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Continuação ED - ED prequestionadores: precisa que a matéria tenha sido discutida no processo, aquele fundamento legal precisa constar na decisão a ser recorrida. É caracterizado assim para que não haja multa por ser protelatório, o fundamento é por omissão de fundamento. Agravo Interno * Recurso que impugna as decisões monocráticas dos tribunais. * O CPC revogou qualquer regimento interno que trate do recurso. * Art. 1021 do CPC – regula o Agravo Interno. - É comum se dizer que o Agravo Interno é um recurso dentro de um recurso. - Agravo Interno rediscute a decisão monocrática no colegiado, permanecendo assim, no mesmo órgão jurisdicional. - Permanece relator no Agravo Interno o mesmo relator do recurso. - Quando a decisão monocrática for de mérito, o Agravo Interno versará sobre a possibilidade de ter sido julgado o mérito do recurso monocraticamente. - Nesse recurso fica claro o princípio da dialeticidade. - Não tem preparo. - Prazo de 15 dias. - Prazo de 15 dias para CR. - Cabe pedido de efeito suspensivo. - Cabe antecipação de tutela recursal, mesmo sendo raro. - É possível que seja um meio para forçar a decisão colegiada e assim ter um meio para levar a discussão aos tribunais superiores. - §4º - Se o agravo interno for inadmissível e improcedente de maneira unânime, poderá ser aplicada multa entre 1% e 5% do valor da causa. - §5º - Se não pagar a multa, não pode interpor outro recurso. Recurso hábil para impugnar as decisões monocráticas (somente proferida pelo relator) dos tribunais (2 grau) - faz rediscutir a decisão monocrática naquele colegiado - não muda a competência! Permanece como relator do agravo interno, o mesmo relator da decisão monocrática Art.932, 4, 5/CPC - exceção - decisão monocrática discute o mérito recursal - o agravo interno não faz rediscutir o mérito pois já aconteceu, o que ele faz é rediscutir a possibilidade daquele recurso ser julgado monocraticamente ou não, falando que a matéria daquele recurso devia ter sido julgado por um colegiado e não monocraticamente e o recurso anterior passa a ser julgado pelo colegiado - pela matéria que se decide (PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE) - não é pra discutir tudo de novo que tinha na apelação, e sim apenas as razões contidas na decisão de 2 grau monocraticamente - colegiado vai reformar a decisão recorrida, não passa a julgar - colegiado pode julgar agravo interno na mesma sessão de julgamento do outro recurso (apelação, por ex) quando julga o mérito - depende do objeto do agravo interno Taxatividade dos recursos = recurso só pode ser previsto em lei federal Nosso CPC veio revogar qualquer regimento acerca do agravo regimental na esfera dos tribunais O que vale: cabimento art 1.021 do CPC/2015 e não mais regimentos internos dos tribunais Agravo interno = o recurso do recurso Para haver agravo interno tem que ter um recurso de apelação ou agravo de instrumento prévio Prazo: 15 dias Preparo: não existe, carrega o preparo do recurso anterior por ser julgado pelo mesmo órgão Tem contrarrazões: 15 dias Efeitos: Devolutivo = entrega pro colegiado Suspensivo = só quando a decisão monocrática conceder uma ordem - existe mas não é automático - Antecipação de tutela recursal cabe mas não sempre Art. 1025, p.5 = condenará = errado, só se preenchida as condições Embargos = efeito interruptivo - única exceção: inadmissibilidade por intempestividade - o próprio juiz de 1 grau que julga isso Efeito suspensivo suspende os efeitos da decisão e não o processo Decisão parcial de mérito = cabe embargos de declaração e agravo de instrumento - art 1.015 Decisão interlocutória = fala de mérito Sentença = cabe embargos de declaração e apelação( apelação vai ser recebida nos efeitos devolutivo e suspensivo em regra) Contrarrazões, subiu pro tribunal de justiça, distribuição, relator faz decisão monocrática analisando efeitos e admissibilidade, contra essa decisão monocrática caberá agravo interno gerando acórdão Posso ter uma decisão monocrática de mérito = caberá - art. 1932, IV e V, EXCEÇÃO A REGRA, PERMITE AO RELATOR JULGAR O MÉRITO RECURSAL = CABERÁ EMBARGOS DE DECLARAÇÃO E O MESMO AGRAVO INTERNO (RECURSO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA) - como essa decisão monocrática é de mérito, eu tenho um acórdão de mérito Mas se não tem uma decisão monocrática de mérito, não tendo um acórdão de mérito? Recurso ordinário - art. 1027 CPC Objetivo: exercer SIM o duplo grau de jurisdição no caso de competência ORIGINÁRIA da ação é do tribunal - por causa da matéria - seja por competência de foro ou de quem seja parte 1 grau é feito no tribunal, gerando a 1 