14 anos morrerem vítimas de sufocação, sendo que 
600 (75,85%) crianças possuíam uma idade inferior a um ano de idade. Destaca-se que, crianças 
menores de quatro anos estão mais susceptíveis a sufocações e engasgamento. (CRIANÇA 
SEGURA, 2018) 
 
Averígua-se que, os afogamentos são a segunda causa de morte no país por motivos 
acidentais, entre crianças de 0 a 14 anos de idade, tendo em média 2,3 óbitos por dia. Vale salientar 
que, os números de mortalidade em crianças frente a esse acidente é alto, mas o índice de ocorrência 
e hospitalização acerca dos afogamentos é de baixo percentual. (CRIANÇA SEGURA, 2018) 
Nota-se que, diante de um estudo multicêntrico e prospectivo com 846 pacientes de 3 a 16 
anos atendidos após acidente de bicicleta foi possível identificar o TCE como principal causa de 
admissão, sendo que 77,9% não faziam uso de capacete e 72,9% eram do sexo masculino. 
(PACHECO et al., 2014). Conforme um estudo de coorte, realizado por Guerra e outros 
colaboradores (2010), foi possível analisar 132 crianças que receberam monitorização da PIC 
(pressão intracraniana) decorrente de um quadro de traumatismo crânio encefálico, sendo os 
acidentes de trânsito o principal mecanismo de trauma. Ademais, a maior parte dos pacientes dessa 
amostra apresentava múltiplas lesões intracranianas. 
Em um estudo de pesquisa de campo e documental em prontuários, foram analisados 50 
prontuários de crianças na primeira infância com registros de internação no setor de pediatria do 
HUV no período de Julho a Setembro de 2018. Nesse linear, em relação aos tipos de acidentes, a 
amostra demonstrou que 68% das internações foram devido à queda com o diagnóstico de TCE 
(traumatismo crânio encefálico), 10% queimadura 2°grau, 10% ingestão de corpo estranho, 6% 
asfixia, 4% picada de escorpião e 2% intoxicação exógena. (SIMAS et al. 2019). Somando-se ao 
exposto, Matsubara e outros colaboradores (2018) em um estudo retrospectivo, discorrem que o TCE 
 
 
em crianças com faixa etária inferior a 5 anos está relacionado a um mau prognóstico, o qual requer 
acompanhamento e monitorização frequente da equipe de saúde com o paciente. 
No estudo integrativo realizado por Gonçalves e outros colaboradores (2019), a queda 
representou 95,65% como mecanismo de trauma, principalmente em crianças com idade inferior a 
três anos, enquanto que, 6,45% foram decorrentes de acidentes de trânsito. Além disso, o Ministério 
da Saúde esclarece que, as quedas são os acidentes que mais causam internações. Já em segundo 
lugar, está as queimaduras, um trauma altamente doloroso e traumatizante para a criança. 
No Brasil, a maioria dos acidentes envolvendo queimaduras ocorre em ambiente domiciliar, 
sendo aproximadamente 50% das ocorrências acomete as crianças. (CARNEIRO et al., 2020) 
Consoante um estudo descritivo, retrospectivo e transversal realizado no hospital infantil da Serra 
Catarinense, no período de 2013 a dezembro de 2018, foi possível averiguar que 78 pacientes foram 
vítimas de queimaduras, na faixa etária de 0 a 15 anos, tendo um predomínio de crianças menores de 
5 anos (72%) e indivíduos do sexo masculino (60,3%). 
Dando continuidade aos dados referentes aostraumas pediátricos, denota-se que, os 
afogamentos são a segunda causa de morte no país por motivos acidentais, entre crianças de 0 a 14 
anos de idade, tendo em média 2,3 óbitos por dia. Vale salientar que, os números de mortalidade em 
crianças frente a esse acidente é alto, mas o índice de ocorrência e hospitalização acerca dos 
afogamentos é de baixo percentual. (CRIANÇA SEGURA, 2018) 
Os acidentes são a principal causa de morte de crianças com até 14 anos no Brasil. Nesse 
limiar, mais de 3.000 meninas e meninos morrem por esse motivo e outras 112 mil crianças ficam 
hospitalizadas em estado grave. Concomitantemente, após a avaliação dos aspectos relacionados aos 
principais tipos de acidentes e os agentes envolvidos, é de suma importância a implementação de 
propostas de prevenção, a fim de amenizar os traumas pediátricos e os seus possíveis agravos. 
 
