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MÓDULO DE PROLIFERAÇÃO - PROBLEMA 2 - LEUCEMIA


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PROBLEMA 2
1- Diferenciar os tipos de leucemia (linfoide, mieloide, aguda e crônica) 
- Com relação ao tipo de célula acometida e a biologia celular da leucemia 
A medula óssea está presente na cavidade dos ossos, conhecida popularmente como "tutano". Ela é responsável pela produção das três séries que compõem o sangue: glóbulos vermelhos (hemácias, responsáveis pelo transporte de oxigênio no organismo), os glóbulos brancos (leucócitos, responsáveis pela defesa, imunidade do organismo) e as plaquetas (responsáveis, juntamente com os fatores de coagulação, pela coagulação do sangue). 
As leucemias são doenças clonais que envolvem células progenitoras da medula óssea. Podem ser classificadas em leucemias mielóides ou linfóides, a depender do acometimento clonal em células da linhagem mielóide (hemácias, leucócitos com exceção dos linfócitos e megacariócitos, que originarão as plaquetas) ou linfóide (linfócitos). Além disso, podem ser classificadas em agudas ou crônicas, a depender da velocidade de duplicação do clone neoplásico, ficando assim determinados os subtipos de leucemias: 1- Leucemia Mieloide Aguda; 2- Leucemia Linfoide Aguda; 3- Leucemia Mieloide Crônica; 4- Leucemia Linfoide Crônica
As leucemias agudas são caracterizadas por uma falha de maturação das células sanguíneas (glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas) geradas na medula óssea. Normalmente, elas se originam e amadurecem dentro da medula, um tecido gelatinoso localizado dentro dos ossos. Só quando se tornam adultas são liberadas na corrente sanguínea para exercer suas funções.
Com a leucemia aguda, ocorre uma quebra nesse ciclo de amadurecimento. A medula não consegue gerar células adultas e passa a produzir desordenadamente mais unidades celulares imaturas (blastos) para compensar essa falta, que não é efetiva. Isso agrava ainda mais o quadro, podendo levar a medula óssea ao colapso e a sua insuficiência.
Quando a medula atinge esse estágio, a queda de células sanguíneas disponíveis no sangue pode resultar em anemia e fraqueza devido à falta de hemácias (glóbulos vermelhos), recorrência de infecções por falta de glóbulos brancos e ocorrência de sangramentos e hemorragias relacionadas à diminuição do número de plaquetas. Esse processo pode ocorrer em semanas ou até em dias e, sem o tratamento rápido, há risco de morte. A esmagadora maioria dos casos de leucemias agudas não tem relação com as leucemias crônicas.
Já nas leucemias crônicas, as células amadurecem ao ponto de serem liberadas na corrente sanguínea. A questão é que isto acontece de modo exagerado. A maioria dos pacientes não apresenta sintomas. Muitas vezes, leucemias crônicas são descobertas acidentalmente por meio de hemogramas (exame de sangue) realizados por motivos completamente alheios à doença. Quando é detectado um número fora do normal de células sanguíneas, o paciente é encaminhado para um médico hematologista para verificar se é leucemia. Uma pessoa pode ser portadora da enfermidade durante anos sem percebê-la.
https://www.bp.org.br/artigo/qual-a-diferenca-entre-leucemias-aguda-e-cronica
 
Philadelphia 
O cromossomo Philadelphia, característico da LMC e de um subconjunto de leucemias linfoblásticas agudas de célula B, gera o exemplo prototípico de um rearranjo cromossômico que cria uma fusão codificadora de uma oncoproteína quimérica. Neste exemplo, as duas quebras de cromossomos estão dentro do cromossomo 9 do gene ABL e no gene BCR (região de agrupamento do ponto de quebra) no cromossomo 22. Avia não homóloga de união resultará em uma translocação recíproca que cria um gene de fusão BRC-ABL oncogênico no cromossomo derivado 22 (o chamado cromossomo Philadelphia) – ROBBINS
Embora bastante raro, o paciente com leucemia linfoide aguda pode apresentar o cromossomo Philadelphia (Ph+). Uma anormalidade no DNA que apenas 3% das crianças e 25% dos adultos apresentam este defeito genético.