decisão um acórdão e não sentença de 1 grau Ação já começa no tribunal de 2 grau - competência exclusiva daquela matéria do tribunal - "ÚNICO" grau de jurisdição Pode ser em qualquer tribunal Ex: foro privilegiado Art. 1.027. Serão julgados em recurso ordinário: I - pelo Supremo Tribunal Federal (STF), os mandados de segurança, os habeas data e os mandados de injunção decididos em única instância pelos tribunais superiores (TSM,STF, STJ, TST,TSE), quando denegatória a decisão - quando o pedido é negado, então o recurso ordinário tem que ser feito pelo requerente do pedido negado; II - pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ): a) os mandados de segurança decididos em única instância pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais de justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; b) os processos em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País - independente da decisão, se foi negado ou não o pedido. - tem o duplo efeito (devolutivo e suspensivo) § 1º Nos processos referidos no inciso II, alínea “b”, contra as decisões interlocutórias caberá agravo de instrumento dirigido ao Superior Tribunal de Justiça, nas hipóteses do art. 1.015 . § 2º Aplica-se ao recurso ordinário o disposto nos arts. 1.013, § 3º, e 1.029, § 5º . Art. 1.028. Ao recurso mencionado no art. 1.027, inciso II, alínea “b”, aplicam-se, quanto aos requisitos de admissibilidade e ao procedimento, as disposições relativas à apelação e o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça. tem o duplo efeito (devolutivo e suspensivo) § 1º Na hipótese do art. 1.027, § 1º, aplicam-se as disposições relativas ao agravo de instrumento e o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça. § 2º O recurso previsto no art. 1.027, incisos I e II, alínea “a”, deve ser interposto perante o tribunal de origem, cabendo ao seu presidente ou vice-presidente determinar a intimação do recorrido para, em 15 (quinze) dias, apresentar as contrarrazões. § 3º Findo o prazo referido no § 2º, os autos serão remetidos ao respectivo tribunal superior, independentemente de juízo de admissibilidade. SÚMULA 272 STF: Não se admite como ordinário recurso extraordinário (ou vice-versa) de decisão denegatória de mandado de segurança. - nega o princípio da fungibilidade para o recurso ordinário - não existe na lógica brasileira o terceiro grau de jurisdição - em muitas matérias específicas os tribunais superiores darão a última palavra. - mas tribunais superiores serão sempre 2 grau de jurisdição na análise do recurso ordinário Súmula 319 STF: O prazo do recurso ordinário para o STF, em habeas corpus ou mandado de segurança, é de cinco dias. - data dessa súmula: 1960 - CPC veio depois, lei não revoga súmula, mas CPC estabeleceu nova data para o recurso ordinário, deixando a súmula em desuso Essa súmula está em desuso!!! O recurso ordinário tem prazo de 15 dias, seja pro STJ ou STF!!! De acordo com o CPC TODOS OS RECURSOS TÊM PRAZO DE 15 DIAS NO CPC EXCEÇÃO: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO = 5 DIAS Preparo do recurso ordinário: regra do tribunal = depende do regimento interno do tribunal que proferiu a decisão que cabe recurso ordinário Recurso Especial (previsão do cabimento não é legal, não está no código, é constitucional, art. 105, III, CF) * O cabimento doREsp ocorre em duas hipóteses: 1) Proteção/defesa/exegese ou interpretação da legislação federal (infraconstitucional). 2) Dissídio/divergência jurisprudencial. * Hipóteses Especiais - Esgotamento das vias ordinárias. - Prequestionamento. Faz parte dos recursos extraordinários - enviados aos tribunais superiores por conta de uma matéria específica a ser apreciada, assim, diferem do ordinário, que vai aos tribunais superiores, como forma de apreciação em 2 instâncias. Cabimento: não está no código (não é infraconstitucional), mas sim na constituição. Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I - processar e julgar, originariamente: a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais; b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos; e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados; f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões; g) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União; h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal; i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) II - julgar, em recurso ordinário: a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória; b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País; III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal. Parágrafo único. Funcionarão junto ao Superior Tribunal de