 4.2. Fisiopatologia 
Diante da sociedade contemporânea, pode-se destacar que, a principal etiologia responsável 
por inúmeras mortes e sequelas na infância está associada aos traumas pediátricos. O qual em 
relação à morbidade e mortalidade ultrapassa todas as principais doenças em crianças e adolescentes. 
Nesse cenário, observa-se um grande problema na saúde pública e no atendimento a esses 
indivíduos. (ATLS, 2018, p.188) 
 
 
Consoante aos princípios do Advanced trauma Life Support (ATLS, 2018)), o atendimento à 
criança traumatizada tem impacto significativo na sobrevida final. Dessa forma, cabe aos 
profissionais de saúde, em especial os enfermeiros, ter a habilidade e conhecimento teórico-prático 
para garantir um atendimento adequado, com a finalidade de amenizar os riscos que ameaçam a vida 
do paciente. Para isso, é de suma importância que o profissional tenha o domínio dos mecanismos 
fisiopatológicos e anatômicos, sabendo proceder com as condutas adequadas frente a um trauma 
pediátrico. (ANTUNES, et al. 2017) 
 
De acordo com o Prehospital Trauma Life Support (PHTLS, 2020), as três maiores causas de 
morte imediata em crianças são a hipóxia, as hemorragias e os traumas significativos no sistema 
nervoso central (SNC). A diminuição na oxigenação merece atenção, pois a criança pode apresentar 
alterações significativas do nível de consciência. Dando prosseguimento, a maior parte das lesões 
pediátricas não causa exsanguinação imediata. Todavia, as crianças com lesões que provocam 
grande perda sanguínea, frequentemente, veem a óbito, sendo essas fatalidades decorrentes de 
múltiplos ferimentos de órgãos internos, com pelo menos um ferimento significativo causando a 
perda aguda de sangue. Destaca-se que, esse sangramento pode ser discreto, por exemplo, simples 
laceração ou contusão, ou pode ser uma hemorragia letal, como a ruptura do baço, a laceração do 
fígado ou avulsão renal. Deve-se ressaltar que, as crianças possuem uma melhor capacidade de 
compensar a perda de volume por mais tempo do que os adultos, mas quando descompensam, elas 
deterioram, de forma rápida e grave. 
 
 Paralelamente, as alterações fisiopatológicas decorrentes de um trauma do SNC iniciam-se 
em minutos. Embora algumas lesões no sistema nervoso central sejam letais na maior parte dos 
casos, averígua-se que, muitas crianças com lesões neurológicas graves evoluem para uma 
recuperação completa e funcional, desde que, a reanimação precoce e adequada seja primordial no 
atendimento inicial, com a finalidade de assegurar o aumento da sobrevida da criança traumatizada. 
(PHTLS, 2020) 
 
O trauma automobilístico é responsável por uma das principais causas de morte de crianças 
em todas as idades, seja como ocupante do veículo, pedestre ou ciclista. (ATLS, 2018, p. 188) 
De acordo com o programa “Criança Segura”, a população infantil está mais suscetível a 
acidentes de trânsito, pois possuem corpos mais frágeis e que ainda estão em desenvolvimento. Além 
disso, as crianças apresentam certa dificuldade em enxergar por cima dos carros estacionados, 
 
 
devido à baixa estatura. Ademais, o campo de visão é mais estreito em comparação com o dos 
adultos, dificultando visualizar quando um carro está se aproximando. 
Em síntese, a criança apresenta uma menor massa corpórea. Por isso, diante de um acidente 
automobilístico, o impacto da energia exercida seja por paralamas, para-choques e/ou de quedas, 
resulta em uma maior força aplicada por unidade de área corporal. Salienta-se que, essa energia mais 
intensa é transmitida para um corpo com menor percentual de gordura e tecido conjuntivo e maior 
proximidade entre os órgãos. Concomitantemente, esses aspectos justificam a alta incidência de 
lesões múltiplas avaliadas na população pediátrica. (ATLS, 2018, p. 189) 
Pode-se destacar que, a cabeça é proporcionalmente maior em crianças mais novas, 
ocasionando alta incidência de lesões cerebrais contusas. (ATLS, 2014, p. 248) Paralelamente, nos 
acidentes de trânsito envolvendo crianças se destacam os traumas cranioencefálico (TCE), trauma 
raquimedular, toracoabdominal e traumas ortopédicos. (PIRES apud PIRES et al. 2019) 
A obstrução de vias aéreas por corpo estranho (OVACE), conhecida popularmente como 
engasgo, ocorre principalmente pela falha no reflexo de fechamento da laringe, controle inadequado 
da deglutição e aspiração de objetos. (JONGE, et al. 2020) 
Nesse contexto, o engasgo/OVACE trata-se de um evento causado pela oclusão parcial ou 
completa da passagem de ar entre as vias aéreas superiores e a traqueia por um corpo estranho, o 
qual pode ser um alimento, moeda, balão ou brinquedo. (COSTA, et al. 2020) 
Conforme o programa “Criança Segura”, indivíduos menores de quatro anos estão mais 
propensos a sufocação e engasgamentos, porque suas vias aéreas superiores são pequenas e, nessa 
fase, têm a tendência natural de colocar objetos na boca e pouca experiência em mastigar e engolir. 
A sufocação ocorre quando há cobertura total ou parcial do nariz e/ou da boca do indivíduo, 
resultando em quadro dispneico que pode evoluir para uma apneia. 
 Em consonância com a Sociedade de Pediatria de São Paulo, a cavidade bucal do lactente 
tem uma menor distância entre os dentes incisivos e a base da língua, a qual aumenta com o 
desenvolvimento da face. Nesse linear, destaca-se que, as crianças apresentam uma frequência 
respiratória mais alta (30 a 60 irpm), a qual faz com que os alimentos lisos e escorregadios, por 
exemplo, sementes de uva e amendoim, deslizam com maior facilidade para a laringe, provocando 
uma broncoaspiração ou asfixia. 
 