Para entender melhor, os cromossomos das células humanas compreendem 22 pares (numerados de 1 a 22 e dois cromossomos sexuais), num total de 46 cromossomos. Este cromossomo anormal, o Ph+, se forma pela troca de material genético entre os cromossomos 9 e 22, levando à formação de um novo gene – o BCR-ABL.
De acordo com o Dr. Ronald Pallotta, onco-hematologista do Hospital Estadual Mário Covas, a LLA Ph+ permite uma abordagem mais específica no tratamento, que é inibir a proteína com função de tirosinoquinase, criada justamente pelo gene BCR-ABL, com medicamentos específicos. Hoje, são aprovados no Brasil três inibidores de tirosinoquinase: Imatinibe, Nilotinibe e Dasatinibe. https://revista.abrale.org.br/lla-tem-cura/ 
Essa atividade enzimática está envolvida com a regulação da proliferação celular. Dessa forma, quando há essa mutação genética, observamos a alteração nessa regulação, fazendo com que as células se proliferem desgovernadamente.
-Sinais e sintomas
Os sintomas mais frequentes são decorrentes do acúmulo de células defeituosas na medula óssea, prejudicando ou mesmo impedindo a produção normal das linhagens hematológicas: glóbulos vermelhos (causando anemia, que por sua vez causa fadiga e palpitação), dos glóbulos brancos (deixando o organismo mais sujeito a infecções) e das plaquetas (ocasionando sangramentos, principalmente em mucosas (gengivas e nariz), manchas roxas na pele (equimoses) ou pontos vermelhos sob a pele (petéquias). 
Além disso, os pacientes podem apresentar aumento de gânglios linfáticos, geralmente sem dor, principalmente na região do pescoço e das axilas; febre ou suores noturnos; perda de peso indesejada; desconforto abdominal (geralmente decorrente de aumento de fígado ou baço); dores nos ossos e nas articulações. Caso a doença acometa o Sistema Nervoso Central (SNC), podem surgir sintomas diversos, como cefaleia, náuseas, vômitos, distúrbios visuais, distúrbios motores e sensitivos, desorientação temporal e espacial. Após instalada, a doença progride rapidamente, aumentado os sinais e sintomas, exigindo rapidez no diagnóstico e tratamento adequado de acordo com o subtipo de leucemia. (OBPPS)
LMC: O quadro clínico da LMC é caracterizado por uma hiperplasia mieloide acompanhada de leucocitose, neutrofilia e basofilia. É muito comum também a presença de esplenomegalia, observada em mais de 80% dos casos. Na fase crônica, o paciente pode estar assintomático ou apresentar poucos sintomas. Quando os sintomas se manifestam, eles costumam aparecer sob a forma de fadiga, perda de peso, sudorese, febre e palidez, devido à anemia associada. Além disso, a maioria dos pacientes apresenta esplenomegalia importante. A intensidade dos sintomas está relacionada ao grau de leucocitose no sangue periférico, observado no hemograma, e à presença de organomegalias.
Na fase acelerada, observamos aumentada esplenomegalia e também da basofilia e da quantidade de blastos circulantes. Além disso, um fato muito importante que é observado e que marca a transição da fase crônica para a fase acelerada é o surgimento de resistência à terapêutica citorredutora, que é o tratamento utilizado inicialmente, como veremos à frente. Nessa fase, os pacientes ainda podem estar assintomáticos ou então começar a apresentar febre, sudorese noturna, perda ponderal e dores ósseas. 
Na crise blástica, observamos blastos maiores que 20% na medula óssea ou no sangue periférico. Nesse momento, é comum que o paciente manifeste febre, sudorese noturna, anorexia, perda ponderal acentuada e dores ósseas. Além disso, há piora na esplenomegalia e pode haver infiltração extramedular dos blastos, podendo acometer a pele, linfonodos, os ossos e o sistema nervoso central, causando sintomas. Uma vez atingi- da essa fase, a sobrevida sem tratamento adequado costuma ser de 3 a 6 meses.