Justiça: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) I - a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) II - o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Em resumo, esse cabimento de recurso especial abrange 2 hipóteses: Proteção/defesa/exegese da legislação federal (infraconstitucional) Dissídio/divergência jurisprudencial - entre tribunais A jurisprudência e a doutrina é focada em limitar a admissibilidade dos tribunais superiores, por isso há também mais 2 requisitos de cabimento, os quais não estão determinados em lei: Esgotamento das vias ordinárias - cabe recurso especial contra acórdão de tribunal (pois para ocorrer acórdão, passou-se por todas as vias possíveis) Prequestionamento: a matéria que vai ser levada para o STJ deve ser discutida desde sempre. O fundamento no qual se quer discutir/basear o cabimento do recurso especial precisa estar expressamente contido na decisão/acórdão recorrido, via recurso especial - se não tiver, se usa o embargos de declaração para fins de prequestionamento Embargos de declaração se tempestivo tem efeito interruptivo (interromper o prazo do recurso seguinte), assim, o prazo do recurso especial começa a contar da intimação da sentença do embargos de declaração Súmulas do STJ: recurso especial não tem efeito devolutivo integral em relação ao mérito Prazo: 15 dias - contados da intimação do acórdão da apelação ou do embargos de declaração opostos contra acórdão da apelação - obs: feriados nacionais não precisam ser provados para o STJ, mas os que não são nacionais precisam ser comprovados. Adequação formal: alienação à lei e ao princípio da dialeticidade (está ligado ao cabimento específico e ao prequestionamento) Procedimento: protocolado ao tribunal recorrido, logo, precisa de petição de interposição e, na sequência, em anexo, razões recursais direcionadas ao presidente do STJ. No caso de divergência jurisprudencial - deve-se trazer, além da decisão recorrida, em anexo, o acórdão paradigma (referência utilizada). Preparo: tem e dependendo do regimento interno de cada tribunal, pode haver mais de 1 preparo (1 do STJ vai ser obrigatório, o outro depende do regimento do tribunal recorrido) Juízo de admissibilidade: há duplo juízo de admissibilidade, vai ser feita no tribunal recorrido (feita pela presidência) e no tribunal destinatário Efeitos: quem decide sobre efeitos, é o ministro relator Recurso especial não tem efeito suspensivo automático, portanto, para que se tenha efeito desde o protocolo Recurso Extraordinário * Protocola no tribunal que o acórdão será recorrido. * Será usado para impugnar a mesma decisão que foi possível via Recurso Especial. * O cabimento específico é constitucional: art. 102, CF, trata da competência do STF. * Tempestividade: prazo de 15 dias da intimação do acórdão, não significa que preciso apresentar os dois em conjunto. Para o STF precisamos comprovar os feriados que não são oficiais. * Adequação/regularidade formal: o RExt é protocolado no tribunal local. * Dialeticidade: * Preparo: depende do regimento interno que está no tribunal. Tem preparo interposto no tribunal a quo, com duplo juízo de admissibilidade. * Traz um requisito de admissibilidade a mais que o REsp: repercussão geral – a matéria tem que ter algum reflexo em determinada coletividade. Quem decide se determinado tema tem ou não repercussão geral é o STF, colegiado. Duplo juízo de admissibilidade: será feito pelo tribunal recorrido e pelo STF. Se preenchidos os requisitos de admissibilidade gerais, o STF dirá se tem ou não. Só vai se falar em repercussão geral se o STF dizer, o tribunal local não irá opinar, fará no máximo enquadramento de tema, ex. essa matéria tem repercussão geral conforme decisão tal do STF.A repercussão geral pode ser revista apenas se o STF quiser. * Efeitos: é possível pedir o efeito suspensivo se tiver uma ordem a ser cumprida, tem que ter algo a suspender. Tem efeito devolutivo, o suspensivo tem que pedir, art. 1.029, §5º. * Fungibilidade: só será aplicada a fungibilidade se o STF assim entender. Recursos Repetitivos ● Não são uma espécie de recurso, mas sim uma modalidade de julgamento do Resp e Rext. ● Se usa para a efetividade da jurisdição. ● Art. 1.036 do CPC: traz dois pressupostos - multiplicidade de recursos e idêntica questão de direito. ● A partir do julgamento é gerado um TEMA, em que se enquadrarão os recursos. ● Os presidentes dos tribunais locais, que fazem admissibilidade do Rext e Resp e os relatores do STJ e STF, podem fazer esse enquadramento como Recurso Repetitivo. ● Decisão de afetação: art. 1.037 - defere, considera que a matéria deve ser julgada na modalidade de repetitivo. ● Definição da