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MÉTODOS DE IMOBILIZAÇÃO E FIXAÇÃO EM CTBMF


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MÉTODOS DE IMOBILIZAÇÃO E
FIXAÇÃO EM CTBMF
Se o osso for tratado adequadamente, a
consolidação ocorre em torno de 45 a 60 dias. O
princípio básico é a redução, contenção e
fixação da fratura.
Redução: aproximação dos pontos
fraturados, mantê-los em sua posição
anatômica de origem;
Contenção: imobilizar o osso
(algumas fraturas podem ser tratadas
apenas com imobilização;
Fixação: “amarrar” o osso com
algum artefato. Atualmente usa-se placas
e parafusos.
“Tem por objetivo restaurar a oclusão
original do paciente e reposicionar o
articulado dentário, visando
erradicação total da doença e do
trauma e prevenir infecção, tanto
óssea quanto de tecidos moles. Além
de rápida cicatrização óssea, retorno
das funções do pct (função
mastigatória, respiratória, ocular,
recuperação da fala, estética -dental e
facial).”
FATORES DE CICATRIZAÇÃO ÓSSEA
- Biológicos:
> Suprimento sanguíneo
(vascularização acessória,
anastomoses);
> Presença de células específicas
(osteoclastos e osteoblastos);
> Endósteo e periósteo (importantes
folhetos);
- Mecânicos:
> Alinhamento;
> Imobilização;
OBS:
> Em condições fisiológicas, o periósteo
e o endósteo serão responsáveis por
promover as células específicas de
reparação;
> Em condições patológicas, serão
responsáveis por promover
sangramento e também as células
específicas.
“OS OSSOS DA FACE NÃO DIFEREM
DOS OSSOS DO ESQUELETO NO
COMPORTAMENTO BIOLÓGICO,
PORÉM…”
> Possuem baixo risco de infecção;
> Processo cicatricial mais rápido (pois
tem maior suprimento sanguíneo
acessório e os ossos são mais delgados);
FRATURA ÓSSEA
FRATURA > FORMAÇÃO DO
HEMATOMA > CALO ÓSSEO PRIMÁRIO
(FIBROCARTILAGINOSO) > CALO
ÓSSEO SECUNDÁRIO
Princípio biológico:
> As fraturas ósseas não cicatrizam sem:
1. Formação de hematoma
interfragmentário;
2. Imobilização;
3. Revascularização (suprimento de O2);
4. Formação de um calo vascularizado
(calo fibrocartilaginoso, também
chamado de calo ósseo primário);
5. Maturação do calo ósseo
(remineralização por osteoblastos);
6. Remodelação óssea (total maturação
daquele calo ósseo);
OBS 1: depois da remodelação óssea,
não dá pra verificar radiograficamente e
nem microscópicamente onde era a
área da lesão, pois sofreu total reparo.
Ou seja, não vai diferir em nada do osso
não-fraturado.
OBS 2: se o osso não receber carga
mecânica fisiológica, sofrerá
remodelação atrófica (óssea e
muscular). Ou seja, deve-se promover
ação precoce fisiológica no osso.
TIPOS DE REPARO ÓSSEO
PRIMÁRIO:
> Por contato: mínimo de espaço entre
os fragmentos;
> Por lacuna: fixação com um espaço;
SECUNDÁRIO:
> Quando os métodos de imobilização
são insuficientes/não se usa nenhum
método.
“Quando não há interferência médica
para a reparação e imobilização da
lesão, forma-se um calo ósseo que
tenta fazer esse papel de maneira
inadequada, não havendo o total
reparo da lesão.”
> O calo ósseo que se forma é muito
volumoso, devido à movimentação
interfragmentária (o calo tenta conter
essa movimentação).
PORTANTO… O DISPOSITIVO DE
FIXAÇÃO IRÁ FAZER O PAPEL DO
CALO ÓSSEO.
MASSA ÓSSEA X CARGA MECÂNICA
Para que haja a estabilidade da massa
óssea, é preciso de estímulo mecânico:
Tipos de carga mecânica sobre o
osso:
Fisiológica: manutenção
Ausente: atrofia
Excessiva: reabsorção
PRINCÍPIOS DE TRATAMENTO DAS
FRATURAS
1. Redução
2. Fixação
3. Imobilização
4. Reabilitação Funcional
1. REDUÇÃO DA FRATURA
Realinhamento* + contato dos cotos
ósseos**
*Quanto à exposição:
Incruenta/Fechada: sem acesso
cirúrgico;
> Indicações:
- Fraturas não deslocadas favoráveis;
- Fraturas severamente cominutivas
(fragmentadas);
- Fraturas expostas pela significante
perda de tecido mole;
- Fraturas pediátricas; (galho verde - o
osso é bastante resiliente ao trauma)
> Vantagens:
- Custo;
- Ausência de cicatriz;
- Menor sensibilidade da técnica;
> Desvantagens:
- 45 dias fora de função;
- Menor eficácia respiratória;
- Dificuldades de deglutição;
- Comprometimento da dieta;
- Efeitos deletérios à ATM;
OBS: a redução incruenta é indicada
para fraturas sem/pouco
deslocamento, com impossibilidade de
anestesia geral. Desvantagens: não há
visualização da fratura; calo ósseo
extenso.