LMA: O quadro clínico da LMA incluirá sintomas decorrentes da falência da medula óssea em produzir os ele- mentos sanguíneos. Assim, é comum observar quadros típicos de anemia, que incluem fadiga, palidez cutâneo-mucosa e fraqueza. O paciente também pode apresentar leucopenia, que faz com que haja predisposição a infecções e a quadrosde febre, tanto pela própria leucemia ou em decorrência dos quadros infecciosos. Por fim, os pacientes podem sofrer de sangramentos, com a ocorrência de hemorragias, epistaxe e o apareci- mento de petéquias. Esses sintomas se relacionam à gravidade da trombocitopenia encontrada no paciente. Além disso, os pacientes podem apresentar quadro de coagulação intravascular disseminado, sobre- tudo aqueles que possuem o subtipo M3 de LMA (leucemia promielocítica), que será descrita à frente. Pela infiltração de células anormais em tecidos, podemos encontrar nos pacientes com LMA casos de hepatomegalia, esplenomegalia, linfadenopatia, de hipertrofia de gengiva e de dor óssea, além da presença eventual de sarcomas granulocíticos (tumores extramedulares, localizados em ossos, no periósteo, em linfonodos, na pele e em tecidos moles). Alguns sintomas indicam o acometimento do sistema nervoso central. Entre eles, podemos observar a ocorrência de cefaleia, de convulsões e de alterações visuais.
LLC: A maioria dos pacientes com LLC é totalmente assintomática, sendo a doença eventualmente descoberta em exames de rotina, por achado de linfocitose importante em hemograma de rotina, o que leva a uma investigação mais apurada. Quando o paciente apresenta sinto- mas, os mais comuns de serem encontrados são: linfadenopatia generalizada, perda de peso e queixas de cansaço decorrente de anemia. A linfadenopatia caracteriza-se pela presença de pequenos linfonodos palpáveis (em alguns casos podem ser maiores), de consistência fibroelástica, móveis e indolores, sem sinais flogísticos. A presença de hepatomegalia é observada em cerca de 50% dos pacientes, assim como esplenomegalia não volumosa, isto é, o baço encontra-se apenas discretamente aumentado. Pode haver também infiltração leucêmica em outros órgãos, como nas tonsilas, nas meninges e na pele. Os pacientes com LLC cursam com anemia, porém raramente de grande intensidade. Pode haver quadro de surgimento de petéquias e equimoses devido à plaquetopenia, apesar de ser um cenário mais raro. Por fim, as infecções bacterianas, como pneumonias, são frequentes devido ao desequilíbrio da imunidade provocado pela produção de linfócitos anormais e à neutropenia frequentemente observada.
Os pacientes com LLC frequentemente apresentam quadros autoimunes associados. Cerca de 10 a 25% cursam com anemia hemolítica autoimune, 2% estão associados a quadros de trombocitopenia imune, 60% dos pacientes apresentam hipogamaglobulinemia e em 5% dos casos há hipergamaglobulinemia monoclonal.
LLA: O quadro clínico é aquele observado em situações de supressão da medula óssea, dessa vez, pela infiltração pelas células leucêmicas. Os pacientes possuirão anemia, apresentando palidez, fraqueza e cansaço, e podem apresentar hemorragias, principalmente na pele e em mucosas. Em 1/3 dos casos, há febre e sudorese noturna, associados ao não a quadro infeccioso. Além disso, os pacientes, sobretudo crianças, apresentam quadro de artralgia e dores ósseas, devido à distensão do periósteo sob a ação do infiltrado leucêmica. Em decorrência de infiltração ou de hemorragias no sistema nervoso central, o paciente pode ter confusão mental, cefaleia e compressão de nervos cranianos, sobretudo dos pares VI e VII. Esses sintomas também podem ser decorrentes da presença exagerada de blastos na circulação, chamada de síndrome de leucostase. Fora isso, podemos observar adenomegalias (presentes em 49% dos casos), hepatomegalia (em 35% das vezes), esplenomegalia (44%), presença de massa mediastinal, normalmente associada à proliferação de células T (15%) e leucemia testicular (em 0,3% dos pacientes). (SANAR)
-Diagnóstico 
O diagnóstico das leucemias se baseia em achados clínicos (astenia, infecções de repetição, sangramentos, manchas equimóticas), pesquisas laboratoriais (Hemograma, DHL, função hepática, função renal, coagulograma, ácido úrico, dosagem de eletrólitos), realização de exames de imagem (ecocardiograma, eletrocardiograma) e estudo de medula óssea.
