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Desenvolvimento do ato cirúrgicoDesenvolvimento do ato cirúrgicoDesenvolvimento do ato cirúrgico manobras cirúrgicas fundamentais Princípios gerais de cirurgia Diérese, hemostasia e síntese. DIÉRESEDIÉRESEDIÉRESE Diérese dos tecidos moles e dos tecidos duros. Tempo cirúrgico que reúne manobras destinadas à separação cruenta dos tecidos. Incisão; Descolamento do retalho (sindesmotomia); Divulsão; Curetagem; incisão Cabo de bisturi n3 + lâmina: empunhadura de caneta. Separação tecidual pela penetração da lâmina de bisturi. Princípios da incisão: Conhecimento anatômico; Lâmina afiada e de tamanho apropriado; Movimento firme e contínuo; Golpes repetidos e experimentais aumentam a quantidade de tecidos danificados e da quantidade de sangramento, impedindo a cicatrização e a visibilidade do corte. Amplitude adequada; Base ampla (irrigação do retalho). Profundidade adequada; Sobre tecido sadio; Nítida e sem linhas secundárias; Perpendicular à superfície do tecido; Facilita durante a sutura e é menos suscetível a necrose nas bordas do corte. INCISÕES VESTIBULARES Corte intrasucular + inclinação oblíqua; Abrange gengiva inserida, livre e papila dental com uma relaxante. Incisão de Neumann inclinação oblíqua + corte intrasucular + inclinação oblíqua; Abrange gengiva inserida, livre e papila dental com duas relaxantes. Incisão de Neumann e Novak Em fundo de vestíbulo. Incisão Linear Meia lua com concavidade para apical. Incisão de Partch/Semilunar 1 incisão linear + duas oblíquas (relaxantes) Abrange gengiva inserida e livre. Incisão de Wassmund INCISÕES NO PALATO Para remoção de tórus palatino. Feita nessa região para conservar artérias e nervos. Incisão Duplo Y INCISÕES SULCULARES Palatina e lingual retalho Base deve ser maior que o ápice; para manter a nutrição do retalho. A fim de prevenir as complicações da cirurgia de retalho: necrose, deiscência e dilaceração. Molt, cureta de molt, destaca periósteo, espátula 7 e freer. Descoladores: Princípios da execução do retalho Obter acesso cirúrgico a uma área a ser operada ou para mover tecido mole de um local para o outro. Separação romba da porção de tecido delimitado por incisões cirúrgicas. Comprimento deve ser maior que a altura; Não deve ser submetido à tensões; A base do retalho não deve ser distendida ou torcida, correndo o risco de lesar os vasos que o irrigam; permite reduzir o trauma cirúrgico e intensidade da resposta inflamatória. proporciona cicatrização sem complicações. As margens devem estar apoiadas sobre osso sadio; Retalho que inclui mucosa, submucosa e periósteo. Tipos de retalho mucoperiostais É o mais comum; Consiste no descolamento de papilas; Pode ser utilizado em todas as regiões da cavidade bucal (V, L e P); Incisão é feita no sulco gengival até a crista óssea. Inclui no mínimo dois dentes para a anterior e um dente para a posterior da área a ser operada. 1.Retalho em envelope Incisão em envelope + incisal vertical relaxante (incisão de Neumann). Possui boa ampliação para a distal e fundo de vestíbulo; Deve abranger no mínimo um dente para a anterior e um dente para a posterior à área a ser operada. 2.Retalho em L, de três ângulos ou triangular Incisão envelope + duas relaxantes (ncisão de Neumann e Novak ); Boa ampliação para fundo de vestíbulo porém mais restrita nos sentidos mesial e distal. 3.Retalho Quadrangular ou Trapézio Incisão de Partch; Visa o acesso à região apical dos dentes; Evita trauma à papila e à margem gengival; Acesso limitado (não expõe totalmente a raiz do dente) Para cirurgias no periápice radicular; 4.Retalho Semilunar Incisão linear no centro do palato + 2 verticais relaxantes menores (não devem se aproximar da região da artéria palatina). Duplo Y: maior exposição da região posterior do palato; Para remoção de toros palatino. 