matéria/delimitação do tema ● Escolha dos recursos ● Suspensão/sobrestamento do trâmite (não é efeito suspensivo, visto que se tiver uma ordem a se cumprir ela deverá ser cumprida) processual dos demais processos que tratem da mesma matéria ● Uma vez definida na modalidade repetitiva, quando marcada a sessão para julgamento serão intimadas algumas entidades reguladoras, órgãos de classe,.... que tiverem interesse com a matéria, contribuindo com o julgamento com Amicus curiae. ● Após julgados os recursos que foram destacados para serem repetitivos, se fixará a tese, que deve ser respeitada pelo judiciário para os demais recursos daquela matéria. ● Em tese, deve se vincular todos os processos que foram vinculados no TEMA. Agravo em Recurso Especial ou Extraordinário (art. 1.042) Art. 1.042. Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos. ● Tem a função de levar a discussão da admissibilidade ao tribunal superior respectivo. ● Força o duplo juízo de admissibilidade, mesmo tendo sido negado na origem. ● Serve para quando o tribunal local não recebe o Rext ou Resp, serve para destrancar, agravo de destrancamento. ● Nos casos de não cabimento do Agravo em Resp ou Rext, cabe o Agravo Interno que discutirá o enquadramento da matéria. ● Não há preparo nesse agravo. ● Tempestividade: 15 dias. ● Mérito: a admissibilidade do Resp ou Rext. ● O que mais cai nos concursos é a exceção que está no caput "salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos. " Embargos de Divergência ● Uniformização de jurisprudência dos órgãos de um dos tribunais superiores. ● Só cabe para buscar a uniformização de acórdão dentro da mesma turma, quando do acórdão paradigma para o atual, mudou-se mais da metade da composição da turma. ● A competência para o julgamento é do Pleno do Tribunal. Ação Rescisória ● Pressupostos: deve-se ter uma ação com coisa julgada material (tenha discutido o mérito ou prejudiciais de mérito), a decisão deve ser imutável e indiscutível perante QUALQUER processo. ● Coisa julgada é uma qualidade da decisão que a fazia imutável e indiscutível, o que a ação rescisória visa fazer é retirar essa qualidade e essa característica da decisão, para que possamos rediscutir a matéria. ● A ação rescisória tem uma natureza jurídica constitutiva/constitutiva negativa/desconstitutiva, constitui uma nova decisão, desconstituindo a coisa julgada já existente anteriormente. ● A ação rescisória não é utilizada indiscriminadamente, traz na sua possibilidade de cabimento uma listagem de eventos que possibilita o seu ingresso exaustivo, há indiscutivelmente taxatividade no rol trazido no art. 966 do CPC, que trata das possibilidades de ingresso. Não o que se discutir acerca da exaustão e da taxatividade do rol do 966. ● Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando: I - se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz; II - for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente; III - resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei; IV - ofender a coisa julgada; MAIOR PROTEÇÃO À COISA JULGADA V - violar manifestamente norma jurídica; NORMA JURÍDICA = LEI, JURISPRUDÊNCIA, SÚMULA, ETC VI - for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação rescisória; VII - obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável; VIII - for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos. § 1º Há erro de fato quando a decisão rescindenda admitir fato inexistente ou quando considerar inexistente fato efetivamente ocorrido, sendo indispensável, em ambos os casos, que o fato não represente ponto controvertido sobre o qual o juiz deveria ter se pronunciado. DESDE QUE O FATO NÃO TENHA SIDO CONTROVERTIDO § 2º Nas hipóteses previstas nos incisos do caput , será rescindível a decisão transitada em julgado que, embora não seja de mérito, impeça: I - nova propositura da demanda; ou II - admissibilidade do recurso correspondente. § 3º A ação rescisória pode ter por objeto apenas 1 (um) capítulo da decisão. § 4º Os atos de disposição de direitos, praticados pelas partes ou por outros participantes do processo e homologados pelo juízo, bem como os atos homologatórios praticados no curso da execução, estão sujeitos à anulação, nos termos da lei. § 5º Cabe ação rescisória, com fundamento no inciso V do caput deste artigo, contra decisão baseada em enunciado de súmula ou acórdão proferido em julgamento de casos repetitivos que não tenha considerado a existência de distinção entre a questão discutida no processo e o padrão decisório que lhe deu fundamento. (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência) § 6º Quando a ação rescisória fundar-se na hipótese do § 5º deste artigo, caberá