Para diagnóstico correto e estratificação de risco, na leucemia mieloide aguda deve ser realizado estudo completo de medula óssea: mielograma, imunofenotipagem, cariótipo e, em alguns casos, é necessário estudo molecular (pesquisa de mutação FLT3 ITD, NPM1, CEBPA).
Na leucemia linfoide aguda, é necessário o estudo de medula óssea com Mielograma, imunofenotipagem, cariótipo e estudos moleculares (pesquisa de Cromossomo Philadelfia, Pesquisa de translocação envolvendo o locus 11q.23). Para este subtipo de leucemia, é imprescindível a avaliação do líquor (citologia, citoquímica, pesquisa de células neoplásicas e, se possível, imunofenotipagem), pois modifica a terapêutica e o prognóstico. 
Na leucemia mieloide crônica é necessária a pesquisa (qualitativa) de Cromossomo Philadelphia (p210) por PCR (que pode ser realizado em sangue periférico). Quando confirmada a presença desta translocação (conhecida como translocação BCR/ABL), deve-se proceder estudo de medula óssea com mielograma, cariótipo e PCR quantitativo para translocação BCR/ABL. 
O diagnóstico de Leucemia Linfocítica Crônica deve ser suspeitado quando o paciente apresenta linfocitose acima de 5000 no hemograma. O diagnóstico deve então ser confirmado por Imunofenotipagem em sangue periférico, não sendo, por definição, necessária a realização de mielograma e estudo medular. Clinicamente o paciente com LLC pode apresentar linfonodos palpáveis, além de astenia, aumento de baço, sintomas B (febre, sudorese noturna, perda de peso acima de 10% em 06 meses) e infecções de repetição.
Os exames utilizados para o diagnóstico de certeza são:
Hematoscopia: confirma a presença de blastos circulantes no sangue periférico.
Imunofenotipagem do sangue periférico: confirma o percentual de blastos e o fenótipo dos blastos, permitindo caracterizar o subtipo, de acordo com a presença de marcadores linfoides ou mieloides.
Mielograma: confirma o percentual de blastos na medula óssea além de permitir a avaliação de características displásicas nos diferentes setores hematopoiéticos.
Imunofenotipagem da medula óssea: confirma o percentual de blastos e o fenótipo dos blastos, permitindo a caracterização do subtipo celular.
Citogenética da medula óssea: a avaliação do cariótipo das células permite a pesquisa da presença de alterações cromossômicas estruturais e/ou numéricas que permitem a classificação e estratificação de risco, essenciais para avaliação prognóstica e para escolha terapêutica adequada.
FISH (fluorescence in situ hybridization) para determinadas alterações citogenéticas (ex.:PML-RARA, BCR-ABL): permite a pesquisa de alterações citogenéticas específicas que mudam a escolha da terapia inicial.
PCR (polimerase chain reaction) para alterações genéticas recorrentes: essencial para a classificação de acordo com a organização Mundial de saúde e para a estratificação de risco, que orienta o prognóstico e a escolha do tratamento. - https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/leucemia 
- Grupos mais acometidos e relação com prognóstico
LMC: É uma doença que costuma acometer adultos mais velhos, por volta dos 50 ou 60 anos, sendo apenas 4% dos pacientes crianças. É observada uma discreta predominância de casos no sexo masculino. 