 
No âmbito de traumas pediátricos, pode-se abordar também o afogamento, o qual é 
responsável pela segunda maior causa de morte e a sétima de hospitalização em crianças, no Brasil. 
No entanto, o afogamento se dá pelo comprometimento respiratório à medida que as vias 
respiratórias se colocam abaixo da superfície do líquido, denominado como submersão, ou por meio 
de respingos de água no rosto, conhecido como imersão. (CRIANÇA SEGURA, 2018; VAN 
BEECK apud FREITAS et al. 2020) 
Conforme David Szpilman (2017), quando um indivíduo está com dificuldades na água e não 
é possível manter as vias aéreas livres, a água que entra na boca pode ser aspirada para o sistema 
respiratório, ocorrendo então, uma resposta reflexa, a tosse. Portanto, é de suma importância, realizar 
o resgate da criança no meio inserido o mais rápido possível, pois a aspiração de água pode levar a 
hipoxemia, que em segundos/minutos o indivíduo irá apresentar perda de consciência e apnéia. Em 
continuidade, a taquicardia agrava a bradicardia, a criança irá apresentar uma atividade elétrica sem 
pulso, e evoluir para uma assistolia. Pode-se acrescentar que, a água presente nos alvéolos provoca a 
inativação do surfactante, não obstante, o efeito osmótico na membrana alvéolo-capilar rompe em 
parte a sua integridade, aumenta a sua permeabilidade e por consequência provoca a sua disfunção. 
Em síntese, dando sequência as diretrizes de Ressuscitação (2017),é possível denotar que, a 
alteração na membrana alveolar-capilar se traduz em edema pulmonar, o qual é responsável pela 
diminuição, principalmente, da troca de oxigênio e pouco afeta a troca de gás carbônico. Dessa 
forma, é imprescindível que a criança seja resgatada imediatamente, pois o prognóstico do indivíduo 
está diretamente relacionado com a quantidade de líquido aspirado, temperatura da água, tempo de 
submersão e o modo de realização do atendimento inicial. (KATAYAMA & ZAMATRO apud 
FREITAS et al. 2020) 
No contexto pediátrico, visa-se destacar também as queimaduras, as quais são lesões 
decorrentes de agentes que geram um calor excessivo, causando danos aos tecidos do corpo e, 
consequentemente, a morte celular. (BRASIL apud FREITAS et al 2020) 
É de extrema importância, o profissional de saúde ter o discernimento ao realizar o 
atendimento inicial à criança com queimaduras. Deve-se avaliar a lesão, a profundidade, o causador, 
sua extensão, local e outros fatores relacionados. (SHAD apud FREITAS et al 2020) 
Quando ocorre uma queimadura, é perceptível destacar que, haverá uma intensa resposta 
metabólica, sendo maior que em outros traumas e lesões. No entanto, o corpo perde grande 
quantidade de fluidos, ocasionando a desidratação. Contudo, haverá a liberação de diversos 
 