ao autor, sob pena de inépcia, demonstrar, fundamentadamente, tratar-se de situação particularizada por hipótese fática distinta ou de questão jurídica não examinada, a impor outra solução jurídica. (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência) ● Competência para julgar ação rescisória: competência originária > os tribunais NUNCA NO PRIMEIRO GRAU DE JURISDIÇÃO ● Na distribuição da ação há um relator, mas seu julgamento será feito por decisão colegiada (acórdão). ● DOIS PEDIDOS PRECISAM SER FEITOS: A RESCISÃO DA RESCISÃO, A RETIRADA DA QUALIDADE DA RESCISÃO, QUE É A COISA JULGADA E O PEDIDO DE NOVO JULGAMENTO. QUEM JULGARÁ NOVAMENTE É O MESMO ÓRGÃO COMPETENTE QUE JULGOU A AÇÃO RESCISÓRIA. ● 5% do valor econômico da decisão transitada em julgado. ● O valor da causa da ação rescisória é o valor do benefício econômico da ação transitada em julgado, sob pena de indeferimento da inicial. ● É possível que no curso da ação rescisória, o tribunal competente pelo seu julgamento, determine atos de instrução que sejam realizados pelo primeiro grau correspondente. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/Lei/L13256.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/Lei/L13256.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/Lei/L13256.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/Lei/L13256.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/Lei/L13256.htm#art4 ● Quando julgada a ação rescisória, tenho julgamento por acórdão e o recurso é Rext ou Resp. ● Prazo (art. 975): o direito à rescisão parece ser decadencial segundo o caput, MAS O PRAZO DA AÇÃO DESCISÓRIA É PRESCRICIONAL, O PRAZO É DE DOIS ANOS DO TRÂNSITO EM JULGADO. PRAZO DE CINCO ANOS NO§ 2º Se fundada a ação no inciso VII do art. 966, o termo inicial do prazo será a data de descoberta da prova nova, observado o prazo máximo de 5 (cinco) anos, contado do trânsito em julgado da última decisão proferida no processo. EX. TRÂNSITO EM JULGADO EM DEZEMBRO DE 2018 > REGRA GERAL PRESCREVE O DIREITO DE AÇÃO RESCISÓRIA EM DEZEMBRO DE 2020 > EM FEVEREIRO DE 2022 TIVE CIÊNCIA DE UMA PROVA NOVA > OU DOIS ANOS DA CIÊNCIA DA PROVA NOVA OU CINCO ANOS DO TRÂNSITO EM JULGADO, O QUE OCORRER PRIMEIRO > PRAZO MÁXIMO DEZEMBRO DE 2023. Reclamação: (art. 988. CPC) Art. 988. Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público para: I - preservar a competência do tribunal; II - garantir a autoridade das decisões do tribunal; III - garantir a observância de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade; III – garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade; (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência) IV - garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de precedente proferido em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência. IV – garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de resolução de demandas repetitivas ou de incidente de assunção de competência; (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência) § 1º A reclamação pode ser proposta perante qualquer tribunal, e seu julgamento compete ao órgão jurisdicional cuja competência se busca preservar ou cuja autoridade se pretenda garantir. § 2º A reclamação deverá ser instruída com prova documental e dirigida ao presidente do tribunal. § 3º Assim que recebida, a reclamação será autuada e distribuída ao relator do processo principal, sempre que possível. § 4º As hipóteses dos incisos III e IV compreendem a aplicação indevida da tese jurídica e sua não aplicação aos casos que a ela correspondam. § 5º É inadmissível a reclamação proposta após o trânsito em julgado da decisão. § 5º É inadmissível a reclamação: (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência) I – proposta após o trânsito em julgado da decisão reclamada; (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência) II – proposta para garantir a observância de acórdão de recurso extraordinário com repercussão geral reconhecida ou de acórdão proferido em julgamento de recursos extraordinário ou especial repetitivos, quando não esgotadas as instâncias ordinárias. (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência) § 6º A inadmissibilidade ou o julgamento do recurso interposto contra a decisão proferida pelo órgão reclamado não prejudica a reclamação. Tem natureza jurídica de Ação por exclusão. Vem da Reclamação Constitucional, a qual questionava questões que infringiam as súmulas do STF no próprio STF. Houve uma evolução antes do código de 2015 e a reclamação já era utilizada no STJ, em casos que não chegariam de forma recursal pela via ordinária e extraordinária. Objetivo: A reclamação protege a competência