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SISTEMA PIRAMIDAL

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SISTEMA PIRAMIDAL 
PLANEJAMENTO MOTOR 
Primeiro o movimento é planejado nas áreas 
de associação do córtex, os chamados 
“potenciais de preparação”. 
O córtex pré-frontal e o córtex parietal 
posterior (áreas 5 e 7 de Brodmann) são as 
regiões primariamente envolvidas no 
planejamento motor. 
 
A região dorsolateral pré-frontal esquerda 
se relaciona com o desejo e a 
intencionalidade de se realizar um 
movimento. 
O córtex parietal posterior está ligado a 
cognição espacial, o que permite obter real 
percepção sobre a atual posição do seu 
corpo no espaço. 
Essas áreas enviam axônios que convergem 
para a área motora suplementar, a qual gera 
uma “imagem motora” a ser executada e 
envia comandos ao córtex motor primário. 
Os núcleos da base agem como um filtro 
sob o córtex motor, selecionando o 
movimento. 
O cerebelo, através da via córtico-ponto-
cerebelar, faz com que as áreas motoras 
superiores enviem eferências relacionadas à 
“intenção do movimento”, fazendo sinapses 
com neurônios do núcleo denteado. O plano 
motor do cerebelo retorna para as áreas 
motoras corticais. 
 
EXECUÇÃO DO MOVIMENTO 
É comandada pela área motora primária por 
meio de eferências que descem pelo trato 
córtico-espinal até as sinapses com o 2º 
neurônio motor, que promove então a 
contração das fibras musculares específicas 
para o movimento desejado. 
 
CORREÇÃO DO MOVIMENTO 
O movimento é controlado pela zona 
intermédia do cerebelo. Ela recebe 
informações através dos tratos 
espinocerebelares anterior e posterior, os 
quais fazem sinapse com os núcleos 
interpósitos do cerebelo. O primeiro, 
espinocerebelar anterior informa os 
comandos motores que chegaram à medula 
e o segundo, posterior, informa a 
intensidade da contração muscular e 
tendinosa a ser realizada. 
 
O cerebelo então compara o movimento 
planejado com o movimento em execução e 
promove as correções necessárias. 
Quando o movimento não ocorre como o 
planejado, o circuito cerebelar básico se 
reorganiza, assim, após um ato motor ser 
realizado várias vezes ele se torna cada vez 
mais preciso – NEUROPLASTICIDADE. 
SISTEMA PIRAMIDAL 
Controla as vias eferentes (motoras) do 
Sistema Nervoso Autônomo. 
O sinal motor inicial se dá no córtex, no 
lobo frontal, mais especificamente no giro 
pré-central, conhecido como área 4 de 
Brodmann e da área pré-motora. 
N a área 5 do córtex encontra-se o 1º 
neurônio motor. O axônio do 1º neurônio 
motor alcança a coroa radiada constituído 
de substância branca. 
 
As fibras motoras provenientes da coroa 
radiada tornam se mais compactas, 
constituindo o ramo posterior da cápsula 
interna. 
A cápsula interna localiza-se entre o tálamo 
e o putâmen/globo pálido. A partir dela o 
primeiro trato do sistema piramidal: o trato 
córtico-espinal alcança o pedúnculo 
cerebral alcançando o Mesencéfalo, a Ponte 
e o Bulbo. 
 
TRATO CÓRTICO-ESPINAL 
Une o córtex cerebral aos neurônios 
motores da medula. 
Divide-se em anterior (ipsilateral) e lateral 
(contralateral). 
Possui fibras que se ligam direto aos 
neurônios motores, promovendo os 
movimentos delicados. 
No bulbo, o trato córtico-espinal sofre 
decussação com parte das suas fibras 
seguindo o mesmo trajeto formando o trato 
córtico-espinal anterior (30%) e parte 
seguindo o trajeto do lado contrário 
formando então o trato córtico-espinal 
lateral (70%). 
Na medula, o trato córtico-espinal lateral 
forma o funículo lateral e o trato córtico-
espinal anterior forma o funículo anterior. 
O funículo lateral então pode ser encontrado 
ao nível do ligamento denticulado na 
medula. Os axônios do trato córtico-espinal 
lateral deixam então o funículo lateral e 
direcionam-se para a coluna anterior da 
medula (substância cinzentea) 
ipsilateralmente, realizando sinapse com o 
2º neurônio motor. 
No trato córtico-espinal anterior seus 
axônios cruzam a linha média em direção a 
coluna anterior da medula, 
contralateralmente, realizando sinapse com 
os neurônios ali presentes. 
Da coluna anterior, os axônios do 2º 
neurônio motor formam radículas e estas se 
agrupam formando as raízes espinhais, as 
quais alcançam os forames intervertebrais, 
formando os nervos espinais que vão 
realizar os movimentos. 
 
TRATO CÓRTICO-NUCLEAR 
É um trato que sai do córtex e vai até os 
núcleos dos nervos cranianos no tronco 
encefálico. 
Ele inerva o núcleo dos nervos cranianos 
que possuem alguma função motora. São 
eles: 
- Oculomotor e troclear (mesencéfalo) 
- Trigêmeo, abducente e facial (ponte) 
- Glossofaríngeo, vago, acessório e 
hipoglosso (bulbo) 
A maioria de suas fibras são ipsilaterais. 
 
CAMINHO MOTOR 
Giro pré-central  Coroa radiada  
Cápsula interna (trato córtico-espinal)  
Pedúnculo cerebral  Mesencéfalo  
Ponte  Bulbo (decussação nas pirâmides) 
 Medula (coluna anterior)  Nervos 
espinais  Músculo esquelético. 
O trato córtico-espinal anterior desce 
ipsilateral e só realiza a decussação na 
comissura branca na medula para encontrar 
o lateral na coluna anterior da medula, que 
já desce contralateral desde a sua 
decussação nas pirâmides do bulbo. 
 
SÍNDROMES PIRAMIDAIS 
Síndrome do Neurônio Motor Superior 
(1º Neurônio Motor) 
Ocorre com maior frequência nos AVEs 
que acometem a cápsula interna ou a área 
motora do córtex. 
Após um rápido período de paralisia flácida 
instala-se uma paralisia espástica, com 
hipertonia e hiperreflexia, com presença do 
sinal de Babinsk. 
Praticamente não há hipotrofia muscular 
pois o neurônio motor inferior está intacto. 
Ocorre espasticidade, ou seja, aumenta o 
tônus e tem reflexos exagerados. 
Envolve os tratos: córtico-espinal, retículo-
espinal e rubro-espinal. 
Síndrome do Neurônio Motor Inferior 
(2º Neurônio Motor) 
Há destruição do neurônio motor inferior, 
situado na coluna anterior da medula ou em 
núcleos motores de nervos cranianos. 
Nesse caso há paralisia com perda dos 
reflexos e do tônus muscular, seguindo-se 
depois de um tempo de hipertofia dos 
músculos inervados pelas fibras nervosas 
destruídas. 
Exemplo: Paralisia Infantil.

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