 
mediadores químicos, os quais aumentam a permeabilidade vascular. Com isso, há formação de 
edema, o qual é formado também em tecidos que não foram queimados, devido à perda de proteínas 
oriunda da queimadura. Observa-se que, a criança irá apresentar uma queda na pressão arterial 
sistêmica (PAS), diminuição do débito cardíaco (DE) e débito urinário (DU), declínio da 
temperatura corporal e baixo consumo de oxigênio. Todos esses parâmetros estão interligados com 
as perdas excessivas de líquidos, o que leva à hipoperfusão, hipovolemia e acidose láctica. Ademais, 
o paciente pode apresentar um aumento da resistência à insulina, aumento do metabolismo e reações 
inflamatórias. (FREITAS et al 2020, p. 274) 
Dando prosseguimento à fisiopatologia dos traumas pediátricos, nota-se que, as quedas são a 
principal causa de internação por motivos acidentais de crianças e adolescentes. As crianças 
aprendem a ficar de pé, caminhar, correr e pular, e o cair faz parte do desenvolvimento infantil, pois 
esses indivíduos ainda estão em formação, principalmente, em relação à coordenação motora. A 
maioria dos “tombos” tem consequências pequenas, por exemplo, um ferimento, uma escoriação do 
joelho ou um hematoma subgaleal, conhecido como “galo” na cabeça. Mas, em contrapartida, 
algumas quedas podem causar sérias lesões na criança, e até mesmo vir a óbito. (CRIANÇA 
SEGURA, 2018) 
A priori as crianças apresentam um corpo mais frágil, órgãos internos em formação, o crânio 
não está completamente fechado e um tecido epitelial mais sensível. Além disso, as crianças 
possuem uma menor capacidade de absorver o impacto de uma queda. (CRIANÇA SEGURA, 2018) 
Segundo o ATLS (2018), uma criança pode apresentar múltiplas lesões decorrentes de um 
trauma. Nota-se que, em uma queda de altura de nível baixo, o indivíduo pode apresentar fraturas de 
MMSS (membros superiores). Ademais, o mesmo pode ter lesões de cabeça e pescoço, fraturas de 
MMII (membros inferiores) e MMSS, quando se trata de uma queda de nível médio. Já em uma 
queda de nível alto, o paciente pode apresentar múltiplos traumatismos, lesões de cabeça e pescoço, 
fraturas de MMSS e MMII. 
Nota-se que, o cérebro da criança é diferente do adulto, anatomicamente. Por volta dos seis 
meses de vida do lactente o tamanho do cérebro é duplicado e por volta dos dois anos de idade 
atinge 80% do tamanho do cérebro adulto. No entanto, o espaço subaracnóide é relativamente 
menor, oferecendo menos proteção ao cérebro devido à menor flutuabilidade. Dessa forma, é maior 
a probabilidade de lesão estrutural do parênquima cerebral. (ATLS, 2018, p. 202) 
 
 
Salienta-se que, o traumatismo cranioencefálico (TCE) ainda é uma causa importante de 
morbidade e mortalidade em crianças e está diretamente relacionado às quedas da própria altura, 
acidentes domésticos e acidentes automobilísticos. Contudo, o prognóstico neurológico destas 
crianças é determinado pela lesão inicial e pelos eventos fisiopatológicos secundários à injúria 
inicial. Logo após a ocorrência TCE, os mecanismos compensatórios são ativados na tentativa de 
manter o fluxo sanguíneo cerebral (FSC) e a pressão de perfusão cerebral (PPC), a qual depende da 
pressão intracraniana (PIC). (CLÍNICO, 2019) 
Por conseguinte, o resultado final de uma criança traumatizada está diretamente relacionado à 
qualidade do atendimento prestado nos primeiros instantes após a ocorrência de um trauma. 
Contudo, a melhor medida a ser feita para evitar morbidade desnecessária e impedir o 
negligenciamento de uma lesão fatal é realizar uma avaliação primária sistemática e coordenada. 
Diante do exposto, na primeira avaliação do paciente traumatizado, deve-se seguir a sequência 
inicial “XABCDE” do protocolo de atendimento do trauma: X – Exsanguinação; A – Aberturas de 
vias aéreas; B – Ventilação e respiração; C – Circulação com controle de Hemorragias; D – Exames 
Neurológicos; E – Exposição e controle de hipotermia. (PHTLS, 2020) 
 
4.3 Condutas iniciais em atendimento a traumas pediátricos 
As maiorias dos traumas considerados fatais em crianças poderiam evoluir com prognósticos 
diferentes se devidamente abordados logo nos primeiros instantes após o acidente, principalmente no 
que diz respeito à imobilização, assistência respiratória, controle imediato da hemorragia e 
encaminhamento da vítima para uma unidade de pronto atendimento. Dessa forma, é imprescindível 
que a equipe de saúde conheça os pontos fundamentais para um atendimento eficiente à criança 
traumatizada, entre estes pode-se destacar os primeiros socorros prestados à vítima e a habilidade da 
equipe na atuação interdisciplinar conjunta (SILVA, 2018) 
É essencial realizar uma avaliação completa e rápida. A primeira meta na avaliação é 
determinar a condição atual da criança através do estabelecimento inicial de uma impressão geral do 
seu estado respiratório, circulatório e neurológico. Em seguida, são rapidamente encontradas as 
condições com potencial risco de vida, e iniciam-se intervenção urgente e possível 
reanimação...(SILVA, 2018) 
 