5.Retalho da Incisão em Y divulção Comumente realizada com a tesoura cirúrgica de ponta romba (matzenbaun) com auxilio de pinças de dissecção, A tesoura deve ser utilizada com a ponta ativa fechada e então abertas no interior dos tecidos realizando uma separação atraumática através do plano de lcivagem dos tecidos. Descolamento subperiostal: descoladores de Molt. Criação de espaços entre tecidos sem incisá-los ou cortá- los., por meio de instrumentos cirúrgicos. A deiscência (separação) da margem do retalho é prevenida pela aproximação das bordas do retalho sobre o osso saudável, ao manusear gentilmente as bordas do retalho, e não colocando o retalho sobre pressão. Não deverá ser necessário usar nenhuma força significativa para unir os tecidos enquanto se sutura um corte curetagem Manobras cirúrgicas pelas quais são retirados parte ou todo órgão/tecido. Remoção de lesões patológicas: lesões periapicais, folículo pericoronário, cistos. Corrigir deformidades ósseas, fraturas mal consolidadas e anquiloses ou criar condições para a realização de certas cirurgias; Osteotomia (corte) e ostectomia (remoção). EXÉRESE Tecidos moles: Tecidos duros (osso): HEMOSTASIAHEMOSTASIAHEMOSTASIA Evitar exceso de perda sanguínea; Melhora a visibilidade; Evita hematomas; Objetivos Espontânea (fisiológica); Provocada ( manobras cirúrgicas); Compressão, pinçagem, ligadura, termocoagulação, substâncias químicas. Hemo = sangue / Stasis = deter Deter/cessar as perdas sanguíneas. Compressão do foco hemorrágico com compressas de gaze. Promove ativação de hemostáticos naturais; 1.Compressão Através de pinças-hemostáticas, aprisiona-se as extremidades dos vasos seccionados. Pode ser simples (removida após hemostasia do vaso sangrante) ou pode ser feito uma ligadura das extremidades do vaso (com fio de sutura); 2. Pinçagem Oclusão da luz de um vaso por meio de fios de sutura, geralmente, reabsorvíveis; 3. Ligadura Geralmente realizada através de um bisturi elétrico, aplicando uma corrente elétrica sobre o vaso sangrante que foi previamente pinçado ou diretamente sobre o vaso. 4. Termocoagulação Esponjas de colágeno e fibrina; Adrenalina (anestésicos); Medicações sistêmicas; 4. Substâncias químicas SÍNTESESÍNTESESÍNTESE sutura Reestabelecer a continuidade dos tecidos; Proteção do osso alveolar; Prevenção da entrada de microrganismos; Manutenção do coagulo; Prevenção de hemorragias; OBJETIVOS Correta incisão; Correta hemostasia; Regularização de estruturas sob o retalho; Material delicado; Condições ideais Superficiais: tegumentos; Profundas: subcutâneo e musculatura; Quanto à localização: Classificação Resistência à tração; Calibre fino e regular; Flexibilidade e pouca elasticidade; Não cause reação tecidual; Fácil esterilização; Custo baixo; Quanto à disposição dos fios: PROPRIEDADES IDEAIS Absorvíveis: são deteriorados pelo organismo; Não absorvíveis: Devem ser removidos; Monofilamentados: relativamente rígidos e mais inertes aos tecidos e apresentam relativa dificuldade para a fixação do nó cirúrgico. Multifilamentados: possui maior força e maior abrasividade causando mais inflamação TIPOS DE FIOS Fios de sutura absorvíveis Sutura de mucosa; crianças, pacientes especiais, protocolos de carga imediata Ligadura de vasos; Sutura de planos profundos; Indicações: Remoção desnecessária Vantagem Reação inflamatória tecidual; Contraindicado para paciente com refluxo gástrico; Desvantagem NUNCA utilizar em tecido cutâneo! Animal e sintético. Origens ORIGEM ANIMAL (cerosa bovina) Planos profundos e mucosa; Absorção em até 7 dias; Possui reação inflamatória; Baixo custo; CATEGUTE LISO (monofilamentado) Indicações: Planos profundos e mucosa; Absorção em até 15 dias; Possui reação inflamatória; Baixo custo; CATEGUTE CRÔMICO (monofilamentado) Indicações: ORIGEM SINTÉTICA Planos profundos e mucosa; Absorção em 60 dias; reação inflamatória moderada; POLIGLACTINA 910 (Vicryl) - Multifilamentado Indicações Planos profundos e mucosa; Absorção em 90 dias; reação inflamatória menos intensa; POLIGLECAPRONE 25 (Monocryl) - Monofilamentado Indicações Planos profundos e mucosa; Absorção em 180 dias; reação inflamatóriamenos intensa; POLIDIOXANONA (PDS) - Monofilamentado Indicações Fios de sutura não absorvíveis Sutura de mucosa; Suturas cutâneas; Ligadura de vasos; Indicações: Devem ser removidos na maioria