Cruenta/Aberta: com acesso cirúrgico;
> Indicações:
- Fraturas desfavoráveis ou instáveis;
- Fraturas múltiplas;
- Fraturas condilares bilaterais
deslocadas;
- Mandíbula edêntula com grave
deslocamento;
- Contraindicação da fixação
intermaxilar;
> Vantagens:
- Melhor permeabilidade das vias
aéreas
- Capacidade de alimentação no
pós-operatório;
- Melhores condições de higiene bucal;
- Consolidação óssea eficaz;
- Restabelecimento funcional rápida;
> Desvantagens:
- Lesão de raízes;
- Lesão sensitiva (nervo alveolar
inferior);
- Lesão motora (nervo facial);
- Cicatriz (extraoral);
- Maior risco de infecção;
- Sensibilidade da técnica;
**Quanto à orientação:
Anatômico: alinhamento dos calos
ósseos;
Funcional: oclusão (orienta o
alinhamento) > bloqueio
maxilo-mandibular (BMM) > máxima
intercuspidação;
OBS: a funcional leva em conta os
ossos gnáticos (do sistema
estomatognático)
2. FIXAÇÃO DA FRATURA
Bloqueio maxilo-mandibular:
- Estabilização fechada;
- Restabelece máxima
intercuspidação;
- Há redução funcional;
- Dimensão anteroposterior e
transversal;
OBS: pode ser um tratamento
complexo ou uma forma de
estabelecer a oclusão.
Fixação Externa:
- Redução fechada;
- Defeitos de continuidade;
- Fraturas patológicas;
- Traumas por PAF (projétil de arma de
fogo);
- Sítios infectados;
Desvantagens:
> Altamente impreciso;
> Restringe a atividade do paciente
> Infecção e cicatriz;
> Risco de danificar o N.A.I (nervo
alveolar inferior);
Fixação Interna:
- Permite a visualização direta (acesso
cirúrgico);
- Há redução anatômica precisa;
- Fixa e imobiliza o osso;
Tipos de fixação interna:
● Não-rígido;
● Funcionalmente estável;
● Rígido;
Fixação interna NÃO-RÍGIDA:
- Qualquer forma de fixação óssea que
não seja rígida o bastante para evitar
movimentação interfragmentária ao
longo da fratura, com uso ativo da
estrutura esqueletal. A cicatrização é
secundária.
● Paciente JOVEM:
- 2 semanas de bloqueio (por causa da
dinâmica rápida de reparação);
OBS: se passar muito tempo com essa
fixação, pode haver alteração da
nutrição e do metabolismo da
cartilagem articular que pode se
comportar como osso e gerar
anquilose da ATM.
● Paciente ADULTO:
- 4 a 5 semanas (por causa da
maturação do calo ósseo);
MATERIAIS DE USO:
Fios de aço trans-ósseos: suspensões
Vantagens:
- Redução anatômica;
- Alinhamento preciso;
- Fácil de aplicar;
- Estabilidade aumentada;
Desvantagens:
- Sem rigidez;
- Pobre controle tridimensional;
- Requer BMM pós-operatório;
- Possível não-união e pseudoartrose;
Fixação interna FUNCIONALMENTE
ESTÁVEL:
- Fixação não-rígida, suficientemente
forte para possibilitar o uso ativo do
esqueleto durante a fase curativa, mas
incapaz de evitar a mobilidade
interfragmentária;
OBS: ocorre ossificação secundária;;
MATERIAIS DE USO:
Sistemas Absorvíveis;
Vantagens:
- Evitar migração do dispositivo;
- Evita necessidade de remoção;
- Não interrompe o crescimento;
- Não interfere nos exames de
imagens;
- Muito utilizado na pediatria
Desvantagens:
- Pouca resistência;
- Volumoso/ polpabilidade;
- Custo elevado;
- Reações do tipo corpo estranho;
Parafusos Compressivos (Lag Screw);
Vantagens:
- Muito estável;
- Usado em fraturas oblíquas de corpo
mandibular;
- Sínfise / parassínfise;
- 2 parafusos;
- Possibilita compressão
Desvantagens:
- Evitar em cominução;
Fixação interna RÍGIDA:
- Qualquer forma de fixação aplicada
diretamente aos ossos que seja
resistente o bastante para prevenir
movimentação interfragmentária ao
longo da fratura durante a utilização
ativa da estrutura esqueletal. A
cicatrização é primária.
Vantagens:
- Redução anatômica precisa;
- Estável 3D (mecânica e funcional);
- Dispensa fixações adicionais;
- Conforto do paciente;
- Dispensa BMM (VAS e alimentação);
Desvantagens:
- Custo financeiro elevado;
-Interfere TC/radioterapia;
- Risco de danos ao N.A.I;
- Precisa de remoção;
ESQUEMAS DE F.I.R:
Load Sharing (carga compartilhada):
- O dispositivo de fixação divide a carga
mecânica com a estrutura óssea em
cada lado da fratura. Não consegue
suportar toda a carga mecânica
funcional.
> Sistemas de neutralização: 1.3, 1.5, 1.7,
2.0;
Load Bearing (carga suportada):
- O dispositivo de fixação é resistente e
rígido o suficiente para suportar toda a
carga mecânica funcional.
> Sistemas de reconstrução: 2.3, 2.4, 2.7;
OBS: esses dispositivos utilizam os
SISTEMAS LOCKING:
> Travamento/bloqueio;
> Dispensa íntimo contato ósseo;
OBS: CALIBRE DO PARAFUSO:
- Diâmetro de 1,5mm a 2,0mm:
usado para estruturas mais nobres,
ossos finos, terço médio, maxila,
osso frontal, nariz, órbita, zigoma.
- Diâmetro de 2,0mm, 2,4mm e
2,7mm: usadas para mandíbula.
“Temos que tomar cuidado com
essas placas e parafusos, para não
lesar estruturas nobres, tem que
ser acima ou abaixo dos nervos.
Quando for aplicado em região
dentada, ela não pode ser
completa, aplicar apenas em uma
cortical. Entretanto, em áreas que
não tem nervo, pode ser total.”