 
Neste contexto é feita uma avaliação detalhada de lesões sem risco de vida ou lesões que 
comprometem algum membro através do exame físico, que inclui: Inspeção, que consiste em um 
exame visual minucioso que pode revelar escoriações, lacerações, distensão de veias do pescoço, 
desvio de traquéia, enfisema subcutâneo, ferimentos abertos em tórax, assimetria de expansão ou 
movimentação da parede torácica. É preciso estar atento à presença de cianose, pois é um sinal tardio 
de hipóxia. Palpação, que deve ser feita pesquisando a presença de pontos dolorosos, crepitação 
óssea, enfisema subcutâneo e segmento instável da parede torácica através do toque. Ausculta, 
avaliando o pescoço, os pulmões e o abdômen, verificando presença de sopros e frêmitos no trajeto 
das carótidas, alteração dos ruídos, presença ou ausência de murmúrios vesiculares, o volume 
inspirado e a simetria do fluxo de ar. Diminuição ou ausência de murmúrio vesicular em um lado do 
tórax da vítima de trauma pode indicar a presença de ar ou sangue no espaço pleural. Percussão, 
observando o tórax e o abdômen após o trauma com o objetivo verificar a presença de sons 
timpânicos ou de maciez. (PORTO, 2017) 
 O trauma leva com frequência a hipóxia tecidual, resultado de um ou mais fatores associados, 
como: queda do volume sanguíneo circulante; distúrbio na ventilação pulmonar; contusão pulmonar 
e alterações do espaço pleural. Desta forma, é indispensável a atenção da equipe para com a criança 
traumatizada, visto que os fatores mencionados podem levar a uma maiorgravidade do quadro 
clínico. (PORTO 2017) 
 A assistência de enfermagem à criança vítima de trauma se resume em uma avaliação total e 
imediata, numa sequência rápida em áreas vitais do corpo, avaliando o sistema respiratório, sua 
frequência e se está ocluído; a posição da traqueia ou se existe dificuldade para respirar; bem atentar 
para presença de cianose e evidências externas de lesão no tórax. Em seguida o sistema 
cardiovascular como pulso palpável em carótida, ritmo, pressão e perfusão, assim como também o 
sistema nervoso central evidenciado por sua capacidade verbal, habilidade motora, reação pupilar à 
luz considerando três formas de lesão cerebral: comoção (perturbação funcional reversível); 
contusão (substância cerebral atingida); compressão (hemorragias intracranianas). 
Após a avaliação que deve ser feita de maneira conjunta ao atendimento inicial, a 
enfermagem pode classificar a vítima de acordo com uma das três condições: paciente instável, 
quando há depressão do nível de consciência, insuficiência respiratória e sinais de choque; paciente 
potencialmente instável que possui anormalidades hemodinâmicas e respiratórias moderadas que 
produzem uma sensação de baixa gravidade, mas ainda assim apresenta risco; e estável, onde o 
paciente está relativamente bem do ponto de vista hemodinâmico e respiratório. (PORTO, 2017) 
 
 
Salienta-se a importância de conhecer e ter habilidade na avaliação primária e secundária a 
fim de atender adequadamente a criança, e na ausência de um médico poder preservar a vida da 
vítima identificando as necessidades de cada lesão com o intuito de determinar as prioridades da 
assistência, além de trabalhar intensamente na profilaxia destes traumas, agindo como educadores na 
prevenção de acidentes. (SILVA, 2018) 
 
 4.4 Medidas preventivas e estratégias de promoção em relação à traumas pediátricos 
Em conformidade com Waksman e Blank (2014) os determinantes socioambientais em saúde 
podem ser objetos de estudos que definirão medidas efetivas de prevenção. Dentre esses 
determinantes se destaca a falta de informação, fator econômico, desemprego, uso de drogas, 
alcoolismo, moradia precária, entre outras. 
Segundo este mesmo autor, pode-se considerar que uma parte significativa dos traumas 
infantis poderiam ser evitados através de medidas preventivas e de estratégias de promoção à saúde 
que proporcionem informações, treinamentos, instruções sobre a adesão de acessórios que oferecem 
proteção extra (principalmente em acidentes de trânsito onde a vítima é lançada para fora do veículo 
quando não há a utilização correta do cinto de segurança, cadeirinha e/ou assentos adequados para a 
idade da criança), propor regras e instruções aos pedestres, ciclistas e patinadores sobre os cuidados 
e medidas de segurança para circulação, além de contar também com a responsabilidade do 
motorista que conduz através das boas práticas e obedece às leis de trânsito, evitando dessa forma o 
crescimento do alto índice de atropelamentos. 
Uma das condicionantes aos cuidados e prevenção dos acidentes domésticos é o 
conhecimento dos pais de como proceder diante dos acidentes domésticos, estabelecendo assim 
formas de evitá-los. Pois em sua grande maioria, quando nos deparamos com um atendimento de 
trauma no ambiente doméstico, nota-se na maioria das vezes um despreparo dos primeiros socorros 
prestados, tornando assim maiores os danos e sequelas. Como quando utilizam insumos caseiros não 
indicados, deslocamento da vítima acarretando em uma maior gravidade do trauma, além de injúria 
física. Pois quando não é realizada uma inspeção semiológica precisa, contribui para evolução de 
maiores danos à criança (Durães, Toriyama e Maia 2012). 
A promoção à saúde na prevenção de traumas pediátricos embora seja de livre acesso a todas 
as pessoas por se tratar de um conteúdo informativo dirigido ao público leigo, é principalmente 
 