e visa buscar o respeito à hierarquia dos tribunais. A reclamação não pode ser oposta depois do trânsito em julgado. Ação rescisória tem rol específico que implica no cabimento, já a reclamação não. Ação rescisória é depois do trânsito em julgado, já a reclamação não. Prazo: O prazo não é de 15 dias que nem os outros recursos, é antes do trânsito em julgado. Se recebida a reclamação pelo tribunal, ele dá 10 dias ao juiz ou órgão jurisdicional prestar informações e 15 dias para a parte beneficiária prestar contestação. O tribunal ao julgar a reclamação, pode julgar improcedente (não acontecendo nada) ou pode julgar procedente (determina ao juízo reclamado que modifique a decisão nos seguintes termos da decisão proferida. Competência: tribunal que proferiu a decisão. IRDR - Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (art. 976, CPC) ● É uma inovação do nosso código no nosso sistema processual civil brasileiro. ● Objetivo: uniformização para que nós não tenhamos diferentes decisões que gerem efeitos diferentes em casos de idêntica matéria. Julga exclusivamente a matéria, e essa matéria vincula todos os processos que estiverem aguardando a sua definição. ● Competência: os tribunais. ● Quem tem legitimidade para pedir IRDR: as partes, o juiz de 1º grau, o relator, o MP. ● Uma vez julgado o incidente, temos um julgamento por acórdão de matéria. ● IRDR só será cabível a partir de divergência jurisprudencial no tribunal. Art. 976. É cabível a instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas quando houver, simultaneamente: I - efetiva repetição de processos (de uma mesma questão em matéria de direito, quantidade de processo, depende da abrangência da matéria) que contenham controvérsia sobre a mesma questão unicamente de direito; II - risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica (uma vez julgado, o IRDR vinculará todos os demais recursos de mesma matéria que estejam pendentes no mesmo tribunal). § 1º A desistência ou o abandono do processo não impede o exame de mérito do incidente. § 2º Se não for o requerente, o Ministério Público intervirá obrigatoriamente no incidente e deverá assumir sua titularidade em caso de desistência ou de abandono. § 3º A inadmissão do incidente de resolução de demandas repetitivas por ausência de qualquer de seus pressupostos de admissibilidade não impede que, uma vez satisfeito o requisito, seja o incidente novamente suscitado. § 4º É incabível o incidente de resolução de demandas repetitivas quando um dos tribunais superiores, no âmbito de sua respectiva competência, já tiver afetado recurso para definição de tese sobre questão de direito material ou processual repetitiva. § 5º Não serão exigidas custas processuais no incidente de resolução de demandas repetitivas. IAC - Incidência de Assunção de Competência ● Via de regra o órgão jurisdicional responsável pela uniformização de jurisprudência dentro daquele tribunal. Depende sempre do regimento interno, para determinar a competência. ● Visa evitar decisões divergentes ou que causem certo impacto social. ● Só cabe IAC de processo que esteja no tribunal, por isso só por meio de recurso, remessa necessária ou processo de competência originária. ● É usado para prevenir qualquer outra decisão, assume a competência original. ● Legitimidade parar requerer o IAC: como o processo tem quer estar no tribunal, o relator, o MP, defensoria e as partes, só o juiz é excluído. ● Julga-se junto do IAC, aquele recurso, aquela remessa necessária. ● Da mesma forma que o IRDR e Recursos Repetitivos há uma tese jurídica vinculante. Art. 947. É admissível a assunção de competência quando o julgamento de recurso, de remessa necessária ou de processo de competência originária envolver relevante questão de direito, com grande repercussão social, sem repetição em múltiplos processos. § 1º Ocorrendo a hipótese de assunção de competência, o relator proporá, de ofício ou a requerimento da parte, do Ministério Público ou da Defensoria Pública, que seja o recurso, a remessa necessária ou o processo de competência originária julgado pelo órgão colegiado que o regimento indicar. § 2º O órgão colegiado julgará o recurso, a remessa necessária ou o processo de competência originária se reconhecer interesse público na assunção de competência. § 3º O acórdão proferido em assunção de competência vinculará todos os juízes e órgãos fracionários, exceto se houver revisão de tese. § 4º Aplica-se o disposto neste artigo quando ocorrer relevante questão de direito a respeito da qual seja conveniente a prevenção ou a composição de divergência entre câmaras ou turmas do tribunal.
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