LMA: A LMA é o tipo leucêmico mais comum do adulto, correspondendo a 90% dos casos de leucemia. Pode acometer também crianças, representando 15% das leucemias em crianças menores de 10 anos. No Brasil, tem-se uma estimativa de incidência de 1,11 caso de LMA a cada 100 mil habitantes.
As LMA são doenças multifatoriais, isto é, tanto fatores ambientais quanto fatores genéticos influenciam no seu desenvolvimento. A idade avançada, acima de 60 anos, é um fator de mau prognóstico. Ela se relaciona de maneira inversa à sobrevida global, isto é, quando maior a idade, menor é o tempo de sobrevida esperado para o paciente. Isso está intimamente relacionado ao maior número de comorbidades existentes na velhice, além de mais mutações terem sido acumuladas ao longo do tempo de vida do paciente. A baixa contagemde leucócitos ao diagnóstico é um outro fator prognóstico importante. Quanto maior é o número de leucócitos acima do nível normal, pior é o prognóstico do paciente. Em adição, o prognóstico também é mais negativo quando a doença evoluiu a partir de uma síndrome mielodisplásica preexistente e quando o paciente já fez uso de terapia citotóxica anteriormente.
LLC: Ela corresponde a 30% dos casos de leucemias. Anualmente, a incidência é de 2 a 6 casos a cada 100 mil habitantes, sendo que a incidência é mais alta quando maior a faixa etária analisada. Costuma acometer pacientes idosos, por volta da faixa etária dos 65 anos, sendo que somente 10% dos casos são de pacientes com menos de 50 anos. A doença é mais prevalente no sexo masculino, em uma proporção de dois homens afetados a cada paciente mulher.
O prognóstico da LLC pode ser dividido em dois principais grupos: pacientes de baixo risco, quando a sobrevida mediana é maior que 15 anos, e paciente de alto risco, nos casos em que a sobrevida costuma ser menor que 5 anos. Vários são os critérios utilizados para esta definição do prognóstico, tais como o estadiamento, a contagem de linfócitos, o grau de infiltração na medula e morfologia celular, entre outros.
LLA: Diferentemente dos outros tipos de leucemias, a LLA afeta principalmente crianças, sendo a doença maligna mais comum na infância. Apesar disso, ela pode também acometer adultos, principalmente entre os 25 e 37 anos de idade, sendo que nesse grupo, o prognóstico da doença é pior em relação ao acometimento pediátrico. No Brasil, a LLA tem incidência de 6,5 casos a cada um milhão de pessoas, por ano. 
A idade avançada, superior aos 60 anos, é um fator de mau prognóstico, sendo que quanto maior a faixa etária, pior é o prognóstico. No outro ex- tremo, pacientes menores de um ano também possuem prognóstico pior. Outro fator indicativo de prognóstico ruim é o achado de leucócitos acima de 30.000 por microlitro ao momento do diagnóstico. Outros fatores analisados são: tempo até remissão completa, linhagem, cariótipo e envolvimento do sistema nervoso central. Estão entre o grupo de maior risco os pacientes que demoram mais de um ciclo de quimioterapia ou mais de quatro semanas para atingir o estado de remissão completa da doença, os pacientes que têm alteradas células pré-B, células T maduras ou células de linhagem precoce, pacientes com o cromossomo Philadelphia e aqueles que apresentam sintomas de envolvimento do sistema nervoso central ao diagnóstico. (SANAR)
-Fatores de risco (verificar talassemia)
LMC: O único fator de risco bem conhecido para o aparecimento da mutação – cromossomo Ph –, e, portanto, da doença é a exposição à radiação ionizante (raios X e gama). Normalmente ela é proveniente de procedimentos médicos e o risco oferecido depende da dose, da exposição e da idade do paciente.
LMA: A causa da LMA não é conhecida, mas sabe-se de alguns fatores predisponentes a uma chance mais elevada do desenvolvimento da doença. Entre eles, temos a exposição à radiação ionizante e a derivados de benzeno. A radiação ionizante a que se pode ser exposto costuma ser proveniente de procedimentos médicos, sob a forma de raios X e raios gama. Já os derivados de benzeno são encontrados na gasolina, além de serem amplamente utilizados na indústria química. A incidência de leucemia mieloide aguda é 1,3 a 2 vezes maior nos fumantes, provavelmente por causa da exposição aos agentes carcinogênicos, como, por exemplo, o benzeno presente no tabaco do cigarro.