 
direcionada às crianças em idade escolar (especialmente as de seis a nove anos de idade), 
professores, pais, familiares e cuidadores, considerando que sua ampla difusão pode ser útil à saúde 
da população (PITOL, 2018, p.41). 
Para obter sucesso, as medidas de prevenção englobam todos os envolvidos diretamente com 
crianças e devem contar com a participação do governo local, além do apoio de outros setores e da 
sociedade nas estratégias de promoção. Pitol (apud LIAO & ROSSIGNOL, 2000; EHIRI & 
PROWSE, 1999; DELGADO et al., 2002; ONUBA). 
Além da educação parental, os profissionais da saúde devem ser capacitados para atuarem 
como agentes de promoção, implementando programas e estratégias de prevenção a traumas infantis, 
em adição à habilidade de reconhecer precocemente sinais de alerta, prevenindo assim o surgimento 
de agravos. (LOPES, Nahara RL; EISENSTEIN, Evelyn; WILLIAMS, Lúcia CA, 2013, p.431). 
Neste contexto, o papel do enfermeiro é de total relevância na prevenção de traumas infantis, 
pois por manterem um contato próximo com a família no acompanhamento do desenvolvimento das 
crianças, este possui também autonomia para realizar ações e orientações como as palestras 
educativas, seja no cuidado domiciliar, consultas de enfermagem inseridas nos programas de atenção 
à saúde da criança e adolescente bem como também nos atendimentos e tratamentos hospitalares. 
Souza e Barroso 1999, Souza, Rodrigues, Barroso 2000 (aput DA SILVA, Lorena Sabbadini; 
VALENTE, Geilsa Soraia Cavalcanti, 2011, pág.1988). 
A assistência prestada pelo enfermeiro deve ser completa e qualificada de forma a ampliar e 
complementar o conhecimento de todos os envolvidos com as crianças, proporcionando uma melhor 
qualidade de vida e completo desenvolvimento delas, isentando-as de fatores de risco facilmente 
elimináveis a partir do devido processo educativo (Passos DA, Santos WL). Como forma de ensinar 
e conscientizar as crianças a respeito de prevenção dos traumas, se faz necessário a utilização de 
estratégias mais didáticas e lúdicas, através de vídeos animados, canções e ilustrações, jogos e até 
mesmo brincadeiras com o objetivo de melhorar a compreensão. Sendo assim, a divulgação do 
material por mídias digitais, TV e rádios se mostra mais eficaz para alcançar o público adulto. 
Cabe situar que, diante do atendimento à criança traumatizada, as literaturas apontam o 
enfermeiro como um profissional capaz de intervir na promoção de cuidados e no tratamento dos 
vitimados, através de conhecimentos em saúde, capacidade e habilidade técnica em enfermagem 
(BERTONCELLO; CAVALCANTI; ILHA, 2013, BIASUZ; BÖECKEL, 2012). 
 
 
Portanto, no que tange a prevenção do “OVACE”, ou mais conhecido como engasgo, o 
enfermeiro tem um papel muito importante como educador e orientador, promovendo e 
disseminando conhecimento. Uma vez que nessa classe de trauma infantil a ocorrência é maior em 
crianças menores de um ano de idade, que muitas vezes acontece durante a amamentação e/ou outras 
vezes por ingestão de alimentos ou brinquedos (Passos DA, Santos WL). 
Como formas para prevenir o engasgamento de bebês em idade de amamentação, as 
estratégias por meio da educação em saúde, buscam contribuir para a ampliação do conhecimento 
das mães sobre temas relacionados ao momento pré e pós puerpério, tais como: amamentação, 
autocuidado e cuidados básicos ao recém-nascido. (SANTOS; SILVA; SILVA, 2013). 
Já em traumas considerados de grande especificidade como o TCE, o conhecimento da sua 
etiologia possibilita estabelecer estratégias de prevenção a nível das categorias primária e/ou 
secundária. A prevenção primária é a retirada dos fatores de risco que causam o TCE, enquanto que 
a prevenção secundária é minimizar os efeitos do mesmo, ambas as medidas estão descritas na tabela 
1. SIMAS; MARQUES; FRANCESCHI; SOUZA. (aput Papa et al., 2013). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 1_ Principais fatores de risco/situações de risco, medidas de prevenção e condutas diante deum trauma pediátrico. 
PRINCIPAIS 
SITUAÇÕES DE 
RISCO 
 
MEDIDAS DE PREVENÇÃO 
 
CONDUTAS 
 
 
 
 
 