dos casos ORIGEM SINTÉTICA Sutura cutânea; Baixa reação inflamatóri; Baixa elasticidade; Causa injúria traumática em mucosa; Nylon + Poliamida = maior elasticidade. NYLON (Monofilamentado) Indicações Alta resistência; Elasticidade (deforma com o edema); Baixa reação tissular (reação do tecido orgânico) Indicado para cirurgias periodontais; PROLENE (polipropileno) - monofilamentado Alta resistência; Extra macio; Firmeza no nó; Ausência de memória; Impermeável à penetração bacteriana; indicados para cirurgias periodontais e enxertos; PTFE (politetrafluoretileno) - monofilamentado ORIGEM ANIMAL Mais empregado na odontologia; Escolha para sutura intra-oral; Baixo custo; Fácil manipulação; Reação inflamatória no 4º dia pós-operatório; SEDA (multifilamentado) ORIGEM VEGETAL Retorcido e pouco estirado; Grande aderência de resíduos e reação infamatória; Indicado para suturas intra-orais (pouco usual); Ligaduras de vasos; Contra-indicado para sutura de tecido cutâneo; ALGODÃO (multifilamentado) Conexão final (serrilhada ou perfurada). Corte; Extremidade; Três componentes básicos: AGULHAS DE SUTURA De 0.6 até 6cm; Tamanho e curvatura de agulha 15mm, 1/2 é a mais utilizada em odontologia; Corpo cilíndrico ou prismático (traumático, mais utilizado) Prismático Circular Constituídas de aço inoxidável, compostas de corpo, ponta ativa e uma parte terminal que se une ao fio de sutura. INSTRUMENTOS DE SUTURA Pinças: manipular tecidos; Porta-agulha; Tesouras: cortar fio e debridar tecidos; Adson, Dietrich, Anatômica. PINÇAS Castroviejo, Mathieu, MAYO-HEGAR (14-17cm). PORTA AGULHAS Mayo hegar (sutura), Buck, Iris (reta e curva). TESOURAS PRINCÍPIOS BÁSICOS DE SUTURA Empunhar o porta agulha corretamente; A agulha deve ser apreendida pelo porta agulha na metade ou à três quartos de distância da ponta; Penetrar a agulha perpendicularmente ao tecido; Durante a penetração, realizar movimentos circulares, que acompanhem a curvatura da agulha (rotação de pulso). Aproximar os bordos da ferida sem causar tensão; A ponta ativa da agulha não deve ser tocada pelos instrumentos; Utilizar sempre o auxílio de pinças de dissecção; Posicionar o nó cirúrgico lateralmente à incisão; SUTURAS ISOLADAS Mais utilizadas; Indicadas para exodontias unitárias e múltiplas; Uma das mais utilizadas; Forma uma única alça dentro do tecido, um orifício de entrada e outro de saída; Ponto simples É a associação de dois pontos simples, sendo cada lado perfurado duas vezes Sutura isolada em U vertical Semelhante ao anterior, ficando a alça do fio em posição horizontal. Também conhecida como cachoeiro. Sutura isolada em U horizontal Utilizada para aumentar a superfície de apoio da sutura; Sutura isolada em X (interno ou externo) SUTURAS CONTÍNUAS Caracterizadas pela não interrupção do fio cirúrgico. Tem como desvantagem que se houver ruptura do fio no pós operatório, toda a sutura será perdida e o retalho será descolado; As vantagens são que tornam o posicionamento do retalho mais correto e minimizam a utilização de nós múltiplos. Inicia-se com um primeiro ponto simples e passa-se então continuamente. Pontos contínuos simples Consiste na realização de um chuleio simples, sendo que o fio depois de passado é ancorado sucessivamente na aça anterior; Sutura festonada Formada por sucessivos pontos em U horizontal. Sutura contínua em U horizontal (colchoeiro) REMOÇÃO DO FIO DE SUTURA Suturas de menor tensão deverão ser removias em torno de 3 a 5 dias. Suturas em locais de grande tensão deverão ser removidas em torno de 10 a 12 dias; Suturas intrabucais deverão ser removidas em torno de 7 a 10 dias. Deverá ser removido em períodos de tempo determinados, de acordo com a região suturada. Regiões de tensão; Exodontias extensas; Cirurgias pré-protéticas. Indicações Para a remoção do fio de sutura deve-se realizar a antissepsia da região, em seguida tracionar suavemente o fio e cortar o nó na porção que estava dentro dos tecidos. Essa manobra evita que a porção do fio que estava no meio bucal entre em contato com os tecidos.
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