LLC: Apesar da etiologia da doença ser desconhecida, supõe-se, pela observação de casos familiares de LLC, que exista algum tipo de predisposição genética para o seu desenvolvimento. Além disso, é sabido que a exposição a agentes químicos e derivados do petróleo, como o benzeno e seus derivados, é um fator de risco para o desenvolvimento da doença.
LLA: Sua etiologia é desconhecida, apesar de haver suspeitas de que fatores genéticos influenciam no seu desenvolvimento.
TALASSEMIA: A leucemia é um problema que atinge a produção dos glóbulos brancos na medula óssea, ou seja, as células de defesa do nosso organismo. Já a talassemia é o problema na produção das hemoglobinas, componente essencial dos glóbulos vermelhos. O único sintoma comum é a anemia, entretanto, que pode não estar relacionada.
-Tipos de tratamento (com foco em quimioterapia e relacionar com a biologia celular da doença) 
O tratamento da leucemia mieloide aguda é baseado no uso de quimioterapia intensiva (esquema mais comum: "3+7", baseado em Idarrubicina e Citarabina) seguido de consolidação, que pode ser realizada com altas doses de quimioterapia (principalmente Citarabina) ou transplante de medula óssea (a depender da estratificação de risco). 
O tratamento da leucemia Linfocítica aguda é longo (média de dois anos), baseado em múltiplos quimioterápicos (protocolos GRAALL, BFM, GBTLI) e, dependendo da estratificação de risco, transplante alogênico de medula óssea.
A Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) é o câncer mais frequente na faixa etária pediátrica. Cerca de 2% a 3% de todas as crianças e adolescentes com LLA apresentam a translocação T (9;22), também conhecida como cromossoma Philadelphia (Ph+). Altas taxas de falha indutória são relacionadas com esta mutação, configurando-se como fator de risco para o insucesso terapêutico. Em vários estudos internacionais com doentes de LLA e maus respondedores à terapia de indução, a translocação Ph+ estava presente em cerca de 20% dos casos (1,2,3). Possivelmente, os pacientes com leucemia linfoblástica aguda Ph+ necessitam de quimioterapia mais intensiva. Em muitos protocolos de pacientes adultos com LLA Ph+, uma estratégia utilizada tem sido a combinação do Mesilato de Imatinibe à terapia de indução, levando a taxas de remissão completa sem precedentes, acima de 90% 
O Imatinibe é um derivado da fenilaminopirimidina e um inibidor seletivo da atividade da tirosinoquinase do gene de fusão BCR-ABL (oncoproteína), o produto do cromossoma Philadelphia. O Mesilato de Imatinibe também possui alta atividade de bloqueio da atividade da tirosinoquinase do c-kit (receptor do fator stem-cell - SCF) e do receptor do Fator de Crescimento Derivado das Plaquetas (PDGF). A capacidade do Imatinibe de inibir a atividade da tirosinoquinase do BCR-ABL está relacionada com sua ocupação no local da quinase na proteína, que bloqueia o acesso ao ATP e previne a fosforilação do substrato, inibindo a proliferação celular dependente de Bcr-Abl. O Imatinibe causa a apoptose ou parada de crescimento em células hematopoiéticas que expressam BCR-ABL e é bem absorvido após a administração oral; níveis séricos máximos são alcançados com 2 a 4 horas após a administração. (https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_clinicos_diretrizes_terapeuticas_oncologia.pdf )
O tratamento da leucemia mieloide crônica é baseado em uma classe de medicamentos denominada Inibidores de Tirosina Kinase, onde se destacam o Imatinib, Dasatinib e Nilotinib. Esta classe de medicamentos permitiu ao paciente com LMC o status de cura funcional, isto é, a doença permanece em remissão enquanto os pacientes fizerem uso da medicação. Somente os pacientes que não apresentem ou perdem resposta ao tratamento serão candidatos a transplante alogênico de medula óssea.