ACIDENTE 
DOMÉSTICO 
 
 
 
 
 
QUEDA 
- Não deixar as crianças desacompanhadas em 
locais altos e sem proteção. 
- Instalar grades ou telas em locais altos e 
corrimão em escadas. 
- Supervisionar quando uma criança menor 
estiver no colo do irmão mais velho, sendo 
sempre importante ter um adulto por perto; 
- Manter fechado janelas e portas de acesso a 
varanda ou terraço; 
- Manter o ambiente, o qual a criança circula, 
com o chão seco e não fazer o uso de produtos 
que favorecem o seu escorregamento como 
ceras, plásticos e tapetes mal instalados. 
- No momento do banho, deve-se colocar um 
tapete antiderrapante e no caso de banheiras, não 
utilizá-la mais apenas sobre o suporte de metal. 
- Remover móveis que facilitem o acesso da 
criança a janelas. 
- Levar a criança para o 
hospital se for menor de 
2 anos ou caso apresentar 
convulsões, perda de 
consciência ou vômito. 
- Observar alterações no 
comportamento da 
criança (sono fora do 
comum e apatia), caso 
necessário procure 
atendimento médico. 
 
 
 
 
FERIMENTO 
- Remover móveis com bordas cortantes ou 
adicionar protetores de quina em material 
emborrachado. 
- Oferecer utensílios de plástico para as crianças. 
- Mantenha objetos cortantes fora do alcance das 
crianças. 
- Verifique sempre se não há brinquedos 
quebrados ou com pontas que possam ferir. 
-Ferimentos leves: lave o 
local lesionado com água 
e sabão, seque-o e 
mantenha a ferida aberta. 
- Ferimentos graves: pare 
o sangramento com 
panos limpos e leve ao 
atendimento hospitalar 
ou chame auxílio (192). 
 
 
 
 
 ACIDENTE DE 
 TRÂNSITO 
- Utilizar dispositivos de segurança (bebê conforto - até 1 ano / 
cadeirinha - de 1 a 4 anos / assento de elevação - de 4 a 7 anos / 
cinto de segurança - acima de 7 anos). 
- Não deixar as crianças desacompanhadas em locais com grande 
fluxo de carros. 
- Colocar nas crianças os acessórios de segurança durante o passeio 
de bicicleta, patins, skate e/ou similares, além de sempre 
supervisioná-las. 
- Crianças menores de 10 anos devem sentar apenas nos bancos 
traseiros dos veículos. 
-Respeitar as leis de trânsito. 
-Sinalizar a cena para 
evitar mais acidentes. 
-Não mover a vítima do 
local do acidente. 
-Manter a calma e ligar 
para o SAMU (192). 
 
 
 
 
 
AFOGAMENTO 
- Recomenda-se que as crianças iniciem aulas de natação a partir 
dos 4 anos de idade. 
 
- Supervisionar as crianças quando estiverem próximas ou dentro 
da água. 
 - Optar pelo uso de coletes salva-vidas, pois são acessórios mais 
seguros para evitar afogamento. 
- Ensinar as crianças que não devem fazer brincadeiras dentro ou 
perto da piscina, como afundar e empurrar um ao outro. 
- Não deixar brinquedos ou objetos dentro de piscinas para não 
chamar atenção das crianças. 
- Cobrir reservatórios de água, equipamentos para flutuação 
- Instalar portões apropriados para impedir o acesso de crianças à 
piscina. 
-O primeiro passo é 
retirar a vítima da água e 
mantê-la aquecida até a 
chegada de ajuda 
médica. 
- Caso ela esteja 
inconsciente, ligue para o 
192 ou 193 e siga as 
instruções. 
- Caso ela não esteja 
respirando, deite a vítima 
de barriga para cima em 
uma superfície reta e 
comece a reanimação 
Cardiopulmonar (RCP) 
até a chegada de uma 
equipe médica. 
 
 
 
ASFIXIA 
- Ofereça sempre alimentos cortados em pedaços pequenos para as 
crianças. 
- Estimule a criança a comer sempre sentada e a não falar com 
alimentos na boca 
-Ofertar para a criança brinquedos que são recomendados para a sua 
faixa etária. 
-Sempre inspecionar os brinquedos para identificar se não há peças 
soltas ou pedaços quebrados que possam ser engolidos. 
- Se houver irmão mais velho, fique atento se os brinquedos dele 
não são perigosos para o menor. 
- Mantenha a calma 
- Faça as Manobras de 
Heimlich para 
desengasgar a criança 
- Caso não saiba como 
agir, acione o 192 e siga 
as orientações 
- Acione o 192, se 
perceber que a criança 
não está conseguindo 
respirar ou se a 
respiração está limitada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUEIMADURA 
- Não deixar líquidos quentes e/ou inflamáveis ao alcance de 
crianças. 
 
- Virar cabos de panelas para a parte interna do fogão. 
 
- Testar a temperatura da água do banho antes de colocar a criança. 
 
- Testar a temperatura dos líquidos antes de oferecer à criança. 
 
- Não deixar o ferro de passar ao alcance da criança 
 
- Verificar se a cadeirinha do veículo e suas fivelas não estão 
quentes (devido a exposição ao sol) antes de colocar a criança. 
 
- Realizar manutenção periódica dos detectores de fumaça, padrões 
de segurança para acendedores. 
 
- Tampar tomadas e vedar fios desencapados. 
- Queimaduras leves e 
superficiais: lave com 
água corrente e 
mantenha a ferida limpa, 
seca e aberta 
 
- Queimaduras extensas 
e profundas: lave com 
água corrente e leve a 
criança para atendimento 
hospitalar 
ou chame o SAMU 
(192) 
 
Prevenção de Traumas em Crianças – Você precisa saber evitar. SBAIT (Sociedade Brasileira de 
Atendimento Integrado à Criança), em parceria com o CoBraLT (Comitê Brasileiro das Ligas de 
Trauma). 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Esta revisão bibliográfica permite concluir que, a faixa etária mais acometida nos traumas 
infantis envolveu crianças entre cinco a nove anos. Este dado é justificado pelo fato de que as 
crianças desta idade possuem pouco entendimento sobre possíveis perigos. Normalmente apresentam 
suas próprias ideias de interpretação do ambiente e pensamentos imaginários, fatores estes que 
contribuem para a ocorrência de diversos acidentes. 
Os dados apontados dos atendimentos em urgência e emergência a crianças vítimas de 
traumas, demonstram que os indivíduos de ambos os sexos estão expostos de igual maneira a 
eventuais danos físicos, sejam causados por acidentes domésticos, acidentes de trânsito, afogamento, 
asfixia/OVACE ou quedas. Entretanto, é importante notar que a maior parte dos pacientes desses 
atendimentos era do sexo masculino. Isso pode ser explicado pelo fato de que as brincadeiras 
praticadas pelos meninos, geralmente envolvem maior força física e velocidade. 
Em virtude dos fatos mencionados, foi possível observar que o significativo índice de vítimas 
de agravos por causas externas está relacionado a repetidas exposições às situações de perigo. E 
permitiu também perceber que a falta de conhecimento por parte dos responsáveis pelas crianças, na 
maioria das vezes influencia diretamente nesta incidência. 
 
 
Dessa forma, o principal objetivo da prevenção é desenvolver estratégias que minimizem este 
tipo de riscos. Em função disso, consideramos a importância de se realizar um levantamento 
periódico de dados a respeito dos traumas infantis, relacionando-os à elaboração de estratégias de 
promoção à saúde e medidas de prevenção que possam alcançar pais, familiares, educadores e a 
comunidade. 
Por conseguinte, compreende-se que é competência dos profissionais da saúde, em especial 
os enfermeiros, orientar aos envolvidos com as crianças através de práticas educativas, a fim de 
prevenir acidentes e estimular melhor qualidade de vida das crianças e seus familiares, uma vez que 
estes profissionais além de zelar pela vida também são educadores em saúde. 
Em situações de emergência, o enfermeiro administra a equipe de enfermagem e é 
responsável pela disponibilidade e qualidade dos recursos materiais que permitem à equipe trabalhar 
no atendimento de urgência. Como parte dessa organização, a função do enfermeiro de monitorar a 
criança e avaliá-la durante uma PCR é fundamental no atendimento emergencial, pois possibilita 
coleta de dados que permite evoluir com medidas eficientes de RCP. Além da manutenção da sala de 
emergência, o enfermeiro possui presença importante na atenção à criança, tendo um papel decisivo 
junto à equipe médica,contribuindo na realização de procedimentos de alta complexidade e 
garantindo atendimento eficaz às situações de risco iminente à vida. Nesse sentido, se faz necessário 
que esses profissionais sejam habilitados a atuarem com crianças vítimas de traumas, a fim de 
minimizar as dificuldades na avaliação inicial e garantir a exatidão do atendimento. 
Contudo, os dados permitem compreender que a prevenção de traumas deve ser contínua e 
requer a participação do governo local e da sociedade. Para obter sucesso nas medidas de prevenção, 
é imprescindível que as pessoas tenham oportunidade de fala e assumam uma participação social 
ativa, além de que as modificações de hábitos, readaptações de ambientes de convivência e outras 
atividades educativas de prevenção sejam discutidas com a comunidade. Tendo em conta esses 
aspectos, as informações demonstradas nesta revisão bibliográfica são de suma importância social, 
uma vez que os traumas infantis são possivelmente evitáveis e quando acontecem se torna 
indispensável até o mínimo de conhecimento prévio de primeiros socorros em atendimento a 
traumas infantis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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