A maioria dos pacientes com leucemia linfocítica crônica não necessita de tratamento ao diagnóstico, e a conduta expectante é adotada. Quando preenche critérios de tratamento, o paciente com LLC deve ser tratado com uso de quimioterapia (por exemplo, o esquema mais utilizado é denominado FCR: Fludarabina + Ciclofosfamida + Rituximab). A hematologia vem apresentando grandes avanços nessa doença, e várias drogas promissoras estão sendo desenvolvidas. Exemplo disso foi o lançamento em 2015 da medicação Ibrutinib, medicamento via oral com ótimos resultados para LLC
Quando usar remédios e quando fazer transplante?
Mais severas, as leucemias agudas dependem mais do transplante de medula óssea como alternativa curativa ou de controle da doença,principalmente no adulto. Esse procedimento é baseado da transposição de células-tronco de um doador para o paciente, depois que as células doentes da sua medula foram eliminadas em sessões de elevadas doses de quimioterapia, que podem ser combinadas ou não com radioterapia.
Nas crianças, boa parte das leucemias mieloides agudas necessita de transplante, uma vez que a doença não costuma responder tão bem aos quimioterápicos, que é o principal recurso de base para enfrentar as leucemias. Já a maioria das leucemias linfoides agudas em crianças é curada com quimioterapia, principalmente com o desenvolvimento das novas mediações que estão conseguindo quebrar os mecanismos de resistência das células linfoides anormais. Porém, na minoria dos casos, o transplante de medula óssea é necessário na leucemia linfoide infantil.
Nos adultos, é mais incomum o tratamento da leucemia linfoide aguda apenas com quimioterapia, sendo o transplante indicado para um grande número de pacientes. Para a maioria dos portadores de leucemia mieloide aguda também é indicado o transplante, respeitando os critérios de elegibilidade (pacientes não muito idosos, não dialíticos, com condições cardiológicas favoráveis, não diabéticos e com capacidade renal preservada, condições pulmonares preservadas, etc.). Apenas entre 10% e 15% desses pacientes são tratados apenas com quimioterapia por apresentarem um prognóstico mais favorável só com quimioterapia.
Principalmente nas leucemias agudas mais agressivas e resistentes ao tratamento por conta de suas características genéticas, não é incomum observar a volta da doença após um ou dois anos do transplante. A depender da condição clínica do paciente e da disponibilidade de doadores, os médicos podem até sugerir novo transplante, apesar desses casos não serem muito frequentes. Porém, diante de todos os tipos de leucemias agudas, a intenção dos transplantes é sempre curativa. Até 30-40% dos pacientes conquistam essa meta. Com os avanços em anos recentes, esperamos que esse número venha a melhorar. (https://www.bp.org.br/artigo/qual-a-diferenca-entre-leucemias-aguda-e-cronica )
2: Discutir a importância da espiritualidade dentro do tratamento das doenças.
Uma grande possibilidade é que tal ambiente social induz menos estresse, aumenta a resistência do hospedeiro e promove o bem-estar geral e um estado de saúde.
1.Uma visão global coerente do mundo e sentimento de pertencimento que poderia promover o bem-estar emocional.
2. Uma resposta de relaxamento induzida pela oração frequente
3. Comportamentos ritualísticos repetitivos com base na lei religiosa que rege muitos aspectos de uma vida cuidadosamente regulada, resultando em menos ambivalência e exposição ao estresse (certeza ortodoxa e determinismo versus ambiguidade secular e dúvida). Estrita observância do sábado e festivais dedicados ao descanso e à oração também pode contribuir para a redução do estresse.
5. Vínculo conjugal altamente estável.
Kark JD, Shemi G, Friedlander Y, Martin O, Manor O, Blondheim SH. Does religious observance promote health? mortality in secular vs religious kibbutzim in Israel. Am J Public Health. 1996 Mar;86(3):341-6. doi: 10.2105/ajph.86.3.341. PMID: 8604758; PMCID: PMC1380514.